Festival de Música quem vence não é unanimidade e seria estranho se fosse, já que o julgamento é feito sobre canções de ritmos diferentes existindo na sua essência um paradoxo em escolher qual fruta é melhor que outras, mas todas tem seu sabor particular. Vai depender do gosto de quem saboreia.
Festival de Voz nunca me empolguei em acompanhar, pois cada voz é um fruto maduro. Mas quando assisto tento “olhar” e escutar a Voz que canta a favor da música em sintonia com o instrumental da banda e os arranjos, ou seja, a Voz faz parte do todo. Não tendo a me impressionar quando a voz é superior em técnica e firulas ao todo: ritmo, melodia, harmonia e arranjos. Nesse caso, o Festival seria mais justo se a apresentação fosse à Capela. É chover no molhado em concurso de intérpretes constatar que no geral os candidatos estão acima da média em técnica, natureza vocal e talento.
Por fim, no The Voice Brasil 2021 meu voto seria para o campeão (Giuliano Eriston) por ser o que cantou em harmonia com a música, banda e arranjos sem afetação vocal. Em um concurso no qual os intérpretes cantam clássicos eternizados em vozes da primeira ou de muitas regravações conseguir não parecer com quem já gravou já tem o meu voto de apoio. Mas é apenas meu gosto pessoal por passarinho ímpar.
Meus parabéns aos outros quatro participantes: Bruno Fernandez, Gustavo Boná, Gustavo Matias, Hugo Rafael (entrevistado pela RitmoMelodia), diga-se de passagem, que esses quatro já tem carreira musical promissora e sólida. O Campeão Giuliano Eriston será uma boa lembrança de singularidade e naturalidade ao cantar. Já é um vencedor por cantar a favor da música por osmose.