More MPB Brega ou MPB Chique. Qual é a Melhor »"/>More MPB Brega ou MPB Chique. Qual é a Melhor »" /> MPB Brega ou MPB Chique. Qual é a Melhor - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

MPB Brega ou MPB Chique. Qual é a Melhor

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O  rotulo  de  Brega esteve em evidencia na década de 90 com ascensão das duplas  sertanejas  (Rotuladas  de “breganejas”) que recebiam criticas de todos  os  lados, em  geral por venderem muitos CDs com músicas de apelo “sentimentaloíde”. A  principio  não se discutia a qualidade ou falta de qualidade musical. Mas sim, a conta bancária mudança de padrão de vida e espaço na mídia.

Mas o termo brega ou cafona começou se propagar nos anos 60  para  distingui  os  jovens  que  faziam  música  de  “boa qualidade” (Engajadas) ou de “baixa qualidade” (Alienadas). Havia uma distinção entre as músicas politizadas, de lirismo poético das de apelo romântico e temas
cotidianos.  As  de melodias, harmonias e acodes simples das de melodias, harmonias,   acordes  dissonantes  e complexos. Ou seja, discutiam sobre as diferenças  estéticas e técnicas de cada gênero.

O preconceito cultural e social  deturpava  o  “principal  objetivo”  de chegar  a  uma pretensa  “conclusão”  da  tal   de  boa  qualidade.  Um  possível  consenso  era a existência   de  música boa e ruim em qualquer gênero. Que não se dá pela quantidade  de  acordes  nem  pela  dissonância existente ou não. Uma boa melodia   é  a  essência  musical.  A  apreciação de uma letra depende da vivência  pessoal, cultural, social, do  estado de espírito, realidade histórica  e grupo social de uma pessoa. E se uma boa letra é vestida por uma  boa  melodia  terá  uma  boa  aceitação. O que impede que uma música rotulada  de  Brega não possa cair no gosto de um dito intelectual ou que uma  música  com  melodia, letra mais elaborada ou de lirismo poético não agrade o ouvido dito popular?

Existe  muita  coisas mal feita e chata tanto na música MPB “pura” quanto na  dita  Brega.  No  passado  os  gêneros  musicais eram bem distintos e existiam  as  disputas e preconceitos. Mas a escolha de ouvir ou tocar um gênero  era respeitado pela convicção da escolha. A MPB nos anos 60 tinha exclusividade  na  mídia  e  o  Brega  era  excluído, tendo espaço só nos Bordéis.  Mas  quando o Brega chegou na mídia (Anos 90) começou o celeuma no  meio  artístico. A democratização  do  espaço na mídia é que fará o publico  optar  por  um  ou mais gênero sem discórdia. Existi música para todos os gostos, estilos, nível social e cultural, momentos e movimentos. Não  é  a  suplantação  de  um  gênero  em  beneficio de outro que fará a evolução  musical, mas o conhecimento da diversidade de gêneros  para uma escolha musical consciente.


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.