More Pepysho Neto »"/>More Pepysho Neto »" /> Pepysho Neto - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Pepysho Neto

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O cantor, compositor e violonista paraibano Pepysho Neto tem a música fazendo parte da sua vida desde 1984, quando iniciou a sua carreira aos 15 anos como vocalista de algumas bandas de baile. Em 1987 seguiu fazendo da Voz e do Violão seu aporte para muitas outras possibilidades artísticas e culturais. Em 1988 ganhou o seu primeiro Festival – FENAMF – Festival Nacional da Música de Forró em Campina Grande – PB.

Em outubro de 2005 Pepysho Neto lançou o seu primeiro CD – “Pelo Brasil dos Festivais” com musicas inéditas e vencedoras em Festivais de Música pelo Brasil. Ao ouvir seus três discos, percebemos o amadurecimento profissional de mais de 30 anos de estrada, encanta pela convicção dos sentimentos musicais, poéticos e regional em ritmos e melodias diversificadas. A colheita de sua experiência em Festivais de Músicas e adquiridas nas estradas da vida com a plenitude de um monge e de quem aqueceu seu ouro até virar jóia.

Seu primeiro CD traz uma sonoridade que encanta ouvidos mais exigentes. Não é um trabalho fogo de palha aventureiro tão comum no mercado musical dos dias de hoje. É uma Pérola da Música Brasileira que aflora para fazer história em dez músicas escolhidas dentre muitas outras especiais: A Sombra de um Lugar (Pepysho Neto), finalista em todos os festivais que participou; Prisma (Carlinhos Veloz), 2º lugar em Monte Carmelo – MG; Girassol (Pepysho Neto\Tom Andrade), 3º lugar em Monte Carmelo – MG; Violinos do Ar (Dudé das Aroeiras), 1º Lugar em Sertânia – PE; Balé Tonto do Vaqueiro (Oliveira do Ceará\B.C Neto), 1º Lugar em Pinheiro – MA; Olho D água (Pepysho Neto), 3º Lugar em Muzambinho – MG; Puçangueira (Eudes Fraga\ Joãozinho Gomes), 1º Lugar em São José do Egito – PE; Canto Carajás (Pepysho Neto), 1º lugar em Conceição do Araguaia – PA; Língua\gens (Orley Massoli), 1º Lugar em Parnaíba – PI; Boi Viola (Pepysho Neto \ João Barreto), 1º lugar em Uberaba – MG.

Recentemente (2014) foi premiado em Resende – RJ, Brumado-BA, Pinheiros –ES e Colatina-ES premiação de melhor intérprete. Em 2015 recebeu o Troféu BARRIGUDA – no 50º FEMUP – Festival de Música e Poesia de Paranavaí – PR, um dos festivais mais consagrados do país. Em 2016 classificado no FESTIVAL DE IMPERATRIZ – MA  com o álbum Pelo Brasil dos Festivais, em que ficou com 2º lugar.

No seu mais novo CD – CANTO DE CASA – suas músicas trazem o cheiro das raízes regionais brasileira, com a força já conhecida do cancioneiro nordestino, mas com uma sutileza e atmosfera singela em letras telúricas e arranjos criativos de Jorge Ribbas, Pepysho Neto e Gabmar Cavalcanti (já falecido), experientes músicos que também tocam em todas as músicas.

Faz dos Palcos dos Festivais de Música pelo Brasil sua escola musical e grande vitrine de divulgação dos artistas independentes. Um participante vitorioso que coleciona prêmios por todo país. Tem algumas de suas músicas registradas em coletâneas de vários Festivais. No seu Estado natal, foi vencedor e é participante assíduo do Forró Fest (Festival de Música Nordestina, com final em Campina Grande, desde 1990). Em 15 participações, Pepysho foi duas vezes primeiro lugar, uma vez segundo e três terceiros lugar. Ele coleciona premiações em festivais de São Paulo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro Bahia, Espírito Santo e participações em outros Estados. Um libriano de grande sensibilidade e bom gosto musical. É perfeccionista e um profissional exigente.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Pepysho Neto para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistado por Antonio Calos da Fonseca Barbosa em 09.10.2017:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Pepysho Neto: Nasci no dia 14 de outubro de 1967 em Campina Grande – Paraíba, mas registrado em Caruaru – Pernambuco com o nome de Gercino Agra Neto.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Pepysho Neto: Entre sete e oito anos de idade minha mãe percebeu que eu tinha uma veia musical quando eu corria para ouvir no rádio o cantor Paulo Sérgio e me colocou na aula de Violão e aprendi alguns acordes, mas não valorizei tanto, na época eu gostava era de futebol. Até iniciei uma carreira profissional em um clube de Pernambuco, mas por outros motivos tive que voltar para Campina Grande e aos 16 anos de idade desisti da ideia de jogador e ingressei na música e até hoje estou na estrada.

03) RM: Qual a sua formação musical e fora da área musical?

Pepysho Neto: Autodidata no instrumento com conhecimento em teoria musical, mas a minha formação mesmo é a estrada da vida. E terminei o ensino médio.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Pepysho Neto: As influências do passado as melhores possíveis. Ouvíamos só os clássicos da MPB. Atualmente está muito difícil ouvir em função do que a mídia oferece. Todas as músicas que ouvia fizeram e ainda faz parte na minha formação musical, pois somos eternos aprendizes da vida. Elas foram, é, e serão de grande importância para meu caminhar.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Pepysho Neto: Comecei minha carreira através de contatos de pessoas envolvidas com a música em Campina Grande. Viajei com amigos na época e sempre me pediam para subir ao palco. A partir daí estou até hoje nos palcos da vida.

06) RM: Quantos CDs lançados (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical de cada CD? E quais as músicas que se destacaram?

Pepysho Neto: Não foram tantos álbuns lançados, poderia ser até mais. Três CDs gravados. Todos eles têm uma unidade um com o outro, mas com temáticas diferentes. O primeiro CD – “PELO BRASIL DOS FESTIVAIS”, tem uma temática mais regionalista, com uma concentração mais acústica com músicas premiadas que fizeram o circuito nacional dos festivais. O segundo CD – “PRAZER”, tem uma pegada mais urbana. Também com uma pitada regionalista. E o terceiro CD – “CANTO DE CASA”, mais voltado para um segmento regional, reúne do xote ao baião. Mas em todos houve uma preocupação com a poética regionalista brasileira.

No primeiro CD podemos destacar as músicas: “VIOLINOS DO AR”, “PRISMA”, “BALÉ TONTO DO VAQUEIRO”.

No segundo CD tem um destaque para as músicas: “PRAZER”, “ATALHOS”.

No terceiro CD, regravação da música “TÔ QUE TÔ SAUDADE” de Eudes Fraga, “FACEIRA”, composição minha com uma fusão rítmica de baião e côco com Baixinho do Pandeiro.

Então cada um deles tem uma história contida com uma preocupação de deixar um legado escrito, mostrando minhas influências e pessoas que foram importantes na minha trajetória.

07) RM: Como é o seu processo de compor?

 Pepysho Neto: Não tenho regra exata para meu processo de criação. Só um pouco de privacidade é o que preciso, concentração e tranquilidade. Minha memória funciona como um HD. Eu vou fotografando as situações, as paisagens, as pessoas, o cenário de onde estou e/ou por onde passo. E na hora de escrever, no processo de criação intuitivo e mágico trago da memória todas estas vivências. O registro fotográfico baseado em minhas andanças e nasce a criação. Não tenho regras precisas, mas tenho reminiscências vividas e construídas ao longo do percurso.

08) RM: Quais são seus principais parceiros musicais?

Pepysho Neto: Todos os parceiros eu respeito. Todos na mesma intensidade. São partes da minha história.

09) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

 Pepysho Neto: Os prós é que tem a liberdade de se fazer e reproduzir tudo o que você pensa de uma forma tranquila, sem receio, sem temor. O Contra é que você não é compreendido e nem abraçado por uma emissora ou por uma gravadora e termina caminhando na contramão da situação, fazendo uma música meio que alternativa e vivendo uma situação de artista meio de anonimato. Mas o grande lance de “ser ou não ser” não importa. O importante é o CONSTRUIR, o FAZER. E deixar a sua história escrita entre acordes e canções.

10) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

 Pepysho Neto: Cenário musical atual um pouco perturbado (risos).  A mídia abraçou outra vertente da música que não dá para ouvir tanto mais. Nos últimos 20 anos poucas pessoas tiveram destaques no cenário musical, mas apareceram sim: Zeca Baleiro, Chico César, Lenine, Vanessa da Mata e tantos poucos outros. Vieram alguns nomes que foram gratos para gente e um alívio diante dessa “perturbação musical” que o Brasil enfrenta hoje com essa grande má qualidade musical. E os grandes dinossauros não avançaram tanto. Ficaram ali com suas músicas consagradas e só. Já estão atingindo a idade de fazer a passagem. Daí nós ficamos na preocupação de que “o que a gente vai ouvir depois deles?” será que teremos reposição a altura? Fica a grande pergunta. Os compositores nem tanto, porque os grandes estão escondidos, vivendo na contramão da situação. Não há regresso na música. Não teve avanço, ficaram meio que parados no tempo. O que existe é uma estagnação. Os que surgiram foram poucas coisas boas que salvam a música, Graças a Deus. Nem tudo tá perdido (risos).  Há sim uma avalanche de artistas sem consistência. Que creio que não terão uma vida longa.

11) RM: Qual a importância para você do estudo de técnica vocal? Você estudou técnica vocal com quem?

Pepysho Neto: É importante tudo que você pode aprender. A técnica é um aperfeiçoamento, porque o artista já trás consigo o dom de cantar. A técnica só vem para você entender como você pode usar melhor ou como você está usando. Mas o dom de cantar transcende qualquer técnica, você já trás consigo.

12) RM: Qual a importância para você da saúde vocal?

Pepysho Neto: Se quer ter vida longa cantando tem que evitar exagero. Nos últimos tempos podemos ver cantores que abusaram da voz, usaram de maneira inadequada e perderam de 30% a 40% do seu potencial vocal.

13) RM: Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Pepysho Neto: Chico César, Zeca Baleiro, Jorge Vercillo, que são grandes compositores e intérpretes.

14) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

 Pepysho Neto: Todo artista tem uma história dessas citadas acima para contar. Principalmente no início da trajetória, no meio e até mesmo no fim (risos). Já passei por várias situações. Eu em uma grande casa de show em uma banda âncora intercalando shows de artista conhecido nacionalmente e ele demorou chegar. O público ficou inquieto; já não quer mais ouvir a banda que abria o show, começaram a jogar garrafas, latas (risos). Paramos a apresentação. Foi tenso, mas deu tudo certo.

15) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Pepysho Neto: O que me deixa feliz é o dom de fazer o que faço, de subir no palco e cantar independente se tem dez ou cem pessoas; canto no mesmo penhor e entusiasmo quando se faz por ofício e por amor “tudo vale à pena”. O que me deixa triste é a falta de respeito que se tem pelo artista e sua obra, a preocupação de querer ouvir outro artista, porque é muito óbvio ouvir só o que a mídia oferece. Ou seja, as pessoas não se propõem a isso. O bom seria entender e conhecer sempre o novo.

16) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?

Pepysho Neto: O cenário musical atual de Campina Grande está cheio de novos intérpretes; não vejo tantos compositores, com uma tendência midiática muito grande. Não existe uma preocupação com a preservação cultural, não tem respeito com o artista que fez e faz a história. Infelizmente vejo com muita tristeza. Aí me vem àquela velha tese: SANTO DE CASA NÃO FAZ MILAGRES? Vírgula: as vezes faz sim. Basta que seus fiéis acreditem.

17) RM: Quais os músicos e bandas locais que você recomenda ouvir?

 Pepysho Neto: São poucos. Como disse, tem muita banda reproduzindo o que a mídia está impondo e querendo. É de acordo com a ocasião, mas em linhas gerais é difícil indicar, muitos estão contaminados com que o poder televisivo impõe e acaba perdendo um pouco seus valores artísticos e culturais.

18) RM: Quais os fatores que faltam para uma cidade universitária e de forte comércio como Campina Grande, ter um mercado melhor para a profissão de músico?

Pepysho Neto: Falta uma preocupação de uma política cultural de verdade. É preciso que os gestores suplementem projetos nos quais venham atender seus artistas em todos os seus estilos, mas que tenha também um olhar cauteloso com a representatividade cultural voltada para o povo. Sem estas ações fica apenas o lixo cultural por todos os cantos da cidade; lamentavelmente.

19) RM: Campina Grande que realiza o Maior São João do Mundo gera de fato um mercado profissional para os músicos locais?

Pepysho Neto: Isso é uma ilusão, uma pseudovitrine: a gente toca por uma necessidade mesmo e para mostrar para as pessoas que existimos e que precisamos ser vistos, que estamos produzindo e merecemos nosso espaço e temos nosso trabalho para mostrar. Não há cuidado com os horários, não tem um respeito com cachês. Então, é São João para alguns, não para todos.

20) RM: O que falta para o Festival de Inverno ter o mesmo destaque que o Maior São João do Mundo?

Pepysho Neto: RESPEITO acima de tudo, afinal de contas um festival que tem mais de 30 anos, mais idade que o próprio São João de Campina, tinha que ser visto com cuidado e respeito.

21) RM: Campina Grande que faz o Maior São João Mundo tem espaços para dançar forró fora do mesmo de junho?

Pepysho Neto: Tem algumas casas que fazem eventos dessa natureza, mas precisava um pouco mais com parceria com órgãos públicos juntamente com a iniciativa privada para que realmente fomentasse e fortalecesse o movimento regional nordestino, para que o São João fosse contínuo e que nossos artistas tivessem voz e vez.

22) RM: Quais os outros gêneros musicais que é forte em Campina Grande?

Pepysho Neto: Está surgindo uma onda de Rock Holl muito grande em Campina Grande, uma juventude que tem um lado positivo também, devemos respeitar todos os estilos, mas a cidade termina perdendo sua identidade cultural, pois o Rock não é nosso! E a gente tem que preservar mais as nossas tradições. Muitas dessas bandas são Covers, não vão ser referenciais de identidade local.

23) RM: Quais os principais espaços de música ao vivo em Campina Grande?

Pepysho Neto: Produto meio que em extinção, tendo em vista que a tendência é fazer Rock estilo sertanejo e os artistas contemporâneos e o público já não estão tocando e frequentando estes lugares.

24) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional Capilé.

Pepysho Neto: Relação boa e agradável no que tange ao pessoal. No profissional nunca sentamos e fizemos nada de tão extraordinário, exceto uma participação no meu primeiro álbum.

25) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Tann.

Pepysho Neto: Profissional. Chegou a gravar uma música minha. Não temos contato diário. Tem meu respeito e carinho.

26) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Emerson Uray.

Pepysho Neto: Contato muito pouco. Nunca sentamos para elaborar nenhum projeto ou parcerias, por acaso participamos de um show coletivo que foi iniciativa de um produtor.

27) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Alquimedes Daera.

Pepysho Neto: Grande instrumentista, grande pessoa, mas também nunca nos propusemos a executar nada. Ele tem a veia dele de produtor, mas as coisas não aconteceram mais intensamente.

28) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Socorro Lira.

Pepysho Neto: Conheci, mas nunca convivi de perto. Nunca tivemos a oportunidade de fazer nada juntos. Ela na dela e eu na minha. E é assim que os artistas de Campina Grande caminham: cada um no seu berço.

29) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Tony Dumond.

Pepysho Neto: Pessoa que até dei uma “força” para o processo musical dele. Lancei-o efetivamente no bar me substituindo em um momento que tive que fazer uma temporada em outros lugares. Ele gostou da ideia e prosseguiu. O acompanhei no primeiro show dele fazendo a direção musical, depois ele criou asas e prosseguiu seu voo.

30) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Jorge Ribbas.

Pepysho Neto: Grande pessoa. Muito colaborador, agrega. Produziu muita gente. Deu-me uma força no meu primeiro CD. Ele respeitou muito a forma de eu tocar meu Violão. Dirigiu a parte musical comigo. Maravilhoso. Tem dado uma grande contribuição aos artistas da cidade.

31) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Luís Kiari.

Pepysho Neto: Conheço pelo nome, mas não tenho convívio e nenhum trabalho juntos.

32) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Fábio Dantas.

Pepysho Neto: Amigo também. Ficou muito impressionado com o meu trabalho quando me conheceu. No mesmo momento eu estava no Festival de Inverno e ele fez uma participação no show. Depois cada um seguiu o seu percurso.

33) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Fidélia Cassandra.

Pepysho Neto: Participamos de um show coletivo.

34) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Eloísa Olinto.

Pepysho Neto: Cantora nova. Conheço, mas nada fizemos juntos.

35) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Tina Dias.

Pepysho Neto: É baiana, mas radicada em Campina Grande há mais de dez anos. Fiz uma participação em um CD dela (autoral). No meu último CD ela participou dos vocais.

36) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Gabmar Cavalcanti e Kátia Virginia.

Pepysho Neto: Grande referência musical na cidade, Gabmar foi um grande arranjador. Tive a felicidade de passar pela mão de Gaby. Grande referência musical. Salve, salve Gaby.

Kátia Virginia é integra e grande cantora que o Brasil ainda não teve a oportunidade de conhecer.

37) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Biliu de Campina.

Pepysho Neto: Extrovertido. Figura folclórica, grande representante da música de raiz.

38) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Sandra Belê.

Pepysho Neto: Sem grandes convivências. Não tive a oportunidade de conviver tanto. Grande expoente de “causos” e contos.

39) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Amazan.

Pepysho Neto: Ainda continua sendo um referencial para a música de Campina Grande.

40) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com Ferrete.

Pepysho Neto: Nos conhecemos na infância. Ser humano do bem e tive oportunidade de ganhar um festival com a música dele e do Nino. Foi meu vizinho, vive na cena da música. Hoje mora em Salvador-BA, acompanha alguns artistas.

41) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com o compositor Nino.

Pepysho Neto: Grande letrista e compositor. Uma pessoa do bem e tem um serviço prestado na música paraibana e brasileira, infelizmente nunca fizemos nada juntos, mas fadado a acontecer.

42) RM: Fale da sua relação pessoal e profissional com João Gonçalves.

Pepysho Neto: Grande mestre. Tive a felicidade de ele ser o meu vizinho quando criança. E quando surgi para música o reencontrei e a gente pôde comentar sobre isso e humildemente me pediu para ir a casa dele para gravar uma música dele. Mas nunca o fiz. Mas há tempo e espero que isso aconteça antes que o tempo seja breve e que não possamos perpetuar esta possibilidade em realizarmos este desejo musical. Salve, salve João Gonçalves… salve, salve a música.

43) RM: Qual a sua auto-analise sobre você não ser um artista popular ou conhecido; a exemplo de Amazan, Tom Oliveira, Biliu de Campina, pela maioria do público de Campina Grande após 30 anos de carreira na cidade?

Pepysho Neto: Sem muitos rodeios, não aconteceu na cidade uma política cultural com um marketing forte no qual os artistas tivessem que se submeterem a critérios estéticos sem influência de padrinhos políticos. E não existe uma valorização do público campinense aos artistas locais. Outros Estados do Nordeste fizeram uma política de valorização cultural que deu certo em nível regional e nacional. Penso coletivamente e não olhar só para o próprio umbigo.

No final dos anos 80 eu sentir a necessidade de ir para outros Estados participar dos Festivais. Mas entre idas e vindas através dos Festivais de Música nunca fiquei em outra cidade. E depois constitui família aqui e sempre que voltava, eu percebia que em Campina não aconteceria para mim nada de extraordinário artisticamente. E já estou a mais de trinta anos na carreira musical. Aqui nenhum artista se destaca exclusivamente só por seus méritos; uma meia dúzia que se destacou se envolveu com a política do apadrinhamento que acontece em todos os cantos do Brasil.

Quando conseguimos algo, conquistar um prêmio em outros Estados pode ter certeza que é pelo mérito profissional e não por ser santo de casa; eu sou filho de qualquer lugar. Não crio ranços nem rivalidades por onde passo para ficar mais fácil estabelecer parcerias e trocas de informações. Sou transeunte passageiro de várias estações.

Estou quase indo morar na Bahia para tentar abrir as portas por lá e ficar mais próximo do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Lugar que eu tenha alternativas de caminhar com meu trabalho através de Festivais de Música, Eventos em geral, Feira de amostra de Música e editais culturais.

44) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Pepysho Neto: Acredito sim, se realmente tivesse uma política cultural e transparência nas emissoras tocaria sim tranquilamente sem “jabá”, mas não é a realidade de muitos artistas do Brasil.

45) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Pepysho Neto: Fazer com muito amor, senão você se decepciona. Talvez você não encontre pessoas certas para trabalhar. Ser artista no Brasil é muito difícil. Tem que amar, senão você desiste. Não pode dormir e sonhar e acordar que o mercado vai te abraçar.  Faça pelo simples fato de contribuir, pelo ofício e pela dádiva.

46) RM: Quais os projetos futuros?

Pepysho Neto: Construir sempre. Pré estabelecer mais e mais parcerias musicais e escrever ao longo da estrada, da luta e da lida meu traço. A música que pulsa em mim.

47) RM: Quais os seus contatos para show e para seus fãs?

Pepysho Neto: (83) 9.8694 – 8303  – OI    |    (73) 9.9171 – 4321 – TIM Atendimento: LIRA DE ORFEU PRODUÇÕES MUSICAIS

1- Palco mp3 – http://palcomp3.com/pepysho_neto/

2 – Página Face: https://www.facebook.com/PepyshoNeto

4 – Sound Cloud: https://soundcloud.com/pepysho-neto

5 – E-mail da Produção: [email protected]

6 – Letras Mus: http://letras.mus.br/pepysho-neto/

7 – Palco Principal: http://palcoprincipal.sapo.pt/pepysho_neto

8 – Som13: http://som13.com.br/pepysho-neto


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.