More Nito & Fofa »"/>More Nito & Fofa »" /> Nito & Fofa - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Nito & Fofa

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O cantor, compositor paraibano Nito desde da adolescência queria formar uma banda, já tinha algumas músicas de sua autoria.

Aos 16 anos de idade (1988) comprou o primeiro violão, mas vendeu antes de chegar em casa, com medo de sua mãe reclamar, na época trabalhava de garçom e o seu dinheiro era para pagar as contas em casa. Em 1995, juntou sua vontade com a do amigo Dilmar; ambos tinham voltado do Rio de Janeiro para a Paraíba, compraram um Teclado e chamaram Nelson, um músico talentoso e também convidou a cantora Fofa, que ganhava muitos concursos de intérprete e de calouros na região. Nito e Nelson já tocávamos como dupla: “Os Desafinados”, formato Voz e Violão. Rogério, que fazia parte da banda e deu o nome de: “Os Incomparáveis”. O repertório era composto por músicas do grupo “Mamonas Assassinas” e do cantor Falcão. Depois da banda “Os Incomparáveis”, formaram a banda FLAGUIMAR com Nelson no Teclado, Toquinho no Acordeon, Marcos na Guitarra. E depois, Nito e Fofa entraram na banda Talismã, com Adriano no Teclado, com o cantor e seresteiro Antídio, o dono da banda era Eduardo do Buchão.

Em 2009, Fofa & Nito, lançaram um álbum com a banda Talismã com músicas famosas e uma autoral (Xotem em Salgadinho, uma homenagem de Nito para sua cidade natal), produzido pelo tecladista Gugu (que faleceu precocemente aos 26 anos por causa de um choque elétrico ao pegar um microfone). Nesse álbum, Fofa também fez dueto com Antídio interpretando “Não se vá”, é uma música de Alain Barrière (Tu T’en Vas), versão em português de Thina, que fez muito sucesso nos anos 70 com a dupla Jane e Herondy.

 

Nito, também fez parte do trio Quixabeira, o sanfoneiro era Inácio, o zabumbeiro era Douguinha, também um excelente baterista e o triangulista era Ninim. Tocou com Ronaldo do Acordeon e com seu cunhado Xiquim, era “Ronaldo e os Iluminados do Forró”. Tocou com o tecladista TAMPINHA e FOFA.

No início de 2023, Fofa & Nito, pretendem gravar um álbum para lançar em junho nas festas juninas, as músicas são letras de autoria do jornalista e músico Antonio Carlos e as melodias são do saudoso João Gonçalves que nos deixou em 21 de junho de 2021. Nito, sempre na companhia de sua esposa Fofa, que também canta na Igreja Católica de Salgadinho – PB. Ele é fã da esposa cantora e sempre reconheceu seu talento.

Em 2006, Nito e Fofa foram alunos de um curso: Fé e Política, ambos eram voluntários da Pastoral da Criança, o curso teve duração de um ano dividido em quatro módulos, as aulas foram em algumas cidades da Paraíba e também em Olinda – PE, Recife – PE, Aracajú – SE. Nito, fez três músicas durante o curso, uma das músicas tem esse refrão: “Aumentei a minha fé e me politizei, vou buscar o social, os caminhos eu já sei”.

Nito, participou da micro série “A pedra do reino” baseada no livro de Ariano Suassuna, gravada em Taperoá-PB, passou no teste imitando vozes e cantando uma música de João Gonçalves, mesmo sendo figurante participou de cenas como a Cavalhada, montado numa burrinha cenográfica. Nito, teve aula de ensaio com o ator Ricardo Blat.

Atualmente, Nito, além de cantor e compositor, trabalha como artesão e guia de eco trilha e como locutor na prefeitura de Salgadinho – PB. Nos anos 90, morou por pouco tempo no Rio de Janeiro e trabalhou como porteiro, pintor, servente, balconista e serviços gerais. Ele também cuida de um sítio, é feirante, vendedor e já foi agricultor.

Em 1983, teve seu primeiro trabalho remunerado aos onze anos de idade, era um período de seca no Nordeste, muitos meninos para ajudar os pais com o sustento da casa, tinham a idade aumentada na certidão de nascimento, no seu caso, de 11 anos passou a ter 16 anos, eram alistados nas frentes de trabalho, às Emergências, o exército era quem administrava. Quando chegavam os oficiais perguntavam ao encarregado se os meninos pequenos e magros tinham 16 anos, ele respondia que tinham, é que a fome era muito grande (risos). O pagamento era 15 cruzeiros e um saco de feijão preto, que era tão duro que não cozinhava. E Fofa, também trabalha desde criança, na agricultura, como doméstica em casa de família, como vendedora e hoje é professora. O casal tem três filhos: João Paulo (22 anos), Mayran (17 anos), Heloísa (11 anos). Artistas que trazem vivem e propagam a cultura nordestina dentro e fora dos palcos.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Nito & Fofa para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistados por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 12.01.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Nito & Fofa: Nito, nasci no dia 12/01/1972 em Salgadinho – PB, fui registrado como Joselito Fernandes de Oliveira. Morei no Rio de Janeiro de 1990 a 1995. Voltei para Salgadinho e casei com a cantora Fofa em 1995 e voltei para o Rio de Janeiro em 1996 e voltei para Salgadinho em 1997.

Fofa: nasci no dia 03/10/1979 em Salgadinho – PB. Registrada como Maria do Socorro Oliveira.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Nito & Fofa: Nito, minha mãe, Maria Amélia, falava que a primeira música que cantei uma frase foi Ovo de Codorna (Severino Ramos) gravada em 1971 por Luiz Gonzaga, devia ter uns 5 anos de idade (1977). Meu avô, Antônio Caboclo era tocador de sanfona de 8 baixo. Meu tio Teones sanfoneiro, meu tio Samué tocava Rabeca, minha avó paterna fazia uma cantoria no mês de junho com vários violeiros. Eu achava aqueles improvisos interessantes demais, tinha um tio cantava coco de embolada. Eu decorei centenas de rimas e sempre ganhava dos meninos e em 1979, eu sabia cantar várias músicas do cantor e compositor João Gonçalves, meu tio tinha um vasto repertório do João Gonçalves

Fofa: ainda criança escutava minha mãe cantando e tocando sanfona, o meu avô tocava sanfona de 8 baixo, meus pais cantam e todos tocavam algum instrumento. Eu, sempre fui nas missas e comecei a cantar na Igreja católica e contínuo cantando…

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Nito & Fofa: Nito, em 1984 no SESI aprendi a tocar instrumentos de percussão com o prof. Alirio, o qual me colocou para ensinar os iniciantes. Estudei um pouco de teoria musical, sei tocar um violão. em 1991 cursei Teatro por seis meses no grupo Educart. Participei de coral e tive algumas aulas de canto, no bairro da Tijuca no Rio de Janeiro. Cursei de oratória e Mestre de Cerimônia pelo Sebrae.

Em 2013, iniciei o curso de Filosofia na UFCG – Universidade Federal de Campina Grande, fiquei até sexto período.

Fofa: fiz um curso de Mestre de Cerimônias e de Oratória pelo Sebrae. Sou formada em Pedagogia pedagoga e tenho especialização em AEE – Atendimento Educacional Especializado e em ASB – Auxiliar em Saúde Bucal.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Nito & Fofa: Nito, aos 10 anos de idade (1982) ouvi as músicas de Bezerra da Silva pela primeira vez em uma fita K7 de um vizinho que morou no Rio de Janeiro. O ritmo e as letras chamaram minha atenção e mais tarde descobri que o Bezerra da Silva, além de pernambucano, era cantador de Embolada de Coco, escuto as suas músicas até hoje.

Em 1984, fomos morar em Patos – PB, que na época era a terceira cidade mais populosa da Paraíba, no ano seguinte as músicas das bandas do Rock nacional tocavam nas rádios, e as músicas da banda Ultraje a Rigor me conquistam, comecei a me culpar, um adolescente do interior gostando de Rock. Um amigo me mostrou as músicas do Raul Seixas, parei de me culpar e cantava todas as músicas do Raul.

Em 1986, João Gonçalves fez sucesso com Pescaria em Boqueirão, (Ô lapa de minhoca, eita que minhocão / com uma minhoca dessa se pesca até tubarão) inclusive tinha uma festa anual no dia primeiro de maio chamada Forró do Minhocão, no Patos Tênis clube. Em 2020, João me falou que o povo de Patos sempre o acolheu bem. Aprendi a ouvir e fazer essa mistura musical sem preconceitos. Em 1995, as bandas Mamonas Assassinas me inspiraram e encorajaram para montar a minha primeira banda. E curto muito Os Nonatos, etc. Escuto com a mesma intensidade tudo que gosto até hoje.

Fofa: gosto de música sertaneja, Zezé Di Camargo, Leonardo, Mastruz com Leite Magníficos, etc. Mas hoje não dou mais importância para os citados. Na adolescência participei de alguns concursos da mais bela voz ou araponga, como eram chamados na região e ganhei alguns…

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Nito & Fofa: Nito, em 1995, eu e Dilmar formamos “Os Incomparáveis”, meu primo Rogério foi quem sugeriu o nome da banda. Eu cantava as músicas dos Mamonas Assassinas, o tecladista era Nelson. E precisava de uma cantora na banda, chamamos a Fofa, que era campeã dos festivais vocais, na época. A mais bela voz. Ela cantava as músicas da Mastruz com Leite e Magníficos. Depois entrou o sanfoneiro Toquinho, mas a banda acabou. Depois formei “Flaguimar Som”. Um empresário chamado Flavio Guimarães nos ajudou, o nome era em sua homenagem. Depois tocamos na banda Talismã, no trio Quixabeira, o sanfoneiro era o amigo Quixabeira. Já toquei com Ronaldo e os iluminados do Forró. Fiz uma dupla com Nelson, o duo chamava Os Desafinados, tocávamos músicas da Jovem Guarda.

Em 1998, comecei a trabalhar como locutor na primeira rádio comunitária de Salgadinho – PB e trabalhei em outras rádios até 2014. Trabalhei com locução de carros de som, que são muito usados no Nordeste. Hoje, ainda trabalho como locutor de eventos. Em1998, passei num teste para ensinar jovens e adultos, eu e mais 15 mulheres ganhamos uma bolsa de estudos e fomos para Lageado – RS, passamos 20 dias tendo aula na UNIVATES. Tive a oportunidade de mostrar nossa música. Em 2010, participei da Conferência de Cultura e fui delegado nas três esferas, ganhei um pouco de experiência me apresentando para um grande número de pessoas e de diferentes localidades. E lutamos pela criação da Secretaria de Cultura Estadual da Paraíba, até aquele momento era uma subsecretaria, o cantor e compositor Chico César foi o primeiro secretário e tive a oportunidade de conhecê-lo e está no mesmo palco.

Fofa: Em 1995 me chamaram para cantar na banda “Os Incomparáveis”, que Nito formou com os amigos e também cantei com meu irmão Dedé, fizemos dupla na banda FLAGUIMAR. Depois cantei em outras.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Nito & Fofa: São três álbuns gravamos. O primeiro com a banda Os Incomparáveis, lançado em fita K7. O segundo com a banda FLAGUIMAR lançado em fita K7 com três xotes autorais: “Tô querendo chamegar” que canto com a Fofa; “Lamento de um Lavrador”; “Indignação e voz”.

Terceiro álbum com a banda Talismã (2009) com músicas famosas e autoral: Xotem em Salgadinho, uma homenagem a minha cidade natal, produzido pelo tecladista Gugu (que faleceu precocemente aos 26 anos por causa de um choque elétrico ao pegar um microfone). Nesse álbum, Fofa também fez dueto com Antídio interpretando “Não se vá”, é uma música de Alain Barrière (Tu T’en Vas), versão em português de Thina, que fez muito sucesso nos anos 70 com a dupla Jane e Herondy. Depois gravei quatro músicas autorais.

E para 2023, estou trabalhando em músicas inéditas do cantor e compositor João Gonçalves (faleceu aos 85 anos no dia 21 de junho de 2021) que colocou melodia em oito letras do jornalista e músico Antonio Carlos. Essa homenagem me animou muito e agradeço a confiança depositada pelos autores para realização desse álbum.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Nito & Fofa: Nito, sou um “Forrocker”, pois gosto de cantar músicas do Raul Seixas, a minha vontade era ter uma banda cover do Raul, e ser cover do João Gonçalves.

Fofa: sou uma intérprete, não tenho outra definição…

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Nito & Fofa: Nito, técnica vocal um pouco em coral.

Fofa: não estudei técnica vocal.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Nito & Fofa: o estudo de técnica vocal é importante para o cantor fazer um bom uso da voz sem causar danos as pregas vocais.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Nito & Fofa: Nito, gosto muito de escutar: João Gonçalves, Raul Seixas, Marcelo Nova, Luiz Gonzaga, Elvis Presley, Alx Roser, Chuck Berry, Chico César, Matinês, Clara Nunes, Elba Ramalho, Genival Lacerda, Janis Joplin, Reggaebelde, etc.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Nito & Fofa: Nito, comecei fazendo paródias ainda criança e na adolescência comecei fazendo minhas primeiras músicas. Vem uma ideia e a música sai na hora, as vezes vou construindo aos poucos, depende muito do que quero, eu gosto muito de fazer homenagem…

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Nito & Fofa: Nito, nunca tive parceiro musical.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Nito & Fofa: Nito, ninguém até o momento, João Gonçalves se prontificou a gravar uma que fiz em sua homenagem, mas em 2020, começou a pandemia do covid-19 e fiquei sem ir na sua casa e em 21 de junho de 2021, ele faleceu aos 85 anos. 

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Nito & Fofa: Nito, o bom de desenvolver uma carreira musical de forma independente é a liberdade de escolha e o ruim é a dificuldade financeira.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Nito & Fofa: Nito, acredito que eu nunca soube fazer direito um planejamento estratégico. Já procurei algumas rádios para tocar minhas músicas e procurei fazer algum show, mostrar minhas músicas.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Nito & Fofa: Nito, nunca soube ser empreendedor. Já investi em músicos que não tinha nada a ver e não aprendi a divulgar músicas. Investir nessa área ainda apanho muito. Investi em um curso do francês Jacques Figueras, me ajudou, compreendi algumas coisas. Acredito que essa entrevista na RitmoMelodia será de grande importância.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Nito & Fofa: Sabendo usar a internet só ajuda na divulgação.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Nito & Fofa: Só tem vantagem, barateou os custos para gravar música e a qualidade do produto final só melhorou.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Nito & Fofa: Meu diferencial é não abrir mão das músicas que gosto, só canto o que me dá prazer…

20) RM: Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Nito & Fofa: Aqueles que fazem músicas de qualidade tão meio esquecidos no momento, mas o importante é se manter fiel. A maré sempre sobe e desce. Tem sempre gente boa: Mastruz com Leite, Magníficos, Rastapé. Quem é bom permanece, mesmo que não estejam aparecendo na grande mídia.

Fofa: antigamente se definia quem era quem bom pelo repertório que era diferenciado, as letras, as vozes. Eu não gosto dos famosos atuais.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Nito & Fofa: Nito, tudo que se possa imaginar e citado na pergunta já aconteceu. Uma das mais brabas foi tocar em 1996 para uma prefeitura e não receber o cachê, fizemos três apresentações por 900,00 reais e não recebemos. Após esse calote, fui embora para o Rio de Janeiro, com o som que pertencia a prefeitura, só entreguei um ano depois. E apesar de fazerem um documento se comprometendo em pagarem o cachê mediante entrega. A polícia me prendeu e fizeram uma queixa de roubo.

Teve uma vez, que fomos tocar às três da madrugada, o povo indo embora, o cara desmantelou o som e ainda chegou um vizinho bravo querendo acabar a festa. Eu já passei por tudo, desde briga no salão, dormir na rua, guitarrista que cortou o dedo antes do show, Delegado ameaçando eu e um amigo para pagar propina se não tocaríamos. Um cara levou o tecladista e o sanfoneiro, tive que desmarcar o show, já perdemos festa por falta de transporte. O mais brabo de tudo foi o tecladista fantástico, Gugu, que fez vocal e tocou no meu recente álbum, ele morreu depois de tomar um choque. Ele estava ensaiando numa igreja, estava sozinho, quando chegaram o viram agarrado ao microfone, foi horrível, tinha 26 anos de idade.

Fofa: passei por muitas saias juntas com Nito. Em 2021, quando fazíamos uma apresentação em um evento, o locutor que trabalhava no palco comigo, não queria me chamar de Fofa. Ele disse que fofa era Nito, queria saber meu nome, não falei e disse que gosto de ser chamada de Fofa pela família e artisticamente.

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Nito & Fofa: Poder mostrar nosso trabalho, triste é ver a desvalorização da nossa cultura.

23) RM: Qual a sua opinião sobre o movimento do “Forró Universitário” nos anos 2000?

Nito & Fofa: É legal o movimento do “Forró Universitário” e temos que respeitar, mesmo não gostando muito das músicas.

24) RM: Quais os grupos de “Forró Universitário” chamaram sua atenção?

Nito & Fofa: As bandas: Falamansa, Rastapé.

25) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Nito & Fofa: Não tem que ter jabá, principalmente em rádio comercial.

26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Nito & Fofa: Seja fiel e convicto do seu gosto musical e seja perseverante.

27) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?

Nito & Fofa: Quando tinha o Forró Fest na Paraíba me escrevi algumas vezes. Acreditava, hoje já não acredito. Acho que tem que ter um trabalho bem elaborado de acordo com o que eles querem. Até hoje não entendo, não sei se é o momento ou se o participante não entregou o que eles esperam…

28) RM: Festivais de Música revelam novos talentos?

Nito & Fofa: Os festivais de música não têm muitos meios para revelar um artista.

29) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Nito & Fofa: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira é horrível e só estão interessados nos lucros, não estão nem aí pra arte e cultura e dão oportunidade para poucos.

30) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Nito & Fofa: Todo espaço é importante desde que se tenha acesso…

31) RM: Qual a sua opinião sobre as bandas de Forró das antigas e as atuais do Forró Estilizado?

Nito & Fofa: Muitas bandas antigas ainda estão na ativa, fizeram músicas de qualidade e contam boas histórias e por isso gosto delas. Mas não curto Forró Estilizado, nada contra, mas é moda passageira. Os próprios fãs descartam depois de seis meses, já dizem que é música velha e não querem mais…

32) RM: Qual a sua opinião sobre o uso do Teclado no Forró?

Nito & Fofa: Já usei Teclado como acompanhante, é muito útil, da independência, barateia o show, dá menos trabalho. É complicado trabalhar com músicos, muitos não têm o mesmo prazer em tocar o repertório autoral, principalmente quando não se tem grana, o Teclado facilita e é ótimo.

33) RM: Quais os seus projetos futuros?

Nito & Fofa: Montar uma banda, para acompanhar eu e minha esposa Fofa e poder tocar o que gostamos, mostrar minhas músicas. Fazer show é o que todo artista quer.

34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Nito & Fofa: (83) 99829 – 4303 (Nito) | [email protected] | (83) 99914 – 9205 (Fofa) | https://www.instagram.com/mrsocorrofofa

Canal Nito & Fofa: https://www.youtube.com/@joselitofernandesdeoliveir3647

 Xote em Salgadinho – Nito: https://www.youtube.com/watch?v=Mbe74ofjgCU

Canal da Fofa: https://www.youtube.com/@pitucafofalinda307

Verdadeiro amor (banda magníficos ): https://www.youtube.com/watch?v=-HkIMn4DB8U

FOFA cantando um salmo: https://www.youtube.com/watch?v=sSgdhVrny4Q


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  1. Foi comentado sobre o João Gonçalves que nos conhecemos, minha fidelidade ao meu gosto musical que me levou até essa entrevista, serei sempre grato ao Antônio por esse presente, o João que queria tanto me ajudar aqui na terra e infelizmente não deu tempo, mas continuou me ajudando lá do céu, brigado Antônio…

    1. Nito, a nossa teimosia em fazer o que acreditamos não tem limite. Você conheceu a RitmoMelodia por conta da entrevista que fiz com o saudoso João Gonçalves, após trocarmos ideia, percebemos gostos comuns. E fico feliz em você em 2023 gravar minhas músicas feitas parcerias com João Gonçalves. Juntos somos mais fortes.

  2. Ôh meu amigo sou muito grato pela sua amizade, pela força e por acreditar no meu trabalho,meu amigo Brás, tem uma frase de uma música do Raul e Marcelo Nova, ” carpinteiro do universo ” que lhe cai muito bem.” Estou sempre pensando em aparar o cabelo de alguém, e sempre tentando mudar a direção do trem…você é merecedor de muitas homenagens, aquele cara que quando fraquejamos nos da a mão…

  3. Salve, Nito. Sensacional a sua história. Já estou conferindo aqui os canais. Me identifiquei bastante com muita coisa que você falou e passou. Sobre essa questão da dificuldade de gestão da música, muita gente sofre mesmo com isso. É difícil. O SEBRAE tem um material legal pra ajudar pessoas como nós, explicando tudo direitinho. É muito útil. Confira aqui: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/e491dcf107479d1628190fceb77085f9/$File/5810.pdf

    1. Brigado Plácido, também me identifiquei contigo, valeu parceiro, o Antônio promovendo encontros como esse é muito bom pro fortalecimento da nossa cultura, genial parceiro

  4. Preservar as nossas culturas, especialmente a cultura popular, é essencial para manter viva a identidade e a história de um povo. Nossas tradições, costumes, música, dança, folclore e arte são parte fundamental do que somos, do nosso passado e do nosso presente. Quando perdemos esses elementos culturais, corremos o risco de perder parte da nossa própria essência e conexão com as gerações passadas.

    A cultura popular é especialmente importante, pois reflete a alma de um povo comum, suas crenças, valores, e formas de expressão. Ela muitas vezes é transmitida oralmente, de geração em geração, e está presente no dia a dia das comunidades. É nas festas tradicionais, nos contos populares, nas receitas de família, nas músicas regionais que encontramos as raízes de um povo e a riqueza de sua diversidade.

    Um povo sem cultura está fadado a perder sua identidade, sua capacidade de se expressar e de se conectar com seus antepassados. A preservação da cultura popular é um ato de resistência contra a homogeneização cultural e a perda de diversidade. É através dela que podemos valorizar a nossa história coletiva e celebrar a nossa singularidade.

    Portanto, é fundamental que cada um de nós faça a sua parte para manter viva a cultura popular, seja praticando as tradições, contando as histórias, apoiando artistas locais, ou participando de eventos culturais. Somente assim poderemos garantir que as nossas culturas permaneçam vivas e pulsantes, enriquecendo as nossas vidas e as vidas das futuras gerações.
    O artista Nito e sua esposa que vem de uma família de outros tantos artistas fazem parte dessa parcela de contribuintes do bem fazer cultural alimentando e mantendo a duras penas, tudo aquilo em que acreditam. Me apaixonei por um povo e uma cidade chamada Salgadinho pelo brilho no olho e a essência que ainda existe lá.
    Ass. Thiago Rodrigues

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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.