More Leo Rugero »"/>More Leo Rugero »" /> Leo Rugero - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Leo Rugero

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O etnomusicólogo, compositor, arranjador, produtor cinematográfico e multi-instrumentista (acordeom, sanfona de oito baixos, violino, viola clássica, violão, viola caipira, piano e percussão) paulista Leo Rugero.

Mestre em etnomusicologia pela Escola de Música da UFRJ em 2011, com a dissertação “Com Respeito aos oito baixos – Um Estudo etnomusicológico sobre o estilo nordestino da sanfona de oito baixos”. Bacharel em Violão clássico pelo Conservatório Brasileiro de Música na classe do professor Paulo Pedrassoli.

Entre 2007 e 2012, dedicou-se à pesquisa pioneira sobre a sanfona de oito baixos no Brasil. Em 2012, foi contemplado com os prêmios “Centenário de Luiz Gonzaga 2012” e “Produção Critica em Música”, ambos pela FUNARTE, para realização de um filme documentário e um livro sobre a tradição nordestina da Sanfona de Oito baixos.

Ao longo de sua carreira artística, tem participado como instrumentista e arranjador em produções fonográficas, shows e espetáculos teatrais. Como compositor, tem sido responsável por trilhas sonoras originais para teatro, televisão e cinema. Como instrumentista, atua como solista e também em formações diversas, tendo gravado e atuado em concertos ao lado de renomados instrumentistas como Robertinho Silva, João Carlos Assis Brasil, Renato Borguetti, Reppolho, Zé Calixto, Silvia Nakkach, Tato Fischer, Luciana d’Avila, Airton Mugnaini Jr. e Djalma Corrêa.

Segue abaixo entrevista exclusiva com o Leo Rugero para a  www.ritmomelodia.mus.br , entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 28.06.2017:

 01) Ritmo Melodia : Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Leo Rugero: Eu nasci no dia 02.12.1971 em Santo André – São Paulo. Fui batizado como Leonardo Rugero Peres.

02) RM : Fale do seu primeiro contato com a música.

Leo Rugero: Por volta dos oito anos de idade, vendo a minha irmã tocar violão e órgão. Comecei a imitá-la e logo fui ter aula particular de violão com uma professora que morava na rua em que morávamos, no bairro Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro.

03) RM : Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Leo Rugero: Nunca desenvolvi nenhuma atividade acadêmica completamente fora da música. O mais distante foi o mestrado em etnomusicologia pela Escola de Música da UFRJ em 2011, com a dissertação “Com Respeito aos oito baixos – Um Estudo etnomusicológico sobre o estilo nordestino da sanfona de oito baixos”, que é um ramo da musicologia mais próximo das ciências sociais. Foi quando tive contato com a antropologia e a sociologia. Bacharel em Violão clássico pelo Conservatório Brasileiro de Música na classe do professor Paulo Pedrassoli.

04) RM : Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Leo Rugero: Tive muitas influências. Minha casa era uma miscelânea sonora. Assim, aprendi a ouvir de tudo (ou quase tudo). Minha primeira grande influência foi Hermeto Pascoal, pela síntese sonora. Também através dele descobri aquela pulsação do “Forró Pé de Serra” que mais tarde me encantaria, a princípio com um disco de Jackson do Pandeiro que comprei na adolescência e, mais tarde, com o meu envolvimento com a música nordestina.

05) RM : Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Leo Rugero: Comecei minha carreira musical quase por acaso, quando entrei para a Orquestra Brasileira de Guitarras, em 1988. Na época eu estudava Violão Clássico, tocava Contrabaixo e um pouco de órgão. A sanfona ainda não havia entrado em minha vida. Mas só fui profissionalizar‐me realmente, um pouco mais tarde, quando comecei a lecionar e tocar em trabalhos diversos, sobretudo na área do teatro musical, a partir do final da década de 1990.

06) RM : Quantos CDs lançados, quais os anos de lançamento (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical de cada CD? E quais as músicas que entraram no gosto do seu público?

Leo Rugero: Puxa, essa pergunta reflete uma dor que sinto no peito por não ter gravado nenhum disco ao longo de minha carreira e não ter tido a oportunidade de veicular minha obra de forma radiofônica e fonográfica.

07) RM : Como você define o seu estilo musical?

Leo Rugero: Passei por vários estilos até chegar ao que faço hoje, quando meu trabalho se torna muito identificado com o forró. Não sou um músico que nasceu e cresceu em um berço em que se praticava música nordestina, daí meu aprendizado tenha sido mais lento, mas me esforcei ao máximo para aprender essa música em sua essência e minha inspiração musical é fortemente guiada por este segmento, tanto no aspecto vocal quanto instrumental.

08) RM : Como é o seu processo de compor?

Leo Rugero: Normalmente, intuitivo. Às vezes, é rápido como uma flecha que segue diretamente ao alvo. Às vezes, surge o esqueleto de uma ideia que vai ganhando musculatura com o tempo. Por vezes, uma frase me persegue anos, até desabrochar na forma de canção. Também há períodos primaveris em que floresce a composição, já outros mais laboriosos de secas invernais em que apenas amadureço ideias já existentes ou me dedico à técnica e interpretação.

09) RM : Quais são seus principais parceiros de composição?

Leo Rugero: Atualmente estou inaugurando minha primeira parceria, com a compositora mineira Luciana D’ávila, que conheci recentemente em São Paulo e com quem me afino muito musicalmente. Ela está colocando letra em duas melodias que compus há muito tempo e ainda não haviam sido versificadas.

10) RM : Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Leo Rugero: O artista independente, para que se torne realmente independente, precisa ter uma autonomia dos meios de produção e distribuição de sua música. E isso não é fácil, pois concorremos com uma imperiosa indústria cultural muito estruturada e de caráter oligárquico, que cada vez expande mais seus domínios. Torço diariamente para que não cheguemos a um futuro pouco alvissareiro, em que apenas os saraus comunitários restem aos artistas fora dos veículos midiáticos.

11) RM : Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Leo Rugero: Quanto mais ensaiado e certo do que irá fazer é melhor.

12) RM : Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver sua carreira musical?

Leo Rugero: Tenho investido em ir à São Paulo, onde sou muito bem recebido e onde considero o mercado de música mais amplo e atento ao novo.

13) RM : O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Leo Rugero: Ajuda no sentido de divulgação, possibilitando que pessoas tomem contato com meu trabalho e minhas produções, como meu documentário sobre a Sanfona de 8 Baixos. Não observo muitos prejuízos na Internet, mas a rede começa a dar seus primeiros sinais de entupimento, ou seja, excesso de informação. Chegará o momento em que novos sistemas de transferência de informações tenham que surgir para abrigar a quantidade de informação. Como uma metrópole que se esgota infindavelmente, desembocando em novas metrópoles.

14) RM : Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Leo Rugero: Só vejo vantagens.

15) RM : No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Leo Rugero: Não sei, não consegui ainda gravar um disco, não acho que o Home Estúdio tenha resolvido à questão da gravação. Um disco para ser chamado de disco tem que ser bem produzido. Admiro pessoas como o Daminhão Experiência na década de 80 ou o Airton Mugnani na época atual, que produzem com o que possuem; independentemente da qualidade de produção. Já tentei fazer isso, mas não consigo, então admiro essas pessoas. Como se elas dissessem: A gravadora está de costas para mim, é? Então toma aqui ó!  Acho uma resistência interessante. Só Consegui produzir meu filme porque ganhei um prêmio para produzi‐lo. Eu gosto de coisas com um mínimo de acabamento. E ainda sonho em gravar dessa forma, pois adoro discos, acho que jamais deverão morrer, porque podem trazer a alma do artista, se bem produzidos. O problema da veiculação é cada vez mais complexo. Streaming, todas essas outras formas são boas, mas nada substitui o produto físico. Acho estranho o disco deixar de existir, ser substituído por megabytes dentro de um pendrive, é ficção científica demais para o meu gosto. A volta do LP é uma interessante antítese ao desgaste das novas mídias e algo que considero apaixonante, e que se tornou caro ao consumidor e produtor. Tomara que o vinil volte com força total.  Meu primeiro disco gostaria que fosse um disco de vinil.

16) RM : Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Leo Rugero: Acho lastimável. Ao menos do ponto de vista fonográfico e radiofônico, acho verdadeiramente terrível. Nada me seduz e tudo me enfada. Os bons artistas se tornaram marginais na esfera de produção da música, salvo honrosas exceções. E, se não fossem os saraus e os pequenos teatros e espaços de cidades mais cosmopolitas como a grande São Paulo, os artistas estariam compondo e tocando para si mesmos.

17) RM : Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Leo Rugero: Difícil responder. Acho que o mercado musical se empobreceu tanto e mesmo as estrelas tiveram que sucumbir às novas diretrizes para sobreviver. Outros perderam as estribeiras por caírem no ostracismo e, literalmente, piraram. Não sei, não vejo nenhum nome de resistência neste momento, talvez o Tom Zé, não estou certo disso, mas um cara que conseguiu manter a chama viva.

18) RM : Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Leo Rugero: Ah… Já passei por poucas e boas nesta vida de artista (risos). Lembro-me, certa vez, tocando com um músico angolano chamado Carlos do Nascimento em uma casa angolana do Rio de Janeiro que se chamava Caxangá, eu e os outros músicos não recebemos o cachê. Um dos músicos “sequestrou” um equalizador da Casa de show como refém para intimidar os contratantes, mas o efeito saiu inesperado e quase foi autuado pela polícia por furto. Quer dizer, devolveu o aparelho e não recebeu cachê. Lastimável (risos).

19) RM : O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Leo Rugero: Feliz por viver somente de música. Triste por não ter conseguido ainda lançar meu trabalho artístico e por não ter sido ainda reconhecido em minha saga pela música…

20) RM : Quais os instrumentos musicais que você toca?

Leo Rugero: Violão, Viola caipira, Violino, Guitarra, Contrabaixo, Piano, Escaleta, Percussão, mas, o principal hoje é a sanfona de 8 Baixos e Acordeom.

21) RM : Quais os motivos o levaram a fazer uma pesquisar acadêmica (mestrado) sobre a sanfona de 8 Baixos?

Leo Rugero: Quando fui procurar em 2006 alguma referência sobre este instrumento em língua portuguesa e não encontrei nada.

22) RM: Quais as principais dificuldades você enfrentou para realizar a pesquisa?

Leo Rugero: Não foram poucas, poderia desfiar um rosário de dificuldades. Mas, Graças a Deus, consegui realizar a minha pesquisa a contento, com uma força sobre-humana que me guiou ao longo deste período. Mesmo tendo sido o primeiro colocado no concurso de mestrado, fiquei sem bolsa de pesquisa, isso me abateu muito. Tive que viajar com as próprias expensas e contar com o auxílio de pessoas próximas. Foi doloroso. Mas consegui realizar um feito importante, um trabalho definitivo sobre a Sanfona de 8 Baixos na região Nordeste.

23) RM: Como adquirir o livro “Com Respeito aos Oitos Baixos” e o filme sobre essa pesquisa sobre a sanfona de 8 Baixos?

Leo Rugero:  Através de meu email [email protected] ou de meu site ou ainda do blog www.sanfonade8baixos.blogspot.com .

24) RM : Quais as diferenças técnicas para aprender tocar o Acordeon e a sanfona de 8 Baixos?

Leo Rugero: Muito grande, só há em comum o fole ao abrir e fechar.

25) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com Zé Calixto?

Leo Rugero: Tornamo-nos amigos, me tornei um discípulo de Zé Calixto por algum tempo, de certo modo, fui muito influenciado por ele. Hoje estamos mais distantes, mas continuamos nos falando. Chegamos a atuar juntos em alguns eventos. O último foi em 2016 no Teatro da UFF, em Niterói – RJ, um belo tributo a sanfona de 8 Baixos, que contou com a participação especialíssima de Renato Borguetti. 

26) RM : Você conheceu o método de sanfona de 8 Baixos escrito por Luizinho Calixto?

Leo Rugero: Sim. Através de Luizinho Calixto, ele já vinha desenvolvendo o método desde o começo de minha pesquisa em 2007.

27) RM : A sanfona de 8 Baixos é exclusivamente um instrumento solista ou pode ser utilizada como um instrumento de acompanhamento harmônico? 

Leo Rugero: A sanfona de 8 Baixos é um tanto limitada como instrumento harmônico (acordes) , a encaro mais como um instrumento solista ou de floreios instrumentais. Neste ponto prefiro a sanfona (acordeom) de 120 Baixos, permite mais voos ao acompanhador.

28) RM : Quais as principais técnicas para se dominar no Acordeom para se tornar um bom acordeonista?

Leo Rugero: Muitas escalas, arpejos, e aprender que sanfona não é piano (risos). Vejo muitos pianistas abordando a sanfona como um piano, mas não é a mesma coisa, são instrumentos distintos em técnica e interpretação. Acho que a escola nordestina do forró é uma escola e tanto a quem queira aprender a tocar bem este instrumento, pois exige muitas qualidades do instrumentista, desde técnicas à interpretativas.

29) RM : Quais as principais técnicas para se dominar na sanfona de 8 Baixos para se tornar um bom sanfoneiro de 8 Baixios?

Leo Rugero: É um instrumento lascado para se aprender. Acho que a maior dificuldade é a proximidade com um mestre ou a referência estética do instrumento que ficou muito esquecido e relegado a um plano inferior. Creio que se precisa divulgar mais a arte da Sanfona de 8 Baixos.

30) RM : Você acredita que sem o pagamento do Jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Leo Rugero: Infelizmente não, porque sem jabá, a rádio não faz jerimum (risos).

31) RM : O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Leo Rugero: Pise fundo e mande brasa.

32) RM : Quais os sanfoneiros que você admira?

Leo Rugero: Dominguinhos e Oswaldinho do Acordeon. Sei que não inovei nos nomes, mas são minhas maiores influências.

33) RM : Quais os Acordeons e sanfonas de 8 Baixos você indica?

Leo Rugero: Acordeon Scandalli ou Giulietti e sanfona de 8 Baixos Todeschini.

34) RM : Quais os principais vícios e erros deve ser evitado pelo estudante de Acordeom e Violão?

Leo Rugero: Não se viciar. Combater qualquer vício se tornará uma eterna luta.

35) RM : Quais os principais erros de metodologia no ensino de música?

Leo Rugero: Acho que a metodologia da música progrediu muito. Hoje se aprende melhor do quem aprendeu em minha época.

36) RM : Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Leo Rugero: Existe a musicalidade. Algumas pessoas são mais aptas aos estímulos sonoros e com isso se desenvolvem mais. Outras precisam de música como o ar que se respira se tornam músicos (risos). Do ponto de vista espiritualista de reencarnação, o dom inato seria algo que já vem com a pessoa de outras vidas. É uma crença, talvez eu acredite nisso quando presencio certos fenômenos.

37) RM : Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Leo Rugero: Acho que não temos métodos de improvisação brasileira. O enfoque é norte americano.

38) RM : Qual a definição de Improvisação para você?

Leo Rugero: Uau… Improvisação pode ser muitas coisas. Hoje, se define apenas como o desenvolvimento melódico instantâneo sobre uma determinada harmonia, baseado na assimilação de modos aplicáveis a esta harmonia. É à base da improvisação jazzística, que é uma arte em si. Tem a improvisação vocal de cantadores no Coco, no Calango, nas diferentes modalidades de Repente, em que o improviso é textual sobre um plano melódico tradicional.

Existe a improvisação no sentido de músicos que se encontram e eles juntos fazem “uma casa” sem um arranjo predefinido, talvez a forma mais usual de improvisação. Inventar algo na hora, sem nada pré‐determinado, como faz o Hermeto Pascoal, isso também é improvisar. Enfim, é um termo amplo.

39) RM : Existe improvisação de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Leo Rugero: Acho que existe de fato, depende do músico. Às vezes não sei o que fiz quando improvisei, depois vou ouvir e vou entender o que apliquei aqui ou ali.

É curioso. Uma combinação de elementos decodificados racionalmente com coisas muito abstratas.

40) RM : Como chegar ao nível de leitura à primeira vista?

Leo Rugero: Lendo.

41) RM : Quais os métodos que você indica para o estudo de leitura à primeira vista?

Leo Rugero: Ler tudo que chega aos olhos.

42) RM : Quais os seus projetos futuros?

Leo Rugero: Gravar meu primeiro álbum com certeza. É um sonho, mais que um projeto. Seguir em frente com a música, o que no Brasil, não deixa de ser uma árdua luta diária, que Deus nos dê saúde e Força para isso. E, finalmente, levar meu trabalho ao conhecimento de mais e mais pessoas do que as quatro paredes que a música brasileira tem sido confinada pelos empresários imediatistas que dominam o mercado da música.

43) RM : Quais seus contatos para show e para os fãs?

Leo Rugero:  [email protected] |  www.leorugerowix.com | www.sanfonade8baixos.blogspot.com


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