More Gilvandro Filho »"/>More Gilvandro Filho »" /> Gilvandro Filho - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Gilvandro Filho

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O letrista e jornalista pernambucano Gilvandro Filho, atuou nas áreas de Política e Cultura, no Jornal do Commercio (PE), Jornal do Brasil (RJ) e O Globo (RJ), além da revista Veja.

No Jornal do Commercio ganhou três Prêmios Esso e esteve à frente do projeto que criou o JC OnLine, em 1998. Extra mídia, fez Publicidade e propaganda política, tendo coordenado três campanhas eleitorais.

Na música, tem mais de 400 canções produzidas, venceu por duas vezes o Festival de Música da Assembleia Legislativa do Ceará e foi finalista de festivais de música, entre eles o Fenac (MG) e Fampop, de Avaré.

Tem dois livros publicados: “Onde está meu filho?”, que conta a saga da família Santa Cruz, de Olinda – PE, em busca de notícias do filho Fernando, preso em 1973, na ditadura militar, desaparecido até hoje. E “Bodas de Frevo”, primeira biografia do grupo pernambucano Quinteto Violado, até hoje uma das maiores expressões musicais do Nordeste.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Gilvandro Filho para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 10.11.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Gilvandro Filho: Nasci no dia 09 de outubro de 1955 em Recife, Pernambuco. Registrado como Gilvandro Mafra Magalhães Filho.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Gilvandro Filho: Desde muito pequeno, a minha paixão por música já existia. Minha família toda adorava música, meu avô (José Pereira Sobral, Seu Zezu) foi músico de banda do interior pernambucano (trompetista), minha avó (Maria da Penha Sobral) chegou a ser atriz amadora de “dramas” musicais. Isto foi plantado nas gerações seguintes. Meu irmão, mais novo que eu e já falecido, Gilson Sobral, foi um conhecido músico de bares e shows, no Recife – PE.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Gilvandro Filho: Não tenho formação musical e sou um letrista. De formação acadêmica extra música, sou jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Gilvandro Filho: Como letrista, tenho letristas e poetas como ídolos e influências. Citaria Aldir Blanc, Paulo Cesar Pinheiro, Ronaldo Bastos, Fernando Brandt, Fausto Nilo, Chico Buarque, Vitor Martins. Entre os da Velha Guarda, que reconheço e adoro, Haroldo Barbosa, Custódio Mesquita, Dolores Duran, Maysa, Ari Barroso. Entre muitos e muitos outros. O que foi deixando de ter importância, eu mal lembro.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Gilvandro Filho: Minha carreira musical, que ainda considero amadora, começou nos anos de 1970, nos festivais estudantis e shows de amigos que ajudei a produzir e que dirigi. Participai e fui finalista de vários festivais e ganhei colocações e prêmios de Melhor Letra.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Gilvandro Filho: Dois álbuns lançados: “Voz, Piano e Verso”, todo com músicas da cearense Apá Silvino, letras minhas, direção musical e piano de Adelson Viana.

E a coletânea “Mulheres que me (isso)cantam”, com 15 canções interpretadas por cantoras, metade delas também parceiras. Mas fui gravado por vários amigos e parceiros, como Gilson Espíndola, Apá Silvino, Quinteto Violado, Tavito, Sonekka, Fernando Cavallieri, Ugo Castro Alves, Tatiana Rocha, Isso Fischer, Mozar Siqueira, entre outros.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Gilvandro Filho: Considero-me completamente eclético, a partir do momento em que começou a expandir meu naipe de parceiros pelo Brasil todo e até pela Itália. Tenho canções do rock ao samba, baião, frevo, passando pela ciranda e até moda de viola raiz e cantigas do Pantanal, onde tenho o privilégio de contar com maravilhosos parceiros, como o querido Gilson Espíndola, Antonio Porto e Edu Calogaris. Modo geral, sou muito marcado pela MPB.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Gilvandro Filho: Nunca. Nem cogito cantar profissionalmente.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Gilvandro Filho: Para quem lida com canto, com melodia de forma mais efetiva do que eu, penso ser de fundamental importância. Inclusive quem compõe e interpreta suas canções, o que ainda não é meu caso.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Gilvandro Filho: Entra muitas outras, Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethania, Dolores Duran, Maysa, Elizeth Cardoso, Rita Lee, Apá Silvino, Adriana B, Lucinha Guerra, Marianna Leporace. Dick Farney, Tim Maia, Ney Matogrosso, Chico Buarque, Caetano Veloso, MPB4, Cauby Peixoto, Márcio Lott, Geraldo Maia, Edinho Queiros, Gonzaga Leal. O time é vasto. E, percebe-se, só estou falando de música brasileira. Estrangeiros, seria outra entrevista.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Gilvandro Filho: Inteiramente intuitivo para o caso das letras que faço. O que o vento me sopra, eu obedeço. Faço muita coisa “de primeira”, mas há casos de eu demorar mais tratando e “mexendo” na letra.

O que ocorre, sempre, é eu achar o texto “parecido” com algum parceiro; então envio para ele ou ela e, na maioria das vezes, dá certo. Os parceiros costumam dizer que faço letras que já chegam cantando, o que me envaidece. O caso de receber uma melodia para pôr letra: se ela vier com um tema sugerido, procuro viajar nele. Se não, deixo, de novo, o vento me soprar.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Gilvandro Filho: Tenho hoje perto de 50 parceiros, em praticamente todos os estados brasileiros. Com eles tenho mais de 400 canções prontas. Alguns eu nem conheci pessoalmente, como é o caso do paraense Ziza Padilha, meu amigo e parceiro há uns 15 anos e que ainda não conheci.

Há casos como o do querido Gilson Espíndola, que conheci num FENAC, em São Tomé das Letras – MG, depois de quase dez anos compondo pela internet. Em termos de quantidade de parcerias, posso citar algumas das mais prolíficas: Apá Silvino (CE), Sonekka (SP), Fernando Franco (PE), Marcelo Melo (PE), Edinho Queirós (RN), Adriana B (PE), Edu Calogaris (MS), Iso Fischer (PR), Zé Renato “Manifesto” (PE), Márcio Policastro (SP), além de Ziza e Gilson, já citados, de Claudia Giuliett, da Itália, minha primeira parceria internacional, e do imenso Tavito, uma das pessoas mais importantes não só da minha música como da minha vida.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Gilvandro Filho: No meu caso que faço letra, já sou dependente, a partir do parceiro que transforma minhas letras em canções. Infelizmente, o “independente” acaba sendo uma figura de retórica. Acabamento precisando de terceiros para nossa música vingar.

Se eu tivesse dinheiro, já tinha tocado em frente uns 10 projetos. Descreio, também, de editais e fundos de cultura. Muitos são cartas marcadas e joguete com apadrinhados. Há exceções, um dia as conhecerei.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Gilvandro Filho: Até o momento, não existe este planejamento. Apesar de tanta coisa feita na música, o jornalismo tem sido o plano A da minha carreira profissional. Até agora.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Gilvandro Filho: Por enquanto, além dos dois CD lançados e da participação, sempre que possível, de festivais de música, produto marcar minha presença nas redes sociais e plataformas digitais. Isto inclui o Youtube, o Facebook, o Instagram, o Soundcloud e o Palco MP#.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Gilvandro Filho: O lado positivo está na cara, pela expansão ilimitada que permite ao autor e à sua obra. De desvantagem, a Internet ainda é uma terra de ninguém e, financeiramente, compensa pouco, exceto para os “donos” do mercado.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Gilvandro Filho: Pelo que tenho acompanhado dos amigos e parceiros, dispor de tecnologia e de um bom home estúdio tem sido fundamental. Pra mim mesmo, que a melodia e a técnica musical não moram na minha praia, tenho como sonho de consumo uma casa com um estúdio bacana. Bancaria muitos trabalhos em parceria.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Gilvandro Filho: Esta eu respondo como público mais do que como autor. Meu diferencial na hora da escolha é a qualidade do produto, da canção, da melodia, da letra. Penso fazer um trabalho musical aproveitável. É certo que o faço de maneira honesta e caprichada.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Gilvandro Filho: Aí depende muito dos critérios de seleção para falar dessas “revelações”. De que “sucesso” estamos falando? O que está na rádio e na mídia comercial? A música tem revelado gêneros e artistas que pra mim não significada nada. Prefiro de certos gêneros não falar.

20) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Gilvandro Filho: Mais feliz, tudo me deixa. Fechar uma boa parceria, concluir uma canção e vê-la voar por aí, sentir o reconhecimento, muitas coisas. Mais triste, pouca coisa. Editais e festivais de música, mesmo já tendo ganho alguns deles, normalmente me cansam.

21) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Gilvandro Filho: Claro que existe o Dom Musical, definido como a letra bem escrita e coerente, bem ritmada, como a melodia certeira que “veste” o texto e vira canção. Pra citar só a minha praia.

22) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Gilvandro Filho: Não acreditar que essa ignomínia existe equivale a crer em Papai Noel e no Coelhinho da Páscoa. Infelizmente não há uma lei que puna com rigor o corrupto e o corruptor.

23) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Gilvandro Filho: Digo que sou compositor letrista e apresento uma letra minha e o meu leque de parceiros. Ter fé e coragem e ser feliz com o seu trabalho.

24) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Gilvandro Filho: Revela, sim, claro. Mas, também perpetua os mesmos, em vários certames. Vejo os mesmos nomes ocupando os primeiros lugares dos festivais de música e isto desanima um pouco. Mas, como disse Geraldo Vandré, “a vida não se resume em festivais”.

25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Gilvandro Filho: Prefiro ir aos veículos alternativos, onde a música que me interessa tem espaço e ganha análise pelo menos correta. Grande mídia, salvos as honrosas exceções, consolida os mesmos e lança e dá força a uma música que prefiro não ouvir.

26) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Gilvandro Filho: Tudo o que incentive, abra espaço e ajude financeira a música honesta merece meu aplauso.

27) RM: Apresente seus livros.

Gilvandro Filho: Lancei dois livros: “Onde está meu filho?”, que conta a saga da família Santa Cruz, de Olinda – PE, em busca de notícias do filho Fernando, preso em 1973, na ditadura militar, desaparecido até hoje.

E o livro “Bodas de Frevo”, primeira biografia do grupo Quinteto Violado, até hoje uma das maiores expressões musicais do Nordeste.

28) RM: Como e quando você começou a sua atividade de letrista?

Gilvandro Filho: Em meados dos anos 1970, nos festivais de música estudantis.

29) RM: Como e quando você começou a sua atividade de letrista?

Gilvandro Filho: Comecei a escrever desde muito cedo, na poesia e na prosa. A letra de música veio com a participação em festivais de música e eventos musicais. E com a chegada, na minha vida, de musicistas parceiros potenciais.

30) RM: Você escolhe sistematicamente quem será o seu parceiro musical ou deixa acontecer espontaneamente?

Gilvandro Filho: Acontece comigo de a letra, muitas vezes, “escolher” o melodista parceiro. Pelo estilo, por ter imagens e métricas que casam com a linha de A, B ou C. Houve casos em que o parceiro conhecer uma letra minha, gostou e musicou. É um processo dinâmico.

31) RM: Você permite o compositor alterar a sua letra?

Gilvandro Filho: Desde que não negue o sentido da letra, não vejo problema algum. A isto dá-se o nome de parceria. E eu pratico isto. Não transformando leão em pato, sou aberto a sugestões e mudanças. 

32) RM: Alguns compositores já declaram o fim da canção. Qual a sua opinião sobre essa afirmação?

Gilvandro Filho: Eu procuro, com os meus parceiros, fazer canções. Busco ser um compositor de canções. Não posso, portanto, partidário dessa tese.

33) RM: Hoje ainda existe espaço e ouvinte para música com letra que se sustenta como um poema/poesia?

Gilvandro Filho: Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro, Maysa, Fernando Brandt, Cacaso, Rita Lee, Ronaldo Bastos, Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Martinha, Arnaldo Antunes, Dona Ivone Lara, Guilherme de Brito, Cartola, Paulo César Feital… entre vários outros e outras. Penso que esse time responde à pergunta.

34) RM: Na Rádio e na TV o autor da música quase não é informado. Quem canta passa a ser “o autor” da canção. Esse fato te incomoda?

Gilvandro Filho: Claro que incomoda. Bons tempos em que a rádio anunciava uma música citando título, interprete, autores e, muitas, acompanhamento. Questão de respeito autoral.

35) RM: Você tem músicas que tocaram e tocam em Rádio, TV e em casa de show? O direito autoral é pago corretamente?

Gilvandro Filho: Sou filiado a uma sociedade arrecadadores. Pelo alcance curto de minhas peças, por não ter uma carreira comercial de médio porte, não tenho como fazer essa medição. Falo, ainda, em merrecas.

36) RM: É possível sobreviver exclusivamente de direito autoral de suas músicas?

Gilvandro Filho: Quem é autor de música que toca com regularidade nas rádios, TV e plataformas músicas, pode ser que consiga viver de direitos autorais. Se fizer nome cantando suas próprias canções, há chance de não passar fome. Mas conheço compositores de nível que não ganham o que podiam estar ganhando.

37) RM: Qual o seu critério para convidar um intérprete para representar a sua canção em um Festival de Música?

Gilvandro Filho: A identificação do estilo do intérprete com a canção. Que seja, ainda, do Bem e gente boa. Quando casa e dá certo, a alegria equivale a um prêmio.

38) RM: Depois que algumas canções em parcerias que ganharam Festivais de Música aumentaram a procura de letrista e melodistas querendo ser o seu parceiro musical?

Gilvandro Filho: Relativamente. Conquistei alguns parceiros após esses festivais de música.

39) RM: Bob Dylan ganhou o prêmio Nobel de Literatura em outubro de 2016. Será que este fato anima outros letristas a “sonharem” com prêmios na área de Literatura ou é um fato isolado?

Gilvandro Filho: Ainda é um fato isolado. Já se vão sete anos e fato semelhante não se repetiu. Mas influenciou e abriu a mente da elite literária. Como foi a escolha de Gilberto Gil para a Academia Brasileira de Letras, no começo do ano passado (2022).

40) RM: Os músicos americanos são conhecidos como grandes cantores, melodistas e arranjadores. Qual a sua opinião sobre a qualidade deles como letrista?

Gilvandro Filho: Cada qual no seu quadrado e na sua realidade cultural. Gosto de vários, sobretudo da guarda mais antiga, como Gershiwn, Ram, James Taylor, Joni Mitchell ou o próprio Bob Dylan.

41) RM: Nietzsche comenta que a melodia(música) sem letra perturba a alma. O que você acha dessa afirmação?

Gilvandro Filho: Quem sou eu para me contrapor a Nietzsche? Mas, a melodia sem letra ou instrumental, ao meu ver, estimula a criação do enredo, do próprio texto. Ou não?

42) RM: No tempo da Ditadura Militar no Brasil as letras que tinham engajamento político fizeram sucesso. Qual a importância de letras que não tratem só do tema Amor?

Gilvandro Filho: Há importância em todas as letras, de um modo geral. Políticas, românticas, épicas, folclóricas. Se honestas e produzidas com um mínimo de bom gosto e inteligência.

43) RM: Qual a sua opinião sobre “as letras pra acasalamento” que tocam no rádio (FUNK, Sertanejo, Pagode, Forró, etc)?

Gilvandro Filho: Não fazem meu gosto musical. Por ter quem goste, meu respeito. Minha distância, contudo. Acho que vale fazer aí duas ressalvas. Primeiro, o forró pé-de-serra, o de Luiz Gonzaga e Maciel Melo, é tudo de bom e não pode ser confundido com o forró “universitário” ou com o piseiro. E o termo “sertanejo” que abriga tudo, indevidamente. Respeito muito o sertanejo de raiz, como o de Tonico & Tinoco e As Galvão.

44) RM: Renato Russo comentou que as letras que falam de amor sempre estarão na moda. Qual sua opinião a respeito dessa afirmação?

Gilvandro Filho: Concordo. Obedecidos os critérios criativos já citados. Amor sem melosidade, com boas sacadas e imagens. Feito tema de fim, triste, que, pra mim, tem que apontar alguma esperança.

45) RM: Você acha que as pessoas no geral estão mais para aceitar as letras que buscam o entretenimento ou a divagação lírica do que proporcionar reflexões humanas e sociais profundas?

Gilvandro Filho: Há gosto e momento pra tudo, dentro do que falei. Com inteligência, humor, sensibilidade, honestidade e respeito a quem lê a letra, a quem ouve a canção.

46) RM: Quais os seus projetos futuros?

Gilvandro Filho: Tenho muita vontade de tocar projetos com meus parceiros, a maioria individuais. Tenho pronto um projeto de versões, praia que adoro. E um volume 2 da coletânea “Mulheres Que Me (en)cantam”. E escrever sempre, até não poder mais. Estes, os projetos “dizíveis”. Outros, na mente, vou trabalhando.

47) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Gilvandro Filho: (81) 98825 – 6060 | [email protected] | https://www.instagram.com/gilvandrofilho

Quinteto Violado – ROMANCE JUNINO (Marcelo Melo – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=TURqLh4s6tg 

Edinho Queirós – CANÇÃO DA GUERRILHEIRA (Edinho Queirós – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=f8s00qNlmhk 

Apá Silvino – JANELA ABERTA (Apá Silvino – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=uXP_yBgX2TQ 

Gilson Espíndola – PRA VOCÊ (Gilson Espíndola – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=7ZmNATMN_f8:  

Daise Addario (O NATAL DO NOSSO TEMPO – (Ziza Padilha – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=Xprr90fX9n0 

Lucinha Guerra – LUA E RIO (Percy Marques – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=fE_0qwUpQG4 

Tavito – MÃOS DE CIRANDA (Tavito – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=YhydxEhzCNE 

Sonekka – JORNAL DAS DEZ (Sonekka – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=Qpjbi127hVs 

Adriana B – AMANHECÊNCIA (Adriana B – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=qhCFFav3YYk 

Márcio Policastro e Dani Alcarpe – HIROSHIMA, O XOTE (Márcio Policastro – Gilvandro Filho): https://www.youtube.com/watch?v=WFohaP0pvzk


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