O cantor, compositor paulistano Delta 2, radicado no Guarujá, litoral da baixada santista de São Paulo. Sua trajetória começou em 1989 compondo e cantando no coral do colégio onde estudava.
Rogério Leão tocou em diversas bandas de vários estilos musicais, mas seu coração foi tomado pela melodia e mensagens positivas do reggae. Esteve como “front man’ da banda de reggae Brisa Verde por dez anos, e desde 2020 iniciou o trabalho solo como DELTA 2.
Sua inspiração vem da observação do dia-a-dia, das relações uns com os outros e com o planeta. Faz canções que falam do bem, do amor, dos sonhos, e também das coisas que podem mudar para melhor as nossas vidas.
Todas as suas músicas podem ser conferidas no canal DELTA 2 no youtube, nas diversas plataformas digitais, e também nas principais rádios e web rádios do gênero reggae no Brasil.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Delta 2 para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 18.01.2023:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Delta 2: Nasci no dia 14/02/1979 em São Paulo – SP. Registrado como Luís Rogerio Leão Moreira.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Delta 2: Foi no colégio Adventista da Vila das Belezas na zona sul de São Paulo. Eu tinha 10 anos de idade e fui chamado para cantar no coral da escola pela professora de música enquanto cantava louvores junto com várias turmas na capela da própria escola. Na hora não entendi muito bem o motivo do convite, mas depois ela me explicou que eu era bem afinado, e que tinha potencial. Então aceitei participar, e lá comecei a dar os primeiros passos na música.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Delta 2: Não tenho uma formação musical convencional. Fiz apenas aulas do coral quando criança, e depois aulas de canto particulares. Quanto a formação acadêmica, sou formado em Direito e Pós-Graduado em Comunicação e Marketing.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Delta 2: Eu ouvi e curti muita música eletrônica na adolescência nas festas e casas noturnas de São Paulo, mas ouvi muito rock também com a onda do Seattle com Nirvana e Pearl Jam. Daí pra Legião Urbana, Paralamas do Sucesso. E depois naturalmente migrei de cabeça no reggae com Bob Marley, Peter Tosh, Dezarie, Alpha Blondy, Maro Seco, Planta e Raiz, Natiruts e Ponto de Equilíbrio. No meu entendimento todas as músicas que ouvi e curti tiveram sua importância, e querendo ou não fazem parte de mim.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Delta 2: Em meados dos anos 2000 iniciei a carreira musical entre a Vila das Belezas e o Capão Redondo zona sul de São Paulo. Apesar de trabalhar desde os 13 anos de idade, com 19 anos ainda não tinha dinheiro sobrando. Nessa época já tinha aprendido a tocar violão sozinho com a ajuda das revistinhas de letras com cifras, e meu irmão queria tocar bateria. Então pedimos ajuda para nossa mãe para financiar a compra de uma guitarra e uma bateria em uma loja na rua Santa Efigênia – Centro de São Paulo.
Daí então soubemos de outros garotos que tocavam guitarra e baixo no condomínio. Então os convidamos para montar uma banda. Eu já tinha algumas composições e começamos a fazer as primeiras músicas autorais e tocar os covers. Quando já somávamos algo em torno de 60 músicas mais ou menos no repertório fui atrás de locais para tocarmos. Daí nasceu a minha primeira banda: Brisa Verde (formada por Rogerio Leão na voz e guitarra base, Kel Leão na bateria, Thiago Ribeiro no Baixo, Edu Viana na guitarra solo, César na percussão.
O primeiro local que abriu as portas para a banda Brisa Verde foi um bar Point Jah na Vila das Belezas. Nesse local começamos a tocar todos os finais de semana. E como o bar era aberto, aos poucos virou um lugar bem badalado. Eu lembro que não tinha como passar carros pelo cruzamento, pois ficava tomado de pessoas. Fomos tocar em outros bares e casas noturnas de São Paulo, Interior e Baixada Santista. Sempre juntando muita gente, pois era um momento em que o Reggae e o Forró Pé de Serra era moda, muito bem aceito em muitas casas de show.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Delta 2: Lancei o álbum – “A Vida Real em Formato Musical” com a banda Brisa Verde com ajuda do nosso saudoso amigo Johnny B. Good da famosa loja com mesmo nome na galeria da rua 24 de Maio no Centro de São Paulo. A banda era formada por Rogerio Leão na voz e guitarra base, Kel Leão na bateria, Thiago Ribeiro no Baixo, Evandro Steque na guitarra solo, Estevão na percussão e backvocal, Rodrigo Leão na percussão e backvocal, Sean Stanley no sax.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Delta 2: Reggae.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Delta 2: Sim, no coral da escola e depois com professor Wesley Moreira.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Delta 2: O primeiro fator de suma importância é aprender a não forçar a voz demais para não ter problemas mais graves como calos vocais e etc. Depois aprender a aquecer e desaquecer a voz, deixar a voz mais limpa com exercícios, respiração correta, afinação, extensão, efeitos e tal. É importante o estudo sempre. Até hoje revisito os ensinamentos que são preciosos.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Delta 2: Gosto de vários e de vários estilos como Bob Marley, Elvis Presley, Fred Mercury, Elton John, Alicia Keys, Michael Jackson, Clinton Fearon, Hélio Bentes, Rodrigo Picollo, Peter Tosh, Don Carlos, dentre outros. Poderia escrever muitos outros.
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Delta 2: A música surge na minha cabeça em forma de pensamento. Nessa hora eu pego meu celular e gravo a ideia de letra e melodia. Depois com mais calma pego o violão e desenrolo os detalhes, troco algumas palavras da letra para deixar a música mais sonora, sem muitas pontas quebradas e tal. Daí então eu toco e vou adicionando acentos para trazer um swing legal a canção. Basicamente é isso.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Delta 2: Costumo fazer sozinho minhas músicas, mas seria uma experiência interessante fazer parecerias musicais. Quem sabe no futuro.
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Delta 2: Até hoje que eu saiba ninguém. Eu também não saio oferecendo minhas músicas. Pode ser por isso.
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Delta 2: O bom de ser independente é a liberdade e fazer música quando e onde eu quiser. De não ter amarras contratuais, de poder falar o que quiser para quem quiser. Já os contras é não ter uma equipe que cuide das agendas que fatalmente aparecem como entrevistas, negociação de shows, agenda de gravação, apoio financeiro de patrocinadores, busca por editais. Essas coisas.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Delta 2: Eu planejo de forma bem simples, hoje quero compor, gravar e disponibilizar minhas músicas para as pessoas, pois acredito que as mensagens que trago nas canções podem ajudar a mudar a vida ou pelo menos o momento ou o ambiente de quem escuta com atenção. Esse é meu propósito! Shows, Carreira são consequência disso. E tudo vem acontecendo de forma natural sem pressão. Nesse momento é assim que vou levando.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Delta 2: Trabalho em uma empresa de Energia Nacional, mas focado na Baixada Santista. Além disso, sou empreendedor também no ramo de Hospitalidade com um imóvel que possuo no Guarujá – SP. A parte de distribuição, acompanhamento de plataformas e canais eu mesmo faço também. Além de fazer o Marketing e contatos com parceiros de negócios, rádios, busca por oportunidades diárias e etc.
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Delta 2: A internet ajuda a fazer muita coisa, sem ela, Delta 2 certamente não existiria. Facilitou encontrar, por exemplo, meu produtor Rafael Toloi, que sem dúvidas foi uma luz na minha carreira. Contatos com parceiros de canais digitais, sites, revistas e rádios de todo o Brasil e até de Portugal onde tive a oportunidade de fazer um trabalho. Até hoje não me prejudicou.
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Delta 2: A vantagem é poder fazer a música acontecer em qualquer lugar. Facilitou o processo de gravação. Eu não faço dessa forma, pois gosto de ter a Supervisão de um Produtor, acho que a experiência dele no momento de gravação é fundamental para se ter um trabalho com qualidade.
19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Delta 2: Hoje eu procuro gravar músicas com grande qualidade sonora, e com músicos de ponta da cena reggae. Querendo ou não, dessa forma vejo que consigo fazer um trabalho diferenciado. Se é melhor ou pior que as demais bandas, o público vai dizer. Mas posso dizer que não poupo esforços para trazer até meu público o que há de melhor, pois ele merece.
21) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Delta 2: Que já gravam comigo Thalles Lion Farmer, Rafael Senegal, Flucs, Rafa Toloi, Luizinho Nascimento, Kiko Bonato, Bruno Cunha, Arthur Marques, são grandes nomes e exemplos de profissionais e todos conhecidos de um grande público. No cenário nacional admiro: Natiruts, Ponto de Equilíbrio, Planta & Raiz, Maneva.
22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Delta 2: Todas as situações citadas na pergunta já aconteceram, e mais de uma vez, infelizmente. A que nunca aconteceu foi briga. Nunca chegamos a esse ponto.
23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Delta 2: O reconhecimento do meu trabalho me deixa muito feliz. Quando recebo um feedback positivo do público em geral ou dos parceiros que divulgam minha música diariamente me enche de alegria. É sinal que o trabalho que estamos construindo faz sentido é que devemos continuar.
O que me deixa triste é ver que ainda muita gente não dá valor a música mesmo não vivendo sem ela. Já ouvi gente dizendo, por exemplo, que jamais vai pagar para ouvir música na vida. Acho isso um pensamento muito pequeno, pois se não pagar nada, como existirão artistas que conseguirão fazer trabalhos de qualidade? E como esses artistas farão para se manter, comer, pagar suas contas e tal? Mas infelizmente nem todos têm a sensibilidade necessária para pensar nesse fato.
24) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Delta 2: Graças a Deus, hoje minhas músicas tocam em muitas rádios, e eu não estou pagando o jabá. Creio que seja pela qualidade. As rádios grandes ainda pedem valores e acredito que isso não vai mudar. Dinheiro é o que faz o mundo Capitalista girar. E no final acho que todo mundo precisa ganhar mesmo. Só acho que alguns precisam rever esses valores quando se trata de um artista independente.
25) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Delta 2: Eu digo que deve trilhar, pois não podemos deixar de sonhar e acreditar. Conhecimento é fundamental, por isso, se possível; estude e se aprimore para ter um arsenal maior no momento das composições, criações e apresentações. Isso fará toda a diferença. Não confie em tudo o que dirão para você! No começo o que mais tem é gente jogando areia para te desencorajar a fazer. Isso em tudo na vida. Seja confiante, persistente, constante e acima de tudo paciente. As coisas vão acontecer quando você estiver pronto.
26) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Delta 2: Vejo muito “mais do mesmo”, o tempo todo. E infelizmente, a grande mídia joga o holofote para o que rende mais cliques. Dificilmente ajudam a cena independente, salvo raras exceções por mero sensacionalismo, ou por aparência.
27) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Delta 2: Não conheço, portanto não posso opinar. Já tentei contato com SESC Bertioga que me respondeu dizendo que só aceita artistas com trabalhos covers (que cante músicas que já são sucessos). Uma pena!
28) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Delta 2: A cena reggae nacional existe, resiste e se mantém naqueles que amam o ritmo, a ideologia, o estilo de vida da cultura reggae. Enquanto houver um amante do reggae, nosso estilo jamais irá morrer.
Como revelação no reggae mundial das últimas décadas eu destaco: Emeterians, Mellow Mood, Vanupie, Mike Love, Mokalamity. Na consistência os nossos irmãos do Natiruts, Ponto de Equilíbrio, Mato Seco, Planta & Raiz, Adão Negro. Sempre na pegada! Quem não tenho visto muito ultimamente é o pessoal do Chimarruts, Big Up que no passado teve bastante notoriedade, mas não posso dizer que regrediu, só não tenho ouvido trabalhos novos.
29) RM: Você é Rastafári?
Delta 2: Não posso dizer que sou. Respeito a ideologia, pratico o bem e a gratidão todos os dias às pessoas, animais, plantas e alimentos. Tudo isso é vida, e precisa de respeito. A religião Rastafári me ensinou isso, mas sigo até aí. Sou adepto a Deus, Jah, Alá, Jeová, como quiser chamar o nosso Divino Senhor. Sou adepto ao bem e a energia positiva. É o que me guia todo santo dia.
30) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?
Delta 2: Qualquer um pode afirmar o que bem entender. Cabe a quem ouve aceitar ou não. A música é livre como tem que ser. Cada um coloca sua alma e dedicação com base na sua formação, vida e experiências. Eu não concordo com a afirmação e não perco sequer um momento para ouvir ou ler algo do tipo. O reggae está em todos os lugares, em diversas nações e corações. O que importa é a mensagem positiva e a intenção presente na música. Isso pode vir de um reggae feito na Jamaica ou em qualquer parte do mundo.
31) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?
Delta 2: Em primeiro lugar a falta de apoio e união de quem faz o movimento acontecer. Nós temos que unir nossas forças. As bandas que tem mais notoriedade precisam começar a puxar e apadrinhar os menores. Assim vamos crescendo. Se ajudando. Eu costumo postar coisas de outras bandas e canais do reggae nas minhas contas nas redes sociais. Acho importante, por mais que eu mesmo não tenha tanta relevância assim. Acho que não custa nada ajudar o próximo. Na Europa e EUA por exemplo o acesso, apoio e incentivo cultural é bem maior que por aqui. Assim o desenvolvimento naturalmente flui mais facilmente a meu ver.
32) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System?
Delta 2: O ponto positivo é gastar menos com produção em comparação com o show com banda. É uma apresentação bem mais em conta já que não é necessário levar banda. Bom para o cantor e o Dj apenas. O ponto negativo é não ter a performance da banda no palco. A energia é outra com toda certeza, e todos precisamos tocar para ganhar a vida, precisamos tocar também para sobreviver. Mas gosto do Sound System, é uma das maneiras de difundir o reggae. Então apoio!
33) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?
Delta 2: A energia como disse acima! É outra sintonia, outra química.
34) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?
Delta 2: É engraçado que todo mundo fuma maconha em todos os estilos musicais, mas o estigma fica apenas com o Reggae. Eu não me importo com isso. Acredito que a erva é sagrada e nos faz ver além do óbvio. Acho que acerta quem a utiliza com essa finalidade. Mas tem gente que só encara como droga para ficar doidão e não aproveita todo o potencial e benefícios das plantas sagradas feitas por Deus. Daí não falo só sobre a Cannabis sativa.
35) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?
Delta 2: Existe e faz parte da história. Isso ninguém pode mudar. Hoje está entre nós misturado com a Cultura Jamaicana, Africana e Brasileira. Muitos ensinamentos estão destacados em músicas reggae, e são bons ensinamentos. Você não é obrigado a ser Rastafári, mas pode praticar o bem na sua vida como a cultura Rastafári faz.
36) RM: Quais os seus projetos futuros?
Delta 2: Estou trabalhando em um novo EP de DUB que contará com quatro canções já gravadas. Além disso sigo preparando novos singles que serão lançados em 2023. Quero ter a possibilidade de me apresentar também com banda ou Sound System. Eu, gosto do contato com o público, mas só me apresentarei se as condições forem justas.
37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Delta 2: (11) 95670 – 5515 | [email protected]
Instagram – https://www.instagram.com/_deltadois
Spotify – https://open.spotify.com/artist/2lxrahAINBllXco7wrxLBN?si=KFN04pBkQNeQ1yM5VvnszQ
Youtube – https://www.youtube.com/channel/UCSfEEIXwFAXX5nDBEAUfg3w
“Follow Your Dreams” – Delta 2: https://www.youtube.com/watch?v=eeZZS5p6Hqg
“Um Novo Dia de Sol” – Delta 2: https://www.youtube.com/watch?v=Yuh9eueN9mc
“Seu Lugar” – Delta 2: https://www.youtube.com/watch?v=l8iUiZrfVBc
“Correria” – Brisa Verde: https://www.youtube.com/watch?v=6n_y0KXddFI
Essa revista realmente canta o Brasil!!
Parabéns Antônio, parabéns Delta2