O cantor e compositor paraibano Febuk começou na carreira musical nos anos 80 nos festivais de música em João Pessoa – PB e fazendo diversos shows coletivos e individuais. Foi membro do Musiclube da Paraíba ao lado de Pedro Osmar (http://www.ritmomelodia.mus.br/entrevistas/pedro-osmar), Chico César (http://www.ritmomelodia.mus.br/entrevistas/chico-cesar), Totonho e Os Cabra e muitos outros.
É Formado em Educação Artística e é Radialista! Gravou dois álbuns: Terra da Luz (1995) e Jah Está Comigo (2001). Febuk também foi vocalista das bandas: Magia – Cabedelo – PB, Alta Tensão – Aracaju – SE e Tuaregues – João Pessoa/PB. Atualmente está gravando mais um trabalho solo, acompanhado da banda Santo Graal.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Febuk para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 30/05/2025:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Febuk: Nasci no dia 09 de outubro de 1961 em João Pessoa – PB. Registrado como Fernando Antônio Fernandes de Albuquerque.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Febuk: Acredito que eu ainda era um bebê, porque minha mãe me pegou cantando para toda classe quando eu tinha uns cinco anos de idade.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Febuk: Eu sou formado em Educação Artística pela UFPB – Universidade Federal da Paraíba e cursei o técnico de radialista.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Febuk: Eu ouvi o brega romântico, as músicas românticas de Roberto Carlos, os flashback dos anos 70, A MPB dos anos 80, o rock Nacional dos anos 80 e o reggae dos anos 80 até os dias atuais. O que eu deixei de ouvir foi os flashback.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira profissional?
Febuk: Comecei nos anos 80 participando de festivais musicais e participei do Musiclube da Paraíba, entidade de classe do artista paraibano. Nos anos 90 fui cantor de bandas de baile: banda Tuaregues de João Pessoa, banda Magia de Cabedelo e banda Alta Tensão de Aracaju.
06) RM: Quantos álbuns lançados?
Febuk: Em 1995, lancei Terra da luz e em 2001, lancei Jah Está Comigo. Em 1983, gravei Marcas e Feridas, uma música que foi lançada em vinil. Hoje estou gravando e disponibilizando nas plataformas digitais!
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Febuk: Meu estilo musical é Reggae Lovers!
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Febuk: Estudei técnica vocal, mas por pouco tempo!
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Febuk: O estudo de técnica vocal é muito importante, mas eu não levei a sério o estudo como também o estudo erudito, ler e escrever partituras nunca foi comigo! Não tenho paciência (risos).
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Febuk: Admiro Elis Regina, Gal Costa, Zizi Possi, Rita Lee, Maria Bethânia, Etana, Nina Simone,
Sarah Vaughan e muitas outras cantoras.
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Febuk: No meu processo de compor, as músicas chegam naturalmente e muitas vezes já pedem um tipo de letra! Aí sento para fazer, geralmente faço letra e melodia ao mesmo tempo acompanhado pelo violão!
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Febuk: Tive dois parceiros musicais: Dario Júnior, produtor musical Betinho Muniz, foram duas músicas com cada um! Hoje, eu mesmo faço minha música!
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Febuk: Ninguém nunca gravou minhas músicas.
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Febuk: É muito difícil uma carreira independente!
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Febuk: As vezes paro e recomeço e por aí vai! O mais difícil é manter uma sequência de show! Quando consigo um show, eu contrato os músicos e faço três ensaios, as minhas músicas já estão gravadas, fica mais fácil de copiar! No palco, geralmente abro com uma música instrumental e meu show é de 90% de músicas autorais. Não canto música internacional! Fora do palco sou reservado, caseiro, gosto de ler e ouvir música, tirar som no violão e no teclado.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Febuk: A internet ajuda! Tenho meu assessor que faz minhas publicações nas redes sociais, ele quem resolve tudo!
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Febuk: A vantagem do home estúdio é que podemos gravar nossas músicas, divulgar para muitas pessoas. A desvantagens é que agora tudo está ficando pago pela internet!
18) RM : No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Febuk: Não gravou mais CD físico, eu apenas disponibilizo minhas músicas nas plataformas digitais. Eu não faço nada para ser diferente! Já sou diferente, eu procuro ser eu mesmo, faço reggae autoral, não sou Bob Marley, não sou Rastafari, sou um compositor do estilo reggae, amante do Reggae, mas, não sou Jamaicano, sou nordestino e paraibano!
19) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Febuk: Eu admiro muito Chico César, Alceu Valença, Roberto Carlos e muitos outros!
20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Febuk: Muitas coisas citadas na pergunta aconteceram na minha carreira musical. uma vez subi no palco para fazer um show ao meio dia e eu disse: boa noite galera? A galera em uma só voz respondeu: Boa tarde! Aí eu falei, só queria saber se vocês estão espertos mesmo!
21) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Febuk: O que me dá mais prazer é cantar uma música que eu fiz, o que me deixa triste é não ter mercado para o meu trabalho musical.
22) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Febuk: Nunca vai deixar de existir o pagamento de Jabá. E para tocar nas rádios, tem que fazer contrato financeiro. Tem que ter um investidor!
23) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Febuk: Eu diria que a carreira artística não ė fácil! É preciso disciplina, bom senso e muita vontade.
24) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Febuk: Eu nem vejo mais essa cobertura da música feita pela grande mídia! Hoje, eu prefiro pesquisar na internet, ouvir músicas do meu seguimento musical.
25) RM : Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Febuk: O reggae no Brasil passou por um bom momento, mas agora, deu uma caída! Depois de Edson Gomes, Tribo de Jah e Cidade Negra, não vejo mais ninguém! Regrediram: Ponto de Equilíbrio, Adão Negro, Planta e Raiz, Armandinho.
26) RM: Você é Rastafári?
Febuk: Não sou Rastafari. Sou Paraibano de João Pessoa, Nordestino, Amante do Reggae! Mas, respeito o verdadeiro Rasta!
27) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?
Febuk: Os Rastas foram quem aderiram ao Reggae. O reggae foi criado por músicos e com a entrada de Bob Marley na religião Rastafári, a música passou a ser associada aos rastas, mas, eles dizem ser pioneiros, os que começaram e com certeza são. Mas, hoje tem Reggae com muitos estilos diferentes. O reggae é universal!
28) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?
Febuk: O Reggae não está em evidência no Brasil por não ter investidores e existe ainda muito preconceito!
29) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System? Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?
Febuk: Não tenho nada contra o formato Sound System, mas, eu gosto de cantar com banda!
30) RM : Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha? Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?
Febuk: Essa relação do Reggae com a maconha se deve a cultura Rastas que aderiram ao Reggae!
31) RM: Quais os seus projetos futuros?
Febuk: Estou gravando e regravando algumas músicas, estou trabalhando com um produtor de São Luís – MA. Estou colocando as músicas nas plataformas digitais, mas a dificuldade é fazer show!
37) RM : Quais seus contatos para show e para os fãs?
Febuk: (83) 98854 – 7245 | f[email protected] | https://linktr.ee/febuk | https://www.instagram.com/febukreggae
| https://www.facebook.com/febuk.febuk.2025/
Canal: https://www.youtube.com/@mrfebuk
Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=Sf232olirrY&list=PLOZ451scjy-SXFUd69lMfmOKx3YkD8dHS
Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=CxIui2_ELMk&list=PLOZ451scjy-QyE__cJqM-6_lh3KYzwmn-
Ouça agora no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/3oL9WV3wKpl1kxZ8jjLwn8?si=OTFZeClPRh-IWsZf20Huqg&nd=1&dlsi=f73a39d843bd4d17
https://www.palcomp3.com.br/febukreggae
Gostei!! Direto, com opinião e com visão da realidade!!
Bela trajetória do artista! Admirar Chico César, Alceu Valença e Roberto Carlos traz excelentes referências.