Em 1997 Robson Bass após ter estudado um ano de violão clássico no DART – Departamento de Arte da Universidade Federal da Paraíba em Campina Grande – PB e mais três e meio no Conservatório de Música Antenor Navarro em João Pessoa – PB, concluiu o curso de Licenciatura em Educação Artística com habilitação em música e dois anos depois em Artes Cênicas, chegando a cursar mais dois anos Artes Plásticas, sem chegar a concluí-lo.
Em 1998 começou seu trabalho como compositor como forma de catarse, inspirado numa paixão platônica, com melodias simples e pop, e letras bastante coloquiais e românticas.
Em 2000 ao concorrer ao festival de música do Varadouro (Femuva), em João Pessoa, Robson Bass é contemplado com três premiações com a música Esquisitice de sua autoria: melhor música, músico revelação e melhor arranjo.
A partir deste festival, a banda As Parêa abriu o show de Lenine no bar Portal das Cores em Intermares e fez dois shows em Pipa – RN. Em novembro deste mesmo ano, Robson Bass se despediu das Parêa após o show de encerramento do FENARTE no Espaço Cultural em João Pessoa.
Em 2001 é realizado em Campina Grande o festival de música da FACMA e Robson Bass se inscreveu e consegue o terceiro lugar tocando e interpretando Meu Remanso e Meu Acalento de sua autoria, recebendo a premiação em dinheiro de Arnaldo Antunes e investiu no seu primeiro álbum promocional Meu Remanso e Meu Acalento. Logo após gravou por conta própria seu segundo álbum promocional Meu Despertar.
Em 2006 a música Esquisitice de Robson Bass foi executada ao vivo no programa global MAIS VOCÊ, de Ana Maria Braga, interpretada pela banda paraibana As Bastianas. Neste mesmo ano Robson Bass abriu o show de Renato Teixeira no projeto SEIS E MEIA no teatro Severino Cabral em Campina Grande.
Em 2009 após aprovação do projeto do fundo de incentivo à cultura FUMIC, da prefeitura de Campina Grande, Robson Bass produziu e gravou seu primeiro álbum profissional TERCINA PLUG, em parceria com Edmar Travassos.
Neste mesmo ano é formada a banda Robson Bass e Tercina Plug para o lançamento do álbum que foi realizado na Praça da Bandeira em Campina Grande através do projeto Sete Notas realizado pelo SESC. Além de ter composto todas as composições com exceção da letra da música Fui no Itororó, Robson Bass como em todos os seus álbuns anteriores produziu, arranjou e executou: Violão, Guitarra, Gaita, Contra Baixo, Bandolim, além dos arranjos de Trompete e voz.
Em 2011 Robson Bass tem mais de 200 composições nos mais variados estilos e fusões que o mesmo classifica como MPB Contemporâneo e que vão do Rock ao Coco, do Tango ao Jazz, do Flamenco a Salsa, do Maracatu ao Carimbó do Baião ao Reggae, passando por influências melódicas orientais e também pelo brega estilizado.
Robson Bass e Tercina Plug já participou de vários eventos como: Projeto Sete Notas do SESC-CG, Circuito das Praças JP e Festival de Inverno de Campina Grande, e é formada por: Robson Bass (guitarra, voz, gaita e produção), Gilson Machado (bateria), Felipe Gomes (Trompete), Pedro Bass (Contrabaixo) e Beto Junior (teclado).
Em 2023 o perfil artístico de Robson Bass na distribuidora N1M circulou entre os mais acessados na categoria de Novas Descobertas, com dezenas de milhares de acessos vindos de todo o mundo.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Robson Bass para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 26.07.2024:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Robson Bass: Nasci no dia 09/11/1970 em Puxinanã – PB. Registrado como Robson Luiz Dantas da Silva.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Robson Bass: Meu primeiro contato com a performance musical foi aos 15 anos de idade (em 1985), com um grande amigo da escola, Franco Nero. Costumávamos nos encontrar para tocar e, com isso, aprendi meus primeiros acordes e músicas.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Robson Bass: Sou licenciado em Educação Artística com habilitação em Música.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Robson Bass: Passado: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan, Chico Buarque.
Presente: Gotan Project, Orishas, Buena vista Social Club, White Stripe, Lorena Mckennedy. Todas continuam sendo vitais para o meu processo criativo.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Robson Bass: A carreira profissional começou em campina grande, em 1991, quando aos 20 anos, entrei no conservatório do DART (DEPARTAMENTO DE ARTE), da UFCG – Universidade Federal de Campina Grande – PB.
06) RM: Quantos CDs lançados? Cite alguns CDs que já participou como violonista?
Robson Bass: Tenho cinco álbuns próprios lançados, sendo eles: Meu remanso e meu acalento: O poeta rapsodo, Tercina plug, Mofis Morphos Groove, Satiriky. Em todos, além de como produtor musical, atuei como baixista, guitarrista e violonista.
07) RM: Como você define o seu estilo musical?
Robson Bass: Meu estilo, em minha concepção, é uma MPB contemporânea.
08) RM: Como é o seu processo de compor?
Robson Bass: Dedico diariamente um bom pedaço do meu dia para meu instrumento e, nesses momentos, costumo criar arranjos e ideias que, quando conecto às experiências vividas naquele dia, criam letras, melodias e por fim, músicas.
09) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Robson Bass: Considero a composição um processo mais individual, mas em alguns momentos, em músicas como “O invasor de sonhos”, consigo me conectar às ideias de outros compositores e poetas, como meu irmão, Alberto Eloy.
10) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Robson Bass: Como lado positivo, pontuo a liberdade para me expressar artisticamente, sem muitas amarras. Como lado negativo, é válido pontuar que o bolso nem sempre pode arcar com os custos de todas as minhas ideias.
11) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Robson Bass: Produzir músicas em bons estúdios, cadastrá-las e lançá-las conforme vão surgindo.
12) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Robson Bass: Atualmente, trabalhando em parceria com meu novo produtor artístico, Pagui (músico e compositor), desenvolvemos continuamente estratégias de marketing para impulsionar o alcance das minhas canções.
13) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento da sua carreira musical?
Robson Bass: A internet proporciona uma possibilidade de alcance incalculável, mas a concorrência, igualmente incalculável, se torna um pequeno obstáculo que trabalho para superar.
14) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Robson Bass: Acredito que é muito positivo para os artistas que como eu, não tem condições ou contratos para arcar com grandes estúdios.
15) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Robson Bass: Continuamente invisto na divulgação do meu trabalho, tanto virtual quanto pessoalmente.
16) RM: Como você analisa o cenário da música instrumental no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Robson Bass: Hamilton de Holanda, Yamandu Costa, Raphael Rabello contribuíram bastante para o crescimento da música instrumental brasileira, tal qual o grande quarteto novo, em sua curta aparição no cenário. Hamilton de Holanda é um dos que permanecem, tal qual o Hermeto, c grandiosos trabalhos.
17) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Robson Bass: Djavan, Gilberto Gil e o próprio Hamilton de Holanda.
18) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?
Robson Bass: Na plataforma através da qual há pouco costumava lançar minhas músicas, antes de migrar para a ONERPM, tive a felicidade de ter minha página como uma das mais visitadas no ano de 2023.
19) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Robson Bass: Fico muito feliz em poder fazer o que amo. O que me entristece é um desfalque notável nas políticas públicas que favoreçam artistas independentes.
20) RM: Você acredita que sem o pagamento do Jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Robson Bass: Acredito que sim, mas talvez na voz de algum artista de maior nome que se interesse por minhas obras.
21) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Robson Bass: Siga em frente e não olhe para trás. O sucesso vem com a persistência.
22) RM: Quais os violonistas que você admira?
Robson Bass: Raphael Rabello, João Gilberto, Marco Pereira e Yamandu Costa.
23) RM: Quais os compositores eruditos que você admira?
Robson Bass: Heitor Villa-Lobos, Bach, Beethoven.
24) RM: Quais os compositores populares que você admira?
Robson Bass: Djavan, Caetano, Chico Buarque, Gilberto Gil.
25) RM: Quais os compositores da Bossa Nova você admira?
Robson Bass: João Gilberto, Tom Jobim.
26) RM: Apresente sua metodologia de ensino do Violão e seus métodos.
Robson Bass: Costumo usar bastante as técnicas de Edilson Eulálio, que foi meu professor no DART, Henrique Pinto e Paulinho Nogueira.
27) RM: Quais as diferenças técnicas entre o Violão Erudito e Popular?
Robson Bass: No violão erudito há muito apoio na escrita e na virtuosidade, no popular, entretanto, encontramos mais liberdade para expressar e improvisar dentro da tonalidade exposta.
28) RM: Quais as principais técnicas que o aluno deve dominar para se tornar um bom Violonista?
Robson Bass: Ter uma boa expressividade na mão direita e um bom domínio do braço para a mão esquerda. É vital para um bom violonista ter o violão como uma extensão de seu corpo, como um “membro extra”. Este tipo de conexão serve para qualquer instrumentista que deseje alcançar um bom nível técnico.
29) RM: Quais os principais erros na metodologia de ensino de música?
Robson Bass: A limitação do ensino apenas a técnica, excluindo os desejos individuais do aluno.
30) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Robson Bass: Talvez haja dom, mas ninguém chega em nenhum lugar sem esforço. Qualquer pessoa pode se tornar boa musicista mesmo sem qualquer tipo de predisposição. Enquanto alguém que possua o dito dom, possa nunca atingir o almejado título de bom músico se carecer de esforço.
31) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Robson Bass: A improvisação é a experimentação da vivência musical do improvisador. O momento em que o musico expressa seu sentimento através de notas.
32) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Robson Bass: Muitos métodos limitam a improvisação ao uso de escalas e arpejos específicos, excluindo a alma da improvisação e transformando-a em algo técnico.
33) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Robson Bass: O estudo é necessário, mas depois do domínio das técnicas e ideias, após muito tempo de teste, torna-se algo natural.
34) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Robson Bass: Uma boa harmonia enriquece o arranjo de músicas e um bom conhecimento harmônico enriquece o musico na hora de compor e improvisar.
35) RM: Quais os prós e contras de ser multi-instrumentista?
Robson Bass: É importante especializar-se em um único instrumento antes de partir para outros, para ter sempre uma base boa.
36) RM: Quais os seus projetos futuros?
Robson Bass: Continuar e avançar na minha carreira artística, pretendo conseguir ouvir minhas canções em alguma trilha de novela.
37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Robson Bass: [email protected]
| https://www.instagram.com/robsonbass_spotify
Canal: https://www.youtube.com/@robsonbass6379
Carimbó da Paraíba – Satyrikí – Robson Bass: https://www.youtube.com/watch?v=V1I1SH3LI1c
O Príncipe e a Rosa (Robson Bass)…: https://www.youtube.com/watch?v=la7AsuDlb4w
Nossa Gente – ROBSON BASS (músico): https://www.youtube.com/watch?v=Kny3GzMWXfg
O Poeta Rapsodo: https://open.spotify.com/intl-pt/album/4Dm7bzhOhz51eK4IYETDCT?si=g_QBpXfjRpe_x-OYvAcnvQ&nd=1&dlsi=2eef8322db6a4c17
O Poeta Rapsodo: https://open.spotify.com/album/4Dm7bzhOhz51eK4IYETDCT?si=g_QBpXfjRpe_x-OYvAcnvQ
Madame Butterfly: https://open.spotify.com/album/1PQBrpLziLHvSWk3noLf0D?si=08o-MWwjSkCcyqg5qww87w
Outra entrevista muito boa, muito bem conduzida e narrando a importância da perseverança rumo aos objetivos.