O cantor, compositor, gaitista, saxofonista, flautista carioca Milton Guedes se apresentou no dia 23 de novembro de 2023 no palco do BLUE NOTE SP com sua mistura de experiências, no show Balada de Amores Abalados.
Artista versátil, no show Milton Guedes apresenta seu lado mais intimista em sucessos, como Bem no Último instante, Você vai lembrar de mim (da novela TiTiTi), Outra Pessoa, Mares de Ti de Carlinhos Brown, O meu Lugar de Zélia Duncan, entre outros.
Mas, o show não poderia terminar sem sua festa de MASHUPS, juntando Lulu Santos & Bruno Mars, Rita Lee & Dua Lipa, Fábio Junior & Beyoncé, Cazuza & Coldplay, composições autorais como Jeito Sexy – sucesso com a Fat Family, Se Você Aparecer e muitos hits, que fazem do seu show um dos mais dançantes do Brasil. No palco, Milton estará acompanhado por (banda).
Milton Guedes é filho de um funcionário do Ministério da Marinha, foi morar em Brasília – DF quando tinha apenas um ano de idade. Aos 14 anos, entrou para uma escola de canto-mirim.
Na adolescência, foi campeão brasiliense com uma equipe profissional de skate. Antes de iniciar sua carreira profissional, foi estagiário do Banco do Brasil.
Começou a estudar música com seu vizinho João Batista, que lhe ofereceu as primeiras aulas de saxofone e flauta. Aos 18 anos de idade (1981), começou a tocar e a cantar nos bares de Brasília como vocalista da banda “Pôr-do-Sol”.
Em 1986, foi convidado por Oswaldo Montenegro para integrar sua equipe de músicos. No Rio de Janeiro, participou dos espetáculos “Os Menestréis”, “Dança dos Signos” e “Aldeia dos Ventos”. Em seguida, foi chamado para compor a banda de Lulu Santos, com quem, por nove anos, realizou turnês por todo o Brasil.
Em 1993 lançou o primeiro disco e em 1996 o segundo, ambos com seu nome como título. Além de multi-instrumentista, Milton é considerado um dos melhores assoviadores do Brasil. No disco “Os Menestréis” ficou famoso o seu assovio na música “Engarrafamento (Taxímetro)”, e com frequência ele é chamado para gravar assovios em trilhas sonoras para a Rede Globo e outros.
Em 1988 conheceu Lulu Santos que o convidou para ingressar em sua banda. Milton entrou na banda de Lulu Santos e acompanhou o Lulu em seus shows por quase dez anos. Tocaram juntos até no Festival de Montreux, na Suíça.
Em 1997 Milton saiu da banda de Lulu Santos para se dedicar a sua carreira solo e a seu segundo CD, com o qual emplacou nas rádios de todo o país com a música “Sonho de Uma Noite de Verão”.
Em 2002 ingressou na banda da dupla Sandy & Junior. Em 2004, paralelo ao trabalho que faz com Sandy & Junior e com o Claudio Zoli, Milton também participou na gravação do primeiro DVD do grupo carioca Roupa Nova, o RoupAcústico.
No mesmo ano, ele cantou uma música no filme da Disney “Aconteceu de Novo no Natal do Mickey”. Também estreou com a banda SoulFunk, na qual é o vocalista. A banda encerrou suas atividades em 2007, pois a maioria de seus músicos também faz parte da banda de Sandy & Junior.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Milton Guedes para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado com Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 08.12.2023:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Milton Guedes: Nasci no dia 04 de junho de 1963 no Rio de Janeiro – RJ. Registrado como Milton Carlos Muniz Guedes.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Milton Guedes: Sempre tive uma família musical. Minha irmã mais velha, Fátima Guedes, cantava em corais e me matriculou num coral mirim. Ela é o lado MPB, meu irmão mais velho, Marco Guedes, é baterista de Rock até hoje, e me levava para ver os amigos tocarem. Era a cena rock de Brasília – DF começando a surgir, mas só formei minha primeira banda Por do Sol eu tinha com 18 anos de idade (1981).
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Milton Guedes: Sou autodidata, apesar de ter estudado, tanto no coral, iniciação teórica de música, quanto com meu professor de sax e vizinho, Sr. João Batista. Ele me deu aulas até eu sair de Brasília – DF. Isso aconteceu quando eu tinha 21 anos.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Milton Guedes: Ouvia muito os mineiros, Beto Guedes, Lô Borges, Milton Nascimento, Flávio Venturini, mas também ouvia muita música internacional. Michael Jackson e Stevie Wonder foram fundamentais na minha escolha pela música Pop, e também teve a banda Supertramp, por conta dos solos de sax. Ouvia de tudo. Acho todos importantes.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Milton Guedes: Comecei em 1981 Brasília – DF, com minha banda Por do Sol, formada por mim, meu irmão Marco Guedes na bateria, meu primo Guilherme Lassance no violão, Pingo no baixo e meu amigo de infância Luiz Carlos, o Dentinho, no violão.
Esta foi minha primeira busca pra ser um profissional da música, mas isso só aconteceu realmente quando conheci em 1986 Oswaldo Montenegro enquanto eu tocava num bar em Brasília. Ele então me convidou para fazer parte de sua trupe de atores/músicos. Além das peças de teatro, também o acompanhava nos shows.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Milton Guedes: Tenho cinco álbuns lançados: “Milton Guedes”, “Outra Pessoa”, “Cinema”, “Certas Coisas”, “Baladas de Amores Abalados”.
Discografia:
Por Um Dia Melhor – Pôr do Sol (1984) PolyGram
Milton Guedes (1993) BMG
Milton Guedes (1997) EMI
Cinema (2001) Abril Music
Certas Coisas (2007) Som Livre
Músicas em novelas da Globo:
“Separação” – novela Meu Bem Meu Mal (1990)
“O Sonho se Perdeu” – minissérie Riacho Doce (1990)
“Agente Secreto” (com Ary Sperling) – novela Araponga (1990)
“Sonho de Uma Noite de Verão” – novela Zazá (1997)
“Outra Pessoa” – novela Era Uma Vez… (1998)
“Você Vai Lembrar de Mim” – novela Ti Ti Ti (2010)
“Mulheres” – novela Guerra dos Sexos (2012)
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Milton Guedes: Gosto de achar que sou Pop/Mpb.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Milton Guedes: No coral, em Brasília – DF, desde os 14 anos (1977), fazíamos aulas de técnica vocal. Cheguei a ter aulas particulares nos anos 1990.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Milton Guedes: Fundamental para manter potência e afinação. Infelizmente, parei nos últimos 10 anos e sinto bastante a diferença. Pretendo voltar logo.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Milton Guedes: Gosto muito da Elis Regina, Cássia Eller e Alcione, vozes potentes. Mas também adoro vozes como a da Marisa Monte. Estrangeiras, tem várias, mas Whitney Houston é incrível em seu estilo, por exemplo.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Milton Guedes: Gosto de ter uma melodia para começar. Não precisa ser completa. Um bom refrão, e o resto vai se encaixando. Sempre a melodia primeiro.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Milton Guedes: Componho muito sozinho, mas gosto de “arrematar” as canções enviando para alguém que eu ache que vai entender aquele estilo. Gosto do Mauro Sta Cecília, da Adriana Maciel e do Arlindo da Paixão (Mongol), por exemplo.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Milton Guedes: A vantagem é ter liberdade pra escolher o que você quer que seu público ouça primeiro, ou produzir e arranjar as canções do seu jeito. A dificuldade é divulgar, e nos meios atuais, fazer a canção entrar em playlists que ajudam a alcançar mais ouvintes, mas é preciso gastar muito dinheiro pra que isso aconteça. As gravadoras tinham este papel, apesar do percentual delas ser absurdamente alto na época, podiam fazer um disco acontecer.
14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Milton Guedes: Faço praticamente tudo hoje em dia, e conto com a parceria fundamental da minha empresária Sonia Fossati, que viabiliza os projetos. Tenho muitas ideias e sou muito inquieto. Produzo e gravo bastante para outras pessoas e isso dispersa muito o foco na carreira solo, mas tento sempre estar com um projeto novo a cada ano. Fundamental ter parcerias pra viabilizar os shows, vendas, divulgação e tal.
15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Milton Guedes: Investimos quase tudo o que ganhamos em divulgação nas mídias sociais, além de vídeos, teasers e claro, nos shows que não temos retorno financeiro, mas que são vitrines. Neste caso, bancamos a nossa produção para viabilizar estes eventos. Não é fácil! É sempre um recomeço, um risco, mas sem isso, o artista desaparece.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Milton Guedes: A internet é fundamental pra mim, hoje! É onde as pessoas me encontram, e onde divulgo meu conteúdo. A parte ruim é ter que desprender muito tempo criando conteúdo sem nenhum retorno financeiro. Tenho o privilégio de ter meu estúdio, mas imagine quem não tem esta possibilidade?
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Milton Guedes: Investi em equipamentos e estúdio há muitos anos. Sempre achei importante ter estas autonomias. Hoje, é muito mais barato ter equipamentos pra produzir música de qualidade. Basta ter calma pra conseguir uma boa qualidade sonora.
A desvantagem é a quantidade de gente produzindo material muito ruim e congestionando as redes e plataformas com conteúdo duvidoso, e nem falo de gosto musical.
18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Milton Guedes: Corri muito atrás de um público mais novo, pois achava que minha música falava com eles diretamente. Estava enganado, apesar do retorno positivo que tenho dos jovens nos meus shows e no conteúdo que ofereço nas redes, mas hoje, trabalho para atingir pessoas da minha geração e claro, mais novas, que são as pessoas carentes deste segmento musical que produzo. Isso me fez aparecer além do instrumentista que acompanhava artistas, e me tornar um artista solo com meu próprio conteúdo.
19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Milton Guedes: Temos uma enxurrada de bons artistas além do que a mídia tradicional mostra. Gosto do Tim Bernardes, que lota lugares pelo mundo sem estar na mídia tradicional, Rubel, Silvia Machete, Gus Levy, banda Os Dentes, só pra citar alguns.
Acho quase impossível manter uma carreira produtiva durante muito tempo. Alguns artistas têm o privilégio, e o mérito, de viver do próprio legado musical, mas Caetano Veloso, por exemplo, é uma máquina de longevidade e de se manter atual. Está sempre colaborando com novos artistas e não para de produzir coisas incríveis.
20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?
Milton Guedes: Quando eu era “side-man” na banda do Lulu Santos, pela exposição que ele proporcionava, haviam fã clubes em muitas cidades, e várias vezes tentaram cortar um pedaço do meu cabelo, que sempre foi grande, após os shows. Felizmente, os seguranças me salvavam (risos)!
Recentemente, na turnê de Sandy e Junior, em Curitiba – PR, passamos por uma situação delicada, pois havia uma tempestade com muita chuva e vento e enquanto passávamos o som, o cenário começou a voar e se despedaçar sobre nossas cabeças.
Rapidamente, os bombeiros nos levaram para debaixo da estrutura do palco até o tempo melhorar. Felizmente, deu tudo certo e o show aconteceu sem parte do cenário. São muitas histórias assim pra lembrar (risos)!
21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Milton Guedes: Estar num palco é a melhor sensação que se pode ter. Ouvir as pessoas cantando algo que você compôs. A parte triste é a falta de reconhecimento em muitas situações.
No meu caso, ter trabalhado com quase todos os astros da nossa música, mas não conseguir uma participação em programas de TV. Nem sempre, ter um bom currículo ajuda. É uma montanha russa diária pra se manter no mercado, mesmo pequeno.
22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Milton Guedes: Acho que dom é uma facilidade para a música ou tocar um instrumento, como tem pessoas que têm facilidade para matemática, cálculos ou línguas, por exemplo. Qualquer pessoa, estudando, tem possibilidade de cantar ou tocar, mas nem todo mundo vai conseguir uma expressão e uma identidade.
23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Milton Guedes: O improviso acontece quando você tem as ferramentas (estudo) à mão. Quando se preparou a ponto de encarar qualquer situação dentro da sua linha ou estilo. Tem que ser fácil. Se sofrer, você não estava preparado o suficiente.
24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Milton Guedes: Existe, na maioria das vezes, o improviso estudado. Escalas intermináveis que alguém estudou exaustivamente nos métodos de música, e a pessoa aplica aquelas “escalas” de forma aleatória e faz parecer um improviso. Não acho errado, só frio e calculado.
25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Milton Guedes: São ferramentas importantes pra se desenvolver a capacidade de intercalar fraseados em qualquer harmonia, mas podem se tornar uma repetição do improviso de alguém.
26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Milton Guedes: Meu único arrependimento na música, foi não ter estudado mais harmonia. Limita demais você não ter conhecimento harmônico, mesmo de forma intuitiva. É fundamental pra quem quer compor e improvisar.
27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Milton Guedes: O jabá de hoje, é o pagamento para entrar nas “Playlists” do Spotify, ou impulsionamento pago no Instagram ou Tik Tok. É quase impossível hoje, viralizar espontaneamente.
28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Milton Guedes: Estude o suficiente para o que você se propõe mostrar. Se esforce pra fazer bem feito e só toque para os outros o que tiver domínio, e aprenda sobre mídias sociais. É importante saber gerir a própria carreira, mesmo de forma simples. Existem mil possibilidades de aprender hoje em dia.
29) RM: Festival de Música revela novos talentos?
Milton Guedes: Os Festivais de Música são boas e importantes vitrines, mas aquela exposição acaba em dias. Você precisa estar preparado para dar continuidade. Se programar antecipadamente assim que decidir entrar em um. Não dá pra lembrar de quase ninguém que esteve em reality shows, por exemplo.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Milton Guedes: Temos programas incríveis que divulgam música, mas a grande mídia insiste em dar espaço para os mesmos 20 artistas, que também são os mesmos que se revezam nos Lineups de eventos e festivais de música. São os artistas “do momento”, e num país deste tamanho e com a riqueza musical que temos, isso é muito triste.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Milton Guedes: Estes espaços ainda são oásis de possibilidades para que o público que gosta de cultura possa ver artistas e projetos que não chegam através da grande mídia. São sensacionais. Gilberto Gil tem uma frase genial sobre isso: O povo sabe o que quer, mas também quer o que não sabe.
32) RM: Apresente o trabalho musical de sua esposa Adriana Maciel.
Milton Guedes: Adriana Maciel (Adriana Sucena Maciel nascida no dia 27/7/1966 em Brasília, DF) além de minha parceira de vida é cantora e compositora iniciou seus estudos musicais aos 14 anos de idade.
Formou-se em Música pela Universidade Nacional de Brasília (UNB), especializando-se em flauta transversa. Graduada em Letras pela PUC-Rio, é Mestre e Doutoranda em Literatura Brasileira na mesma instituição acadêmica.
Em 1988, mudou-se para o Rio de Janeiro, convidada por Oswaldo Montenegro para fazer parte de sua equipe. Junto com o grupo do compositor, participou de vários espetáculos como “Os menestréis” – sendo responsável também pela produção e iluminação – e “Aldeia dos ventos”, tocando e cantando.
Fez vários cursos de teatro com Fernando Lobo e Moacyr Góes. Após assistir sua atuação na montagem “Édipo e Antígona”, Moacyr Góes convidou-a para atuar em “Abelardo e Heloísa”, encenada em 1995, cantando e fazendo a trilha com Sacha Amback.
Em 1997, apresentou-se no Summer Theater Festival, em Hamburgo (Alemanha) e participou do projeto “Seis e Meia”, tendo como padrinho Lenine. Também nesse ano, lançou o CD “Adriana Maciel”, com sua canção “Silêncio (c/ Vanessa Barum), além de “A passagem” e “Pomar”, ambas de Christiaan Oyens, “Frases ventais” (Carlinhos Brown), “Bandeira” (Zeca Baleiro), “Grama verde” (André Gomes e Vitor Ramil), “Laser” (Zé Miguel Wisnik e Ricardo Brein), “Eva e eu” (Arnaldo Antunes e Péricles Cavalcanti), “Melancia” (D. P.), “Lua girou” (Tradicional), “Vila do Sossego” (Zé Ramalho) e “Partir” (Celso Fonseca). A faixa “Grama verde” foi incluída na trilha sonora da novela “Corpo dourado” (Rede Globo).
Em 1999, participou do projeto “Novo Canto”, cantando “Vila do sossego” (Zé Ramalho) no CD homônimo, e do CD “Zé Alexandre ao vivo”, registro de show realizado pelo cantor na Concha Acústica do Museu Imperial de Petrópolis (RJ), no qual os dois artistas interpretaram juntos “Canção pra inglês ver” (Lamartine Babo).
Lançou, em 2000, o CD “Sozinha minha”, contendo as canções “A ilusão da casa” e “Coisas de você”, ambas de Vitor Ramil, “Deixa eu me perder” (Vitor Ramil e André Gomes), “Deixa o sol entrar” (Thedy Correia), “Não deveria se chamar amor” (Moska), “Amargo” (Zeca Baleiro), “Menos de doer, mais de doar” (Chico César e Carlos Careqa), “Meio da rua” (João Nabuco), “Quase ao alcance do olhar” (Chris Braun e André Estrella), “Voltar” (Celso Fonseca) e “Prelúdio” (Newton Carneiro), além da faixa-título (Lobão).
Em 2004, lançou o CD “Poeira leve”, com as faixas “Acabou Chorare” (Moraes Moreira e Galvão), “A televisão” (Chico Buarque), “Mora na filosofia” (Monsueto e Arnaldo Passos), “Só” (Tom Zé), “Nem eu” (Dorival Caymmi), “Juízo Final” (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares), “Até não mais” (Kledir Ramil), “Samba dos animais” (Jorge Mautner), “Acontece” (Cartola), “Tô” (Tom Zé e Élton Medeiros), “Feitio de oração” (Vadico e Noel Rosa) e “Samba no asfalto” (Moraes Moreira). O disco contou com a participação de Zeca Baleiro (em “Só”), Vitor Ramil (em “Até não mais”) e Moska (em “Tô”). Participou da coletânea “Bossa nova vibes 2”, lançada em 2006, com a faixa “Nem eu” (Dorival Caymmi).
Em 2008, lançou o CD “Dez canções”, com as músicas “Cão (Like a Dog)”, “Perto do teu coração selvagem” e “Cadê você?”, todas de Vitor Ramil, “Fórmica Blue” (Vitor Ramil e Luciano Mello), “Vida em Marte” (Life on Mars) (David Bowie, Vrs. Seu Jorge), “Ficar” (Celso Fonseca), “Tardes vazias” (George Israel e Cris Braun), “Sertão” (Moreno Veloso e Caetano Veloso), “Copo vazio” (Gilberto Gil) e ainda “O mundo ao redor”, de sua parceria com Billy Brandão.
O disco, produzido por Chico Neves e Bernardo Bosísio, contou com a participação de Christiaan Oyens (guitarra) e Cristina Braga (harpa). Fez show de lançamento do disco na Modern Sound (RJ), no ano seguinte.
É pesquisadora titular do Núcleo de Estudos em Literatura e Música (Nelim/PUC-Rio). Como integrante do núcleo, participou da pesquisa de conteúdo para o livro “Bossa Nova – Um retrato em branco e preto” (Editora PUC-Rio, 2008) e trabalhou na produção do seminário “Música Popular, Literatura e Memória”, que teve lugar na PUC-Rio, em 2009.
Em 2012, dividiu com Heloisa Tapajós e Paulo da Costa e Silva a produção do documentário “Imbatível ao extremo: assim é Jorge Ben Jor!”, especial em 10 capítulos sobre Jorge Ben Jor dirigido e roteirizado por Paulo da Costa e Silva para a Rádio Batuta do Instituto Moreira Salles.
33) RM: Quais os seus projetos futuros?
Milton Guedes: Estou preparando um show em homenagem a dois grandes artistas, que são referências para mim, Milton Nascimento e Beto Guedes. Usarei um trocadilho com meu nome: Eu, Milton e Guedes.
Também darei continuidade aos meus shows, tanto o autoral quando o de festas, com muitos Mashups e sucessos nacionais e internacionais.
34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Milton Guedes: www.miltonguedes.com
| (11) 99623 – 0404 | [email protected] (Sonia Fossati)
| https://www.instagram.com/miltonguedes
Canal: https://www.youtube.com/@MiltonGuedesOficial
Milton Guedes – Bem no Último Instante (VideoClipe Oficial): https://www.youtube.com/watch?v=uUagFXb06XA
“Separação” – Milton Guedes (Novela Meu bem meu mal 1990): https://www.youtube.com/watch?v=s7Cp8Kik2Cs
“O Sonho se Perdeu” – Milton Guedes (Minissérie Riacho Doce (1990): https://www.youtube.com/watch?v=yz2HQRFLEJY
Agente secreta – Ary Sperling e Milton Guedes (Novela ARAPONGA 1990): https://www.youtube.com/watch?v=G7EXVwZR2Xc
Sonho de Uma Noite de Verão – Milton Guedes (Novela Zazá 1997): https://www.youtube.com/watch?v=On7KhOr-pCc
Outra Pessoa – Milton Guedes (Novela Era Uma Vez 1998): https://www.youtube.com/watch?v=dr2Zx-c-ETs
“Você Vai Lembrar de Mim” – – Milton Guedes (Novela Ti Ti Ti 2010): https://www.youtube.com/watch?v=URZeYWD-SlI
Mulheres – Milton Guedes – (Novela Guerra dos Sexos 2012) 2012 – Tema de Felipe : https://www.youtube.com/watch?v=JmrDUT6LZjc
MILTON GUEDES_2º CD COMPLETO 1997: https://www.youtube.com/watch?v=GjKglHQtbRg
Série Grandes Músicos: Milton Guedes | Entrevista | Alta Fidelidade: https://www.youtube.com/watch?v=5mW6p4BQnBw
Milton Guedes | Compositor e Multi-instrumentista | Papo com Clê: https://www.youtube.com/watch?v=PGKNk1L2Q8w
Playlist vídeo clipe: https://www.youtube.com/watch?v=uUagFXb06XA&list=PLFg9tnMt4rJ2Kk6LKZ1J7HOftNR1vGmrI
Playlist Podcast: https://www.youtube.com/watch?v=PGKNk1L2Q8w&list=PLFg9tnMt4rJ1Yx012p_rzr0aQIbRUsoE3
Playlist Live: https://www.youtube.com/watch?v=BNSjYVrd5-0&list=PLFg9tnMt4rJ30FRqjcnRvmYAwMVZB47K3