More Zé Caradípia »"/>More Zé Caradípia »" /> Zé Caradípia - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Zé Caradípia

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Zé Caradípia tem uma carreira sólida com diversos sucessos em seu currículo de compositor, cantor e músico.

“Asa Morena”, a sua música mais famosa, ficou conhecida por meio da interpretação de Zizi Possi e está entre as 100 músicas mais tocadas no século XX no Brasil. Em novembro de 2015, Padre Fábio de Melo registrou no CD/DVD – “Deus no Esconderijo do Verso” em gravação realizada ao vivo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a música “Ser Menino e Ser Amado”, composta por Zé Caradípia.

Zé Caradípia gravou até o presente momento seis álbuns: Onda Forte, Pintando Falas, Retina da Alma (ao vivo), Mariana Em Canto (infantil), e o DVD/CD Armadilha Zen CD Acústico e outros quatro álbuns lançados de forma digital através da Tratore.

Os singles: Serpente dos Sete Ares; Nossa Canção de Acordar; Casa de Madeira Morena. Também tem o resgate do trabalho de 1987 – Blues, Baladas, Boleros Y Otras Cositas Mas.

Composições de sua autoria foram gravadas e/ou são interpretadas por vários artistas da cena local e nacional: Lucinha Lins, Loma, Márcio Celli, Lui Coimbra, Maria Rita Stumph, Nilson Chaves, Paula Souto, Paulinho Pedra Azul, Adriana Sperandir, Nanci Araújo, Flora Almeida, Maria Lúcia, Marina Falcão, Dani Rauen e o Grupo Canto Livre.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Zé Caradípia para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 07.10.2022:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Zé Caradípia: Nasci no dia 19 de fevereiro de 1956 em Canoas – RS. Registrado como José Luiz Fernandes.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Zé Caradípia: Aconteceu de forma muito natural em casa mesmo, pois meus pais, tios e primos cantavam e tocavam diversos instrumentos e cantavam a música regionalista gaúcha de cantores como Teixeirinha, Irmãos Bertussi, Os Araganos, entre outros.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical? 

Zé Caradípia: Não me formei em nenhuma outra profissão além da música que pratico de forma autodidata desde sempre.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?   

Zé Caradípia: Tudo o que tocava no rádio da minha pré-adolescência (nos anos 70) até me tornar adulto, posso dizer que fez parte muito significativa do meu aprimoramento musical, pesando como fiel na balança do meu gosto pessoal. O que todos gostávamos de ouvir e cantar junto, como o Trio Ternura, Os Golden Boys, Jair Rodrigues, Roberto Carlos e sua turma da Jovem Guarda: Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, os conjuntos Renato e Seus Blue Caps e The Fevers (que vertiam canções do The Beatles, e The Rolling Stones para o Português) do Pop nacional, pois em breve chegaria os clássicos do Led Zeppelinn, The Who, Creedence, Brad, Pink Floyd

Não dá para esquecer-se de uma carrada de artistas, como: Jorge Ben, Martinho da Vila, Os Demônios da Garoa, Chico Buarque, Gonzaguinha, Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Rita Lee, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Nelson Cavaquinho, Cartola, Beth Carvalho, Clara Nunes, Gilberto Gil, Alceu Valença, Gal Costa, entre tantos, tantos outros, enfim, muita gente boa. Todos da Bossa Nova que passou a fazer parte do meu campo de visão ligado a harmonias e melodias menos popularescas e mais virtuosas, por assim dizer.

E não posso deixar de citar OS ALMôNDEGAS, os eternos guris de Pelotas – RS e os muitos músicos e compositores que conheci in loco nos festivais nativistas dos quais participei ativamente como intérprete, músico e compositor durante vários anos, começando lá por 78 e os anos 80 e 90. Até poderia dizer que por vezes ainda me envolvo em algum dos festivais que ainda fazem parte ativa da nossa criatividade musical.

Ouvi muita música instrumental brasileira e internacional também quando se ouvia um LP recém lançado com gosto por muitas horas seguidas na companhia dos amigos apaixonados pelo aprendizado que vinha de outros mares, do jazz americano e europeu. E os nossos próprios instrumentistas e compositores de vanguarda como: Airto Moreira e Flora Purim, Hermeto Paschoal, Egberto Gismonti, Naná Vasconcellos e mais um rio Amazonas inteiro de ritmos, harmonias e poesias sem fim, afora todo samba composto pelos compositores das Escolas de samba em seu apogeu mágico dos anos 80.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Zé Caradípia: Aos 16 anos de idade (1974), compus uma música que consegui colocar num festival em Viamão – RS, cidade na qual morava, onde cantei com o acompanhamento da banda em que meu irmão, João Carlos, era o intérprete. E aos 17 anos, comecei a tocar em alguns bailinhos, mas comecei de verdade aos 20 anos, quando fui convidado já morando em Porto Alegre – RS, pelo Paulo de Campos que liderava o grupo Cordas & Rimas com o qual gravei um primeiro trabalho em LP com produção de Airton dos Anjos, intitulado Som Grande do Sul, junto a outros grupos de então que começavam a pôr as manguinhas sonoras de fora. Apresentamos o show PRIMÍCIAS na sala Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em setembro de 1977.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Zé Caradípia: Foram lançados até o momento seis álbuns: “Onda Forte” (1996); “Retina da Alma” (2001); “Pintando Falas” (2003) – Prêmio Açorianos de Música; DVD/CD “Armadilha Zen” (2009); “Mariana em Canto” – Livro e CD infanto-juvenil em parceria com o escritor canoense Jairo Luiz de Souza (2011);

Zé Caradípia – Acústico (2019).  Blues, Baladas, Boleros y Otras cositas mas, trabalho realizado com Galileu Arruda em 1987, lançado nas plataformas digitais em 2020; Os Singles: “Nossa Canção de Acordar”; “Serpente dos Sete Ares”; “Casa de madeira Morena”.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Zé Caradípia: Faço o que se convencionou chamar de MPB, e aqui no Estado de MPG, ou música popular gaúcha e brasileira com todos os matizes e filtros possíveis da verdadeira aquarela musical mundial que nós, artistas brasileiros, desde muitos anos apelidamos também de antropofagia.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Zé Caradípia: Não, mas me guio por alguns ensinamentos de quem é bamba no assunto, minha filha Elisa Furtado, soprano lírico.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Zé Caradípia: O estudo da técnica, do aprimoramento vocal e o cuidado que devemos ter com a nossa voz, é da maior importância, porque só isso nos dá a tranquilidade necessária para seguirmos cantando e ampliando nosso campo de atuação enquanto vivermos e trabalharmos com música.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Zé Caradípia: Milton Nascimento, Jair Rodrigues, Roberto Carlos, João Gilberto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Loma, Paulinho Moska, Lenine, Luiz Melodia, Elis Regina, Zizi Possi, Nana Caymmi, Gal Costa, Maria Bethânia, Clara Nunes, Beth Carvalho, Leny Andrade, Marisa Monte, Roberta Sá, entre muitos outros (as).

11) RM: Como é seu processo de compor? 

Zé Caradípia: Já compus caminhando pelas ruas, ou enquanto dormia e pintou um sonho com uma canção com letra e tudo o mais;  mas atualmente, tenho composto trabalhando sobre o assunto até pintar aquela ideia que me leva a empinar a pandorga da hora com o vento que sopre, seja leve, médio ou forte, pois o importante é fazer vir à tona aquilo que se projeta no momento como nova canção para seguirmos em frente, tendo o que cantar e nos deixar mais felizes com a alegria do trabalho sendo realizado.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Zé Caradípia: Sérgio D’Almeida; Reginaldo Mil; Márcio Celli; Luís Mauro Vianna; Raul Boeira; Ricardo Silvestrin; Paulinho Pedra Azul; Paulo Berquó Farias; Elmo Lage, entre outros mais ou menos importantes.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Zé Caradípia: O que temos a favor é a liberdade de criação. Em compensação, sobram motivos para quase desanimar frente aos percalços de não termos dinheiro para dar um impulso maior às reais necessidades diárias de sobrevivência.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Zé Caradípia: Depende de cada evento, de cada projeto onde as necessidades podem ser mais ou menos abrangentes.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Zé Caradípia: Componho, gravo singles. Em havendo verba maior vou para estúdio gravar novas canções, trabalhar em um novo EP, álbum, enfim, e assim por diante.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Zé Caradípia: Ajuda por ser uma ferramenta com múltiplas funções, e quando bem trabalhada e dirigida para tal, pode dar ótimas respostas. Quanto a prejudicar, não saberia dizer, posto que as experienciações são as mais diferentes possíveis haja vista os milhares de novos posts de bilhões de pessoas todo santo dia. Se é este o caminho atual para que as coisas aconteçam, não temos como desviar do assunto que sempre leva em conta a novidade do último minuto.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Zé Caradípia: Diria que a vantagem de ter como trabalhar em casa, pelo menos em registrar a ideia primeira de uma nova canção, por ex. é muito boa e é outra coisa que veio para ficar. Claro. Tem gente que tem tudo de bom e do melhor em sua própria casa, e isso é bom principalmente quando há qualificação técnica para a utilização de tudo que se tenha em mãos para fazer um ótimo trabalho. Não vejo desvantagem em ter um home estúdio, exceção feita àquela velha choradeira de que tem muita gente pondo gravações horrorosa na red. A net é para todos, não? Saibamos diferenciar o joio do trigo (risos).

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Zé Caradípia: Tento ser o mais fiel a mim mesmo, pois qualidade pode existir em todos os estilos, conceitos etc. Acredito piamente no poder das minhas impressões digitais.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Zé Caradípia: O cenário da MPB encontra-se em plena efervescência criativa, com artistas de notória projeção surgindo aos magotes, diríamos assim. Nas últimas décadas, surgiram nomes como Carlinhos Brown, Chico César, Lenine, Zeca Baleiro, Adriana Calcanhoto, Marisa Monte, Cássia Eller, Pedro Luiz e a Parede, Los Hermanos, O Rappa, Nação Zumbi, enfim, muitos grupos e artistas surgiram, alguns sumiram e outros continuam fazendo das tripas coração para se manter em dia, posto que muita coisa mudou no maisntream e fora dele.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?

Zé Caradípia: De tudo um pouco aconteceu e eu espero continue acontecendo, até porque estarei vivendo e experienciado coisas típicas da profissão escolhida por mim. Não sou muito dado a curvas, mas esta eu vou te dar (risos).

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Zé Caradípia: Ah! Fico muito feliz quando minhas canções traduzem o que as pessoas estão sentindo e vêm me dizer, agradecer pelo trabalho e tal. As nossas rádios entre outros meios de comunicação de massa, nunca tocaram tanta porcaria à quiçá de música. Isso é muito triste, pois a nossa música continua sendo uma das melhores e mais criativas do mundo, e isto deveria servir de mote para uma melhor compreensão do que realmente pode ser chamado de arte.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Zé Caradípia: Certamente que sim, pois talento para qualquer coisa que o valha vem de berço, e a música é o maior exemplo entre as artes por ser mais facilmente disseminada entre as pessoas, havendo exemplos de famílias inteiras de músicos passando de geração a geração sua progênie musical.  O dom para a música é algo que salta aos olhos, digamos assim, pois o talento é algo que traz uma certa independência nas atitudes e desde cedo pode atuar instigando a pessoa a trabalhar para que a evolução natural aconteça, a despeito até de dificuldades que por ventura possam acontecer ao portador do Dom.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Zé Caradípia: A partir do momento que você toma conhecimento da ideia proposta pela melodia e pela harmonização em pauta, você propõe outros encaixes sonoros os quais remetem a canção para outros patamares, lugares sonoros onde você capitaneia o barco melódico, inventa braços novos em um novo rio, retornando ao original e deixando o comando para quem de direito, por vezes a você mesmo.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Zé Caradípia: Claro que sim, mas o outro caso também é aplicado, até porque em time que joga junto sempre há jogadas ensaiadas, pois não?

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Zé Caradípia: A arte do improviso é feita para quem sabe jogar com a coisa, né? Portanto, os métodos são feitos por quem acha que pode ensinar a arte do improviso, e quem seria eu para ir de encontro a esses professores que tanto trabalharam para editar esses trabalhos que podem ajudar muitos músicos na arte de tocar um instrumento, sem medo de errar e tal e coisa. Não saberia dizer mais a fundo sobre isso, posto que sou um músico autodidata e não me insurjo na matéria.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Zé Caradípia: Nada tenho contra os métodos, antes pelo contrário. Quanto mais você souber, melhor.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Zé Caradípia: Jabá é coisa mais antiga que urinar para frente, e a despeito disso, você tem que continuar teimando e procurando espaços para você crescer na vida com seu bom trabalho, pois só o trabalho bem feito poderá abrir portas algum dia. Acredite e siga sendo teimoso e vivo!

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Zé Caradípia: Não siga a luzes potentes da fama. Faça mais pelas canções que precisam ser cantadas, tocadas e levadas adiante pelo seu grande SIM interior. Este é o caminho!

29) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Zé Caradípia: Por vezes, sim, outras vezes, não; como tudo na vida.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Zé Caradípia: Confesso que já fui mais afeto a essas coberturas. Atualmente, já não dou muita importância a essas considerações.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Zé Caradípia: Mesmo em um ambiente deveras debilitado pelas atuais circunstâncias, com cortes substanciais de verbas para o setor cultural, devo dizer que são da maior importância para que a arte musical brasileira não se perca na curva da incapacidade plena, e assim devem continuar sendo grandes agentes insufladores da nossa arte maior.

32) RM: Quais os seus projetos futuros?

Zé Caradípia: O atual projeto onde miro minhas setas de maior valor, está em realizar as gravações de um futuro álbum com muitas músicas focadas nas amizades feitas com poetas de vários cantos do nosso grande país, chamado MAISUMZÉ. Quero colocar muitas percussões, vocalizações, corais de amigos, cordas várias, sopros, violões, guitarras, harpas, e um sem número de vitaminas musicais mirando o milagre da beleza misturada às agruras do tempo em que viver passou a ser algo mais sério e interessante do que alguns anos antes de hoje.

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Zé Caradípia: Contatos para shows (51) 99147 – 7783 (com a produtora Rosane Furtado)

No You Tube: https://www.youtube.com/channel/UCKN7P-RV-sy2DKgzht8Nd7g

Página do Facebook: https://www.facebook.com/caradipia

Nas plataformas digitais: Álbum Acústico: https://tratore.com.br/smartlink/zeacustico

Álbum Blues, Baladas, BolerosY Otras Cositas Mas: https://tratore.com.br/smartlink/galileuarrudaezecaradipia

Álbum Armadilha Zen: http://trato.red/armadilha

Álbum Retina da Alma: http://trato.red/retinada

Álbum Pintando Falas: http://trato.red/pintando

Álbum Onda Forte: http://trato.red/ondaforte

Álbum  Infantil – Mariana Em Canto: http://trato.red/marianaem

Single: Serpente dos Sete Ares:  http://trato.red/serpentedosseteares

Singel – Gavetas da Vida:  http://trato.red/gavetasdavida

Single – Nossa Canção de Acordar: http://trato.red/zenossa

Single – Casa de Madeira Morena: http://trato.red/zecaradipia

Todos estes trabalhos estão distribuídos através da TRATORE.

https://www.tratore.com.br/um_cd.php?id=17642


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.