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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Zé Alexanddre

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Após vencer a primeira temporada do The Voice+, Zé Alexanddre lança EP e quer aproveitar o novo momento Sonhos não envelhecem. E o cantor, compositor, arranjador e músico Zé Alexanddre é a prova viva disso.

O artista recentemente tornou-se campeão da primeira temporada do The Voice+, em 2021, pelo time da Claudia Leitte. impressionou e apaixonou o Brasil com sua técnica e presença de palco ao interpretar canções como “You Give me Something”, “Somebody to Love”, “You Make me Feel Like A Natural Woman” e “Pétala”.

Como resultado, gravou o EP “Procura”, lançado em dezembro de 2021 com as músicas “Procura” e “Deixa a Porta Aberta”, que contaram com a produção musical de Torcuato Mariano, e mixagem do grande Moogie Canazio.

“Foi muita emoção e uma briga de feras! Os outros participantes eram incríveis, mas desde o primeiro momento eu me senti muito confiante. Tenho a sensação de que tudo o que fiz até hoje me levou a esse momento. Foi uma catarse, muitos encontraram na minha voz essa fuga de tempos tão difíceis que vivemos, e isso me emocionou e me marcou profundamente” afirma o artista, carioca de nascimento e que atualmente reside na cidade de São Paulo.

Vivendo agora uma exposição nacional após uma trajetória profissional na música de mais de 40 anos, que inclui diversos discos e compactos, espetáculos teatrais, musicais, ópera e incontáveis festivais da canção Brasil afora, Zé Alexanddre se prepara para trilhar no vos rumos.

“Todos os comentários que recebo são de “sempre torci por você”, “chegou a sua hora”. Ver reconhecido um trabalho de longa data, de muita caminhada”, completa , que prepara um novo trabalho a ser lançado em breve nas plataformas digitais.

Uma trajetória de mais de 40 anos de carreira filho de cantores, Zé Alexanddre e sempre foi apaixonado por música. Começou a carreira em Brasília – DF tocando e cantando com amigos. Ainda muito cedo, no final dos anos 70 e início dos anos 80, deixou a faculdade de Engenharia Mecânica para se dedicar totalmente à música, participando de diversas montagens musicais.

Compôs e gravou com grandes nomes da MPB, sendo o principal destaque dessa época “Bandolins”, canção do parceiro e amigo de toda a vida, Oswaldo Montenegro, gravada pelos dois no início dos anos 80 e que fez muito sucesso, abrindo caminhos para a longeva carreira musical.

O trabalho como compositor se intensificou no fim da década de 90. Musicista nato, apesar de nunca ter estudado música, adquiriu muita facilidade para criar melodias. Entre suas canções autorais, há grandes sambas como “Me Joga na Parede, Me Chama de Lagartixa”, canção que trouxe mais de 40 prêmios em festivais, além de valsas, xotes, xaxados, blues, entre vários outros ritmos, mostrando sua potência e versatilidade enquanto artista, características que impressionaram o público e os jurados do The Voice+.

“As reações do público foram impressionantes e inesquecíveis. Muita gente já tinha me visto em festivais de música, shows…”, relembra o artista, que antes do programa se dedicava à produção de lives em seu perfil e ao ensino de musicalização para crianças na ONG Músicos do Futuro.

Os primeiros trabalhos oficiais de Zé Alexanddre foram dois compactos e o LP “Alma de Músico”, lançados pela Warner no início dos anos 80, quando dividia apartamento com Oswaldo Montenegro, no Rio de Janeiro. Ainda em sua discografia estão o álbum infantil “Pedrinho e O Formigueiro” e o disco-show “Zé Alexandre Ao Vivo”, dirigido pelo amigo de anos, Roberto Bomtempo.

Entre seus últimos discos lançados, destaca-se “Tempo de Paz”, álbum de 2018 lançado pela Kuarup Discos, com 11 canções interpretadas ao lado do violeiro Chico Lobo. Também estão disponíveis nas plataformas digitais os álbuns autorais “Arruar” e “Olhar Diferente”, ambos da Kuarup, além de outros singles.

Zé Alexanddre tem como principal referência musical Cat Stevens, além de ícones dos grandes festivais de música dos anos 60/70 como Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Luiz Gonzaga, que como diz, “abriu a porteira da música nordestina” em sua vida também é uma referência. “Depois de Luiz Gonzaga, eu conheci Fagner, Belchior e o pessoal do Ceará”, que também me influenciaram muito musicalmente”, relata o artista.

pretende aproveitar o novo momento e as portas abertas depois da repercussão nacional do The Voice+. “Acredito que as coisas acontecem na hora certa. Quero curtir todo esse novo mundo de oportunidades que se abriu para mim, sem deixar de aproveitar o tempo presente”, conclui.

A mãe do chegou a cantar no rádio, no então famoso programa de calouros de Ari Barroso. Com um ano de idade (1958), Zé Alexandre se mudou com a família, para Brasília – DF, onde passou toda a infância e adolescência, brincado e jogando bola, subindo em árvores e fazendo esportes, como a maioria das crianças.

Por volta dos 7, 8 anos de idade, ouviu pela primeira vez a voz de Rita Pavone, o que fez nascer seu encanto pelo canto. As irmãs, aficcionadas por discos de trilhas de filmes, tornaram mais íntima a música na vida do irmão menor, que se deliciava ouvindo canções dos mais variados estilos. Mais ou menos aos nove anos, ganhou o primeiro violão, dos pais. Arranhava alguns acordes, e passou a ter o instrumento como uma de suas maiores distrações.

Em 1974, no curso do 2º Grau, conheceu Paulo André Prista Tavares, amigo violonista, de família de músicos eruditos. Começou, então, a ampliar seu conhecimento musical. Com Paulo André, debaixo do bloco (local de encontro de amigos, em Brasília), dedilhava o violão, se acompanhando em músicas de Cat Stevens, Milton Nascimento, Chico Buarque

Ainda neste ano viu pela televisão, num festival de música da cidade, um rapaz cantando com uma moça e, fascinado com a canção, se surpreendeu pensando, pela primeira vez: “Nossa, eu gostaria de estar ali, como esse cara!”

Comentando com Paulo André, sobre a canção que ouvira defendida pelo casal desconhecido, se surpreendeu mais uma vez ao ouvir do amigo que a moça era sua irmã e o rapaz namorado dela. Seus nomes: Ciça e Oswaldo Montenegro.

Apresentações feitas, tornou-se grande amigo daquele que viria a ter influência decisiva em sua vida. Começou a tocar percussão e a fazer vocais nos muitos shows que Oswaldo Montenegro fazia, na época, em Brasília.

Começaram a viajar para o Rio de Janeiro, para apresentações, quando Oswaldo Montenegro recebia convites para tal, e a paixão de pela música foi crescendo. No entanto, criado para fazer uma faculdade como Engenharia, Medicina ou algo semelhante, jamais ousou sonhar em ter aquele “passatempo” como profissão.

Em 1976, separa-se dos amigos brasilienses para vir para o Rio de Janeiro, onde fez o cursinho pré-vestibular. Em 1977, começou a frequentar a Faculdade de Engenharia, no Fundão. Neste mesmo ano, recebe um telefonema de Oswaldo, dizendo precisar urgentemente que ele fizesse uma substituição no coro do elenco da peça João sem Nome, que apresentava na época na Aliança Francesa da Tijuca. relutou muito, por causa da Faculdade, mais diante da necessidade urgente do amigo, aceitou.

A peça foi um grande sucesso e recomeçou a participar dos ensaios, shows e espetáculos de Oswaldo Montenegro, que já morava, então, no Rio de Janeiro e não parava de convidar o amigo. A Universidade o desencantava cada vez mais, enquanto a paixão pelo palco, pela música, aumentava.

Em 1980, Oswaldo Montenegro, já em seu 2º LP pela WEA, o convidou para integrar a banda com a qual faria sua primeira excursão nacional, que aconteceu exatamente depois dos festivais de música de Bandolins e Agonia. Não podendo resistir a essa tentação, tomou coragem e largou a Faculdade, aceitando o convite.

Neste mesmo ano, Oswaldo Montenegro convenceu ou dirigentes WEA a gravarem um compacto e um LP solo de Zé. Começou, nesta mesma época, a compor músicas próprias. Sua primeira parceria com Oswaldo é a bela “Pousa”, canção gravada em seu primeiro LP.

Ainda em 1980, casou-se com a antiga namorada brasiliense, Cristina. Em 1981, viajou com Cristina para Brasília onde encontrou Oswaldo, que fazia a montagem do espetáculo Veja Você Brasília.

Neste período vem a novidade: estavam grávidos! Seu primeiro filho, Amure, nasceu em setembro de 1982, já no Rio de Janeiro. A paixão pela arte agora alcançava as montagens teatrais. Ainda em 1982, foram para Belo HorizonteMG, onde montaram Cristal.

Voltaram para Brasília, onde montaram A Dança dos Signos, que estreou naquela cidade, indo depois para o Rio, onde tinha temporada marcada de um mês. Mas, devido ao estrondoso sucesso, o musical permaneceu por mais de dez anos na cidade.

A vida de mudara completamente. Diversas montagens com Oswaldo, como Os Menestréis, Léo e Bia, foram se sucedendo. Passou, então, a criar um repertório próprio e, em 1984, começou a tocar em bares da cidade. Seu público crescia assustadoramente. Quando se anunciava seu nome num bar, era casa cheia, com certeza. No início de 1986 separa-se de Cristina, e no final do mesmo ano casa-se com sua atual esposa, Morgana.

Em 1994 nasce Hurá, seu segundo filho. Os shows em bar continuam cada vez mais intensamente, fazendo com que passe a se dedicar com mais afinco à carreira solo. Em função desta e a do próprio Oswaldo, afasta-se profissionalmente do amigo. Passa a compor cada vez mais.

Em 1999 lança o álbum “Zé Alexandre ao vivo”. Neste álbum Zé Alexandrre interpreta além de composições suas os clássicos “Mora Na Filosofia”, de Monsueto, “Canção pra inglês ver”, de Lamartine Babo, os sambas-de-breque “Oróra Analfabeta”, de Gordurinha e Nascimento Gomes e “Festival de Bolachada”, de Gordurinha – no álbum Zé Alexandrre ao vivo – 1999 – Álbum Independente, produzido com o ator e diretor de teatro, cinema e televisão, Roberto Bomtempo.

Em 2006 o álbum “Olhar Diferente”. Participa de diversos festivais por todo o país, onde já tem nome certo e prestigiado.

Morando em Minas Gerais com a esposa e o segundo filho, continua lotando os bares onde toca e vencendo a grande maioria dos festivais dos quais participa.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Zé Alexanddre para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 25.11.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Zé Alexanddre: Nasci no dia 14/08/1957 no Rio de Janeiro. Registrado como José Alexandre Gomes Coelho da Rocha e Silva. Caçula de uma família de quatro filhas, seu pai, o oficial do Exército Waldemar Coelho da Rocha e Silva, era calculista de concreto armado e a mãe, Conceição Gomes Coelho da Rocha e Silva, é dona de casa.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Zé Alexanddre: Minha mãe (Conceição Gomes Coelho da Rocha e Silva) chegou a participar, quando jovem, de um programa de calouros do Ary Barroso. Daí já podemos intuir que a família toda tinha um pezinho na música. Todas as minhas irmãs eram afinadas e gostavam de cantar.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Zé Alexanddre: Minha formação musical veio por intuição. Quando criança tive uma aula de violão… Só uma… Meu professor nunca mais apareceu depois dessa aula (risos). Cheguei a cursar Engenharia Mecânica na UFRJ, mas não concluí.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Zé Alexanddre: Eu escutava todas as canções que minhas irmãs colocavam na vitrola. Era uma mistura danada… Beatles, Roberto Carlos (Jovem Guarda), Luís Vieira, discos de valsas de Strauss, trilhas sonoras de Ray Coniff, Rita Pavone e por aí vai…

Nenhuma deixou de ter importância…Todas essas influências se misturaram e se agregaram de alguma forma ao meu gosto musical atual. Talvez a maior influência musical na minha formação tenha sido o CAT STEVENS.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Zé Alexanddre: Eu morava em Brasília – DF desde antes de sua inauguração. Minha família chegou lá em 1958. Na metade dos anos 70, conheci o Oswaldo Montenegro, que também morava em Brasília. Ele me convidou pra fazer parte de alguns shows que ele fazia na capital. Esse foi o começo.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Zé Alexanddre: Um LP, um compacto pela WEA e cinco CDs independentes.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Zé Alexanddre: Sou bem eclético. Gosto de cantar e compor blues, sambas, valsas, baiões e baladas.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Zé Alexanddre: Nunca estudei técnica vocal.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Zé Alexanddre: Pois então…Apesar de não ter estudado e meu canto ser intuitivo, muitos defeitos e limitações que tenho eu devo talvez à essa falta de estudo. Acho muito importante o estudo de técnica vocal. Ele queima etapas importantes no aprendizado da vida. Da mesma forma que valorizo muito as experiências que tive cantando na noite.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Zé Alexanddre: Maria Bethânia, Gal Costa, Elis Regina, Cássia Eller.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Zé Alexanddre: Devo minha inspiração ao compor às valsas que ouvia quando criança. Sempre imagino um quarteto de cordas desenhando uma provável melodia, que se tornará possivelmente a base de alguma canção. Quando recebo uma letra pra musicar, costumo balbuciar as sílabas já com uma nota específica. Se a melodia que “empresto” à essa letra me parece agradável, já é meio caminho andado pra registra-la na mente.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Zé Alexanddre: Sem dúvida são Oswaldo Montenegro, Mongol, Fernando Tudo ugenio, Luciano Delarth, Paulo Delfino.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Zé Alexanddre: Pra ser franco mesmo uma carreira independente é muito legal. Mas se eu conquistar respeito e dinheiro em um selo, desde que esse selo respeite minhas ideias e convicções, eu deixo de ser independente na boa (risos).

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Zé Alexanddre: Estou agora com a Sônia Fossati como empresária e produtora e essa é a forma que atualmente tenho de me dedicar integralmente ao meu violão e às minhas interpretações, sempre tendo em mente a minha satisfação e realização pessoal termos musicais. Na medida do possível, me cuido com boas caminhadas diárias.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Zé Alexanddre: Recentemente investi financeiramente falando além de meu tempo, em um projeto feito especialmente pra mim, pelo Oswaldo Montenegro sobre a obra dos Beatles. Trata-se do musical “Let It be, uma história de amor ao som dos Beatles”.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Zé Alexanddre: A internet só ajuda. Aliás, é fundamental nos dias de hoje.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Zé Alexanddre: Só vejo vantagens. Só precisamos ficar atentos (quem tem home Studio) numa “sensação de autossuficiência” que costuma aparecer. Não devemos nos iludir pensando que somos os “melhores mixadores ” do planeta…Ou os “melhores técnicos de som” do planeta. É a velha e boa frase: Cada macaco no seu galho (risos).

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Zé Alexanddre: De fato muita coisa mudou, da época em que comecei a carreira. Ainda estou aprendendo a lidar com esse novo e instigante formato. Não faço nada além de tentar acompanhar os ditames das redes sociais e principalmente, continuar fiel ao que me satisfaz, musicalmente falando.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Zé Alexanddre: Acho que a Música Popular Brasileira decaiu muito. Melodias repetitivas, letras pobres demais, jeito de cantar anasalado e sem surpresas…

Quando você ouve um disco “do que chamam hoje em dia de Sertanejo”, é como se tocasse seis músicas em uma só…Mesma entonação de voz, melodias sempre muito iguais.

Não posso falar sobre regressão em termos dos meus ídolos de outrora… Só me sinto carente de lançamentos novos, no ritmo que era antigamente. Mas acho que isso se deve ao fato de o consumo das músicas ser outro… Agora são as plataformas musicais que mandam.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Zé Alexanddre: Todas as respostas anteriores (risos) citadas na pergunta. Não precisa ir muito longe… Logo após a minha primeira apresentação em 2021, no primeiro reality The Voice + em que me sangrei campeão, ao sair do palco onde me apresentei, tomei um caminho errado e devido ao escuro, cai de uma altura de um metro e meio, mais ou menos! Todo mundo ficou assustado pensando as maiores catástrofes… Sorte minha que machuquei apenas o joelho… fui medicado lá mesmo nas dependências da Rede Globo.

Os jurados viram quando de repente, eu sumi das vistas deles…e se assustaram muito. Depois desse acontecido a Globo colocou luzes por todo o percurso de saída dos concorrentes… Realmente eu poderia ter me machucado seriamente, mas graças à Deus nada aconteceu de pior.

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Zé Alexanddre: Gosto muito de gravar em estúdios. Tanto quanto fazer shows. No caso dos shows a adrenalina é maior por conta de o artista ter “fazer bem feito” nas primeiras execuções das obras. Depois a coisa relaxa.

O que me deixa mais triste é o fato das pessoas em geral não considerarem o artista como um trabalhador que dá o seu suor e dá o seu máximo sempre. A maioria acha que a coisa já vem pronta… Que não existe pesquisa ou “ralação”.

E tem sempre aquela máxima, quando somos convidados pra um churrasco: …”–Leva seu violão… a bebida e a comida são de graça…”

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Zé Alexanddre: Existe, sem dúvida. Acho que é coisa de Deus mesmo.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Zé Alexanddre: No meu caso, me considero mais um intérprete vocal do que um instrumentista. E nesse caso, sempre que fui confrontado com a necessidade de fazer um improviso, a coisa sempre veio de uma forma rápida e prazerosa. Acho que o conceito de Improvisação Musical se funde com o tal do Dom que o artista tem.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Zé Alexanddre: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois. No segundo caso, trata-se apenas de um aperfeiçoamento da obra.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Zé Alexanddre: Não vejo nada contra, a não ser nos casos em que o artista quer desfilar todas as notas e tudo o que aprendeu, numa música só. Fica um saco! O cara quer pintar um quadro com todas as cores que conhece…

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Zé Alexanddre: A física quântica já nos dá a resposta quando diz que “todo conhecimento” é a chave do universo e da vida.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Zé Alexanddre: Muito pouco provável minhas músicas tocarem em rádio de grande audiência sem pagar o jabá.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Zé Alexanddre: Paciência, fé e “Conhecimento-estudo”.

29) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Zé Alexanddre: A grande mídia agora é a internet. Ela é que comanda agora. Mas à que se salientar a importância dos redutos, sempre muito bem vindos da mídia impressa, rádio e televisiva.

30) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Zé Alexanddre: Acho fundamentais esses espaços! As curadorias são ótimas.

31) RM: Quais os seus projetos futuros?

Zé Alexanddre: Dar sequência à meus mais recentes projetos como o “Let It be, uma história de amor ao som dos Beatles”, ao projeto com orquestra “Where do The Children play – Cat Stevens in concert” e meu novo show com formato mais reduzido onde interpreto clássicos nacionais e estrangeiros.

Volto ao Palco do Blue Note SP estreando meu novo show no dia 30 de Novembro de 2023 (quinta-feira) sob a direção musical de Milton Guedes e com sucessos da música Pop , Rock e Blues acompanhado por Gustavo Martins no violão / guitarra e Marcio Roldan no teclado.

32) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Zé Alexanddre: https://zealexanddre.com.br

Empresária: Sônia Fossati (11) 99623 – 0404 | Contatos Comerciais E Shows:  [email protected]

| Sonia Fossati: [email protected] 

| https://www.instagram.com/zealexanddre

| https://www.facebook.com/zealexanddre  

Canal: https://www.youtube.com/zealexanddre

Zé Alexanddre e Oswaldo Montenegro – Bandolins TV Tupi 1979: https://www.youtube.com/watch?v=8x6xG9w06Zs

Oswaldo Montenegro e Zé Alexanddre – “Bandolins”, música de Oswaldo Montenegro: https://www.youtube.com/watch?v=lj_SJWGf0q8

Zé Alexanddre – Procura (Lyric Video Oficial): https://www.youtube.com/watch?v=Vd3-JRyfo5I 

Help (Beatles). Ensaio. Novo espetáculo de Oswaldo Montenegro. Com Zé Alexanddre. Estreia: 13/01- SP: https://www.youtube.com/watch?v=O5kNYliEA1s 

Novo espetáculo de Oswaldo Montenegro: LET IT BE. Ensaio. Com Zé Alexanddre. Estreia: 13/01, em SP: https://www.youtube.com/watch?v=x_gQ7HtnFU0 

Hey Jude (Beatles). Ensaio. Novo espetáculo de Oswaldo Montenegro. Com Zé Alexanddre. Estreia: 13/01: https://www.youtube.com/watch?v=8qSkuJMrUiY 

“I Don’t Want To Talk About It” – Ze Alexanddre feat Hugo Rafael: https://www.youtube.com/watch?v=eXAz0jJy7Bo 

Playlist do álbum Tempo de Paz: https://www.youtube.com/watch?v=u62CYQ679VA&list=PLJ7shuJqOqEyAIcf34hxoQ3z71cQtvLgI 

Playlist do álbum Olhar Diferente: https://www.youtube.com/watch?v=y3zmuBBds4A&list=PLJ7shuJqOqEyfjBqPGYIIwykCtqShcK1I 

Playlist do álbum Arruar: https://www.youtube.com/watch?v=UazErdVEGPk&list=PLJ7shuJqOqEzAzPpEztaVymxdVXsnRF3G 

MINHA REAÇÃO AO PRIMEIRO EPISÓDIO DO THE VOICE+ | Zé Alexanddre: https://www.youtube.com/watch?v=ACof-fVrUbg 

Zé Alexandre “Pétala” (Djavan) Final The Voice Mais na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=bZvo4ooP61g

THE VOICE BRASIL +60 -Zé Alexanddre (AUDIO) You Give Me Something: https://www.youtube.com/watch?v=hon8U-q-kOM

Zé Alexanddre canta ‘That’s What Friends Are For’ na Semifinal – ‘The Voice +’ | 1ª Temporada: https://www.youtube.com/watch?v=yYCAjjSfQfg

Zé Alexanddre canta ‘You Give Me Something’ na Final – ‘The Voice +’ | 1ª Temporada: https://www.youtube.com/watch?v=7gpfQ4tI7wg

Zé Alexanddre canta ‘Somebody To Love’ na Final – ‘The Voice +’ | 1ª Temporada: https://www.youtube.com/watch?v=HH98Lq0T4Ag

Zé Alexandre “Pétala” (Djavan) Final The Voice Mais: https://www.youtube.com/watch?v=nkiIszCpN40

https://open.spotify.com/intl-pt/artist/64eOQ99YbB5Lj4WaINLeJ8


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.