More Wilson Góis »"/>More Wilson Góis »" /> Wilson Góis - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Wilson Góis

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O cantor, compositor, multi-instrumentista alagoano Wilson Góis nos últimos anos fez uma série de apresentações pela Fundação Cultural de Uberaba (Violão e Voz) interpretando os gêneros Sertanejo Universitário, Samba/Pagode e MPB e também seu trabalho autoral.

Atualmente está focado no seu trabalho autoral, que conta com algumas parcerias como seu amigo letrista João Aguilera, que fizeram as Canções: “Lutar Para Viver”, “Sua Toupeira Matou Meu Pinheiro” e “Da Vida Eu Quero É Mais”.

Participando do coletivo/whatsapp “Uma Terra Só”, conheceu a cantora cearense Nina Ximenes e lançaram em dueto “Teu Coração” e no dia 18 de novembro mais será lançado um novo dueto “Não Sou Muito Bom Em Dizer O Que Sinto”.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Wilson Góis para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 12.11.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Wilson Góis: Nasci em 01/08/1970 em Maceió – AL. Registrado como Wilson Góis Cândido.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Wilson Góis: Foi no final dos anos 80, quando comecei a tocar contrabaixo em uma Banda de Garagem em Maceió – AL e depois fui aprendendo a tocar violão e guitarra e nisso participando em outras bandas de Rock Pesado (Punk Rock e Heavy Metal).

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Wilson Góis: Eu nunca estudei Música, mas sou de uma família de músicos, aprendi observando minha mãe tocar e cantar, meu pai e meus irmãos. O pouco que sei, 100% autodidata.

Agora minha Formação fora de Música é na Tecnologia da Informação. Sou Analista de TI (de formação), mas exerço o Cargo de Técnico de TI em Suporte nível 1 como Servidor Público Federal.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Wilson Góis: Falando de influências musicais, são muitas, porque eu viajo desde da MPB Nordestina posso assim dizer de Artistas como: Zé Ramalho, Alceu Valença, Belchior, Nando Cordel, entre outros e também no Forró Nordestino como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Jackson do Pandeiro. Mas aí vem minhas influências no Rock como Scorpions, Iron Maiden, Raimbow, Mark Knopler, Eric Clapton e por aí vai.

Nenhuma das influências deixaram de ter importância. Por questões de mercado, acabei deixando o Rock pesado mais de lado, mas não como um hábito de ouvir. Então musicalmente falando, as raízes nordestinas são mais fortes, porém gosto de usar esses elementos do Rock, como um recurso de criação.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Wilson Góis: O que me fez decidir ser Músico: Foi ouvindo uma canção dos Scorpions: Always Somewere. Ouvindo aquele dedilhado da Guitarra achei muito bonito e foi isso deu aquele clic.

O começo foi no final dos anos 80 tocando contrabaixo, guitarra e violão nas bandas de garagem e comecei no Punk Rock pelo fato das músicas serem bem fáceis de tocar, mas depois foi ficando pequeno e migrei para o Heavy Metal, adorava aquele som todo trabalhado. Mas fui vendo que era algo de nicho, público difícil de se conseguir, foi onde optei por um som mais abrangente como Rock Nacional, MPB e virou nisso que sou hoje, onde até Sertanejo Universitário eu toco comercialmente.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Wilson Góis: Não lancei álbum. Eu sou Músico 100% independente, desde da criação até a música pronta, (sou multi-instrumentista) e envio através da minha editora os meus singles para as plataformas de streaming. Hoje tenho algo próximo de 30 músicas registradas e distribuídas.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Wilson Góis: Um ex produtor que me falou que seria bom o Folk. Mas eu não gosto de me prender a nada. Então já gravei Rock, Forró, Música Romântica, Reggae, entre outras coisas. Mas a base é a raiz nordestina. Disso eu não consigo fugir e nem tenho pretensão.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Wilson Góis: Ainda não fiz aula de técnica vocal. Cantar nunca foi a minha primeira opção, sempre fui instrumentista. Porém quando eu resolvi seguir como compositor veio a necessidade de cantar e fui evoluindo, mas sei que não sou uma das melhores vozes, porém mando o meu recado a quem me ouve.

Vejo muita gente de voz ruim que faz sucesso, então canto porque preciso, mas que enfim, até que gosto do resultado. Mark Knopler mesmo diz que não gosta da voz dele. Acho que não sou diferente (risos). Mas nem por isso irei deixar de cantar.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Wilson Góis: Como eu nunca estudei música, não sei bem como falar. Agora o meu cuidado com a minha voz é evitar de beber bebida gelada e alcoólica, não cantar em tonalidade muito alta. É basicamente isso.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Wilson Góis: Atualmente minha querida parceira Nina Ximenes, gosto da suavidade e sensualidade da sua voz. Agora entre os famosos: Vanessa da Mata, Paula Toler, Milton Nascimento, Emilio Santiago, Ney Matogrosso, Jessé, Zé Ramalho.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Wilson Góis: Oscila. Às vezes me vem primeiro a letra, as vezes o instrumental e as vezes os dois juntos. E geralmente tenho que pegar o celular e gravar. Teve vez de eu acordar de madrugada pra fazer uma gravação.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Wilson Góis: Na maior parte das vezes é sozinho. Porém já tive amigos na época das bandas, que faziam a música todo mundo junto. Atualmente eu tenho o amigo letrista João Aguilera já fizemos três canções: “Sua Toupeira Matou Meu Pinheiro”, “Da Vida Eu Quero É Mais” e “Lutar Para Viver”. E eu fiz as melodias, arranjos, gravei e produzi. Na minha música “Teu Coração” gravei em dueto com Nina Ximenes, me deu muita alegria.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Wilson Góis: O grande “Pró” é a liberdade. O grande “Contra” é a dificuldade de propagação do trabalho. É triste ver tanta gente de qualidade com tão poucos views e streamings de suas Músicas.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Wilson Góis: A princípio é a escolha de repertório pra cada evento de acordo com quem me contratam. Depois disso é ensaio e se for música que eu ainda não tenha tido tocado, aprendê-la. Tento sempre ter um bom visual, me vestir o melhor possível, comunicar com o público.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Wilson Góis: Não tenho ações empreendedoras. Tudo se resume nas postagens nas redes sociais e eventuais contatos.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Wilson Góis: A internet ajuda, mas para músicos independentes é muito difícil a propagação. Resumindo é difícil conseguir os plays, likes, inscrições no canal etc. Mas se não fosse a internet eu nada seria. Se olharmos para os anos 70, 80, 90 era bem mais difícil desenvolver uma carreira musical.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Wilson Góis: No meu caso foi o custo de produção/faixa. Como meu estilo de música não é de massa, relativamente não vende e isso por sua vez você dispor de um valor considerável para gravar, por mais que fique com qualidade, aquilo não te dá o retorno.

Como eu já tinha algum conhecimento de áudio, gravação eu fui adquirindo aos poucos equipamentos e foi me aprimorando. Hoje produzo 100% o que eu envio para minha editora. Não vejo desvantagens. E não se discute a qualidade de um trabalho realizado em um estúdio profissional, mas quando eu ver meu trabalho indo para um nível de aceitação mais expressivo.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Wilson Góis: Não é o que eu faça de diferente, mas eu confio na qualidade do que eu faço, procuro enviar meu trabalho para pessoas que tenha a mesma percepção musical, sempre atento as oportunidades, como recentemente ser acolhido no coletivo e grupo WhatsApp “Uma Terra Só”, que surgi grandes oportunidades como conhece a revista RitmoMelodia e está responder essa entrevista. Sou muito grato.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Wilson Góis: Sendo honesto: Uma tristeza. Eu vejo cada vez mais as músicas ficando burras, sem conteúdo algum. Tenho até receio de como serão as redações nos concursos públicos se pegarmos como base, estas letras atuais. Sei não. Revelações eu desconheço. Para mim artistas que regrediram é aqueles que vivem das músicas antigas, não compõem algo novo. Agora tem uma artista que eu gosto muito e que está em um meio que não é dela é a Paula Fernandes.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Wilson Góis: Tive duas situações inusitadas bem marcantes: A primeira, ainda em Maceió – AL, eu era baixista de uma banda de heavy metal e arrumaram um show para gente. Só que não nos falaram que lá era um reduto do pessoal do reggae, quase que saímos de lá na base da porrada. A segunda situação foi em Uberaba – MG, eu era guitarrista de uma banda de Pop Rock e quando estávamos quase tudo montado para tocar (palco, som, etc) já estava começando a passar o som, caiu uma tormenta, onde destruiu tudo. O evento não teve condições de acontecer. Graças a Deus de lá pra cá, foi tudo tranquilo.

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Wilson Góis: Feliz: A boa recepção de um trabalho realizado, seja em um comentário, compartilhamento, um convite, etc. Triste: A dificuldade de conseguir propagar este trabalho. Ver que infelizmente quem deveria estimular consumo de algo com qualidade, não faz.

Ariano Suassuna dizia: “O Cachorro gosta de osso! E ele responde: não é que ele gosta de osso, é porque só dão osso para ele comer. Dá um belo bife para ele e veja se ele irá querer o osso de volta?” E assim é a nossa grande mídia.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Wilson Góis: Existe o dom. Eu nunca estudei música, nem sei bem a maioria dos acordes que executo. Nunca estudei canto. Mas não me orgulho disso. Eu creio que com o estudo evoluímos, aprende técnicas, teorias, etc. Mas confesso que sou um preguiço.

Mas defino o Dom musical como qualquer outro Dom que qualquer Ser Humano tenha: Tem gente que nasce com o Dom da oratória, outros com uma bela voz, uns com raciocínio matemático, lógico, outros para cuidar das pessoas (área de saúde, etc.). Todos os Dons têm na sua base o conhecimento, o estudo para que o dom evolua.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Wilson Góis: Eu não digo conceito, mas digo que é salutar. Acho que o músico que se fixar em pegar e executar uma música exatamente como ela é, é bom, mas o improviso ele é a cereja do bolo, é meio que pensar fora da caixa.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Wilson Góis: Mas o improviso vem do entrosamento dos músicos, de pegar aquele momento no ar. Senão não é improviso.

25) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Wilson Góis: A primeira oportunidade de eu enviar minhas músicas pra uma Rádio, foi com o apoio do Grupo “Uma Terra Só”, e foi com a Web Rádio Casileoca. Enfim foram três faixas e creio que estejam ainda na playlist deles. Recebi o convite para enviar para uma Web Radio no Japão. Então creio que sim. Agora tratando das grandes Rádios FM, aí creio que esta possibilidade seja nula.

26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Wilson Góis: Persistência.

27) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Wilson Góis: Eu não vejo Festival de Música ocorrer em Uberaba – MG. Na TV, esse pessoal tem ali seus momentos de fama, depois somem. Embora eu tenha visto muito pouco estes programas ultimamente.

28) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Wilson Góis: Não dá nem pra comentar.

29) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Wilson Góis: Eu desconheço esses espaços em Uberaba – MG.

30) RM: Quais os seus projetos futuros?

Wilson Góis: Como fiz até hoje: Compor, produzir, divulgar, conhecer novas oportunidades e seguir em frente enquanto Deus me permitir.

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Wilson Góis: (34) 98426 – 5251 |

Instagram: https://www.instagram.com/wilsongois1

Facebook: https://www.facebook.com/WGois

YouTube: https://www.youtube.com/@WilsonGoisMusico

Não Sou Muito Bom Em Dizer O Que Sinto – Wilson Góis & Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=gzBS1VdAcWY

Quando Você Voltar – Wilson Góis – Música Autoral: https://www.youtube.com/watch?v=J-ayb296RTo

Quando o Assunto é Você – Música Autoral – Wilson Góis: https://www.youtube.com/watch?v=a1i6JKX-LIo

Estou Aqui Com Você – Wilson Góis – Música Autoral: https://www.youtube.com/watch?v=O0mzE1A22hM

Mas Eu Preciso Te Dizer Música Autoral Wilson Góis: https://www.youtube.com/watch?v=MccQrXgRDmc

As Flores Música Autoral Wilson Góis: https://www.youtube.com/watch?v=aPkaNBWY9Ys

Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/3vGSl66Y1lVS5Cn881gQp6


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.