A cantora e compositora maranhense Sabrina Vaz começou sua carreira musical aos 14 anos de idade cantando Música Popular Brasileira nos Bares de Brasília-DF e em bandas de Baile e grupos de Axé.
Alcançou evidência por sua presença de palco, voz marcante e por sua personalidade. Em 2011, encorpou sua voz no estilo forró pé-de-serra com o seu projeto FLOMULENGO, que despontou cantando nas maiores casas tradicionais de Brasília como Ispilicute, Cota Mil, Arena do Forró dentre outros. Em 13 de dezembro de 2012, participou homenageando o Dia Nacional do Forró na Rodoviária do Plano Piloto. Obteve sucesso em sua participação no Festival de Música de Brasília como: Candango Cantador em 21 de julho de 2013.
Em 9 de agosto de 2013, participou pela 3ª vez na 7ª edição do “O Maior São João do Cerrado” se apresentando no palco principal, realizando a abertura do Show do Adelmário Coelho e gravando o seu primeiro álbum com grandes sucessos do forró pé-de-serra além de suas canções autorais. Fez participação especial na gravação do 2 DVD do Trio Siridó no Palco Principal do “Maior São João do Cerrado” neste ano e logo após em 2014 no mesmo evento, teve seu show na íntegra transmitida no especial da REDE GLOBO e GLOBO NEWS como banda revelação de Brasília no “Maior São João do Cerrado”.
Em 13 de novembro de 2013 grava seu primeiro vídeo clipe em parceria com os estudantes da área de cinema do Instituto de Ensino Superior de Brasília-IESB localizado na L2 Sul – DF. Em 18 de novembro de 2013 participou como convidada especial da banca de júri do Programa de entretenimento Ricardo Noronha Show da REDE TV. Dezembro de 2013 participou da tarde Nacional com a apresentadora da Rádio Nacional de Brasília Rejane Lima Verde. Em 24 de junho de 2014 se apresentou no Palco FIFA FAN FEST no Taguaparque de Taguatinga – Brasília-DF.
Em 3 de julho de 2014, se apresentou no 4º Cirquaia do Araguaia em Nova Xavantina-MT, concurso de quadrilheiros da cidade. Em 14 de abril de 2014, ganhou Troféu Brasília Top Show como melhor grupo de Forró pé-de-serra do ano de 2013 em Brasília. Em 12 de fevereiro de 2014, foi convidada para cantar o Hino Nacional para o 1º Simpósio Nacional do Movimento Junino em Brasília, representando todos os quadrilheiros do Brasil. Em 14 de fevereiro de 2014, é convidada para cantar junto com os intérpretes da Escola de Samba Acadêmicos de Santa Maria, representando o Nordeste Brasileiro. 16 de março grava entrevista no Programa do Raul Canal, Pampa e Cerrado de Brasília. Teve várias participações em entrevistas com várias rádios como: RÁDIO Jk 102.7 FM com o radialista Theo Forrozeiro, Rádio Federal, Rádio Atividade FM 107,1 no programa Forrozão Atividade com o radialista e Repentista Zé do Cerrado, recebeu convite para ser a garota propaganda da Rádio Asa Branca da Associação dos Forrozeiros de Brasília-ASFORRÓ. Em 25 de março de 2015, grava no Programa Globo Comunidade, homenageando os 44 anos da cidade de Ceilândia.
Em novembro de 2015, começa um relacionamento afetivo com renomado produtor maestro Marcos Farias, filho da maior intérprete de música regional Marinês e do produtor e sanfoneiro Abdias e inicia um trabalho com objetivo de restauração musical da grande cantora Marinês ao qual se assemelha muito. Em função deste projeto, em março de 2016, se apresentou na AABB em dueto com Chambinho do Acordeon, protagonista do filme Gonzaga de Pai pra Filho, em que caracterizados representaram Luiz Gonzaga e Marinês nos tempos áureos. Em fevereiro de 2016, inaugura uma exposição sobre Marinês no Museu dos três Pandeiros em Campina Grande-PB e canta na Sala de Reboco em Recife-PE.
Em 17 maio de 2016, participou como convidada do segundo palco de cantores convidados no Troféu Gonzagão, maior premiação de Música Regional do País. Em 18 de maio de 2016, participou do Programa Sala de Reboco do cantor e apresentador Santanna Cantador. Em junho de 2016 se apresentou no Programa Itararé Junino da Rede Cultura de TV, seguido pelo show no “Parque do Povo no Maior São do Mundo” em Campina Grande-PB.
Em 13 de dezembro de 2016 se apresentou no Feitiço Mineiro de Brasília em homenagem o Dia Nacional do Forró. Em 17 de dezembro de 2016, na Torre de TV, Sabrina Vaz é convidada para ser mestre de cerimônia do Evento Rojão de Brasília, apresentando todos os artistas locais e nacionais, festa sobre o Dia Nacional do Forró e Sabrina Vaz se apresenta oficialmente no dia 17. Em 10 de maio de 2017, em Campina Grande-PB, acontece o maior Oscar Nordestino, o Troféu Gonzagão. Sabrina Vaz é convidada para homenagear a maior cantora regional do país, a Rainha do Xaxado Marinês pelos seus 10 anos de saudade. Ela canta juntamente com a cantora Amorosa e Anastácia no mesmo palco. Em 16 de maio de 2017, acontece também em Campina Grande, o Tributo a Marinês – A Rainha do Xaxado no Teatro Municipal Severino Cabral, ela é convidada para cantar no palco junto com seu esposo maestro Marcos Farias. Em junho de 2017, Sabrina Vaz e Marcos Farias, padrinhos dos quadrilheiros Sanfona Lascada inicia seu período junino cantando na I Etapa de Circuito de Quadrilhas Juninas em Brasília-DF. Atualmente mora em Brasília-DF e faz shows pela cidade.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Sabrina Vaz para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 19.06.2017:
01) Ritmo Melodia : Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Sabrina Vaz : Nasci no dia 29 de março de 1979 em São Luís – MA. Registrada como Sabrina Araújo Vasconcelos.
02) RM : Fale do seu primeiro contato com a música?
Sabrina Vaz : Aconteceu através do meu tio Tote, irmão de minha mãe que me chamou para cantar “Flores” dos Titãs no ensaio de sua banda de rock no fundo de quintal da casa dele. Isso eu tinha uns 10 anos de idade.
03) RM : Qual sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?
Sabrina Vaz : Minha formação musical foi nas ruas, aprendendo na prática a cada apresentação, a cada evento que era convidada para realizar, estou nesse aprendizado há 25 anos. Sou graduada em Biomedicina, Pós-graduada em Gestão Hospitalar e Pós – graduação e Licenciatura em Pedagogia em ensino especial. E ainda trabalhei muito tempo como Técnica de enfermagem.
04) RM : Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Sabrina Vaz : No passado eu ouvia muito Benito di Paula, Agepê, Tim Maia, Wando, Luiz Gonzaga e outros, pois meu pai ouvia muita música boa. Na fase de adolescência, gostava muito de música Eletrônica, Rock e o Axé music. Atualmente por escolher o forró pé-de-serra coloco como influência central. Tudo que ouvi no passado, não deixaram de ter importância para mim, porque sempre que ouço eu me lembro de coisas boas que vivi naquela época. Não curto o funk por trazer mensagens de baixo calão, não tem crítica, nem poesia, nem arte, nada a somar. Já houve funks inteligentes, hoje, só palavrão. O sertanejo, que na verdade não é sertanejo, é o tal sertanejo universitário… Só falam em vou te pegar, vou beber até cair e etc… O sertanejo de hoje é muito ruim. Gosto do sertanejo de verdade, o sertanejo antigo como: Chitãozinho e Xororó, Sergio Reis, João Mineiro e Marciano, Cascatinha e Inhana, e outros. Isso sim é sertanejo. Os forrós que se dizem forró hoje, não chegam nem perto do forró tradicional, o forró de verdade sempre será marcado por: Luiz Gonzaga, Marinês, Jackson do Pandeiro, Sivuca, Anastácia, Elba Ramalho, Dominguinhos, Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste e a vastidão de grandes nomes espalhados por todo o nosso país.
05) RM : Quando, como e onde você começou a sua carreira profissional?
Sabrina Vaz : Comecei minha vida musical com grupo percussivo fazendo muitos carnavais de rua. Minha primeira aparição foi quando eu subi no trio elétrico e cantei o tema da copa do mundo de 1994. Foi a primeira vez que as pessoas ouviram a minha voz, na qual chamou muita atenção e a partir daí começaram os convites. Minha experiência musical começou no grupo percussivo Brother&Cia comandada por Mário Brother (in memoriam). Depois atuei em Bares, Restaurantes, festas de aniversários, festas políticas, Bandas de Bailes e etc.
06) RM : Quantos CDs lançados, quais os anos de lançamento (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical de cada CD? E quais as músicas que entraram no gosto do seu público?
Sabrina Vaz : Só gravei um CD – “Identidade nordestina”, com 13 músicas de autoria minha e duas de outros autores. Lancei no ano de 2014, gravei meu primeiro álbum no palco do Maior São João do Cerrado, festa fora de época aqui em Brasília-DF. O CD foi gravado pelos músicos que me acompanharam na época. Quase todos, músicos da cidade. E as músicas que entrou no gosto foram: “Minha vida é você”, “Dança Envolvente” e “Açucena”.
07) RM : Como você define o seu estilo musical?
Sabrina Vaz : Eclético. Pratiquei vocalmente vários estilos e ritmos. E hoje eu levo a bandeira do Forró Pé de Serra.
08) RM : Você estudou técnica vocal?
Sabrina Vaz : Nunca estudei formalmente música. Minha escola foi às ruas, bares, trios elétricos e shows particulares.
09) RM : Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Sabrina Vaz : Sei da importância da técnica vocal e cuidados com a voz. Mas não pratico nenhum dos dois itens. Não tenho vícios e o meu ritual é só dormir bem e tomar muita água antes e durante.
10) RM : Quais as cantoras(es) que você admira?
Sabrina Vaz : Elis Regina e Marinês.
11) RM : Como é o seu processo de compor?
Sabrina Vaz : Meu processo começou quando iniciei com meu projeto Flomulengo. Comecei a compor em 2011.
12) RM : Quais são seus principais parceiros de composição?
Sabrina Vaz : Minha parceria começou em 2015 com o Jair Brasil de São Paulo.
13) RM : Quem já gravou as suas músicas?
Sabrina Vaz : Até agora só eu gravei minhas músicas, não me foi informaram se alguém já gravou.
14) RM : Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Sabrina Vaz : Temos a liberdade de criar o nosso trabalho sem seguir regimes de produções x ou y. E contra é não ter chance no mercado, devido o péssimo lixo sonoro que temos que enfrentar hoje. Nenhuma chance de vender obras se não for o modismo hoje.
15) RM : Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Sabrina Vaz : Quando estou dentro do palco, tento levar o máximo de verdade para meus ouvintes atrás da minha voz e comunicação. Levo sempre o melhor repertório, pratico a melhor dicção e deixo aquele momento ser meu e do público. Quando estou fora, dou atenção ao meu público, participo de convites como: Rádio, programa de Televisão. E temos as redes sociais e canais que levam a minha história para o meu público.
16) RM : Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Sabrina Vaz : Primeiro o boca-boca, o campeão em divulgação. Gosto muito de usar as redes sociais, site e canais para divulgar meu trabalho. Faço festas de várias instituições, divulgo meu CD, meu site e faço da minha forma a melhor divulgação do meu trabalho.
17) RM : O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Sabrina Vaz : Sabendo usar essa ferramenta poderosa em divulgação, não vejo a forma prejudicial desta ferramenta. Sabendo usar, jamais seria prejudicial.
18) RM : Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Sabrina Vaz : As vantagens, é que o artista popular que não são conhecidos possam ter mais comodidade em ter acesso ao estúdio caseiro e poder realizar seus sonhos como gravar sua primeira obra musical. Pois vários artistas, não podem pagar um estúdio profissional ou chegar até perto de uma gravadora, por não ter força financeira ou um empresário que se responsabilize pela carreira do artista. O home estúdio tem que ter por trás um profissional com muita experiência e que ele não seja apenas um conforto por estar em sua casa. Desde que siga as normas de equipamentos e acústicas mínimos necessários. A desvantagem como citei antes, vários estúdios são alvos de profissionais inexperientes que usam o trabalho dos pequenos artistas para fazer suas experiências e que na maioria das vezes não saia a contento.
19) RM : No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Sabrina Vaz : No meu caso, eu vivo a minha realidade. Todo mundo tem seu público. O sol brilha para todos. Então, continuarei a compor e divulgar. Quem sabe uma das minhas obras seja a sensação do momento, mas dentro do meu estilo. No universo onde todo tenha a liberdade de criar e gravar. Eu prefiro resgatar as grandes obras regionais, dando assim ao público atual a oportunidade de rever essas obras em uma versão atualizada.
20) RM : Como você analisa o cenário do Forró e musical brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Sabrina Vaz: Os bons: Luiz Melodia, Ivete Sangalo, Araketu, Seu Jorge, Ana Carolina, Zélia Duncan, Emílio Santiago, Adriana Calcanhoto. Todos regrediram, porque com o Forró de plástico e o Sertanejo Universitário, não se fala de mais nada. O cenário brasileiro atualmente está uma vergonha. Não existem mais sábios da língua musical. Os grandes compositores fugiram ou se esconderam, não querem encarar essa vergonha musical. O lixo sonoro tomou conta e destruíram sonhos, inspirações. Hoje só ouvimos letra sem início, meio ou fim. Sem significados que somam para a vida do nosso ouvinte. A música hoje é volátil, só funciona para a mídia se falar, de bebida, ostentação, mulher pelada, traição e pornografia. Não se ouve mais criações inusitadas como no passado do nordeste, do sul, do norte, do oeste. E quem regrediu de verdade, fomos nós mesmos. Pois volto sempre ao passado para poder me inspirar. Sempre escuto boas músicas.
21) RM : Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Sabrina Vaz : Marinês com o forró autêntico e sua voz excepcional, afinada e forte. Emílio Santiago com sua doce expressão e interpretação. Elis Regina com sua afinação e ousadia na voz. Ney Matogrosso com sua voz afinada, expressão perfeita em palco.
22) RM : Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?
Sabrina Vaz : Cantar com som ruim foi inúmeras vezes que perdi a conta. Já aconteceu de eu derrubar pedestal do amigo, quando desci do palco para ir ao banheiro. Foi horrível o barulho que fez, imagina a cara do meu amigo e do público inteiro que estava no bar quando ocorreu isso. Já deixei o segurança do local sem graça. No momento que eu cantava um fã pegou no meu braço por emoção. O segurança chegou de forma agressiva puxando o fã, que era um senhor de idade. Anunciei imediatamente no microfone que soltasse o braço do meu ouvinte e deixei o segurança sem graça. Já levei vários calotes de cachê. Quando não tinha carro e ninguém para me deixar em casa, ficava na parada de ônibus esperando o primeiro ônibus de madrugada passar para chegar em casa, pois nesses casos o cachê era tão pouco que não dava para pagar um táxi. Cantadas, das piores: “Quanto você me cobra para cantar só pra mim?” “Se fosse minha, te colocaria numa gaiola e você cantaria só pra mim e mais ninguém”. E por aí vem outras e mais outras piores…
23) RM : O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Sabrina Vaz : Feliz, porque nasci pra música. A carreira me ensina coisas novas todos os dias. Sempre aprendendo. Triste é ver esse lixo sonoro no ar todos os dias. Não sei o que é pior, o lixo sonoro ou a corrupção do nosso país.
24) RM : Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?
Sabrina Vaz : Moro na cidade do Rock. Muitos artistas saíram de nossa cidade de Brasília como: Cássia Eller, Renato Russo, Herbet Vianna e outros. Brasília tem espaço pro rock, pro sertanejo, Pro Axé, pra MPB, pro forró. Tem espaço pra todo mundo. Mesmo com tanto lixo sonoro, ainda Brasília oferece boa musicalidade em diversos locais noturnos.
25) RM : Quais os músicos, bandas da cidade que você mora, que você indica como uma boa opção?
Sabrina Vaz : Rosana Brown.
26) RM : Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Sabrina Vaz : Sim. Já acontece em rádios webs e rádios veteranas daqui de minha cidade. Muita gente ajuda. Fora os festivais de rádio, como a Rádio Nacional que proporciona essa oportunidade dos ganhadores em divulgar as suas obras.
27) RM : O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Sabrina Vaz : Se faz bem e é um sonho, corra atrás e realize. Toda estrada tem seus espinhos. É respirar fundo e acreditar. Sempre encontraremos desafios, que esses veem para nos amadurecer, nos fortalecer e nos orientar para dar um passo mais firme do que o outro.
28) RM : Quais os prós e contras do Festival de Música?
Sabrina Vaz : Já participei de vários. O lado positivo que seu trabalho e sua pessoa se tornam mais popular, ganha força. As pessoas conhecem a sua obra. Contra, são as injustiças cometidas de júris ou cartas marcadas, que infelizmente até hoje isso acontece.
29) RM : Hoje os Festivais de Música revelam novos talentos?
Sabrina Vaz : Não vejo o empenho desses Festivais revelarem realmente o artista. Sinto meio fogo de palha. Os Festivais que aconteciam nos anos 60, 70 e 80, revelavam: Elis Regina, Milton Nascimento, Jair Rodrigues, Tom Jobim dentre outros. Hoje não tem mais essa força. Os artistas que ganham nesses Festivais de hoje com o reality show, é uma palhaçada, não vejo muita produção. Não sei se o problema está no artista ou em que conduz o artista.
30) RM : Como você analisa a cobertura feita pela mídia da cena musical brasileira?
Sabrina Vaz : Hoje está complicado. A cobertura é para obras inúteis. Sem comentários.
31) RM : O que levou você a direcionar a sua carreira como cantora a obra deixada pela cantora Marinês?
Sabrina Vaz : Comecei um projeto de forró pé de serra em 2011. O forró autêntico crescia aqui em Brasília-DF. Percebi que não tinha muita mulher dentro deste cenário. Entrei com tudo. Comecei a pesquisar mais e através deste trabalho conheci o trabalho de Marinês. Que é a voz mais perfeita em toda a história do forró deste mundo. Comecei a interpretar músicas que consagraram na voz dela. Que nessa atitude fui fortalecendo o acervo da Marinês e que me tornei fã.
32) RM : Você pretende regravar as músicas que fizeram sucessos na voz da Marinês?
Sabrina Vaz : Sim, claro.
33) RM : Você pretende gravar músicas inéditas e apenas manter o figurino usado pela Marinês?
Sabrina Vaz : Já gravo inéditas. E sobre minhas vestimentas nordestina, essas me acompanham desde o meu primeiro show em 6 de maio de 2011 e permanecerei a usar meu chapéu de couro e minha roupa de renda ou roupas que lembra a mulher nordestina. Já virou minha marca por onde passo.
34) RM : Você pretende gravar músicas de autoria do Abdias?
Sabrina Vaz : Quem sabe pro futuro, o acervo é grande demais. Chequei na “faculdade” Marinês agora. Tem muita pérola para reviver.
35) RM : Qual a receptividade do público com a sua caracterização e homenagem a Marinês?
Sabrina Vaz : É emocionante. O retorno do público é na hora. A música nordestina autêntica, não é pra todos, são para as pessoas que as valorizam, que gostam de cultura, poesia. As pessoas que interpretam o forró autêntico tem que gostar e viver a poesia e transferir a emoção ao público. Minha caracterização através do meu figurino é uma realização para muitos que me ver, se emocionam lembrando-se de suas infâncias e suas famílias.
36) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com maestro Marcos Farias (filho da Marinês)?
Sabrina Vaz : Minha relação pessoal com o maestro Marcos Farias começou em 15 de novembro de 2015 quando eu o revi. Em 2012 eu toquei triângulo para todos os artistas que se encontravam na homenagem ao Luiz Gonzaga, no dia 13 de dezembro, na rodoviária do Plano Piloto de Brasília, inclusive toquei para o Marcos. Naquele lugar eu o conheci e depois se passaram três anos, nos reencontramos e fizemos a aliança, nos casamos. Não sei explicar, mas me impressiono sobre as surpresas da vida. Casamo-nos no dia 13 de dezembro de 2016 no civil e nos casaremos no religioso no dia 13 de dezembro de 2017. Estamos muito felizes.
37) RM : Sabrina Vaz, Quais os seus projetos futuros?
Sabrina Vaz : Cantar o acervo da minha sogra. Defender o forró pé de serra, por me trazer tantas coisas boas, inclusive o amor da minha vida. Amar e cuidar do Marcos e continuar a criar boas obras musicais.
38) RM : Quais seus contatos para show e para os fãs?
Sabrina Vaz : (61) 9.8194 – 2233 | [email protected] | [email protected] | www.sabrinavazpedeserra.com