More Rogério Delayon »"/>More Rogério Delayon »" /> Rogério Delayon - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Rogério Delayon

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O cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor musical mineiro Rogério Delayon é um dos mais bem-sucedidos sideman do Brasil.

Ele já trabalhou ao vivo e em estúdio ao lado de nomes como Zeca Baleiro, Fábio Jr., Sandy & Júnior, Moraes Moreira, Lenine, Beto Guedes, Zizi Possi, Vanessa da Mata, Vander Lee, Sá, Rodrix e Guarabyra, Armandinho, Elza Soares, Paulinho Moska, Verônica Sabino, Ceumar, Rita Ribeiro, André Abujamra, Vitor Ramil, Luiz Melodia, Jair Rodrigues, Roger (Ultraje a Rigor), Pena Branca, Xangai, Dante Ozzetti, Victor & Leo, Zélia Duncan, Leila Pinheiro, Renato Borguetti, Leoni, Zé Renato, Paul Gilbert (Mr BIG), Eric Martin (Mr BIG), Steve Vai, Yuri Poppof, Ângela RoRô, Monica Salmaso, Fernanda Takai, Cheyenne Elliot (Dionne Warwick), Ellen Oleria, Jesuton, entre muitos outros. E acompanhou em turnê internacional alguns artistas citados acima.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Rogério Delayon para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 19.04.2021:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Rogério Delayon: Nasci no dia 16.07.1971 em Ipatinga – MG. Meu pai trabalhava na Usiminas, importante Siderúrgica de Minas Gerais. Vim para Belo Horizonte ainda criança.  Registrado como Rogério Reis Pinto. O Delayon veio de “The Lion”. O Lion dos Thundercats. Quando adolescente, meu cabelo era igual a uma juba de leão. O apelido pegou na escola e eu assume para minha vida professional.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Rogério Delayon: Sou o filho mais velho de três irmãos. Sempre gostei de música. Meu pai já tinha um violão antigo da marca Di Giorgio e sempre tocava e cantava para nós nas festas de família. Assim, aos sete anos de idade me apaixonei pelo instrumento. Ele me deu as primeiras aulas, me ensinou os primeiros acordes. E, quando viu que eu tinha jeito para música, me incentivou, me deu um violão novo e me colocou na aula de violão. Desde então, não parei mais. Não tem muitos músicos na família. Eu fui o único da família que seguiu carreira.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Rogério Delayon: Não sou músico formado em Faculdade. Fiz cursos esporádicos. Aos 11 anos de idade, meu primeiro professor de violão, Marcos Freitas, um grande incentivador, me ensinou músicas mais elaboradas.  Percebendo meu dom, me fez entender mais sobre harmonias complexas.  Aos 12 anos entrei no Conservatório de Música na UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, mas não segui em frente, eu queria tocar Rock in Roll, tocar guitarra.  Aos 15 anos fiz um curso de Harmonia Funcional na escola Ad Libtum, com Beto Lopes, Wilson Lopes e Julio Marques. Ali eu aprendi a improvisação e segui em frente como autodidata. Fiz também o Curso do Ian Guest e Nelson Faria. Tirava músicas, fazia arranjos, decifrava melodias e harmonias dos grandes compositores e instrumentistas.  Aos 17 anos me profissionalizei, com carteira dos músicos filiado a OMB – Ordem dos Músicos do Brasil. Aos 18 anos voltei estudar no Conservatório e fiz um ano de Iniciação Musical e dois anos de Percepção Musical com iniciação ao Violão Erudito, mas, como  já tocava na noite, em Bares e bandas de Baile,  e  já ganhava dinheiro como músico, não consegui conciliar o estudo de Violão Erudito com a vida profissional.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Rogério Delayon: As influências nunca deixam de ter importância. pois elas são a base de todo o meu conhecimento, de toda a minha personalidade musical. Minhas primeiras influências: Beatles, Elvis Presley, Roberto Carlos, pois era o que meus pais ouviam nos discos de vinil e fitas K7. Já com 10 anos de idade ganhei um disco de Vinil do meu primo, “Machine Head” do Deep Purple, e me apaixonei pelo Rock. Ouvia também Led Zeppelin, Kiss, e depois veio o Rock mais pesado como Iron Maden, Scorpions. Hoje, minhas influências também são: Pepeu Gomes, John Scofield, Scott Henderson, Lula Galvão, Guinga, João Bosco, Nelson Faria, Carlinhos Brown, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda, Jacob do Bandolim, Valdir Azevedo. Afinal, sou multi-instrumentista, toco vários instrumentos e vários estilos.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Rogério Delayon: Em 1985 comecei tocando ainda adolescente com bandinhas de bairro. Com 14 anos tive uma banda chamada Azafama. Fizemos alguns programas de televisão, gravamos em fita de rolo em estúdio, mas nada profissional. Alguns anos depois, apareceram diversos artistas locais me contratando para ser Sideman. Hoje trabalho mais como produtor musical em meu estúdio (Toca do Leão). Continuo como sideman de vários artistas.

06) RM: Quantos CDs lançados? Cite alguns CDs que já participou, tocando ou como arranjador?

Rogério Delayon: Estou me preparando para gravar meu primeiro CD autoral.  Desde 1994 participo de diversos CDs de artistas locais como Chico Lobo, Renato Motha, Regina Souza, Marina Machado, Patrícia Ahmaral, Vander Lee… E artistas Nacionais como: Zeca Baleiro, Fábio Júnior, Fagner, Lenine, Zizi Possi, Armandinho, Verônica Sabino, Aline Barros, Victor & Léo.

Já produzi discos de: Regina Souza, Tino Gomes, Sergio Pererê. E com Zeca Baleiro produzi um disco infantil “Zureta Vol. II“ e também a faixa “Zás“, do disco “O Disco do Ano“ e a faixa “Balada do 8º Andar“ do disco “Era Domingo“. Participei de vários DVDs como do: Fábio Júnior, Zeca Baleiro, Armandinho, Victor & Leo, Aline Barros, Marianna Valadão.

Diretor musical, arranjador do “CD da cantora Regina Spósito”; Diretor e produtor musical, arranjador e instrumentista do CD – “O Que será que Está na Moda?” de Selmma Carvalho; Diretor e produtor do CD “Nós e Voz” de Maurilio Rocha; Diretor musical do show de lançamento e turnê do CD – “O Que Será Que Está Na Moda?” (2006) da cantora Selmma Carvalho;

Produtor e Arranjador do CD – “Catopezeira Brasilis” de Tino Gomes (2008); Produtor e Arranjador do CD de Alexandrino du Carmo (2008); Diretor Musical do Show “Outonos“, da cantora Regina Souza (2009); Produtor e Arranjador do CD – “Do Mississipi ao São Francisco “ de Rodica Blues (2009); Produtor do primeiro CD da Banda Odilara (2009 ); Produtor e Arranjador do CD – Serendipity de Déa Trancoso (2011); Produzir e toquei no show em homenagem a 100 anos de Nelson Cavaquinho (Releituras instrumentais personalizadas da obra de Nelson Cavaquinho); Diretor e produtor musical, arranjador e instrumentista do CD – “Minha Festa” de Selmma Carvalho (2013); Produtor Musical do CD – “ Janela Pro Mundo“ da Banda Odilara (2013); Diretor Musical do DVD “Titane e o Campo das Vertentes“ ( 2013 ); Produtor e arranjador do CD Ao Vivo da cantora Kennia (2016); Produtor e Arranjador do CD – “ARANÔ de Emillio Victor (2018); Produtor e Arranjador do CD – “Canções de Bolso” de Sérgio Pererê (2020 ).

Atuei como músicos nos CD’s e DVD’s gravados: Regina Spósito (2001); O Poder Mágico de Telo Borges (2001); Tributo a John Lennon (2002); Falange Canibal de Lenine (2002); Pet Shop Mundo Cão de Zeca Baleiro (2002); O Irmão Do Meio de Sergio Godinho (2003); DVD Líricas de Zeca Baleiro (2003); Songbook João Bosco – Faixa “Das Dores de Oratório” (2003); Vander Lee Ao Vivo (2003); O Tempo de Celso Adolfo (2003); Sempre Viva de Ceumar (2003); Tom de Minas de Fábio Melo (2004); CD e DVD de Fábio Júnior ao Vivo (2004); DVD Pet Shop Mundo Cão de Zeca Baleiro (2004); Cruel de Sérgio Sampaio (2005); CD e DVD de Armandinho (2006); Carrossel de Skank (2006); DVD e CD “Ao Vivo e Em Cores“ de Victor & Leo (2009); CD “Boa Sorte Pra Você “ de Victor & Leo (2010); CD – Trilhas de Zeca Baleiro (2010); CD e DVD de Mariana Valadão (2011); O Disco do Ano de Zeca Baleiro (2012); Janela Pro Mundo de Odilara (2013); DVD Campo das Vertentes de Titane (2013); CD e DVD Extraordinária Graça de Aline Barros (2016); Era Domingo de Zeca Baleiro (2016); Canções de Bolso de Sérgio Pererê (2020).

07) RM: Como você define o seu estilo musical?

Rogério Delayon: Sou roqueiro nato. Adoro guitarras pesadas, mas fui trilhando meu caminho naturalmente até me tornar um sideman (músico profissional que é contratado para se apresentar ou gravar com um grupo o qual ele não integra).  Então, não tenho um estilo próprio. Toco qualquer estilo, justamente pela experiência de tocar com diversos artistas, tocar vários estilos: Country, Blues, MPB, Samba, Pagode, Sertanejo. Especializei-me em diversos instrumentos: violão de nylon, violão de aço, guitarra, Baixo, Bandolim, Cavaquinho, Banjo, Dobro, Guitarra Portuguesa, Charango. Procuro me aprimorar nesses estilos e nesses instrumentos, de acordo com a origem de cada um deles.

08) RM Quais artistas já trabalhou?

Rogério Delayon: Mineiros:  Ana Cristina, Renato Motha, Chico Lobo, Titane, Regina Souza, Marina Machado, Patrícia Ahmaral, Vander Lee,  Paula Santoro,  Selmma Carvalho. Nacionais: Zeca Baleiro, Zizi Possi, Fabio Júnior, Victor & Leo, Armandinho, Leila Pinheiro, Zélia Duncan, Jair Rodrigues, Moraes Moreira, Paulinho Moska, Xangai, Pena Branca, Sandy & Júnior, Steve Vai, Eric Martin (cantor da MR Big), Paul Guilbert (guitarrista da MR Big), Sergio Godinho (cantor pop de Portugal).

09) RM: Como é o seu processo de compor?

Rogério Delayon: Componho quando a ideia surge, com telefone celular ou um gravador do lado. Vou arriscando pequenas melodias, grooves, e depois reavalio essas ideias e desenvolvo, para que elas virem uma canção. Tenho uma parceria com Zeca Baleiro, “Brigas nº 1” do CD – “Zureta Vol. II”.

10) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Rogério Delayon: Nunca pensei em estratégia. Minha vida musical veio naturalmente. Estudei muito e aprendi vários estilos e vertentes musicais. Construí minha reputação e qualidade musical ao longo do tempo. Fui aprendendo a me portar musicalmente e socialmente, e isso foi fazendo meu nome circular… E hoje sou o meu próprio empresário e tenho meu próprio estúdio de gravação. Aprendi a mixar, masterizar, a produzir. Hoje sou o meu próprio técnico de som.

11) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Rogério Delayon: Hoje, além de ser músico, você tem que ser produtor do seu trabalho. Aprender a fazer vídeos, subir para as redes sociais, ser seu próprio empresário. Eu aprendi isso tudo. Antigamente as pessoas te procuravam para shows e gravações. Hoje, se eu não movimentar meus canais de youtube e Instagram, essas pessoas me esquecem. Hoje está tudo voltado para a internet, para as redes sociais. Quem não aparece não é visto.  

12) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento da sua carreira musical?

Rogério Delayon: A Internet me proporcionou conhecer muitos trabalhos musicais legais e isso me deixou motivado e me incentivou a querer me aprimorar. A quantidade de informação me faz querer saber o que está acontecendo com o mundo da música, porém, isso toma  muito meu tempo precioso de estudo e trabalho.

13) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Rogério Delayon: O Home Studio proporcionou às pessoas o trabalho remoto, podendo interagir à distância com vários profissionais do mundo inteiro, usando sua plataforma digital. Também proporcionou aos artistas, a produção independente de seus trabalhos. Com isso apareceram excelentes produtores e artistas do mundo inteiro. Porém, com isso, perdeu-se o controle de qualidade musical. Muita música ruim apareceu no mercado, pois qualquer pessoa pode aprender a usar as ferramentas de um Home Studio.

14) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical? 

Rogério Delayon: O músico tem que continuar seguindo sua trajetória musical, seu sonho, sua carreira, e aprender a divulgar seu trabalho. Mostrar seu trabalho cada vez mais nas redes sociais. Nem todo mundo vai gostar. Mas o que o músico não deve fazer é mudar sua essência em função de um nicho ou do mercado.

15) RM: Como você analisa o cenário da música instrumental no Brasil. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Rogério Delayon: Citar nomes é complicado. Conheci muita gente bacana, tive muitas surpresas boas com trabalhos de pessoas que eu nunca ouvi falar na vida: Dudu Maia (bandolinista), Luiza Mitre (pianista e acordeonista). Adoro a geração antiga como Marco Pereira, Lula Galvão, Juarez Moreira.

16) Quais as técnicas semelhantes e diferentes do violão popular e da guitarra?

Rogério Delayon: Pergunta complexa, pois são instrumentos iguais, mas são diferentes (risos). São dois instrumentos semelhantes na forma de pensar harmonicamente, o braço é igual, a disposição das notas é igual, mas cada um tem uma técnica, cada um tem uma linguagem, cada um tem um som. Cada um tem uma forma de se encaixar no estilo musical.

17) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Rogério Delayon: Eu vou citar três passagens, dentre várias, que aconteceram comigo durante esses mais de 30 anos de carreira. A primeira foi em Santos – SP, quando eu toquei gaita junto com o cantor Zeca Baleiro, no casamento do Chorão (do Charlie Brown Jr). A noiva entrando e eu fazendo o solo da música “Proibida pra Mim“, do Chorão, na versão acústica do Zeca Baleiro. Foi uma grande emoção. A segunda foi num show da dupla Victor & Léo. Era um rodeio e estávamos no camarim, debaixo do palco, ao lado dos cavalos e bois. Era uma barulheira e um fedor absurdo. A terceira foi uma despedida de solteiro. Eu e um parceiro fazíamos um pocket acústico num sítio para 10 amigos e o noivo, quando, de repente, chega uma Van com 15 mulheres profissionais do sexo e começam a farra pornô. Foi um susto, mas o show continuou até o fim.

18) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Rogério Delayon: Não vejo nenhuma tristeza na minha carreira musical. A música só me deu alegrias. Tenho minha casa própria, instrumentos de boa qualidade, tudo isso foi a “Dona música“ quem me deu. Já são 32 anos de carreira. Poder trabalhar com o que a gente gosta é um privilégio. Trabalhar com o que gosta, ganhar seu dinheiro, poder criar meus filhos, com o que você mais gosta de fazer, que é tocar.

19) RM: Você acredita que sem o pagamento do Jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Rogério Delayon: Eu acho que, para tocar as músicas nas rádios, só mesmo pagando o Jabá. A não ser que suas músicas sejam muito boas e muita gente tenha interesse comercial nela. Ou seja, para aparecer você tem que pagar o Jabá. A não ser que seja uma rádio pública e que queira divulgar trabalhos novos e diferentes.

20) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Rogério Delayon: Como qualquer outro trabalho, tem que fazê-lo com amor, com dedicação. Você tem que fazer o que gosta, sem seguir uma tendência ou querer entrar no mercado a qualquer preço.

21) RM: Quais os instrumentistas que você admira?

Rogério Delayon: Vou esquecer de muitos, mas vou dizer aqueles que estão sempre na minha playlist. Guitarristas: George Benson, Larry Carlton, Scott Henderson, Pepeu Gomes, Ricardo Silveira, Steve Ray Vaughan, Robben Ford, André Nieri, Mateus Asato. Violonistas: Lula Galvão, Marco Pereira, Romero Lubambo, Swami Junior, Daniel Santiago, Nelson Faria, Tommy Emmanuel. Bandolinistas: Hamilton de Holanda, Dudu Maia, Joel Nascimento.

22) RM: Quais os compositores eruditos que você admira?

Rogério Delayon: Apesar de não ser muito ligado à música erudita, os que me chamam a atenção são: Bach, Beethoven, Paganini.

​​23) RM: Quais os compositores populares que você admira?

Rogério Delayon: Gosto do Guinga, Toninho Horta, Tom Jobim, Hamilton de Holanda, Marco Pereira, Lenine, Zeca Baleiro, Chico César, Marku Ribas.

24) RM: Quais as principais técnicas que o aluno deve dominar para se tornar um bom Guitarrista?

Rogério Delayon: Primeiramente saber harmonia funcional. Conhecer bem o braço da guitarra. Conhecer as técnicas básicas como: Bends, Vibrato, Arpejos. Ouvir muita música, tirar muita música de ouvido, transcrever solos de guitarra de artistas famosos.

25) RM: Quais os principais vícios e erros que devem ser evitados pelo aluno de Guitarra?

Rogério Delayon: Um dos erros mais comuns que vejo são alunos copiando solos de guitarra sem saber o que estão fazendo, reproduzindo mecanicamente, mas sem analisar harmonicamente.  Outro erro que vejo são alunos que querem tocar rápido estudando somente a técnica e deixam de lado harmonia e a improvisação.​

26) RM: Quais os principais erros na metodologia de ensino de música?

Rogério Delayon: Um erro básico são os professores não incentivarem a percepção auditiva do aluno. Eles ensinam teoria, a harmonia, mas não ensinam a escutar. O aluno sabe tudo na matemática da música, mas não sabe ouvir o acorde que está sendo tocado.

27) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Rogério Delayon: Existem pessoas que nascem com um dom para música, desenho, arte. Já tive alunos que eram extremamente dispersos e preguiçosos nas aulas, mas se tornaram grandes instrumentistas por ter a musicalidade nata.  É intuitivo. Tive outros que estudavam muito, eram rigorosos e seguiam os estudos à risca, mas não se tornaram grandes músicos porque não tinham o dom.

28) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical? 

Rogério Delayon: Improvisar é a arte de criar espontaneamente dentro de um tema proposto.

29) RM: Rogério Delayon, Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Rogério Delayon: Existe improvisação de fato, só que tenho que saber teoria musical, estudar a harmonia da música proposta e assim, fazer o improviso. Tem que ter a base do estudo. Quando você vai fazer um discurso improvisado você tem que saber o tema do assunto, os tópicos e saber o idioma de fato. Improvisar na música tem que saber em que tonalidade está, analisar a harmonia e saber o que utilizar de escalas e arpejos.

30) RM: Quais os seus projetos futuros?

Rogério Delayon: Estou acabando de gravar meu primeiro disco que deve sair em 2021 e continuar com as produções de discos no meu estúdio Toca do Leão.  Quero continua a tocar com os artistas como Sideman e fazer meus shows instrumentais.

31) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Rogério Delayon: [email protected]

| https://www.instagram.com/rogeriodelayon_oficial/?hl=pt-br

| https://www.facebook.com/RogerioDelayonMusic

| https://www.youtube.com/channel/UCDGoY95yy5uw_wyvQnQ-Jjw?view_as=subscriber 

| Canal: https://www.youtube.com/channel/UCDGoY95yy5uw_wyvQnQ-Jjw 

Jam – Rogerio Delayon – Steve Vai ( BH ): https://www.youtube.com/watch?v=9DWWUqn9dyU


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.