More Raul Menezes »"/>More Raul Menezes »" /> Raul Menezes - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Raul Menezes

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Compositor, guitarrista, violonista e professor de música, Raul Menezes é um artista que atua em várias vertentes, de jazz a MPB, tendo, ao longo de sua carreira trabalhado ao lado de músicos conceituados no Brasil e na Europa.

Em seu álbum “Poeta de Botequim”, gravado pela Niterói Discos (2000), traz composições de sua autoria, entre elas “Beethoven já tinha razão”, gravada por Lilian França, por Sérgio Tannus e por Antônio Zambujo, renomado cantor português. Outras composições de sua autoria integram álbuns de outros intérpretes.

Apresentou-se em inúmeros bares e teatros de Niterói, Rio de Janeiro, Nova Friburgo, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, acompanhando cantores, participando de bandas, ou em trabalho solo apresentando suas composições.

Morou na Suécia de 2003 a 2004, apresentando-se pela Europa em diversos festivais de jazz e casas de show (Suécia, Alemanha, Dinamarca, Espanha).

Como instrumentista, dividiu palco com Cláudio Nucci, Márcio Borges, Karla Boechat (Mulheres de Hollanda), Cátia de França, Durval Ferreira, entre outros.

Integrou o “Brazuca 4” (quarteto de música instrumental brasileira), o “Projeto Rio-Minas” e o “Teto de Zinco”.

Atualmente, integra o duo “Ofício Amado” com a cantora Corina Viana (integrante do Quarteto em Cy); o “Releituras Musicais” com Laffayete Álvares (voz), Daniel Cahon (contrabaixo) e Juka Lima (bateria); e o trio instrumental “Estação Araribóia” (com Juka Lima e Daniel Cahon), que se apresentou em duas edições do Festival de Música Instrumental de Irecê (BA).

Realiza trabalhos na área de cinema, vídeo e teatro – guitarra no curta metragem “Nossa ópera, nossa gente”, de Heraldo Portela; direção musical, composições, guitarra, voz e violão nos projetos “A peleja do Djalma e do moleque” e “Diva Gina Show” do Lapclin da FioCruz.

Um caldeirão de influências ajudou a forjar o seu estilo, de Chico Buarque de Holanda a Wes Montgomery, de Tom Jobim a Toninho Horta, de Cartola e Noel Rosa a Hélio Delmiro, passando por outros nomes como Hermeto Pascoal, Elomar, Joe Pass, Jim Hall, Heraldo do Monte, Edu Lobo, Luiz Gonzaga e outros.

Recentemente participou como guitarrista, violonista e compositor da gravação do álbum instrumental Brazilian Time Zone, ao lado de outros músicos como: Daniel Cahon, Roberto Menescal, Kiko Continentino, Mamão, Marcos Nimrichter, Suzano, PH Todaro, Silvério Pontes, Mac William Caetano, entre outros.

Segue entrevista exclusiva com Raul Menezes para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 14.02.2024:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Raul Menezes: Nasci no dia 19/06/1964 em Niterói – RJ.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Raul Menezes: É difícil responder isso com exatidão… Na minha casa a música sempre esteve presente… Os discos de samba do meu pai, as rodas de música que sempre aconteciam em casa, o rádio com as canções da época. Por minha família ser ligada a Umbanda escutava muito os pontos que eram cantados nos terreiros.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Raul Menezes: Estudei violão clássico no Conservatório de Niterói, posteriormente estudei guitarra na Escola de Música da Savassi em Belo Horizonte – MG. Estudei Harmonia Funcional e Improvisação na Rio Música.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Raul Menezes: Como escrevi anteriormente o samba era uma constante na minha casa…Na adolescência descobri Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Bossa Nova, o Clube da Esquina e a MPB de forma geral…

Através de Paulo Targino, um professor de violão que se tornou um grande amigo, mergulhei na música de Tom Jobim e de Wes Montgomery, aí veio o jazz… Chet Baker, Gershwin, Joe Pass. E citou outros artistas que me influenciaram muito: Elomar, Cartola, Nelson Cavaquinho, Guinga, Edu Lobo, Luis Gonzaga, e muitos outros dessa praia. Todas essas influências foram, e ainda são fundamentais na construção da minha música.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Raul Menezes: Como quase todo adolescente… Aquela história da banda formada com os amigos… Além de guitarrista eu já gostava de fazer música e letra. Daí para tocar nos festivais do interior foi um pulo…

As rodas de violão eram frequentes em Niterói – RJ, eu já dava umas canjas nos bares, em pouco tempo já tocava na noite. Aconteceu na época um movimento no Sesc Niterói, o Movimento Novo, creio que ali de certa forma começou meu trabalho solo.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Raul Menezes: Lancei em 2000 o álbum “Poeta de Botequim” pelo selo Niterói Discos, um trabalho autoral (com exceção “Nós é tudo caipira” de Nelson Tostes).

Participei de várias coletâneas como compositor (não sei precisar quantas com exatidão…) Tenho canções gravadas por outros artistas, recentemente em 2023 compus algumas músicas instrumentais e toquei em todas as músicas do “Brazilian Time Zone” (Música Instrumental Brasileira) junto de músicos como PH Todaro, Daniel Cahon, Roberto Menescal, Marcos Nimrichter, Azimuth, Marcos Suzano, Kiko Continentino, entre outros.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Raul Menezes: O meu trabalho é uma fusão de tudo que acredito e que mora em mim…Um caldeirão onde misturo samba, jazz, bossa, baião, tango, bolero, choro, valsas, modinhas etc…

Como também sou letrista procuro misturar ironia, humor e lirismo na dose exata…Creio que o artista não pode se omitir diante do que enxerga… Dessa forma compus nos últimos anos o material para o “Crônicas da Resistência”, que pretendo lançar em 2024.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Raul Menezes: Sim. Estudei um pouco com Fátima Regina e com uma ótima professora, baiana de Irecê, a Malena. Sempre busco também a orientação da minha irmã, Valéria Menezes Rodrigues, que além de cantora é fonoaudióloga especialista em Canto.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Raul Menezes: É de enorme importância! Te confesso que ando meio relapso em relação aos cuidados com a voz… Como atuo muito como instrumentista e professor de Música, por vezes fica complicado pra administrar o tempo, e cuidar da voz como deveria. Mas já estou me organizando nesse sentido.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Raul Menezes: Adoro João Gilberto, Chet Baker, Mônica Salmaso, Dori Caymmi, Corina Viana, Nelson Paes, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Rosa Passos e outros nessa linha…

Não curto muito esse lance do cantor pop que abusa dos vibratos, ou que canta alto o tempo todo… Acho chato. Prefiro a sutileza, a afinação precisa, a emissão leve…Resumindo…uma concepção parecida com a do poeta Manoel de Barros, só que na Música. Também não me considero “o cantor”… Sou um compositor e instrumentista que gosta de contar histórias.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Raul Menezes: Normalmente a letra surge com a canção, é claro que existem exceções… Não fico dependendo só da “Divina inspiração”… Isso limita… Por vezes busco a inspiração através da expiração… Violão, papel e caneta (sim… sou desses que fazem música com caneta, risos).

A Arte é maior do que o indivíduo. Componho sobre a minha experiência pessoal e sobre o que não vivi. Dessa forma crio personagens, lugares, desejos e experiências que nunca tive… Penso muito como cronista quando componho.

O arremate final sempre acontece… Um acorde que mudamos, uma metáfora que casa melhor com a canção…É por aí.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Raul Menezes: Como faço música e letra tenho poucos parceiros… Citarei alguns… Fernando Rodrigues, Daniel Cahon, Paulo Targino, Carlos Alberto Gomes.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Raul Menezes: Favorece no sentido de manter a qualidade da obra,  de não ceder a um mercado que preza por resultados imediatos,  muitas vezes em detrimento da Arte. O complicado é a distribuição, os custos que se têm, o desgaste que é ter que dar conta de questões que fogem do olhar do artista.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Raul Menezes: A primeira estratégia do artista brasileiro é em relação a sobrevivência. Pagar as contas, casa, filhos etc… Como fazer isso com um segmento da música que não se encaixa na tal “música pra tocar no rádio”?

A música que faço não se encaixa nos modismos, e digo isso sem nenhum traço de pedantismo ou de “artista maldito”… Gosto de harmonias sofisticadas, de letras elaboradas. Nada contra quem faz o contrário, porém é a minha concepção musical, e felizmente consigo sobreviver dela.

Recentemente rompi com a produtora que geria minha carreira… Me encontro basicamente em um processo de reconstrução profissional, buscando parcerias que possam somar na administração do meu trabalho solo, principalmente no que se refere a divulgação…

Faço Arte, mas não sei vender Arte. Sigo vivendo no momento com os editais que aparecem, com as aulas que dou, e com os trabalhos de sideman, tocando e gravando no trabalho de outros artistas.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Raul Menezes: Quando rompi com a produtora perdi o canal que estava sendo construído no YouTube (que por sinal é bem aquém do meu trabalho) e também ficou inacabado o trabalho no Spotify com o meu CD autoral… Creio que terei que resolver isso na Justiça, a coisa foi tensa…

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Raul Menezes: A Internet é uma ótima ferramenta de divulgação, mesmo com algumas mazelas como direito autoral por exemplo… Preciso muito aprender a usar essa ferramenta de forma mais eficaz, e estou disposto a aprender, estudar a fundo todas as possibilidades, por mais que as vezes o tempo jogue contra (aulas, ensaios, gravações, etc). E como citei anteriormente, estou disposto a fechar com novas parcerias neste sentido.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Raul Menezes: As vantagens são enormes! É fundamental a autodisciplina nesse caso, afinal trabalhar em casa pode ser um convite pra procrastinação… O fato de dar aulas e compor por encomenda, me ajuda muito em relação a autodisciplina. Pretendo investir mais nesse sentido, tanto em aprendizado quanto materialmente.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Raul Menezes: O que faço? Procuro ser um músico melhor a casa dia… Com toda correria da lida procuro estudar sempre, me aprimorar… Isso ainda é pouco em relação ao mercado…Me falta mais conhecimento tecnológico, estratégias de Propaganda, ser mais independente nesse sentido…

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Raul Menezes: Não enxergo o atual cenário como promissor. Acho vazio, tudo meio fast-food… Pra ser franco acho chato demais esses padrões The Voice Brasil, popstar e coisas do tipo… Acho desigual o olhar da mídia… O espaço dado a determinados gêneros musicais não é dado para outros…

É um absurdo uma cantora como Mônica Salmaso ou um compositor do quilate de um Guinga, serem mais reconhecidos fora do que dentro do Brasil. Falo em relação a grande mídia, TV aberta, etc… Não gosto mesmo do que rola na grande mídia.

Em relação às revelações, na minha visão revelação é aquilo que tenha visibilidade para todos os setores da sociedade… Gosto muito de alguns artistas novos: Thiago Amud, Mulheres de Chico, Mulheres de Holanda, Pedro Martins e Michael Pipoquinha, Júlia Vargas etc… Mas eles têm a visibilidade merecida? Não tem… Ficam no campo do alternativo.

Vejo Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Guinga, Elomar, Vital Lima, Ná Ozzetti, o povo de Minas Gerais, do Nordeste, etc… Todos eles e mais outros continuam com uma obra pra lá de consistente. Se boa parte deles não aparece, isso é um problema do mercado que se alimenta com os modismos. Por uma questão de ética prefiro não responder sobre os artistas que regrediram.

 

20) RM: Como você analisa o cenário da Música Instrumental Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Raul Menezes: A Música Instrumental Brasileira sempre foi relegada a segundo plano, e ainda hoje infelizmente não é diferente. Tem muita gente boa aparecendo, mas destaco Pedro Martins e Michael Pipoquinha. Quanto ao conceito de revelação sigo ao da resposta anterior.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?

Raul Menezes: Muitas…Citarei algumas… Tocando com um duo Instrumental (guitarra e flauta) em certo shopping de Niterói – RJ, no meio da música Rosa do Pixinguinha uma madame toda chique se aproximou do palco… Perguntando insistentemente que horas começaríamos a cantar… Falou que a introdução estava longa demais (risos).

Falta de condições técnicas é o que existe mais por aí… Na noite então é um absurdo, por isso evito tocar na noite, poucos lugares te dão uma infraestrutura bacana… Já toquei em teatro também com som meia boca, sem retorno nenhum.

Já toquei em um evento no interior, praça pública, gente pra caramba… Foi um dia especial, toquei muito, inspirado. No final escutei um comentário de um dos produtores do evento com algumas pessoas: – O cabeludo até toca direitinho, mas é muito parado, não pula, não dança (risos). Tiveram alguns calotes, e consequentemente as reações. Mas é melhor pular esta parte (risos).

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Raul Menezes: O que me deixa mais feliz? Quando faço uma boa gravação, um bom solo ao vivo, quando finalizo uma composição.

Em Gotemburgo – Suécia fiz uma temporada em um pub. Toda sexta um determinado casal sueco ia assistir, sentavam no mesmo lugar, assistiam com muita atenção. No fim da temporada a mulher me presenteou com um LP do Bola Sete, um músico brasileiro genial já falecido, e muito conhecido fora do Brasil.  Ela muito emocionada falou que o vinil era herança do pai, e que o som que eu fazia remetia a lembrança dele… Chorei junto… É uma benção quando a Música faz isso.

O que me deixa triste? O descaso com nossa música…Quando a Música é tratada apenas como entretenimento, me entristece…A Música é bem mais que isso…

23) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Raul Menezes: Algo que trazemos na alma, e que carece de ser lapidado… Feito flor que se não for regada morre.

24) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Raul Menezes: Estudei e leciono Improvisação… É algo que você estuda muito pra na hora certa misturar com a emoção e deixar fluir… Um bom improviso não precisa ser longo ou com milhares de notas velozes…

Um bom improviso tem que contar uma história, despertar alguma emoção que a música peça… Você esquece tudo que estudou, aquele estudo já está entranhado em você… É deixar fluir…Como dizia Miles Dave. É mergulhar em uma piscina escura, sem saber o que tem no fundo… A dica é: Deixe a Música te levar.

25) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Raul Menezes: Existe. Respondi na questão anterior… É claro que tem gente por aí que decora o improviso. No caso de algumas gravações em que tem espaço para improvisar, eu preparo um mapinha da harmonia na cabeça, mas na hora a emoção pode me levar pra outro caminho. Estudar Improvisação te ajuda a dar ferramentas pra emoção… Escala, arpejos, modos gregos, técnicas… Tudo isso são apenas ferramentas para a Deusa Música!

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Raul Menezes: O problema é quando a pessoa fica “engessada”, afinal o som vem antes dos números… É necessário ouvir muito para se criar um bom vocabulário na hora da Improvisação… Estude e ouça tudo! De Debussy até Luiz Gonzaga, de Jacó do Bandolim até Jim Hall.

27) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Raul Menezes: O que respondi em relação a Improvisação vale para Harmonia. Escuta e sensibilidade até pra quebrar regras e retratar emoções. Leciono Harmonia Funcional, e afirmo: Ninguém harmoniza melhor do que o brasileiro!

28) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Raul Menezes: Não sei ao certo…Talvez… Já recebi uma proposta de um produtor que se eu pagasse determinada quantia ele colocaria uma canção minha em uma minissérie da Globo. Eu não tinha a tal quantia (bem alta por sinal). Enfim… É um absurdo ainda existir algo como o jabá.

29) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Raul Menezes: Antes de pensar em sucesso faça música com amor… Se você não amar o que faz não vai se encontrar… Sucesso independe do talento, é bom e todos querem, eu também quero… Porém mais do que sucesso é determinante você ser bom no teu ofício. Estude, divirta-se, seja ético e responsável, acredite no teu potencial e administre os excessos do ego… Música é troca e comunhão.

30) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Raul Menezes: Sim, desde que os jurados sejam do ramo e não afeitos a maracutaia.

31) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Raul Menezes: Creio que respondi anteriormente. Acho rasa e tendenciosa.

32) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Raul Menezes: Acho maravilhoso! Que venham outros espaços assim.

33) RM: Quais os seus projetos futuros?

Raul Menezes: Criar novas parcerias que possam aumentar a visibilidade do meu trabalho. Tenho algumas coisas na gaveta. Mas sem um bom esquema de produção não sei se valeria a pena lançar.

34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Raul Menezes: Em decorrência do problema que tive com a produtora, estou sem perfil no YouTube e sem o Spotify… Tem coisas minhas no YouTube, é só pesquisar Raul Menezes. Quem quiser entrar em comigo é só acessar no Instagram: https://www.instagram.com/raulmenezesproducao

Raul Menezes – Poeta de Botequim: https://www.youtube.com/watch?v=e95F893XJso


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.