More Ras Timbre »"/>More Ras Timbre »" /> Ras Timbre - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Ras Timbre

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Ras Timbre vem se apresentando desde 1998 em bares, casas noturnas, festivais e ficou conhecido no sul do Brasil, pelo trabalho que fez com a banda Nósnaldeia, O primeiro sucesso deles foi o hit “Reggae na Casa Amarela”, em 2007.

De lá pra cá, inúmeros shows. produções e muitos lançamentos Em 2018 lançou “Sonhada Paz” essa obra em parceria com a banda paulista Lion Brothers. E desde então vêm produzindo singles em parceria com vários artistas entre eles: Dabliueme (SP), Monkey, Jhayan (SP), Jr.Litlle Car (SP), entre outros.

em 2014, o cd “eu não” excursionou por 11 estados brasileiros provocando uma histeria sonora em todos os lugares por onde passou. a partir de janeiro de 2014, Ras assumiu o comando do programa “reggae brasileiro”, na rádio comunitária pinheira FM, Ransmitida para a baixada do Maciambu, pelo dial 98,3 mhz. para os ouvintes de outras regiões, a exibição pode ser conferida pela internet pelo link: www.radiopinheira.com.br nesse ano de 2024, ras realizou o festival underground autoral o “fua” sucesso absoluto de público em Palhoça – SC.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Ras Timbre para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 15/08/2025:

01) RM: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Ras Timbre: Nasci no dia 17/02/1978 em São Paulo. Registrado como Nilson Cardoso Medeiros Junior.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Ras Timbre: Foi aos 7 anos de idade quando ganhei um violão de minha tia materna (Ilda).

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Ras Timbre: Sou autodidata na música e concluir o Ensino Médio.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Ras Timbre: Sou eclético musicalmente, na infância tive influência da Música Sertanejo e Samba Raiz. Minha família no ABC paulista é envolvida com Carnaval e Escolas de Samba. Já na adolescência me identifiquei com o Rock in Roll, em seguida já na fase jovem adulta, conheci mais profundamente a MPB e o Reggae Music. Até hoje todas as influências importam!

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Ras Timbre: Em 1998 comecei atuar profissionalmente em Bares e Festivais de cidades do norte Paranaense: Paranavaí e Maringá.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Ras Timbre: Quatro álbuns: “A vida manda” ( 2009) ; “Culture Sound System” (2011); “Eu não” (2014); “Sonhada Paz” (2018) e ainda muitos singles.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Ras Timbre: Música de Raiz.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Ras Timbre: Não.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Ras Timbre: Acredito em tudo que possa somar e cuidar da voz é essencial para quem canta.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Ras Timbre: Bob Marley, Clinton Fearon, Kuky Lughon, Junior Dread, Toni Garrido, Robert Plant, Zé Ramalho, Sabotage, Milionário e José Rico, Jorge Aragão, Elza Soares, Rita Lee, Rita Marley, Erika Badhu, Denise D’Paula etc.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Ras Timbre: Não tenho uma “fórmula” as vezes faço letra e melodia no violão, as vezes faço tudo já no digital com plug-ins e packs de wav, as vezes faço a letra em cima de uma base instrumental e poucas vezes fiz a letra antes e musiquei depois.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Ras Timbre: Dabliueme e Mauro Rosa.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Ras Timbre: Nósnaldeia, Las Bulucas e Dabliueme.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Ras Timbre: O bacana é a liberdade de escolha, o ruim é a instabilidade financeira.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Ras Timbre: Meu foco é editais, festivais de música e temporada de verão na região da grande Florianópolis – SC onde moro desde 2002.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Ras Timbre: Produções próprias e contínuas nas plataformas de streaming’s e parcerias com outros artistas.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Ras Timbre: Ajuda na comunicação com pessoas do mesmo ramo. Atrapalha quando se envolve investimento massivo para divulgações de lançamentos e obter visibilidade viral por exemplo.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Ras Timbre: Home estúdio só vejo vantagens, independência e liberdade pra quem estuda e faz com o que pode e tem.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Ras Timbre: Acredito nas minhas músicas e procuro ter uma certa constância de lançamentos para que os fãs continuem interessados em acompanhar.

21) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Ras Timbre: Mato Seco, Marina Peralta, Seu Jorge, entre outros.

22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Ras Timbre: Uma vez fui contratado para substituir uma banda de baile numa cidade do interior catarinense, o problema é que o contratante não falou isso para mim! E preparamos um show de Reggae Roots para um público que só queria beber e dançar as músicas da moda na época. Foi hilária a situação nos saímos bem, ficou bem claro que estávamos numa “Enrascada”.

23) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Ras Timbre: Mais feliz o reconhecimento de colegas de trabalho e público, mais triste a insegurança financeira e a falta de reconhecimento de autores com pouco dinheiro para investir em carreira e mercado.

24) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Ras Timbre: Em FM’s comerciais Não acredito que minhas músicas toquem sem o pagamento do jabá!

25) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Ras Timbre: Digo Boa sorte, persevere, estude muito e agarre cada oportunidade.

26) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Ras Timbre: Manipuladora e sempre leva vantagem em cima de Artistas.

27) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Ras Timbre: Acho bacana qualquer iniciativa que apóie a Arte e principalmente a música. Só acho que deveria ter mais espaço pro Underground dentro desses projetos.

28) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Ras Timbre: O cenário reggae, infelizmente, vejo que não é tratado como deveria. Poucas bandas conseguem se manter com agendas que suprem as necessidades da estrutura financeira. Revelações: Marina Peralta, Tegwa, Jhayam, entre outros. Que se mantiveram: Tribo de Jah, Mato Seco, Ponto de Equilíbrio, Adão Negro, Edson Gomes, etc. Isso pra citar as que têm condições, público e agenda para se manterem ativos o ano todo.

29) RM: Você é Rastafári?

Ras Timbre: No meu entendimento sou Rasta e sigo Rastafári tendo em vista que Ras Tafari Makonnen só existiu um, o Rei Haile Sellasie.

30) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?

Ras Timbre: A afirmação é uma visão peculiar e isolada.

31) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?

Ras Timbre: Um dos principais motivos é o preconceito com a Cannabis Sativa que é inserida na Cultura e apreciada pela maioria dos Reggueiros Brasileiros. Sendo a assim o Maistream e seus contratantes, tratam o Reggae brasileiro como subgênero e música de Praia, verão e maconheiros!

32) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System?

Ras Timbre: Os prós são: Logística, Transporte, Custos menores. Os contras são: Se você não faz padrão “Imitando Jamaicano” você não é bem visto como Toaster, nas grandes cenas urbanas, onde a competitividade entre as equipes de Sound System é gigante!

33) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?

Ras Timbre: Muita diferença, a sonoridade orgânica de músicos ao vivo nunca será superada, no meu caso eu gosto dos 2 formatos!

34) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?

Ras Timbre: Um dos principais motivos é o preconceito com a Cannabis Sativa que é inserida na Cultura e apreciada pela maioria dos Reggueiros Brasileiros. O principal motivo do Reggae não ser mais respeitado pelo Maistream e assim conseguir manter uma Cena, com muitas bandas e artistas como nas outras cenas, que já existem.

35) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?

Ras Timbre: No Brasil não vejo isso tão nítido, até mesmo porque as principais bandas que estão na grande mídia não são de Rastas e sim de Reggueiros.

36) RM: Quais os seus projetos futuros?

Ras Timbre: Continuo lançando singles nas principais plataformas de streaming e produzo um Festival de música autoral chamado FUA – Festival Underground Autoral em Palhoça – SC.

37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Ras Timbre: (48) 99902 – 7340 | [email protected] | https://www.instagram.com/rastimbre

Canal: https://www.youtube.com/@RasTimbreReggae

Rasta Rap Roots: https://www.youtube.com/watch?v=yWJDVS_Jqyo


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