More Pepe Chaves »"/>More Pepe Chaves »" /> Pepe Chaves - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Pepe Chaves

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O cantor, compositor multi-instrumentista mineiro Pepe Chaves iniciou em Itaúna-MG seus trabalhos com a música, com o jornalismo e também alguns estudos e pesquisas relacionados à ufologia e as ocorrências de fenômenos aéreos.

Atualmente trabalha como editor, produzindo livros para terceiros. Também é produtor de audiovisuais, tendo produzido diversos videoclipes e documentários sob temas diversos.

Como compositor, instrumentista e vocalista, participou da banda Elfos (Fernando Chaves, Adilson Rodrigues, Levy Vargas) tendo registrado em estúdio muitos de seus trabalhos autorais, além de diversas apresentações no interior de Minas Gerais.

Atualmente dirige a rede de portais jornalísticos ZINESFERA e a TV Fanzine no You Tube.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Pepe Chaves para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 14.11.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Pepe Chaves: Nasci no dia 16/10/1964 em Itaúna-MG e registrado como José Geraldo Chaves, mas todos me chamam de Pepe desde a infância, pois este foi apelido colocado pelo meu pai José Guimarães Chaves (e minha Neusa Mendes Chaves).

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Pepe Chaves: Meus avôs eram músicos. O avô paterno, José Policarpo de Mendonça Chaves, foi um excelente violonista. E o materno, José Mendes era clarinetista, co-fundador da histórica Banda N.S. Aparecida de Itaúna-MG. Ele era também luthier e consertador de instrumentos.

Então, meus primeiros contatos com a música foram através do avô Mendes, indo nos ensaios da banda, no clube Flor do Momo, em Itaúna, ainda na minha primeira infância. E na casa desse avô havia também um quartinho nos fundos onde era seu ateliê em que consertava instrumentos.

Eu gostava muito de ficar por lá, entre instrumentos de toda espécie; de cordas de sopro, de percussão… Aquilo era uma verdadeira bagunça, mas, para uma criança como eu, era o início de um mundo musical e luminoso que se abria pra mim ainda na primeira infância.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Pepe Chaves: Minha formação é no jornalismo e eu trabalho como jornalista prático desde 1994, com registro no Ministério do Trabalho, sendo editor do jornal digital Via Fanzine ( www.viafanzine.jor.br) desde aquele ano.

Temos uma pequena empresa jornalística onde trabalhamos também com produções culturais. Na música, sempre toquei e compus de ouvido, executando apenas por cifras.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Pepe Chaves: Minhas influências musicais vêm do rock progressivo inglês, da MPB, especialmente do chamado Clube da Esquina e muita música mineira de vários estilos. Cresci indo a shows de artistas mineiros, como Lô Borges, Milton Nascimento, 14 Bis, Beto Guedes e tantos outros.

Por morar próximo a BH tive a oportunidade de assistir a grandes apresentações destes músicos que, de certa forma, vieram inspirar meu trabalho autoral na música. Atualmente tenho acompanhado alguns trabalhos recentes de gente antiga, como Peter Gabriel e a banda Yes, que continuam em plena atividade. Acho que nenhum deixou de ter importância, tudo que ouvi, de certa forma, veio se somar à minha carga musical pessoal.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Pepe Chaves: No final dos anos 70 formei a Locomotivo que foi a minha primeira banda junto com dois amigos. Eu tocava bateria, Adib Mileib cantava e tocava violão, e Geovane Vilela tocava contrabaixo. Infelizmente, esta banda somente ensaiou e não chegou a fazer apresentações.

Depois conheci alguns amigos músicos Fernando Chaves, Adilson Rodrigues, Júlio César Costa, Levy Vargas, Humberto Campos entre outros em Itaúna – MG e criamos a banda Girasonho, que fez umas três apresentações em meados dos anos de 1980.

Somente em 1987 eu fundei a banda Elfos, juntamente com Fernando Chaves e Adilson Rodrigues. Posteriormente, o também multi-instrumentista Levy Vargas veio integrar a banda que era formada por quatro multi-instrumentistas. Isso nos propiciava tocar mais de um instrumento na banda, além de contar com três vocais, o que tornava os trabalhos bem diversificados. A Elfos durou de 1987 a 1994, período em que fizemos algumas apresentações para milhares de pessoas em estádios e praças na região de Itaúna-MG.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Pepe Chaves: Na época ainda da tecnologia analógica a banda Elfos lançou duas fitas demos “Tempo de Viver” e “Num ônibus Espacial”, gravada em nosso próprio estúdio analógico, com uma mesa Gianinni de 8 canas.

Posteriormente eu lancei dois CDs solo, “Índios Urbanos” I e II.

Como produtor musical, concebi também três CDs coletâneas com músicos de Itaúna – MG no final da década de 1990 e início de 2000, respectivamente foram, “I Coletânea da música Itaunense” (1997), “O que Itaúna tem?” (1999) e “Acordes do Centenário” (2001).

Em 2010 produzi também o DVD Elfos Gerais 2010, reunindo diversas músicas da banda em videoclipes e apresentações ao vivo. Mas, infelizmente, minha vida tomou outros rumos e não pude mais me dedicar às composições ou às produções e apresentações musicais, quando passei a me dedicar exclusivamente ao jornalismo desde meados da década de 1990.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Pepe Chaves: Algo bem próprio, que procura o máximo de originalidade, fugindo de qualquer tipo de ideia pré-concebida ou clichês. E tive a sorte de me encontrar com músicos que também buscavam trilhar este mesmo caminho.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Pepe Chaves: Tive a felicidade de fazer aula de canto com o saudoso Padre Luiz Turkemburg, durante o ginasial no Colégio Estadual de Itaúna – MG. A partir daí aprendi algumas técnicas vocais que me propiciou vir a cantar mais tarde.

Luiz Turkemburg foi um padre holandês que morou por muitos anos na minha cidade, Itaúna-MG. Ele era músico e amigo do meu avô materno (José Mendes), que era luthier e consertava instrumentos para ele. Em suas aulas de canto, o padre levava as turmas para o teatro da escola, onde tocava piano e ficávamos cantando clássicos da MPB.

Graças a isso, pude amadurecer minha voz muito cedo, trabalhando as cordas vocais desde cedo, em tons altos e baixos, sendo o suficiente para os trabalhos que eu viria fazer alguns anos mais tarde.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Pepe Chaves: Importância total, desde o grau de assiduidade que a pessoa tenha com a prática vocal até os cuidados básicos com determinada alimentação e gelados, quando se está em atividade. Claro, se for alguém que se apresenta em público, há vários cuidados a se tomar, além de técnicas e recursos que podem ser utilizados.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Pepe Chaves: Várias. Mas citaria primeiramente Karen Carpenter, a meu ver, a mais linda voz feminina do universo. Mas também gosto de Tina Turner, Oletta Adams, Nina Simone, Elis Regina, Gal Costa, Marinna, Maria Bethânia, Marisa Monte, entre outras.

Também destaco a cantora e instrumentista mineira Daniela Starling, que é também compositora e teve dois CDs lançados em uma curta carreira musical.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Pepe Chaves: Bem variado, não há uma fórmula. Pode se iniciar com um texto, ou com um acorde. Acho que cada música que compus nasceu de um processo bem distinto das demais. Cada uma tem uma história de composição.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Pepe Chaves: Minhas principais composições em parceria ocorreram antes e durante a banda Elfos. Foram meus principais parceiros em composições os integrantes da banda, Fernando Chaves, Adilson Rodrigues, Levy Vargas e Marcial Fernandes, todos de Itaúna – MG. Mas tenho algumas parcerias esparsas com outros músicos de Itaúna e de outras cidades do país.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Pepe Chaves: Acho que as dificuldades de sempre. O músico acaba tendo que se desdobrar, como produtor, agente, técnico, empresário e por aí vai… Hoje vivemos a era das plataformas musicais e sabemos que selos independentes têm pouco acesso ao mercado. Não conseguem atingir um público considerável, a ponto de se manter um trabalho por muito tempo em exposição. Então, não creio que exista prós nesse caso.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Pepe Chaves: Atualmente tenho me dedicado mais ao jornalismo, à produção literária e de vídeos. Sou editor e produtor de vídeo e tenho trabalhado para vários autores e músicos nos últimos anos.

Isso, além do trabalho jornalístico que coordeno em minha própria rede de portais, a ZINESFERA. Desta maneira, não almejo seguir carreira na música atualmente, pelo menos, por enquanto.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Pepe Chaves: Como disse, não tenho me dedicado à carreira musical. Atualmente tenho me dedicado ao jornalismo. Com relação à música, às vezes tenho exercitado o violão, mas sem compromisso. Atualmente tenho trabalhado mais com a produção de documentários e videoclipes para terceiros.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Pepe Chaves: Acho que toda tecnologia tem seu lado positivo e negativo. Para alguns, o surgimento das plataformas musicais digitais foi essencial para alavancar carreiras e determinadas figuras que surgiram no cenário musical nos últimos tempos.

Por outro lado, muitos compositores e intérpretes, de grande valor não tiveram acesso a tais recursos e assim, permanecem desconhecidos do público. Então, na maioria das vexes não adianta sem um bom músico ou compositor, se não houver o essencial: uma adaptação às exigências do mercado.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Pepe Chaves: Nos anos 80 e 90 montamos, durante minha passagem pela banda Elfos, usamos um estúdio analógico com pouquíssimos recursos, e ainda assim, conseguimos fazer alguns registros e áudio, hoje, de grande importância.

Adilson Rodrigues e eu, criamos e desenvolvemos por nossa conta um sistema de gravação usando dois tape-decks, ligados a uma mesa de oito canais. Isso permitia a cada um de nós pudesse executar mais de um instrumento numa mesma música, ou ainda, utilizar vários vocais da mesma pessoa, gravados em cada sessão separada.

Hoje há softwares que fazem isso e ainda proporcionam gravações com qualidade digital incrível, que podem ser usados em computadores de baixo custo. Mas, creio que no fundo, o talento do técnico de áudio é o que prevalece nas gravações de estúdio, sejam analógicas ou digitais.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Pepe Chaves: Acho que cada músico e cada trabalho produzido por este músico é o que vai pesar na balança. O que vejo hoje é uma certa desvirtualização musical, onde o mercado pede coisas mais fúteis, descartáveis ou supérfluas, então, trabalhos que considero realmente de valor musical, poético e criativo perderam espaço.

Mas o problema da distribuição sempre foi o grande entrave. Enfim, a meu ver, levar o trabalho de um artista ao seu respectivo público é uma árdua e cara missão a qualquer músico atualmente.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Pepe Chaves: O mercado musical está sempre fazendo nascer, mas também sepultando, trabalhos interessantes. As últimas revelações musicais de valor, a meu ver, não são nem tão novas assim. No caso da MPB, vi surgir algumas coisas interessantes nos últimos anos, como Isabella Taviani, Tiê e Lineker.

Os grandes medalhões da MPB conseguem ainda lançar seus álbuns e fazerem suas excursões, inclusive, no exterior, como é o caso de Gilberto Gil e Caetano Veloso, atualmente. Contudo, há nos circuitos alternativos muita gente boa surgindo sem, talvez, terem a oportunidade de um dia atingir o grande público.

20) RM: Como você analisa o cenário do Rock no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Pepe Chaves: O rock nacional, surgido em meados da década de 80 ainda persiste, através do trabalho de bandas daquela época que ainda estão em atividade. O chamado Rock Brasil veio à tona com a Blitz, de Evandro Mesquita, seguida por bandas como Titãs, Legião Urbana, Barão Vermelho, Capital Inicial, Paralamas e depois, Skank, Pato Fu, entre outras, cuja maioria ainda continua em atividade atualmente.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Pepe Chaves: Ao longo do meu período na música, entre ensaios, gravações e apresentações, aconteceram de fato, coisas inusitadas. Como um show da banda Elfos em um estádio de futebol para umas cinco mil pessoas em Itaúna-MG, interrompido por uma forte tempestade.

No momento, eu cantava e tocava guitarra, quando esbarrei a boca no microfone e tomei um forte choque nos lábios e dentes. De repente a chuva intensificou e todos saíram correndo do palco, procurando proteger os instrumentos. E o público também se dispersou, eram milhares de pessoas que vazaram dali rapidamente em busca de proteção… (risos).

Quanto a brigas na época da banda, raramente a gente brigava. A base de tudo era uma amizade forte e sólida que mantínhamos mutuamente na época. Passamos juntos muitas aventuras, dentro e fora da música, e agradeço a cada um dos companheiros do Elfos pela convivência positiva e o aprendizado que pude ter com cada um deles, seja na música ou na vida.

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Pepe Chaves: Fico feliz ao ouvir uma canção minha antiga, gravada com meus companheiros musicais e constatar que, o tempo não destrói canções, assim como “os sonhos não envelhecem”.

Ao contrário disso, o tempo mostra, de fato, quais são as canções atemporais, originais e de digno valor. E me sinto triste justamente por isso: de haver canções tão fortes – nossas ou não – que jamais chegarão às pessoas certas, ou ao seu verdadeiro público que a valorizaria como ela merece.

24) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Pepe Chaves: Não creio que seja um “dom”, o fato um músico ser um virtuose ou um compositor de talento. A boa execução ou interpretação, por exemplo, advêm, unicamente de seu esforço pessoal e dedicação.

Ninguém “nasce sabendo” tocar um instrumento ou compondo uma canção. Então, creio que todo bom músico ou compositor colherá os frutos de seus esforço e dedicação através do aprendizado e da absorção daquilo que lhe interessa.

25) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Pepe Chaves: Acho interessantes os improvisos e também válido todo tipo de experimentações musicais. Em muitos casos são, ensaios, treinos, exercícios ou laboratório para surgiram trabalhos mais concisos por parte de quem os pratica.

Em certa época exercitávamos muito o improviso na banda, chegando a gravar algumas sessões interessantes, nascidas ali, sem compromisso algum e que nunca mais iríamos toar aquilo juntos. Mas permanecerão imortalizadas nos registros em áudio.

26) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Pepe Chaves: Como disse antes, creio que exista sim. Nessa citada época da banda Elfos a gente gravou muita coisa de improviso em estúdio. E, mesmo sendo improviso, cada instrumentista não pecou em nada, a música nascia ali e fluía por si, através dos instrumentos e vocais. E, ao mesmo tempo em que nascia, já estava sendo gravada.

Fizemos alguns experimentos assim, ainda que na maioria, não apresentamos em público tais canções compostas de improviso e gravadas em estúdio. Mas, de alguns improvisos desse tipo, já nasceram também algumas canções que desenvolvemos depois passaram a fazer parte do nosso repertório.

27) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Pepe Chaves: Como disse, creio que todo método de improvisação vem aperfeiçoar o músico, no sentido de que ele possa usar de suas habilidades adquiridas em futuras composições ou execuções.

28) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Pepe Chaves: Não vejo contras, somente prós. Creio que a harmonia seja fundamental em todas as canções, cantadas ou instrumentais. Toda a dinâmica musical passa pela harmonia que, a meu ver, seria o “acabamento musical” de maior importância, pois manterá todo o clima de uma canção.

29) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Pepe Chaves: Atualmente não sei como funciona o sistema de jabá, mas vi e vivi isso bem de perto há alguns anos. De fato, o que mais implicava no sucesso de um músico ou banda no mercado era justamente a distribuição e não necessariamente o conteúdo do seu trabalho.

E essa distribuição sempre era feita pelos grandes selos. Estes, geralmente multinacionais da música, dispunham de recursos que eram oferecidos às estações de rádio para execução das músicas. Certamente, este “toma lá dá cá”, ainda deve persistir de alguma maneira no mercado, mas confesso que estou desatualizado a respeito.

30) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Pepe Chaves: Digo que deva ir para um grande centro, procurar um produtor e ter um nome bem original. Tive uma experiência muito boa enquanto me dispus a compor e tocar minhas canções autorais, apresentando em público e veiculando nas rádios locais.

No entanto, eu e meus companheiros vivíamos numa cidade do interior mineiro e isso nos limitava muito. Talvez, se tivéssemos saído de lá enquanto havia tempo para isso; enquanto estávamos na melhor fase musical… Talvez, se tivéssemos feito isso, a nossa história poderia ter sido diferente hoje.

31) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Pepe Chaves: Acredito que o festival de música revela talentos e lamento sua falta de popularização, pois era um espaço de excelência para revelação musical.

Felizmente, assisti e até participei de alguns festivais interessantes, inclusive me Itaúna – MG, ao lado de meu amigo e parceiro Fernando Chaves, quando recebemos o prêmio de 3º lugar com nossa composição ”Mundo Mercenário”, que contou também com a participação ode nosso companheiro da banda Elfos: Levy Vargas nos teclados, Roberto Antunes na guitarra, Dênio no baixo e Bráulio Assunção na bateria.

Também ao lado de Fernando Chaves e Levy Vargas, interpretamos também a canção “Zéfiro (a canção do vento)” (Pepe Chaves/Fernando Chaves/Levy Vargas/Humberto Campos), que contou com a participação de Daniela Starling nos vocais e teclados.

32) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Pepe Chaves: Creio que a mídia esteja antenada no já falado jabá. Não creio que algum órgão da imprensa vá divulgar algo pelo simples fato de ser bonito, original ou valoroso musicalmente. Certamente, há interesses e vão querer uma contrapartida para fazer isso.

33) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Pepe Chaves: Acho de suma importância que grandes corporações, como as que você cita, apoiem as iniciativas musicais, especialmente, daqueles iniciantes. Acho que hoje as leis de inventivo à cultura e os espaços abertos por grandes empresas às iniciativas musicais são os motores mais saudáveis para geração de uma música de qualidade.

34) RM: Fale de sua atuação como jornalista através do Via Fanzine (Rede Mineira de Portais Integrados).

Pepe Chaves: Em abril de 1994 eu me distanciei da música, sem abandoná-la (continuei compondo, me apresentando e gravando esparsamente) para me dedicar ao jornalismo, ao fundar, junto com meu parceiro musical Adilson Rodrigues, o jornal cultural Via Fanzine.

Este projeto jornalístico completará 30 anos em 2024 e me alegra muito ter tomado frente disso. Via Fanzine nasceu como um jornal impresso mensal, depois passou a quinzenal e semanal, circulando na região de Itaúna-MG e por várias cidades do Brasil.

Hoje este projeto abarcou a ZINESFERA, uma pequena rede de sites temáticos, que podem ser acessados pela plataforma www.viafanzine.jor.br, a qual eu convido todos a visitá-la.

Também tenho realizado a produção de documentários, alguns, disponíveis ao público em nosso canal Via Fanzine (TV Fanzine) no You Tube. São documentários voltados à música, antropologia, etnologia, entre outros temas. Como o documentário Coração Guarani, com trilha sonora original, organizado e produzido por mim.

Em 2018, este documentário foi traduzido e exibido no Museu da Cultura Popular de Frankfurt, Alemanha, hoje com acesso livre em nosso canal no You Tube.

35) RM: Fale de sua atuação com a Ufologia.

Pepe Chaves: Ufologia também é um assunto que me fascina desde a infância. Especialmente por ter presenciado algumas coisas bastante insólitas. No Brasil, devido aos inúmeros trabalhos nesta área, sou considerado por muitos como um “ufólogo”. Mas não me considero como tal, sou mais um jornalista que se especializou no assunto ufologia.

Lançamos em 2005 o portal UFOVIA, trazendo informações jornalísticas relacionadas à ufologia, hoje pertencente ao portal Oráculo e DTV, de Florianópolis, administrados pelo jornalista Dante Villarruel.

Durante 10 anos pesquisei sobre uma suposta luz vagante, avistada à noite em regiões ermas de vários municípios brasileiros. Chamada pelos sertanejos brasileiros de “Mãe do Ouro”, esta luz remonta muitas histórias interessante de sua constatação, por testemunhas de cultura bem diversa, inclusive, por mim, em duas ocasiões.

Isso me impressionou muito e me motivou a levar adiante a pesquisa destes objetos reais, mas desconhecidos cientificamente.

E nestes 10 anos montei um material com base em relatos da população rural, que culminou no meu livro sobre este assunto, intitulado “Os UFOs e seus periféricos” (Pepe Arte Viva Ltda), disponível em e-book. Mais informações sobre este trabalho e sua aquisição podem ser acessadas por aqui: https://www.viafanzine.jor.br/perifericos.htm.

Participei nos anos 90 e 2000 palestrando nos Congressos de Ufologia nas cidades Varginha – MG, São Paulo, Itaúna – MG, São Thomé das Letras – MG e em Belo Horizonte – MG.

36) RM: Quais os seus projetos futuros?

Pepe Chaves: É continuar trabalhando com produção musical dentro do possível. Mas especialmente, manter o meu trabalho como editor literário e de vídeo. Nos últimos anos produzi dezenas de livros para autores diversos e também alguns trabalhos em vídeo como documentarista. Alguns dos livros que produzi para autores podem ser acessados por aqui: https://www.viafanzine.jor.br/site_vf/pag/18vf/livro_eletronico11.htm.

Alguns documentários e produções de vídeo de minha autoria, desde videoclipes, reportagens e documentário poderão ser acessados pelo nosso canal TV Fanzine no You Tube, pelo seguinte link: https://www.youtube.com/@viafanzine.

Agradeço a você, Antonio Carlos, à RitmoMelodia pelo interesse no meu trabalho e pela entrevista. Deixarei alguns links abaixo com acesso livre aos interessados em minhas produções literárias, musicais e de vídeo.

37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Pepe Chaves: Agradeço a todos pelas visitas ao meu trabalho e me coloco ao dispor de quem se interessar através do e-mail [email protected]

LINKS RELACIONADOS:

ZINESFERA – Rede Mineira de Portais Integrados

https://www.viafanzine.jor.br/

E-books proliferam durante a pandemia do covid-19 – Nossa editora produziu 23 e-books em um ano e meio. Confira a matéria especial sobre cada um desses lançamentos literários e baixe gratuitamente alguns destes trabalhos: https://www.viafanzine.jor.br/site_vf/pag/18vf/livro_eletronico11.htm

Documentário “Coração Guarani” – Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=qQ2gFSdaxPU&feature=youtu.be

Documentário “Coração Guarani” – Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=qQ2gFSdaxPU

Entrevista com Pepe Chaves – Coração Guarani: https://peladignidadehumana.blogspot.com/

DVD – Elfos Gerais 2010: https://www.viafanzine.jor.br/site_vf/pag/2/fotos_elfos.htm

Página de Pepe Chaves – Via Fanzine: https://www.viafanzine.jor.br/pepe.htm

TV Fanzine – Produções em vídeo: https://www.viafanzine.jor.br/tvf.htm

Pepe Arte Viva – Produtora literária: https://www.viafanzine.jor.br/site_vf/pag/18vf/livro_eletronico11.htm

Portal UFOVIA: https://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/index.htm


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.