More O Gajo »"/>More O Gajo »" /> O Gajo - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

O Gajo

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O Gajo, formado em Design e músico autodidata desde 1988, é natural e residente em Lisboa – Portugal.

Com 28 anos de circuito underground onde passou por bandas mais ligadas ao estilo Punk Rock e com mais de uma dezena de registos oficiais, é em 2016 que resolve mudar o rumo das suas composições.

Essa viragem é orientada com a descoberta da Viola Campaniça, um cordofone tradicional da região do Alentejo que ajuda a dar uma personalidade bem portuguesa às suas músicas.

Com este projeto “O GAJO”, já lançou quatro álbuns solo: “Longe do Chão” 2017 (com o apoio da GDA), “As 4 estações do GAJO” 2019, em 2021 “Subterrâneos”, em 2023 “Não Lugar” e em 2024 “Terra Livre” em parceria com Ricardo Vignini.

Atua regularmente por Portugal e em 2019 participa em dois dos principais festivais europeus destinados à indústria musical, o Eurosonic na Holanda e o Reeperbahn Festival na Alemanha.

Em 2018 atua em MACAU na inauguração da exposição de arte “Colecção de Outono” organizada pela Fundação Oriente e ainda em 2018 a sua música é usada como banda sonora num curta metragem sobre parte da vida do poeta Fernando Pessoa.

A convite da Fundação INATEL faz várias apresentações ao vivo pelo país a musicar a projeção do filme “The Kid” de Charlie Chaplin.

Em 2019 lança exclusivamente no mercado alemão “Lisbon Express” que é uma compilação de músicas do 2º disco e participa durante 1 semana num “Sync Camp” que acontece na Polónia destinado à criação de música para cinema.

Em 2021 atua em Turku na Finlândia no Museu Sibelius onde esteve patente uma exposição de cordofones portugueses promovida pela Lusitanian Music Publishing.

Ainda em 2023 O GAJO faz um tour de oito apresentações no Brasil de promoção do disco “Terra Livre” de colaboração com o tocador de viola Caipira Ricardo Vignini, onde participa ainda no Festival MATE em Porto Alegre – RS que junta profissionais da indústria musical da América Latina e em setembro de 2023 viaja até à Galiza para participar no Festival MUMI.

2024 arranca com os concertos de apresentação de “Terra Livre” em Portugal nas cidades de Lisboa (centro cultural de Belém), Braga, Coimbra e Évora.

Em 2023 ganha o prémio “Mais Música” na gala dos prémios Mais Alentejo e em 2024 ganha o prémio “INATEL award” no Iberian Festival Awards em Granada pelo seu trabalho na inovação da música popular.

Planos não faltam para expandir o mundo deste cordofone português que ganhou asas pelas mãos do GAJO e os planos são de novo lançamento para 2025 com nova formação e novas colaborações.

Segue abaixo entrevista exclusiva com O Gajo para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 04.10.2024:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

O Gajo: Nasci dia 18 junho de 1973 em Lisboa – Portugal. Registrado como João Paulo Morais.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

O Gajo: Em minha casa não se ouvia música que não fosse o que passava ocasionalmente na TV e nesse caso, o que mais chamava a minha atenção ali pelos 13 anos de idade era a música rock. Ficava bastante impressionado com a atitude e o peso do som. Isto foi a meio dos anos 80.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

O Gajo: Infelizmente os meus pais não me apoiaram na formação musical e acabei por ter de fazer outras escolhas. Tirei primeiro um curso de ourivesaria e mais tarde um curso superior de design.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

O Gajo: As primeiras bandas que segui de forma mais atenta foram bandas dentro do universo mais pesado como Venom, Suicidal Tendencies, Metallica ou Anthrax. Depois comecei a diversificar as referências e hoje gosto de rock, folk e música do universo da World Music.

Afastei-me um pouco do Heavy Metal, pois é um estilo ficou um pouco previsível e com alguns preconceitos relativamente a outros estilos.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

O Gajo: Aos 15 anos de idade (em 1984) entrei para a escola de artes em Lisboa – Portugal e escolhi pertencer à “tribo” dos metaleiros. Comecei a ir a concertos e a ter vontade de subir a um palco. Foi nessa altura que experimentei uns ensaios com amigos num estúdio de ensaios que se alugava à hora e que tinha o material todo para podermos usar (guitarras, bateria, etc). Escolhi a guitarra e até hoje sinto que foi a escolha acertada.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

O Gajo: Entre os vários projetos eu diria que uns 20 CDs lançados. A primeira edição que fiz em 1991 foi em cassete e a segunda em 1992 foi em Vinil. Quatro álbuns a solo: “Longe do Chão” 2017 (com o apoio da GDA), “As 4 estações do GAJO” 2019, em 2021 “Subterrâneos”, em 2023 “Não Lugar” e em 2024 “Terra Livre” em parceria com Ricardo Vignini.

07) RM: Como você se define como Violeiro?

O Gajo: Sou um autodidata que tenta ao máximo trabalhar sem fórmulas pré-definidas, criando as minhas próprias narrativas e sempre curioso para explorar novos caminhos.

08) RM: Quais afinações você usa na Viola?

O Gajo: Quando peguei na Viola já tocava guitarra há quase 30 anos e por isso, não querendo contrariar tudo o que tinha aprendido até aí, tentei adaptar os mesmos “desenhos” da guitarra à viola. Tenho violas afinadas em: Cebolão (D – A – D – Fá# – A – D); Cebolão (E – B – E – Sol# – B – E); Natural (A – D – G – B – E).

09) RM: Quais as principais técnicas o violeiro tem que conhecer?

O Gajo: Acho importante desenvolver uma boa técnica de dedos ou palheta (dependendo da escolha) para não nos sentirmos limitados na criação. A destreza nos dedos da mão esquerda (no caso do destro) também é muito importante. Uma boa técnica abre bastante o horizonte de possibilidades.

10) RM: Quais os violeiros que você admira?

O Gajo: Em Portugal tenho uma grande admiração pelo trabalho do Carlos Paredes da guitarra Portuguesa. Não sigo o trabalho de muitos violeiros, gosto da música do Ricardo Vignini, ouço muito o trio Joubran da palestina, gosto da Anouska Shankar do John Scofield ou do Yamandu Costa. É muito variado, escolho música pela honestidade artística e não pelo instrumento.

11) RM: Como é seu processo de compor?

O Gajo: Sempre que improviso um pouco na Viola, ligo o gravador. Há sempre uma ideia que salta para fora e que dá início ao processo de criação de uma música. Ando muito de bicicleta em Lisboa – Portugal e é nesses momentos que ouço algumas dessas gravações para perceber o que se destaca.

Depois passo esse bocado de som para o computador e escolho a história que aquilo me sugere. Arranjo um nome para a música e continuo a compor desenvolvendo a narrativa dessa história. Uma música costuma levar de 1 a 2 semanas até ficar 100% pronta.

12) RM: Quais as principais diferenças técnicas entre a Viola e o Violão?

O Gajo: Nunca toquei violão e nunca estudei técnicas específicas destes instrumentos e por isso usei sempre uma forma de tocar que me pareceu eficaz e confortável. A Viola tem cordas duplas e isso exige um pouco mais de pressão nos dedos para fazer soar bem as cordas. Alguns trinados também ficam mais difíceis com as cordas duplas, mas é uma questão de prática.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

O Gajo: Acho que a principal vantagem do independente é que não tem tanta pressão comercial. Quando estás ligado a uma multinacional, a parte artística fica desvalorizada relativamente aos números. Claro que os números são sempre importantes, mas em alguns projetos o processo de afirmação pode ser mais longo e uma Multinacional não costuma ser sensível a essa questão.

Os tempos de criação também mudam pois o independente não costuma ter um calendário muito apertado para apresentar trabalho novo. A grande vantagem da Multinacional é o maior investimento financeiro e o acesso a uma equipa maior de pessoas que tratarão de fazer chegar ao trabalho ao público.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

O Gajo: Trabalho há cinco anos com uma agência e com duas editoras. temos um parceiro de comunicação e é em conjunto que delineamos o plano de ação de forma a estarmos em sintonia desde a criação, gravação, lançamento e promoção do trabalho. Isso costuma trazer melhores resultados. 

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

O Gajo: A primeira coisa que faço é candidatar-me a alguns financiamentos disponíveis para poder suportar todo o processo. Tento ser regular trazendo todos os anos alguma novidade, sejam algumas músicas novas, um novo convidado ou um concerto especial.

Tenho também algum cuidado na criação da imagem visual do meu projeto e vou estando ligado às redes sociais onde promovo o dia-a-dia do projeto junto dos meus seguidores. Tenho também organizada uma lista de contatos diretos com os seguidores e vou enviando comunicados regulares sobre o que se passa com o projeto.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

O Gajo: A internet no lado bom, faz chegar a nossa música ao mundo sem termos de sair de casa, mas no lado mau, entope-nos a todos com informação descartável e em excesso. Os tempos de fruição tornaram-se mais curtos e as pessoas estão mais manipuláveis.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

No caso dos músicos há a grande vantagem de podermos gravar as nossas músicas com mais regularidade e com menores gastos. O que pode ser negativo é que perdemos o contacto com os técnicos especializados dos estúdios profissionais que poderiam elevar a qualidade de som das nossas músicas. Eu continuo a não abdicar de gravar os meus discos num estúdio profissional. Também é bom poder alimentar esta corrente de produção dando trabalho a mais pessoas.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar o CD não é mais o grande obstáculo. Mas concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

O Gajo: O mais importante é entregarmo-nos ao nosso trabalho criativo da forma mais honesta possível. Temos também de tentar não soar igual às nossas referências, mas usar o que está à nossa volta como ingredientes que podemos usar na criação da nossa própria fórmula.

Tudo conta, o instrumento que escolhemos, as palavras que dizemos, a estrutura musical que criamos, o cenário do palco onde tocamos, a roupa que vestimos… etc. A nossa identidade artística é um conjunto de variáveis.

19) RM: Como você analisa o cenário da música popular em Portugal. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

O Gajo: Portugal está a ganhar muita vida dentro do circuito da música popular, não conheço tudo mas posso sublinhar o trabalho de projetos como os Galandum Galundaia, do Daniel Pereira Cristo, do OMIRI ou de um Tozé Bexiga. Há mais, mas estes têm estado no meu radar.

Num cenário mais antigo, teremos o Júlio Pereira, os Gaiteiros de Lisboa ou uns Quadrilha. Tudo me parece consistente e não vejo regressões. Não é fácil ter um projeto dentro de um circuito de música que não tem muito público nem atenção mediática e por isso revejo grande valor em qualquer um deles.

20) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

O Gajo: Tocar Viola só por si, deixa-me feliz, mas acho que a grande recompensa é ver pessoas ligadas ao que faço. O público dá muito sentido a esta caminhada. O mais triste é perceber que a nossa atividade está cada vez mais dependente de critérios que na minha opinião são pobres e injustos.

Um programador ou uma editora quer hoje artistas que tenham já bons números de seguidores online, e isso não é uma escolha artística, mas sim comercial. Há muitos artistas de grande valor que não têm grande impacto online por diversas razões.

Em Portugal assiste-se cada vez mais ao sucesso comercial de projetos que são artisticamente muito fracos, copiados e sem nada de construtivo para oferecer ao seu público. A cultura tem de ser mais valorizada pois influencia gerações e por este andar, criamos rebanhos de pessoas sem espírito crítico e fáceis de manipular pelos dirigentes mal-intencionados.

21) RM: Quais os outros instrumentos musicais que você toca?

O Gajo: Neste momento não tenho tempo para mais instrumentos e só me dedico à Viola Campaniça.

22) RM: Como você analisa o cenário da música Sertaneja Caipira/Raiz. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

O Gajo: Não sinto que tenha informação suficiente para fazer uma análise. Tenho formação artística e o que acho é que devemos estar sempre de mente aberta para novas abordagens respeitando o passado. Não acho que os artistas regridam. Há momentos de inspiração em que avançamos para algum lugar ou momentos de falta de inspiração em que ficamos parados, mas não regredimos.

23) RM: Quais os vícios técnicos o violeiro deve evitar?

O Gajo: Cada artista deve desenvolver a sua abordagem. Se eu disser a alguém o que deve evitar, estarei a moldar a sua abordagem e pode ser um erro. São os “vícios técnicos” que caracterizam e personalizam a abordagem de um violeiro e por isso não se devem evitar.

24) RM: Quais os erros no ensino da Viola?

O Gajo: O ensino formata o aluno. Será ruim se o professor quiser apenas um aluno à sua imagem, será bom se o professor estiver sensível às particularidades do aluno e as tentar aprimorar.

O ensino clássico procura executantes tecnicamente perfeitos para as orquestras, tocadores que sejam engrenagens oleadas numa máquina grandiosa. No caso da Viola, julgo que deverá haver mais liberdade na forma de expressão.

25) RM: Tocar muitas notas por compasso ajuda e prejudica a musicalidade?

O Gajo: Depende do executante e da obra. Este é o tipo de questão que um criador não deve ter em conta. Será logo à partida uma barreira. Se quisermos criar uma obra ou um momento tenso, de grande energia e até um pouco descontrolado, muitas notas por compasso pode ser a nossa melhor opção.

26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

O Gajo: Que mantenha um plano B a funcionar, pois isso irá salvar a carreira muitas vezes. E claro, boa sorte!

27) RM: Quais os principais erros na metodologia de ensino de música?

O Gajo: Não tive formação musical e por isso não posso falar especificamente disso, mas o ensino precisa de ser encarado como um ponto de partida para uma sociedade evoluída. A profissão de professor tem uma grande importância e em Portugal isso foi desvalorizado. Temos hoje professores com situações profissionais precárias e sem motivação. Isso mata a geração que se segue que cresce num ambiente tóxico. Sem a devida atenção, os métodos de ensino ficam desatualizados e não servem os interesses da sociedade atual.

28) RM: Existe o Dom musical? Qual a sua definição de Dom musical?

O Gajo: Acho que existem pessoas que nascem com mais sensibilidade que outras e se forem orientadas para a via musical irão desenvolver apetências acima da média. Não diria que nasçam com um Dom especificamente musical. Claro que um filho de músicos desenvolverá mais sensibilidade à música e por isso o contexto em que crescemos terá sempre grande impacto naquilo que seremos no futuro.

29) RM: Qual a sua definição de Improvisação?

O Gajo: Diria que é quando o nosso discurso obedece apenas ao nosso impulso imediato interior sem ter sido previamente definido.

30) RM: Existe improvisação de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

O Gajo: Acho que temos de estar bem equipados com boas ferramentas para podermos improvisar com maior liberdade. Isso irá requerer muitas vezes, anos de estudo da linguagem em causa (neste caso musical) para que no momento da improvisação possamos ser fluidos.

É como querer improvisar um discurso falado e não conhecermos todas as letras do alfabeto. Fica complicado, mas se tivermos a gramática bem estudada, falar de forma improvisada não será um problema.

31) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

O Gajo: Nunca estudei métodos de improvisação musical.

32) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

O Gajo: Nunca estudei métodos de Estudo de Harmonia Musical.

33) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia do cenário musical brasileiro?

O Gajo: Não acompanho essa questão no Brasil. Pelo que vou falando com músicos brasileiros, os problemas são relativamente parecidos com Portugal. A mídia está muito condicionada pelas multinacionais e por isso o trabalho que faz é muitas vezes servir de montra para as grandes empresas e não reflete a realidade artística do país.

34) RM: Qual a importância de espaço como SESC, Itaú Cultural, Caixa Cultural, Banco do Brasil Cultural para a música brasileira?

O Gajo: Do que conheço, são totalmente essenciais à construção de uma cultura consistente, variada, tolerante e instruída. Eu invejo muito o facto de o Brasil ter por exemplo uma entidade como o SESC a distribuir tantos serviços em várias áreas de forma tão democrática, abrangente a nível geográfico e com tanta qualidade.

35) RM: Quais os seus projetos futuros?

O Gajo: Mais discos, mais concertos, desfrutar da família, amigos, e tentar deixar um trabalho consistente que possa influenciar de forma positiva as gerações vindouras.

36) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

O Gajo: www.gajo.net, estou nas redes sociais do costume por onde posso ser contactado para qualquer eventualidade: https://www.instagram.com/_ogajo_ . o e-mail:  [email protected] 

O Gajo: https://www.youtube.com/@OGAJO 

O GAJO – Ao vivo no Festival Soam as Guitarras 2023: https://www.youtube.com/watch?v=oVyYsxQbJp0 

O GAJO – “Ensaio no Convento” (c/ Carlos Barretto e José Salgueiro): https://www.youtube.com/watch?v=DFdf2t9aEVg


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Comments · 1

  1. Um artista português, que bacana! Gostei também de conhecer os desafios e trajetória de um artista independente. Ótima entrevista!

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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.