A interprete cearense Nina Ximenes, iniciou suas atividades musicais aos 15 anos de idade. Fez diversas gravações de jingles, além de ter participado como backing vocal em CDs de muitos artistas.
Em 2001, gravou seu primeiro CD independente, Nina Ximenes, com participação de grandes músicos brasileiros, como: Teco Cardoso, Jether Garotti Jr., Oswaldinho do Acordeon, Papete, Omar Izar, Camilo Carrara, Pepa D’Elia, Ivâni Sabino, entre outros.
Participou, no ano de 2005, do 8.º Prêmio Visa de Música Brasileira – Edição Vocal. Participou do concurso internacional “2008 Culturas”, patrocinado pelo Ministério de Cultura de España, tendo sido selecionada para a final.
Atualmente, faz parte de dois trios: “Xiambê” (bossa nova e músicas de compositores estrangeiros) e “Triskelion” (new age), mas também segue com sua carreira solo.
Lançou, em dezembro de 2019, o álbum “Natural”, pela gravadora Kuarup, com as participações especiais de Toquinho e Jane Duboc, entre outros grandes músicos brasileiros. Ainda pela mesma gravadora, em 2021, lançou os singles “Amor de guardar”, “Uma chuva” e “Cristalino” composições próprias, em parceria com Carlos Castelo.
Em junho de 2023, também pela Kuarup, lança o single “Dó, ré, mi”, composição de Francisco César, com a participação de Marco Bernardo.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Nina Ximenes para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 28.08.2023:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Nina Ximenes: Nasci em 10 de dezembro de 1963, Fortaleza, Ceará. Registrada como Neusa Braga Ximenes.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Nina Ximenes: Posso dizer que meu primeiro contato com a música foi através do meu saudoso pai (José Soares Ximenes). Ele adorava música erudita, e eu sempre escutava seus discos de vinis tocando na vitrola, enquanto ele fingia, seriamente, ser o maestro da orquestra, fazendo gestos característicos.
Às vezes, ele escutava músicas alemãs e árabes (pois não temos essas ascendências) e também da cantora Rita Moss, de quem gostava muito. Acho que essa cantora foi, indiretamente, a minha primeira influência musical, pois, certa vez, meu pai estava escutando uma música que ela interpretava, chamada “Just a dream ago” (uma ária de Puccini, com letra e adaptação de Bobby Worth), e eu disse a ele que gostaria de cantar como ela, mas sua resposta não foi muito animadora: “isso será muito difícil”.
Fiquei com essa cantora e essa canção na cabeça, e acabei me impondo um desafio: cantar tão bem quanto a Rita Moss. Era um sonho de criança, mas tive a satisfação de fazer um show online pela Prefeitura de São Paulo, durante a pandemia, e, pela primeira vez, incluí a música “Just a dream ago” no meu repertório. Fiquei bastante emocionada, como se eu tivesse cumprido uma promessa, e ofereci essa música para o meu falecido pai.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Nina Ximenes: Não tenho nenhuma formação musical, não sei ler música, nunca fiz aula de canto e não me aqueço para cantar. Pode soar estranho isso, mas foi assim que as coisas aconteceram comigo. Eu não pude me dedicar ao estudo da música por vários motivos pessoais, então, eu sempre cantei de maneira intuitiva, com meu coração.
Minha formação acadêmica foi em Biologia, mas nessa área só atuo informalmente em pesquisas de botânica. Eu amo as plantas, em especial, as árvores. A música sempre foi uma atividade que exerci profissionalmente, mas como a arte no Brasil é uma montanha-russa, tenho outra carreira paralela, a de escritora, roteirista e dramaturga. No momento, estou escrevendo meu primeiro romance.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Nina Ximenes: Como já contei acima, Rita Moss foi minha primeira referência como cantora. Depois, fui para o lado do jazz, e escutava muito Ella Fitzgerald, Billie Holiday e outras divas dos scats, que jamais serão esquecidas. Não posso deixar de prestar minhas homenagens a nossa cantora jazzista Leny Andrade, que infelizmente faleceu em julho deste ano.
Para mim, outra grande referência é a Elza Soares, que nos deixou em 2022. E sou fã número um da Jane Duboc. Gosto muito também da Norah Jones e Diana Krall. Quando eu era adolescente e cantava no SESC, o público me comparava à Maysa, e eu me sentia honrada. E respondendo à sua pergunta, acho que nenhuma cantora deixou de ter importância para mim. As que eu gostava antes, eu continuo gostando.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Nina Ximenes: Quem “descobriu” meu talento como cantora foi a mãe de uma amiga minha de colégio. Ela era professora de violão, inclusive da Vanusa, e ao me ouvir cantar em uma festa em sua casa, disse que me ajudaria a ser uma cantora profissional, e assim o fez, levando-me para cantar no SESC de Ribeirão Preto, onde eu morava na época. Meu nome saia em jornais, e eu ficava orgulhosa disso.
Depois, ainda nessa cidade, ganhei um prêmio de revelação em um festival de música. Isso eu tinha quinze anos de idade. Mas logo me mudei para São Paulo, capital, e demorou um pouco até eu voltar a cantar, o que só aconteceu aos dezoito anos, quando comecei a gravar jingles e spots em vários estúdios, além de participar como backing vocal no trabalho de outros artistas. E foi assim o começo da minha carreira musical.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Nina Ximenes: Gravei, em 2001, meu primeiro CD, mas era independente. Em 2019, lancei meu álbum “Natural”, pela gravadora Kuarup, com a participação de grandes músicos, entre eles: Toquinho, Jane Duboc, Silvia Goes, Marco Bernardo, Omar Izar, Papete, Oswaldinho do Acordeon, Wagner Amorosino e meu irmão Alex Braga.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Nina Ximenes: Meu estilo musical é o “não ter estilo musical”. Costumo dizer que a música não tem fronteiras, então, canto o que me toca a alma, independente do estilo e da origem da canção. Canto muita bossa nova, mas também me aventuro no pop, dance, jazz, forró, new age, reggae, em músicas estrangeiras (em inglês, francês, espanhol e até em hebraico), e uma vez também gravei um canto gregoriano.
Faço parte de dois trios: o “Xiambê” (bossa nova), com Wagner Amorosino e Marco Bernardo, e o “Triskelion” (new age), com meu irmão Alex Braga e Roberto Gava. Acho que o que dá unidade a toda essa mistura é a minha voz mesmo.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Nina Ximenes: Nunca estudei técnica vocal.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Nina Ximenes: Sobre a importância do estudo de técnica vocal, acho que cada caso é um caso. Como eu disse anteriormente, nunca fiz aulas de canto e sequer sei teoria musical. Também, nunca aqueço minha voz antes de um show ou uma gravação, já saio cantando, embora eu saiba que isso é perigoso e que estou contando com a sorte para não lesionar minhas pregas vocais. Minha carreira musical foi um tanto atropelada pelos acontecimentos da minha vida, então, comecei a cantar de forma intuitiva.
Também, tenho um ouvido musical muito bom (além de ter uma audição privilegiada), e isso ajuda muito, pois sei exatamente quando uma nota está mal colocada ou desafinada.
Em relação aos cuidados com a voz, não posso dizer que seja algo que faço especificamente pensando em preservá-la para o canto. Sempre gostei de usar cachecóis, quase nunca tomo líquidos gelados (porque não gosto mesmo), não fumo e não bebo. A única coisa gelada que eu gosto é de sorvete. Ou seja, meus cuidados são comigo mesma, em geral.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Nina Ximenes: Eu admiro as cantoras de jazz, especialmente a Ella Fitzgerald, mas tenho escutado muito a Lizz Wright, que tem uma voz incrível! Em relação às brasileiras, sou fã de Jane Duboc, Maria Bethânia, Maria Gadú, Alcione, Leny Andrade, Bia Góes, Elza Soares, e tantas outras que cantam lindamente.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Nina Ximenes: Não tenho um processo para compor, a música vai aparecendo na minha mente, muitas vezes na hora que estou indo dormir. Às vezes, uma palavra me passa pela cabeça, e essa palavra já me dá dicas de letra ou de melodia. Não sigo nenhum ritual e nenhuma regra.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Nina Ximenes: A minha primeira parceira de composição foi minha irmã Valéria Ximenes. Ela fazia a letra, e eu compunha a melodia. Depois, tive outros parceiros, como o Wagner Amorosino, Carlos Castelo, Omar Izar e, mais recentemente, Carlos Di Jaguarão.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Nina Ximenes: O ponto positivo é que, nesse caso, o artista tem toda a liberdade para escolher seus caminhos, pois é seu próprio patrão. Já o negativo é que ele deve desenvolver habilidades que não fazem parte do processo artístico, se desdobrando em ser seu próprio agente, divulgador e administrador. Além disso, acaba se tornando o único responsável por tudo o que lhe acontece de bom ou de ruim.
14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Nina Ximenes: Não tenho um planejamento rígido de carreira. Montei uma MEI para poder concorrer em editais e emitir notas fiscais para eventuais apresentações, e agora participo do coletivo “Uma Terra Só”, que faz um lindo trabalho em prol dos músicos brasileiros, tendo como coordenadores: Aquiles Reis, Carlos Di Jaguarão e Cleo Oshiro. Com esse grupo, estou tendo a oportunidade de divulgar mais meu trabalho em rádios.
15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Nina Ximenes: Tenho buscado espaço em Editais e em programações de centros culturais como o SESI e o SESC.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Nina Ximenes: A Internet se tornou o grande canal de comunicação, e temos que viver em função dela. Confesso, entretanto, que ainda não tenho familiaridade com as ferramentas de divulgação musical nem com as redes sociais. Ainda tenho muito a aprender para me sentir à vontade nessa nova realidade virtual. Mas estou me empenhando para me atualizar.
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Nina Ximenes: Em meu caso, só vejo vantagens: meu home studio é muito simples, não tem isolamento acústico, mas aqui em casa eu consigo gravar boa parte das produções que faço. Normalmente, envio o material gravado e editado para amigos que têm estúdios profissionais, com mais recursos para finalizar os áudios. Além de cantora, também sou locutora, então, o home studio tem sido muito prático, principalmente depois da pandemia.
18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Nina Ximenes: Até há uns quinze anos, ter um CD gravado e feito em fábrica trazia um grande diferencial para o artista. Hoje, as plataformas de streaming permitem a qualquer artista publicar seu trabalho sem custo nenhum, o que democratizou o acesso e a difusão. Por outro lado, o artista não vende mais seus álbuns em shows, o que lhe rendia um bom dinheiro.
Tenho feito o famoso “trabalho de formiguinha”, mostrando minha música em espaços que nos dão essa abertura. Tenho encontrado muito apoio no coletivo “Uma Terra Só”, que, por sua vez, foi-me apresentado pelo radialista peruano Eric Burgos, da Bossa Nova Peru Rádio, a quem agradeço, com todo meu coração, pela constante divulgação do meu trabalho.
19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Nina Ximenes: Minha escuta musical não é técnica, baseia-se apenas no que a música me traz no momento. Não tenho, portanto, como responder a esta pergunta de forma responsável e justa.
20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?
Nina Ximenes: A situação mais complicada que algumas vezes me acontece (e é sempre meu temor) é a de esquecer parte da letra de uma música que estou cantando em um show. Eu uso óculos para ler, mas em shows eu não gosto de usá-los (pura vaidade! risos), então, coloco as letras das músicas em fontes enormes para poder enxergá-las na estante, mas, mesmo assim, às vezes consigo a proeza de me perder, e aí eu tenho que improvisar.
Minha amiga, Teresa Isoldi, que muitas vezes ficava na primeira fileira dos meus shows para poder me “dar cola” das letras das músicas, e eu ia lendo os lábios dela. Era muito engraçado. A Teresa tem uma memória musical invejável!
21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Nina Ximenes: Eu fico muito feliz quando sei que tornei o dia de uma pessoa melhor ao me escutar cantando. Esse feedback é o que mais me interessa. E o que mais fico triste na carreira musical é ver tantos músicos maravilhosos sem o devido reconhecimento, enquanto outros, sem nenhuma ou quase nenhuma qualidade artística, o conseguem.
22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Nina Ximenes: Eu acredito no dom musical. Tem muita gente que ama a música, se esforça muito para aprendê-la, até com uma dedicação total, mas seu progresso não avança para a excelência, por mais que tente. O ritmo é um dos grandes problemas para algumas pessoas.
O ouvido musical até pode ser treinado, e até pode se conseguir com isso uma boa execução da música, mas, mesmo assim, às vezes parece que falta algo ali. Talvez, a musicalidade tenha que fazer mesmo parte da pessoa. Conheço gente que aprendeu a tocar ou cantar sozinho, nunca teve um professor, e toca ou canta admiravelmente. Para mim, isso é um dom.
23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Nina Ximenes: A improvisação não funciona se o músico não tiver base suficiente para saber o que está fazendo. O conhecimento de escalas e harmonias é fundamental para o instrumentista desenvolver esse senso.
24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Nina Ximenes: Meu irmão (Alex Braga), que é violinista da Jazz Sinfônica de São Paulo, fazia aula de improvisação, então, um dia, perguntei para ele: “se é improviso, por que você tem que aprender?”. E ele me respondeu que seu professor lhe dizia: “temos que estudar o improviso para que ele não vire um imprevisto”. Achei ótima essa colocação.
25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Nina Ximenes: Não tenho base para responder sobre isso, pois jamais estudei improvisação.
26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Nina Ximenes: Também não tenho como responder a esta pergunta, pois nunca estudei harmonia.
27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Nina Ximenes: Em algumas rádios, sim, mas em outras, não. Minhas músicas tocam em algumas rádios, mas nunca paguei jabá. Sei que tem rádios que só funcionam lançando mão desse expediente, que acho muito injusto, diga-se de passagem. Por isso, muitos artistas de qualidade duvidosa (para dizer o mínimo), mas com dinheiro para bancar os jabás, conseguem atingir a fama. A mídia é capaz de influenciar as pessoas, positiva e negativamente.
28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Nina Ximenes: Eu diria, simplesmente: trilhe sua carreira musical, do jeito que ela lhe for sendo apresentada. Não existe uma fórmula pronta para todos. O importante é você gostar do que faz para poder ser verdadeiro em sua profissão. Verdadeiro com você mesmo e com as outras pessoas.
29) RM: Festival de Música revela novos talentos?
Nina Ximenes: Antigamente, os festivais de música revelavam muitos talentos, mas, hoje, não vejo esse movimento vingar.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Nina Ximenes: Depois dos anos 1990, tudo se tornou uma grande loja de variedades.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Nina Ximenes: Há uma concorrência fortíssima para se apresentar nestes locais, mas seria muito pior para todos se eles não existissem, já que estes espaços oferecem cachê e boas condições técnicas para se trabalhar.
32) RM: Apresente suas atividades fora da área musical e outros artistas da família.
Além de ser cantora e compositora, sou roteirista e dramaturga e tenho conexão especial que tenho é com minha filha, Bruna Ximenes. Ela é uma atriz talentosa (isso não se baseia apenas em meu olhar de mãe, mas em um reconhecimento genuíno). Juntas, tivemos a oportunidade de trabalhar em três peças teatrais e na produção do meu curta-metragem “Janela da Mente”. Esse curta contou com a participação especial de minha outra filha, Raquel Ximenes, e foi agraciado com um prêmio através da Lei Aldir Blanc.
Atualmente, a Bruna e eu estamos imersas na produção de nosso segundo projeto de curta-metragem. Também pelo apoio da Lei Aldir Blanc, recebi um prêmio pelo meu roteiro de longa-metragem intitulado “Acauã”. Recentemente, tenho dedicado meu tempo à escrita do meu primeiro romance, um desafio pessoal, pois a escrita literária é um território distinto da elaboração de roteiros cinematográficos.
No âmbito teatral, destaco uma peça que tive o privilégio de criar: “Bora Balzaquiar – não minta, você passou dos trinta”. Ela foi habilmente dirigida por Paulo Goulart Filho e conquistou o público durante cinco temporadas em São Paulo. Além disso, “Enquanto chovia”, outra obra minha, teve uma leitura dramática no Itaú Cultural, com a participação dos talentosos atores Eliana Guttman, Paulo Goulart Filho, Camilo Bevilacqua e Bruna Ximenes.
A veia artística é uma característica presente em minha família: meu irmão, Alex Braga, além de violinista na Jazz Sinfônica, é um excelente compositor; minha irmã, Isabel Ximenes, é uma grande dançarina e dedicada professora de dança, na Espanha; e minha outra irmã, Valéria Ximenes, expressa sua criatividade como artista plástica. Essa afinidade pelas artes também se manifesta em minhas filhas: como mencionei anteriormente, Bruna é atriz, formada em Artes Cênicas, enquanto Raquel possui diploma em Rádio e TV, desempenhando um valioso papel nos bastidores artísticos.
Além disso, parece que a paixão pelas artes também está presente nas próximas gerações, já que meus netos demonstram grande interesse pela música. Curiosamente, minha formação acadêmica é em Ciências Biológicas, e não em áreas artísticas, e no campo da biologia, atuo informalmente como pesquisadora.
33) RM: Quais os seus projetos futuros?
Nina Ximenes: Tenho planos de lançar, com meu Trio Xiambê, uma homenagem a Tom Jobim, em 2024, em que se completam 30 anos de seu falecimento. Já temos seis músicas gravadas, mas a pandemia interrompeu as gravações; no momento, estamos em busca de captar recursos para gravar as oito músicas restantes do álbum. Um grande beijo para todos! E obrigada ao editor Antonio Carlos Barbosa por este valioso espaço na revista RitmoMelodia.
34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Nina Ximenes: [email protected]
| https://www.instagram.com/ninaximenesoficial
| https://www.facebook.com/ninaximenesoficial
Álbum Natural: Nina Ximenes – https://open.spotify.com/intl-pt/album/347m8CIVXSlTklXExKCCRE?si=ycBlbuqDTKWkCUV-Bq6yXA
Canal: https://www.youtube.com/channel/UCUpqAJSDPNQ-wjpqwFmAYhA
Dó Ré Mi – Nina Ximenes · Marco Bernardo · Fernando César Pereira: https://www.youtube.com/watch?v=m_2-8kH_PSQ
Nina Ximenes – Just a dream ago (ária de Puccini, com letra e adaptação de Bobby Worth): https://www.youtube.com/watch?v=8wXWMRxDRW4
Uma Terra Só, no Japão – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=ssFNDn8OhVY
Dentro – Nina Ximenes e Toquinho: https://www.youtube.com/watch?v=HidskkgRQtg
Dentro – (Toquinho · Maurizio Fabrizio · Guido Morra · Carlos Toro) – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=lC_Q0mJmcGU
JARDIN D’HIVER (Benjamin Biolay / Keren Ann) – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=5UkYf6CTbt0
Lindo Lago do Amor (Gonzaguinha) · Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=ea4WH5J-T3A
INSENSATEZ (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=ruBQ4izz6D4
AMOR CERTINHO (Roberto Guimarães) – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=lc59ggAuJn4
‘S WONDERFUL (George Gershwin / Ira Gershwin) – Nina Ximenes e Marco Bernardo: https://www.youtube.com/watch?v=6XoN-bIrh3A
RAINHA DO SERTÃO (Papete) – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=GsToSYUcRLc
Amor de Guardar – Carlos Castelo – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=k82c8I4QsWI
HERE’S TO LIFE (Artie Butler / Phyllis Molinary) – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=hd1UcPx1-eg
Garota de Ipanema / The Girl From Ipanema (Tom Jobim · Vinicius de Moraes) – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=ecjolpQa1Es
Cristalino – Carlos Castelo – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=ZG_M_wUiuVw
ANOS-LUZ (Alex Braga) – Nina Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=tdfyTJLNanY
Sons do Brasil 435: Uma conversa musical com a cantora e compositora Nina Ximenes: https://www.wp.radioshiga.com/2023/08/sons-do-brasil-435-uma-conversa-musical-com-a-cantora-e-compositora-nina-ximenes/
1289 – Natural, disco de estreia da cantora Nina Ximenes, chega ao mercado pela Kuarup: https://barulhodeagua.com/2020/03/17/1289-natural-disco-de-estreia-da-cantora-nina-ximenes-chega-ao-mercado-pela-kuarup/
Uma Terra Só, no Japão – Nina Ximenes – Part 1: https://www.youtube.com/watch?v=f74Rlp4rb_k
Uma Terra Só, no Japão – Nina Ximenes Part 2: https://www.youtube.com/watch?v=aZGM_xALetw
Programa historias de sucessos NINA XIMENES: https://www.youtube.com/watch?v=PdTTKq1Inpk
ChatGPT e eu (curta-metragem): https://www.youtube.com/watch?v=TEt_X_9dM4w
Perfídia (curta) – Atriz Bruna Ximenes: https://www.youtube.com/watch?v=4E21bAakVwQ
Parabéns, agradeço pela entrevista, muito talentosa e generosa, transmite força e energia pra seguirmos com à cultura…
Nina nina o coração da gente quando canta, estou encantado.