O cantor, compositor, advogado pernambucano Múcio Rodrigues.
Advogado, Estudou grau de Especialização em Magistratura do Trabalho pela ESMATRA VI – Escola Superior da Magistratura do Trabalho da Sexta Região, Analista em Carreira de Registro Empresarial, aprovado no primeiro concurso da Junta Comercial do Estado de Pernambuco – JUCEPE, Associado à UBC – União Brasileira dos Compositores, associado ao CEMCAPE – Centro da Música Carnavalesca do Estado de Pernambuco, Múcio foi selecionado em um concurso de poesias, entre 2,632 inscritas, com o poema A Bica Chorona de Olinda, que logo depois virou o Samba Canção, A Bica Chorona.
Entre suas mais de 50 músicas escritas, Múcio pretende continuar compondo, criando as letras, as melodias e encaminhando as mesmas para serem musicalizadas. Ele diz que se sente um empreendedor.
Começou a compor em 2017, depois de uma brincadeira onde trabalha, quando lhe pediram para tentar fazer uma marchinha de carnaval. Hoje tem mais de 50 músicas escritas e muitas delas já estão gravadas. Começou como um hoby. Hoje se sente uma pessoa completa, amigo da música.
Foi homenageado em 04 de julho de 2022 pela Câmara Municipal do Recife e o Vereador Almir Fernando em comemoração ao Dia Municipal do Forrozeiro no Recife e pela contribuição à Cultura da cidade capital Pernambucana, Lei nº 18.244/2016. Sempre que pode, escreve a letra e compõe a música.
Pretende continuar compondo: cria a letra, a melodia e encaminha para ser musicalizada. Se sente um empreendedor. Cadastra a letra na Biblioteca Central no Recife, que encaminha para o Rio de Janeiro onde oficializa os direitos autorais.
Já apareceram alguns parceiros, mas só concluiu mesmo algum trabalho com o Toinho Vanderlei, o Hamilton Florentino, o Júnior Vieira e o Lúcio Sócrates.
Faz alguns agradecimentos, em especial ao arranjador Fábio Valoa, que musicalizou todo repertório dele; aos amigos da Junta Comercial do Estado de Pernambuco; ao Ilustre Maestro Ricardo Diniz, que o convidou para fazer parte do Coral da Policia Civil do Estado de Pernambuco e Arte Sol Maior conservatório de música; ao Maestro Lúcio Sócrates.
Além dos parceiros Hamilton Florentino e o Júnior Vieira; ao radialista e apresentador do programa o Som do Forró, o Evandi Pedrosa, que divulga parte do trabalho produzido, aos irmãos e irmãs e a esposa Virgínia, inspiração para o Frevo Vira intitulado com o nome dela. Enfim, agradece a todos que contribuíram e contribuem com o aprendizado musical.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Múcio Rodrigues para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 11.09.2023:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Múcio Rodrigues: Nasci no dia 25 de dezembro de 1969 a zero hora, o sino da igreja estava tocando, era Natal em Olinda e moro no Recife – PE. Filho de Roselite Bezerra Barbosa de Aguiar e de Múcio Rodrigues Barbosa de Aguiar e registrado como Múcio Rodrigues Barbosa de Aguiar Júnior.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Múcio Rodrigues: Foi próximo ao carnaval de 2017. Tomei o conhecimento de que na Autarquia onde trabalho existia um Bloco Carnavalesco intitulado de Abra o Seu Negócio. Fiquei empolgado e escrevi a minha primeira letra de música: Uma marchinha de carnaval intitulada de Abra o Seu Negócio.
Comecei sendo letrista e aos poucos fui descobrindo a magia da música que me permitiu criar as melodias e por fim descobri que até poderia cantá-las. Foi tudo muito rápido e mágico. Dizem que a música me escolheu e eu acredito nisso, porque nunca tive contato com ela antes, só ouvia vez enquanto.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Múcio Rodrigues: Sou formado em Direito, advogado, pós-graduado. Tenho Grau de Especialização em Direito Judiciário e Magistratura do Trabalho pela instituição de ensino Esmatra VI.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Múcio Rodrigues: As minhas influências musicais, que destaco, do passado e do presente são: Elvis Presley, Cartola, Emílio Santiago, Clara Nunes, Beth Carvalho, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Diogo Nogueira, Mumuzinho, Tato Cruz da banda Falamansa, Alexandre Pires e tantos outros. Nenhuma música deixa de ter importância. Cada uma delas tem o seu momento: a eternidade.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira profissional?
Múcio Rodrigues: Com a música tudo começou por conta de uma brincadeira no trabalho em janeiro de 2017, quando escrevi uma marchinha de carnaval para o bloco Abra o Seu Negócio. Os amigos gostaram e brincando começaram a me pedir músicas, daí eu não parei mais de escrever nem de compor.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Múcio Rodrigues: Infelizmente ainda não tenho CD lançado, mas já tenho um reportório de 36 músicas gravadas e estou aguardando outras 5, que, hoje 02 de agosto de 2023, ainda estão com o meu arranjador. Sei que é um repertório de iniciante, mas tenho muito orgulho de todas, que compus individualmente ou com alguns amigos.
Algumas músicas nos ritmos de Forrós: Engrossando a canjica; Forró Migrante; Forró Pra Miss; Menina; Meu Picuí; Procurando Você; Requebra; Virado na Brucuta, Zé Cantador.
Frevos: Camafeu Do Amor (Frevo De Bloco); Conquistando Novos Amores (Frevo Canção – Homenagem ao Homem Da meia-noite); Deixa Acontecer (Frevo Canção); Farofa Da Paixão (Frevo De Bloco); Felicidade (Frevo Canção); Flor Da Pedra (Frevo De Bloco); Frevo Orquestração (Frevo Canção); Mãe Não Se Esquece (Frevo Canção); Memorável Recife (Frevo de Bloco); O Galo Galanteador (Frevo Canção – Homenagem ao Galo da Madrugada); O Galo E Zé Pereira (Frevo Canção – Segunda Homenagem ao Galo da Madrugada); Olhos Encantados (Frevo De Bloco); Os Embalos Do Frevo (Frevo Canção); O Tabuleiro Das Flores (Frevo De Bloco); Pernambucanamente Folião (Frevo Canção); Só Com Você (Frevo Canção); Virgínia (Frevo Canção); Vou no passo do Bonde (Frevo De Bloco).
Sambas: A Bica Chorona (Samba Canção); Arco-íris Lilás (Samba Canção); As Fêmeas Magias (Samba Canção); As Rosas Falam (Samba Canção); Isso É amor (Samba Canção); Maresia (Samba Canção); Meu Coração Marmorizou (Samba Canção); Nossa Brigas (Samba Canção); O Amparo Que O Samba Lhe Traz (Samba Canção).
Maracatu: A Riqueza Do Céu (Maracatu De Baque Solto). Ciranda: A Ciranda Da Paz.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Múcio Rodrigues: O meu estilo musical é diversificado. É muito engraçado: quando criamos a música pensamos em um determinado estilo, mas depois vamos descobrindo certos detalhes que a vida vai mostrando e de repente a música se apresenta completamente diferente do que pensávamos inicialmente. Isso muito mágico. Às vezes penso que não sou eu, são os Deuses que sopram em meu ouvido e me levam juntos até a gravação.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Múcio Rodrigues: Não. Infelizmente não.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Múcio Rodrigues: Todo estudo é válido e primordial. São as experiências adquiridas com o tempo que são repassadas de pessoas para pessoas. Eu estou me preparando para cuidar da voz. Sei que tenho muito a aprender e praticar. Sinto-me frágil, inexperiente, amador e fico triste, porque gostaria de ter uma voz bonita e potente.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Múcio Rodrigues: Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, Diogo Nogueira, Mumuzinho, Tato Cruz da banda Falamansa, Alexandre Pires e tantos outros.
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Múcio Rodrigues: Vem uma ideia à cabeça, um fato do dia a dia, que presenciei ou de que lembrei, pesquiso o tema, começo a escrever tipo uma redação para vestibular. Aquele material muitas vezes complementa outros que já escrevi e começo a cantarolar e a coisa vai acontecendo.
Hoje já tenho alguns amigos que me orientam dando algumas dicas. Quando encaminho para a musicalização, os profissionais vão ajeitando aqui, acolá e a coisa vai melhorando, vai tomando a forma que às vezes penso ser definitiva, e surge a guia musical que depois ainda é melhorada com os arranjos até colocarmos a voz.
A música é mágica: quando recebo a guia voz e violão e levo para o arranjador, ele consegue transformar aquela mesma guia em vários ritmos musicais. É quando “os anjos” entram em cena e ajudam a gente a decidir o melhor estilo. Por isso nem sempre o primeiro pensamento é o definitivo. É a música que decide ao final.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Múcio Rodrigues: O Hamilton Florentino, o Junior Vieira, o Lúcio Sócrates e o Toinho Vanderlei.
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Múcio Rodrigues: Infelizmente só eu e o Júnior Vieira. É tudo muito recente. A primeira música que gravei foi publicada na data do meu aniversário: 25.12.2021. “Vou no Paço do Bonde”. É tudo mágico, porque a música tem tudo a ver com a data do meu nascimento. Acho que foi um presente dos Deuses e da música.
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Múcio Rodrigues: Quando se nasce em uma família de músicos, acreditamos que seja mais fácil. É necessário ter algum dinheiro disponível para investir, caso contrário ficaremos limitado a um pequeno repertório que se consegue com algumas parcerias. Ninguém nasce pronto. Tudo se aprende. Difícil é acertar no agradável, no bonito, no aceitável, no desejável.
Tudo se melhora: a letra, a musicalização e a interpretação. Nesse percurso, cada um vai ter uma experiência própria, que pode ser mais ou menos favorável, porém com certeza, será gratificante, independente do que se venha a conquistar. Porque a música sozinha emociona qualquer um. Eu estou falando de amor. A questão da sobrevivência toma uma outra conotação.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Múcio Rodrigues: Eu nunca pensei nisso. As coisas estão acontecendo naturalmente. É como se a música fosse me levar a um lugar desconhecido. É estranho o que eu vou dizer agora: Eu não tenho estratégia. É uma caminhada constante e suave. É como escrever uma música, sem pressa. Tudo está acontecendo com a graça de Deus. Ele está me mostrando o caminho, porque eu não conheço.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Múcio Rodrigues: Primeiro a escrita do pensamento, enriquecido com as pesquisas no mundo sobre qualquer tema. Nesse momento sou eu comigo mesmo. Depois procuro os demais profissionais, seja para registrar a obra, para musicalizar o poema, instrumentalizar o conjunto com o arranjador para enriquecer a música e por fim coloco a voz. Eu só não tenho gastado comigo mesmo ou com alguma parceria que surja por empatia ou por agradecimento. Desta forma, eu crio trabalho para muita gente que se encerra com a divulgação para as plataformas formas digitais e ou rádios tradicionais, por intermédio da minha distribuidora ou por contatos pessoais (Rádios).
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Múcio Rodrigues: A internet veio para nos enriquecer com a promulgação do conhecimento, que é compartilhado entre os mundos, que leva e traz o processo de produção e de divulgação da música, embalando o nosso dia a dia. Diante disso tudo só vejo vantagens.
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Múcio Rodrigues: Hoje tudo é possível ser realizado em home office com o suporte digital, eletrônico. Percebo um conforto maior, quando existe um contato físico com os profissionais, mas isso é pessoal, e acredito que essa ausência presencial não prejudique o pretendido, encurta o tempo e a distância. Depois que o homem cria e programa os equipamentos eles respondem conforme desejado e o resultado esperado acontece, a qualidade do som favorece e os custos são amenizados, porque os resultados são multiplicados.
19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Múcio Rodrigues: Eu tento ser eu mesmo, passando as minhas experiências de vida por intermédio da música, dividindo os meus sonhos, gostos e desgostos com o público. Uma vez me falaram que eu precisava ouvir as músicas que estavam fazendo sucesso e me aproximar delas. Desculpa a sinceridade: mas, se a música me escolheu, ela quer me mostrar outras coisas.
20) RM: Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Múcio Rodrigues: O Forró tem uma pegada muito boa e ele nunca regride, as obras são eternas. Eu não gosto de falar de nomes, foco na arte. Acho que a Banda Falamansa sempre está se revelando a cada música que apresenta. O João Gomes é um garoto aqui do Nordeste, que está se destacando, e me agrada bastante, aliás não só a mim. A música é tão plural e inovadora que os ritmos se misturam com facilidade e embelezamento. As revelações do passado se mixam com as influências do presente. Digo isso porque é o que percebo nas músicas que canto.
21) RM: Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Múcio Rodrigues: Eu admiro as pessoas que criam, compõem e cantam. Vou focar no forró. São muitos que escuto e destaco, entre eles os eternos Luiz Gonzaga, Dominguinhos e os encantadores Elba Ramalho e o Santanna.
22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Múcio Rodrigues: Eu gostaria muito de ter uma outra resposta. Para mim tudo é novo ainda. Eu comecei a compor em janeiro de 2017. A primeira música que gravei foi em dezembro de 2021, estamos em agosto de 2023.
Só cantava quando estava compondo ou ouvindo uma música em algum momento de laser. Componho no trabalho, após bater as metas diárias ou em casa e gravo no Studio. Nunca ousei a cantar músicas de sucesso, porque me sinto ainda frágil. Posso dizer que cantar ainda é um Hobbie, porque nunca fui remunerado.
23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Múcio Rodrigues: O que enche os meus olhos é cantar uma música de que gosto e a minha tristeza maior é ver muitos profissionais sendo mal remunerados.
24) RM: Qual a sua opinião sobre o movimento do “Forró Universitário” nos anos 2000?
Múcio Rodrigues: Há quem diga que o Forró Universitário, também conhecido como Forró Eletrônico, se trata de um subgênero do forró. A música é um sentimento único, imensurável. Existem as pessoas que preferem um estilo ao outro ou a ambos, que é o meu caso. Vejo riqueza em tudo. A descoberta e a pressa de um reconhecimento imediato é o que promove alguns movimentos, mas tudo tem o seu tempo. O bom disso tudo é que o novo amanhã é o antigo e o antigo sempre será o novo para as novas gerações.
25) RM: Quais os grupos de “Forró Universitário” chamaram sua atenção?
Múcio Rodrigues: Eu sou suspeito para responder a essa pergunta, porque sou amigo do irmão e empresário do Tato, o Ricardo, vocalista da banda Falamansa, que me apoiou com dicas e estímulos desde quando comecei a escrever alguns poemas. Eu nem sabia que podia cantar. A banda Falamansa é a minha maior inspiração. Eu admiro e respeito o trabalho de cada um dos componentes do grupo. Eles são os irmãos que eu escolhi ter. Não consigo nem raciocinar sobre outro grupo.
26) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Múcio Rodrigues: Claro que sim. As minhas músicas já estão sendo tocadas em várias rádios no Brasil e eu não estou pagando nada. Também não estou recebendo nada. Eu sou um artista em criação, sou desconhecido, mas acredito no meu trabalho, em minha dedicação e no amor que tenho pela música.
27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Múcio Rodrigues: Tente. Se o seu desejo for compor e ou cantar, tente descobrir o caminho para fazer acontecer. E se renove diariamente. Peça ajuda aos Deuses, para te mostrar o caminho e te iluminar na hora da criação e da interpretação. Procure ajuda de pessoas que demostram simpatia e conhecimento. Você vai perceber como e o que precisa fazer. Quando chegar aquele momento de tristeza, escreva.
28) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?
Múcio Rodrigues: A Vantagem de todo festival é a competição. Quem ganha com isso é o ouvinte, porque cada um quer fazer de sua música a mais bonita. O que percebo de negativo é que geralmente são sempre os mesmos concorrentes e às vezes os resultados são repetidos.
29) RM: Festivais de Música revelam novos talentos?
Múcio Rodrigues: Os Festivais de Música são as oportunidades para os músicos mostrarem o trabalho deles e servem de modelo e estímulos para os novatos, que estão descobrindo os prazeres da música.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Múcio Rodrigues: O ideal era que houvesse mais divulgações, principalmente dos novos artistas. Entendo das dificuldades e das limitações, o dia só tem 24 horas. Destaco a importância dos Municípios, Estados e União nesse aspecto. Entendo que cada região deveria abrir mais espaços para os artistas de outras regiões. Percebo desde já uma melhoria nesse sentido. De qualquer forma, o mundo digital já está contribuindo com essa ampliação e a mídia se desenvolvendo muito bem.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Múcio Rodrigues: São as oportunidades que nós artistas precisamos para divulgar o nosso trabalho e receber algum dinheiro. O Estado e a iniciativa privada precisam investir muito nessa categoria. É quando as pessoas se desenvolvem, o dinheiro circula e a vida se renova. O investimento de todos é grande. O artista também é empreendedor e com ele muitos profissionais contribuem para a economia. Todo profissional precisa ser remunerado e a todas as entidades citada cabem a elas fomentar a cultura e a arte como meio de crescimento da população.
32) RM: Qual a sua opinião sobre as bandas de Forró das antigas e as atuais do Forró Estilizado?
Múcio Rodrigues: O Forró tradicional é contagiante. Aquele tradicional pé de serra, com bandas de pífanos, zabumba, triângulo, sanfona e tudo o mais, em qualquer época do ano, é estimulante, nostálgico e enriquecedor. Já o forró estilizado é inovador. Aprecio ambos e gosto muito do Forró universitário também. Acho que cada um deles tem as suas peculiaridades que precisam ser mantidas. O novo amanhã será tradicional também. Cada um tem a sua rica peculiaridade e embelezamento.
33) RM: Qual a sua opinião sobre o uso do Teclado no Forró?
Múcio Rodrigues: É muita magia. Qualquer instrumento que musicaliza a nossa arte é destaque, seja qual ritmo for. O interessante é que todo ele pode entender a linguagem do outro. As partituras traduzem esses idiomas entre si.
34) RM: Quais os seus projetos futuros?
Múcio Rodrigues: Fazer um show na cidade onde nasci, Olinda; No Recife, no Marco Zero e compor mais.
35) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Múcio Rodrigues: [email protected] | https://www.instagram.com/muciorodrigues_oficial
Canal: https://www.youtube.com/@MucioRodrigues_artista
Maresia – Múcio Rodrigues: https://www.youtube.com/watch?v=GN9hU8G5B2g
Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=jOLJYzTStRI&list=PLaF4SxNr4qJSKpizfKqYufXmYnFmYELp-
Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=Tt5IK-npByw&list=PLaF4SxNr4qJQEdF-ZcC80sshi_-Ih4HbY
Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=d2PX6gG3kbk&list=PLaF4SxNr4qJSLtKa3NJzDgMgrZCfdE0w1
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