A cantora e compositora paraibana Mayra Barros é filha do consagrado casal de Antonio Barros e Cecéu cantores e compositores da maior parte dos clássicos das festas juninas do Brasil e também responsáveis por músicas que ultrapassaram as barreiras do regional, sendo regravadas em Israel, Espanha, Portugal além de outros países. São as obras: “Procurando tu”, “Homem com H”, “Por debaixo dos panos”, “É proibido cochilar”, etc.
Mayra faz shows com os pais, ou sozinha, e sempre o conceito de seu show foi o forró autêntico, o que mais ela costuma é que não é show de forró e sim de música nordestina, pois o que é forró atualmente fica difícil a identificação diante de tantas confusões que fizeram com a cultura nordestina musical rotulando outros estilos como forró. Ela afirma que a música nordestina está no seu sangue até porque veio de um berço rico ouvindo a feitura de um repertório que compôs a história da música popular nordestina e brasileira, porque Nordeste é Brasil. Como todos os estilos de músicas que vem do interior para os grandes centros urbanos, normalmente representados por artistas simples, sem imponência e intelectualidade, muitas vezes na forma de se expressarem, e por um certo preconceito, quando tentam expandir sua arte para além das fronteiras regionais, raramente são valorizados. Já são rotulados como artistas de música de caipira, de forró regional pé-de-serra, etc. Para um bom crítico musical, produtor artístico musical, diretor artístico, e até mesmo para o feeling de alguns artistas que despertam para a música lá de trás, percebem que essas obras podem ser regravadas com uma roupagem moderna a fim de mostrar a um novo público, além do já fidelíssimo existente, uma nova versão daquilo que poderia estar ultrapassado e parado no tempo; quando na verdade, há músicas “antigas” atualizadas no contexto histórico, cultural, social e político.
Antonio Barros e Cecéu tem esse potencial em suas obras com mais de setecentos hits gravados. Nada melhor do que a própria filha do casal chegar com esse projeto – dez músicas dos pais, já gravadas como xote, baião, xaxado, inserindo essas obras que podem e devem aparecer no cenário do que há de mais moderno que é a realidade universal da música eletrônica. Esse CD veio com um ritmo dançante e vale destacar o reggaeton “Mulher e babado” (música de trabalho), gravada primeiramente por Zinho que foi de Os 3 Do Nordeste.
Nas redes sociais a atividade do Newdeste com “Mulher e babado” já está dando o que falar porque ela vem com uma letra de que a mulher tem que se valorizar e por isso ela mesma não se troca por ninguém, soando de forma hilária. Vale também ressaltar as duas canções lentas: “Verdade ou não” e “Botão de Rosa”, em que Mayra se entrega com sua característica de voz macia, envolvente e principalmente com sua emoção expressada na poesia da música. Cantoras há inúmeras com técnicas vocais, mas Mayra se destaca pela emoção, quando interpreta.
No palco a alegria é contagiante, ela interage com a banda e com o público, para ela é o momento que se consagra a sagrada missão divina da música, tratando sua arte de forma saudável, acrescentando amor, autoestima, vida e motivação. Mayra está tomando corpo em sua essência e identidade musical, na sua expressão de palco e voz, ou seja, pela sua própria singularidade em sua personagem artística. E não pára por aí não, ainda vem um single para o Brasil e o mundo conhecer cada vez mais a nossa cultura brasileira através da voz e interpretação dessa cantora e compositora paraibana e acima de tudo brasileiríssima. E haja mundo para Mayra desbravar!
Segue abaixo entrevista exclusiva com Mayra Barros para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 04.09.2017:
01) Ritmo Melodia : Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Mayra Barros : Nasci no dia 5 de Setembro de 1976 em João Pessoa – Paraíba.E meu nome de batismo Maira Barros Silva.
02) RM : Fale do seu primeiro contato com a música?
Mayra Barros : Desde da barriga da minha mãe, se isso for possível, porque dizem que os bebês em gestação entendem as comunicações e sentimentos.
03) RM : Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?
Mayra Barros : Fora a área musical cursei Letras. Minha formação musical foram foi 40 anos de vida, convivendo desde criança todos os dias, presenciando os meus pais (Antonio Barros e Céceu) comporem as obras que hoje são cerca de 700 gravadas e fora as regravações no exterior. Sempre cantei com meus pais em casa. E meus pais por incrível que pareça não ouviam música nordestina como lazer, escutavam grandes clássicos de grandes orquestras, Montovani, etc, até o estilo disco music de Tina Charles e o rock dos Beatles.
04) RM : Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Mayra Barros : Sempre ouvi de tudo, contanto que tivesse melodia e letra bem elaboradas. Quanto às obras estrangeiras e principalmente de língua inglesa, sempre admirei a melodia, até porque o inglês é uma língua de poucas expressões poéticas e por isso julgada pobre em poesia. Essas foram as minhas influências do passado, inclusive Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga já na era mais anos 80 com as obras de João Silva, Elba Ramalho, Rita Lee, Gal Costa.
Nenhum deles deixaram de ter importância no presente, aliás no presente sobrevivo de várias obras antigas remixadas por Djs Italianos, o que me leva um encanto pela música eletrônica.
05) RM : Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Mayra Barros : Aos 15 anos de idade quando gravei fazendo uma participação especial num LP dos meus pais Antonio Barros e Cecéu lançado pela Polydisc, na música ”Sou o estopim”, cantando com minha mãe Cecéu. Depois segui com os estudos até me formar em Letras e depois começar nos palcos aos 19 anos, como produtora, backing vocal, roadie, empresária, enfim, uma “faz tudo” o que me rendeu uma vasta experiência nos eventos ao vivo, tanto nos bastidores como nos próprios palcos.
06) RM : Quantos CDs lançados, quais os anos de lançamento (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical de cada CD? E quais as músicas que entraram no gosto do seu público?
Mayra Barros : Maíra pela Sum Records, por uma gravadora holandesa, lançado em 2003, gravações de obras de Antonio Barros e Cecéu e outros autores também e produzido pelo maestro Zé Américo Bastos.
Mayra Barros – NEWDESTE, um disco de projeto, por sempre ter tido muito contato com a música eletrônica, propus ao maestro Marcos Farias gravarmos 10 músicas que originalmente foram gravadas com ritmos nordestinos e dessa vez universalizando, digamos assim, para demonstrar que as obras de Antonio Barros e Cecéu têm uma linguagem atual, moderna e que não sobrevive apenas do regional, prova tanto que as músicas “Homem Com H” e “É Proibido Cochilar” já vem sendo remixadas eletronicamente e rodando nas danceterias do sudeste, sul e centro-oeste.
07) RM : Como você define o seu estilo musical?
Mayra Barros : Adoro a música nordestina, está no meu sangue, mas ainda tenho que amadurecer alguma sonoridade singular sem perder a base do forró. Até mesmo devido à comparação que fazem do meu trabalho com o da Elba Ramalho, o que me honra, no entanto, essa comparação, acaba ocorrendo por eu cantar em shows músicas dos meus pais que foram gravados por ela. O cenário musical está passando por uma transição severamente estranha e por isso ainda não quero me rotular com algum estilo, mas me colocar como uma cantora da música brasileira.
08) RM : Você estudou técnica vocal?
Mayra Barros : Não, por impedimento do meu próprio pai (Antonio Barros). Ele alegou que quando dominamos demais as técnicas vocais corremos o risco de não passar mais a interpretação. O amadurecimento com o tempo faz perceber as capacidades e técnicas vocais intuitivamente. Eu acatei a opinião do meu pai, afinal ele é meu mestre.
09) RM : Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Mayra Barros : Evitar fumar, evitar comer em excesso antes de cantar em shows ou gravações, aquecimento vocal, esses são os cuidados. E as técnicas vocais estão fluindo naturalmente devido ao amadurecimento e segurança ao cantar. É importante, mas não fundamental, se não a cantora se torna algo extremamente artificial. Há de se ter cuidado.
10) RM : Quais as cantoras(es) que você admira?
Mayra Barros : Alcione, Elba Ramalho, Rita Lee, Marisa Monte, Marinês, essas são as cantoras, e dos cantores adoro o saudoso Simonal, Simoninha, o filho dele, João Marcelo Bôscoli, meu pai (risos), Jackson do Pandeiro, o saudoso Lindú do antigo Trio Nordestino, Luiz Gonzaga, enfim, vou pecar porque ouço muitos estilos e artistas, mas acho que esses me emocionam bastante.
11) RM : Como é o seu processo de compor?
Mayra Barros : Preguiçosíssimo e pausado, devido eu trabalhar muito com o lado corporativista e burocrático que compõe o direito autoral. Afinal tive que me inteirar sobre isso, para que os autores que já nem são divulgados, não percam seus direitos de arrecadação monetária em várias vertentes que eles têm. Isso deixa a gente que é artista menos sensível e mais dura no dia-a-dia. Agora que estou com tempo de arcar com os dois trabalhos, lançarei um E.P com 4 músicas e uma delas é de minha autoria chamada “Espaço Tempo”. Processo de compor, quando vem a inspiração.
12) RM : Quais são seus principais parceiros de composição?
Mayra Barros : Por enquanto eu tenho uma música que compus aos seis anos de idade, a qual fiz a primeira estrofe e meu pai completou, ou seja minha única parceria até o momento, mas acredito que algumas portas se abrirão não somente para as criações no ambiente familiar.
13) RM : Quem já gravou as suas músicas?
Mayra Barros : Como não me dediquei à composição exclusivamente ainda ninguém gravou.
14) RM : Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Mayra Barros : Ser livre! A liberdade de fazer o que dê na cabeça e não ter condições de virar produto de mercado.
15) RM : Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Mayra Barros : Shows só faço se me pagarem, mesmo sem ser famosa não dou o direito de nenhum contratante ou empresário me fazer pagar pra tocar, isso é inadmissível. O pior que existem centenas de artistas mostrando ostentação nas redes sociais e mídia quando na verdade há um contrato de exclusividade que capta normalmente oitenta por cento do que arrecadar em nome do empresário, seja marketing, direitos de todos os tipos de imagem e autorais, cachês, e tantos outros. Ora! Isso é desumano! Sendo assim faço poucos shows e os que eu fizer a estratégia é que eu como artista e minha banda sejam dignamente remunerados, com estruturas logísticas de respeito, fora isso não serei a “boba da corte”. Fora do palco ainda estou montando as estratégias em redes sociais e no meu novo site, sem contar que o E.P será lançado nas plataformas digitais.
16) RM : Quais as ações empreendedoras que você prática para desenvolver a sua carreira?
Mayra Barros : Minha arte, é a única coisa que tenho para vender. Eu adoro declarar a frase de Cacilda Becker “Não me peça para dar de graça a única coisa que tenho para vender”.
17) RM : O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Mayra Barros : Ajuda no fator de não dependermos de grandes gravadoras para sermos lançados, por outro lado, aqueles que não sabem que não tem dom artístico, lança um trabalho, gerando uma grande quantidade de “falsos artistas”. Artista não se fabrica, artista nasce artista. E uma boa maioria trabalha pela fama e vaidade e não pela arte em si.
18) RM : Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia de gravação (home estúdio)?
Mayra Barros : Acho que bem parecido com o que falei acima, podemos ter home estúdio, ou top de linha em tecnologia em estúdio, se não existir um bom produtor artístico, um bom técnico com noção básica de música, e artistas latentes prontos para serem explorados, nada fica.
19) RM : No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Mayra Barros : Não faço nada, não há como competir com o investimento que fazem em artistas que explodem na grande mídia de uma hora pra outra. Faço meu trabalho com verdade e amor. E tenho a certeza que essa mensagem chegará de alguma forma ao público carente desse trabalho que faço. E quem busca algo diferente do descartável acha através do Google (Risos).
20) RM : Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?
Mayra Barros : Até o começo dos anos 90 existiram artistas de forró. De lá pra cá, não há ninguém que se sobressaia, uma música inédita que caia naturalmente no agrado do público. E não gostaria de mencionar nomes de revelações, pois posso pecar em esquecer alguns nomes e quanto aos que regrediram, não creio que seja ético mencionar nomes, afinal somos todos colegas de trabalho.
21) RM : Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Mayra Barros : Nossa pergunta difícil!, há inúmeros novos acordeonistas que adoro, mas gosto de declarar minha paixão por Oswaldinho do Acordeon, Sivuca e quem nem é muito rotulado como acordeonista, o Zé Américo, ele tem um sentimento quando toca, que ninguém tem. Tem o Hamilton de Holanda que também é fera, gosto muito.
22) RM : Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?
Mayra Barros : De tudo já aconteceu, tropeço no palco que eu tentei disfarçar levantando a mão para parecer um passo de coreografia, já esqueci letra e mudei a letra na hora, acabei fazendo de repente, não sei como eu consegui (risos). E já puxei pela jaqueta um cara que não queria pagar o cheque de meu show dizendo: volteeee! Já enfrentei um palco em Queimadas – Paraíba que tinha literalmente um buraco, nesse dia muita chuva e estava dando choque, quem caiu no buraco foi um político, achei que o tiro saiu pela culatra (risos). Enfim, essas são as que eu consigo lembrar.
23) RM : O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Mayra Barros : Mais feliz é que tenho a certeza de que há músicas que são obras de arte imortais, pode vir moda, tendência, o que for, tudo passa e a verdadeira obra fica. O que me deixa triste é encarar o ego inflado nesses dias de hoje em tanta gente de talento, não se tocando que quem está subindo a escada hoje, desce amanhã, pois acredito que a vida é um ciclo.
24) RM : Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?
Mayra Barros : Em Brasília – DF e João Pessoa – PB é uma cena de Sertanejo – arrochado – misturado com o forró que se chama estilizado – funkeado – sofrenceado. É algo “coisado”.
25) RM : Quais os músicos, bandas da cidade que você mora, que você indica como uma boa opção?
Mayra Barros : Como fico um tempo em Brasília – DF e outro em João Pessoa – PB. Em Brasília curto Jô Alencar, João Marinho Lima, Rosa Passos.
Em João Pessoa adoro o trabalho da Renata Arruda, Diana Miranda que sempre viveu na Suíça, mas é uma grande intérprete, gosto do forró de Sandra Belê, é autêntica e por aí vai.
26) RM : Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Mayra Barros : Jabá não existe mais, já é oficializado com Nota Fiscal e se chama promoção em rádios. Muitas delas não abrem mão, pois já faz parte do funcionamento da empresa.
27) RM : O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Mayra Barros : Tenha um emprego paralelo, viver de música atualmente é muito arriscado, você pode ter um mês de shows outros não, pode fazer shows, não receber, sendo assim, buscar um trabalho que sedimente a sobrevivência.
28) RM : Quais os prós e contras do Festival de Música?
Mayra Barros : Eu não vejo nada que acrescente para os artistas independentes nesse ponto, pois uma boa parte dos Festivais de Música se tornam titulares dos fonogramas gravados, os artistas muitas vezes são forçados a liberar os direitos de arrecadação do ECAD, já existe uma editora que se apossa da obra com os contratos de Cessão de Direitos Autorais em troca de muito pouco retorno para os artistas.
29) RM : Na sua opinião, hoje os Festivais de Música ainda é relevante para revelar novos talentos?
Mayra Barros : Se são, posso estar desinformada, até agora não vi nenhum Festival de Música revelar um talento através de uma música inédita de sucesso. E se ocorre, isso fica muito restrito ao público alvo e pode ser que eu não tenha conhecimento.
30) RM : Como você analisa a cobertura feita pela mídia da cena musical brasileira?
Mayra Barros : Gente está tudo muito misturado sem referência. Não consigo classificar, analisar, infelizmente.
31) RM : Você já foi comparada como sendo a “nova Elba Ramalho”?
Mayra Barros : Sim. Acho interessante, fico feliz, porque para ser comparada a uma Elba Ramalho, eu só tenho que me sentir honrada. Mas uma coisa tem que ficar muito claro, ninguém substitui ninguém, cada ser é individual, mesmo que me comparem a Elba, ela nunca será substituída por mim nem por ninguém. E por mais que as pessoas gostem de rotular dessa forma o meu trabalho artístico que ainda é embrionário, terá um momento no decorrer da história que Mayra Barros será a Mayra Barros.
32) RM : Quais os prós e contras de ter pais famosos (Antonio Barros e Céceu) na música nordestina?
Mayra Barros : Não vejo nada contra, vejo apenas muita responsabilidade, porque não é só o meu trabalho como cantora, é um trabalho exaustivo de organização da biografia e discografia desses ícones. Mas não me amedronta, só peço muita saúde e força para caminhar com muita resiliência.
33) RM : Qual a importância do compositor(a) se associar a Abramus ou outra associação para compositores?
Mayra Barros : Como não estou mais na Abramus não gostaria de falar sobre a associação citada. Mas é de extrema importância, se associar a uma delas para que o artista possa receber as execuções arrecadadas pelo ECAD – Escritório de Arrecadação de Direitos Autorais, ou seja, ECAD arrecada distribui para as associações e as associações pagam aos artistas editora e gravadoras. Sobre esse trajeto se recebe 80% de acordo com a nova lei dos direitos autorais 12.853/2013
34) RM : O que te levou a escolher ser uma interprete de música nordestina?
Mayra Barros : A gente não escolhe, quando corre na veia a arte, a música, ela é quem escolhe a gente. É uma missão.
35) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com maestro Marcos Farias (filho da Marinês)?
Mayra Barros : De muito carinho, respeito e profissionalismo. Fizemos o meu mais atual CD – Newdeste, um presente dele, que ficarei eternamente grata, e produzimos a obra Divergência de Antonio Barros e Cecéu que está disponível no Youtube, uma participação minha com a Marinês in memoriam.
36) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com Marinês?
Mayra Barros : Muitos encontros, ela sempre frequentava a nossa casa e sempre nos demos muito bem. Sempre foi de muito carinho.
37) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com Dominguinhos?
Mayra Barros : Menos encontros pessoais, mas foi uma pessoa muito especial nas nossas vidas. Ele andava com meu primeiro CD – Maíra “de baixo do braço”, produzido pelo Zé Américo Bastos, mostrando a todo mundo e comentava que fazia muito gosto que Liv Moraes, sua filha, também começasse a cantar.
38) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com Anastácia?
Mayra Barros : Poucos encontros também, foi uma relação mais pessoal com meus pais.
39) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com Sivuca?
Mayra Barros : Com Sivuca e Glorinha Gadelha, na minha infância, era uma relação encantada devido a minha idade.
40) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com Elba Ramalho?
Mayra Barros : Bem formal, sou mais próxima de Fatinha produtora dela. Mas meu carinho e admiração por ela é imenso.
41) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com Oswaldinho do Acordeon?
Mayra Barros : Convivi muito pouco, também devido aos desencontros de regiões, eu muito criança.
42) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com João Gonçalves?
Mayra Barros : De amizade sincera, João Gonçalves e Lucinha são duas pessoas meigas que tenho no meu coração.
43) RM : Qual a sua relação pessoal e profissional com Flávio José?
Mayra Barros : Sempre visitando meus pais para pegar músicas inéditas, foi uma relação mais próxima.
44) RM : Mayra Barros, quais os seus projetos futuros?
Mayra Barros : Saúde, cuidar bastante de mim como pessoa, estar mais próxima dos meus pais e cuidar bastante deles. E a partir daí vão surgindo as inspirações de trabalho que serão basicamente dentro dos direitos autorais, pois o momento não está muito previsível no cenário musical.
45) RM : Quais seus contatos para show e para os fãs?
Mayra Barros : (83) 9.9922 – 5447 | (61) 9.8247 – 9942 (WhatsApp) | [email protected]