O cantor, compositor, autorprodutor cearense Marcus Caffé tem uma forte presença cênica e registro vocal peculiar. As suas influências musicais estão ligadas ao canto popular brasileiro da década de 60.
Aos quatro anos de idade participou do primeiro programa de entretenimento do Ceará intitulado Clube de Heróis produzido pela Televisão Verdes Mares. Aos dezessete inicia-se como compositor e começa a trilhar o percurso de festivais, em que se destaca como intérprete e conquistas premiações por sua peculiaridade de timbre vocal. Ingressa no canto coral em Fortaleza pelo coral da UFC – Universidade Federal do Ceará sob a regência de Izaíra Silvino em que se mantêm por dois anos e desenvolve sua técnica de canto com Leilah Carvalho Costa.
Residiu em São Paulo entre 1990 e 1992 em que ingressou na Cia Coral (coro lírico), no Coral XI de Julho e no Coral do Estado de São Paulo, no mesmo período teve aulas de canto com o tenor Chico Campos Neto. Retornou ao Ceará ingressou ostensivamente no mercado publicitário e desenvolve peças para diversas campanhas políticas e de mercado.
Em 1994 ingressou no movimento NUCIM – e grava duas composições de artista cearense nesse CD apoiado pelo SEBRAE. No mesmo ano gravou o seu primeiro CD solo de título “DIGITAL” sobre obras de compositores do Ceará e São Paulo.
Lançou em 1996 o CD – MATIZ cujo projeto fora premiado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O disco foi produzido em São Paulo pelo compositor Sérgio Sá e pós-produção de Belchior.
De 1999 a 2008 desenvolveu diversos shows temáticos de grande repercussão, exemplo, o show HUMBERTOS em homenagem ao compositor Humberto Teixeira – o Dr. Do Baião – show com o qual percorreu e conheceu o Distrito Federal tornando-se programa especial televisivo transmitido e retransmitido Nacionalmente pela TV Diário.
Em 2009 lançou o CD – DÉJÀ VU em que homenageia Evaldo Gouveia, Fausto Nilo entre outros grandes nomes.
Para 2011 participou da programação Carnavalesca em homenagem aos 80 anos de Evaldo Gouveia, desenvolve projeto MÚSICA BRASILEIRA – EVALDO GOUVEIA e se apresentou nos melhores equipamentos de Cultura do Ceará. Em Brasília participou do prêmio SESC Tom Jobim e estreia GONZAGUEANDO com Marcos Farias (filho da Marinês com Abdias).
Em 2012 estreou oficialmente o show “GONZAGUEANDO” – Tributo ao centenário de Luiz Gonzaga – abrindo a agenda Carnavalesca de Fortaleza no Aterro de Iracema. Viajou com o show pelos interiores do Ceará sendo convidado aos principais eventos Fortaleza. Participou do Evento Festival da Assembleia Legislativa do Ceará em que foi Premiado – gravou CD e DVD.
Em 2013 estreou SAMBA DIBAMBA projeto sonoro que foi fruto de pesquisa nas matrizes midiáticas do gênero samba em que homenageia alguns dos grandes mestres.
Em 2015 Participou do projeto REENCONTROS de Eduardo Praciano no Estoril Fortaleza. Estreou o projeto HUMBERTOS CENTENÁRIO – Theatro Sesc Emiliano Queiróz. Participou do evento Dia da poesia promovido pelo CDMAC homenageando o poeta Brandão. Gravou a canção “Cantei” (Nonato Luiz, Tadeu Costa e Abdoral Jamacarú) em dueto com Rodger de Rogerio. Viajou com o show pelo interior do Ceará.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Marcus Caffé para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 18.01.2015:
01) RitmoMelodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Marcus Caffé: Eu nasci no dia 31 de Julho de 1967 na Maternidade Escola Assis Chateaubriand às 17:00 h e uns minutinhos – na cidade iluminada e arejada de Fortaleza – CE de Nossa Senhora da Assunção. Um leonino com ascendente em capricórnio.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Marcus Caffé: Minha família não tem tradição musical, ou seja, como operador de alguma arte ninguém se manifestou. Cresci vendo meu pai montando e desmontando rádios de transmissão para as empresas que trabalhava. Ele também gostava muito de montar aparelhos de som, eram válvulas e mais válvulas acesas, brilhantes e que traziam como resultado de certa operação elétrica um som magnifico, forte e emocionante ainda mais quando o disco era de alguma orquestra alemã, russa, etc…
Minha mãe ouvia Dick Farney, Silvia Telles, Vilma Bentivigna e etc. Música romântica urbana e eu adorava ouvir com eles, isso alimentava minha criatividade. Nesse contexto devo (não sei como) ter manifestado o desejo de participar de um programa infantil de calouros e eles me levaram. E aos quatro anos de idade cantei: “Debaixo dos caracóis de seus cabelos” (Roberto Carlos) fato determinante, principalmente porque havia um caráter competitivo e eu não ganhei nada (risos).
03) RM: Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?
Marcus Caffé: Tenho formação jurídica pela Universidade Federal do Ceará, mas nunca exerci profissionalmente fiz somente estágio curricular. Ingressei também no curso de música da Universidade Estadual do Ceará e parei no sexto semestre porque deslocaram o curso para um Campus bem distante e difícil para minha locomoção e outras questões de mudanças na grade curricular me desanimaram.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Marcus Caffé: Pela formação de meu pai ouvia música erudita (orquestras e mais orquestras) enquanto ele viajava montando e desmontando os aparelhos eletrônicos dele. Minha mãe adorava Dick Farney e Silvia Telles, e tantos outros. Ouvíamos também LPs exóticos de grupos esquisitos lembro-me de um chamado TABU em que havia uma Indiana na capa. Vilma Bentivigna (você conhece?), pois, é ouvíamos também. Linda voz. Acho que meus ouvidos foram se educando ouvindo pessoas que se rendiam. Que não reagiam a dor ou a excitação contida na canção.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Marcus Caffé: Em 1986 em um Barzinho chamado Adega Bar no bairro Aldeota – Fortaleza – CE e depois no Bar Àlibe. Mas antes disso em 1985 completei 18 anos e não fui convocado pelas forças armadas (decepção para minha mãe) e para completar não fui aprovado no exame vestibular (outra decepção), mas a música que havia começado em um programa de televisão aos quatro anos de idade estava adormecida e começava à despertar. Eu ensaiava na infância a minha apresentação em casa.
Era meu Michael Jackson, dançava sozinho, cantava, pulava, ria e chorava sem ninguém ver. Era somente eu e minha plateia imaginária. Usava vassoura, escova de cabelo, embalagem de desodorante, qualquer coisa se tornava meu microfone. Sofria e chorava, sorria e vencia na vida com a música (risos). Era uma abstração e tanto e teve efeitos de projeção. Aos nove anos acompanhava minha irmã que iniciara uma carreira de cantora na Escola Técnica Federal do Ceará (era a era dos Bee Geees) e eu os ouvia muito sem entender nada é claro.
No repertorio desse grupo do qual ela participava estavam os compositores cearenses e de outros estados dessa região. Alguns do sudeste. Eu era atleta de Hand Ball e volley ball aos 16 anos de idade e ingressara no Colégio Farias Brito como atleta bolsista em 1983 e iniciando minhas participações amadoras nos festivais colegiais e com o grupo Canto Nascente (era muito divertido) viajávamos levando “a coragem e a cara” (Bodocó)… Participei de grupos corais e vocais em Fortaleza – CE e depois em São Paulo na Cia Coral e Coral do Estado.
06) RM: Quantos CDs lançados, quais os anos de lançamento (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical de cada CD? E quais as músicas que entraram no gosto do seu público?
Marcus Caffé: Há uma pequena confusão nisso ai. O primeiro CD – “DIGITAL” em 1994 e cujo titulo se deu por ter 90% de sua execução musical em digital, samples, loops e etc. Nele trabalharam poucos músicos e fiz captação de recursos diretamente com apoiadores. A conclusão demorou muito, eu tive que ser paciente, determinado e racional no uso desses recursos.
Hérlon Robson foi responsável por toda a parte eletrônica e digital. E Cristiano Pinho gravou os arranjos na guitarra. Uma canção de Liduino Pitombeira foi executada por Duda Di Cavalcante ao Piano, Ocello Mendonça ao Violoncelo e Flauta transversal. Na última canção Por calor tive o autor David Duarte ao Violão e Demétrios Câmara na percussão. O repertório não tinha foco comercial, um conceito só, ele foi definido em função de canções que representassem aquele momento de modernidade em Fortaleza-CE, que remetesse a nossa religiosidade, nosso amor a nossa missão de artistas, nossa urbanidade enfim.
O disco foi pensado em Fortaleza, em retratar vivencias desse lugar ou a partir dele. O segundo disco já foi produzido em São Paulo pelo Sérgio Sá e contou com Belchior na fase final dando algumas sugestões. Mas a participação do Belchior, eu prefiro não detalhar muito.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Marcus Caffé: Demorei a perceber o que eu representava profissionalmente. Iniciei meus trabalhos solo realizando um amontoado de lindas canções. Amontoados também têm seu valor (risos), mas mercadologicamente para quem desejava consumir o “produto” que eu anunciava eu precisava definir o que eu era. Em 2000 iniciei uma série de shows temáticos. O primeiro deles foi Marcus Música Brasileira Britto (me chamava Marcus Britto).
Nesse trabalho havia uma história romântica decadente contada por obras de Lupicínio Rodrigues, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Evaldo Gouveia, Dolores Duran. Enfim, uma catarse do choro ao riso era a resultante desse espetáculo. Mesmo com a disciplina de uma pesquisa, o método e o foco definido pelo tema ainda não era EU plenamente, era EU circunstancialmente, entende?
Outros trabalhos vieram, e no final de 2004 uma inquietação pela minha pouca presença no universo regional Nordestino. Fui pesquisar obras e autores e me deparei com Humberto Teixeira, que comemora centenário em 2015. Estreei HUMBERTOS em 2005 e me tornei o arauto desse tema no Estado do Ceará gravando programas especiais para TVs e etc. Dai segui a lógica.
E fui pesquisando e montando trabalhos sobre autores como João do Valle, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga (sem Humberto Teixeira). Depois fiz a homenagem específica sobre Luiz Gonzaga com o show GONZAGUEANDO – um sucesso considerando que sou auto e produtor. Contei com a presença e o talento de músicos de bom gosto de boa formação para tudo isso…
Desse encontro com o baião encontrei também o Coco, o Repente e o Samba em que tive Jackson do Pandeiro como meu mentor nesse rito de passagem. Hoje me sinto SAMBISTA, não me sinto nascido no Samba, nem no Baião, nem em nenhuma outra escola, não tenho tradição em redutos e tenho um cantar livre, solto e dedicado, aliando as figuras de expressão e às nuances que percebo e que agrego ao esse dom que me foi cedido por esses dias.
Sou um sambista no maior alcance que o termo possa encontrar; sambista sem morro, sem mulata, sem cachaça, sambista branco e nossas diferenças não nos desalinham pela rara capacidade de me deixar envolver pelo ritual, pela música, pelo tema e história, e sem perceber me tornar tudo isso o que nem sou imageticamente.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Marcus Caffé: Sim. Alguns anos com Leilah Carvalho Costa; Paulo Abel do Nascimento em Fortaleza – CE. E com Francisco Campos Neto (Chico Campos) em São Paulo.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Marcus Caffé: São fundamentais para permitir o alcance das notas com clareza, com beleza e precisão além de lhe oferecer a garantia psicológica de acessar às figuras de expressão inerentes a cada escola da música popular.
10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?
Marcus Caffé: Milton Nascimento, Elis Regina.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Marcus Caffé: Sem processo definido de composição. A música vem de uma memória solta e se chega e se apresenta. Dou uma forma ao que me parece impreciso, mas ela é que vem. Componho pouquíssimo.
12) RM: Quais são os seus principais parceiros de composição?
Marcus Caffé: Não tenho nenhum.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Marcus Caffé: Pró – A oferta de uma obra pessoal, sob sua perspectiva original, seus direitos de autor, de pai ou mãe, seu trabalho laborativo de pensar, e desenvolver uma obra que é fruto de suas reflexões e talentos. Contra – O preconceito das pessoas ao novo, a resistência a uma forma desconhecida. O próprio medo de se perder ou se contradizer profissionalmente.
14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Marcus Caffé: Dentro: Ensaio tudo, imagino tudo, antes de entrar em cena, eu preciso pisar no palco, andar por ele, olhar para ele, observar a luz, o som, o ambiente, a cenografia e composição da cena para me planejar na ocupação daquele lugar. Fora: Como autor, produtor, preciso me inteirar dos editais, dos espaços, dos eventos, das mídias, dos atores do cenário, da história, do presente para o futuro, ou seja, stress (risos).
15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Marcus Caffé: Torno-me presente sempre que posso em ambientes em que há de fato o preconceito por parte de gerações mais novas. Eles se acham donos do fazer musical e negligenciam os outros autores como se música envelhecesse e ficasse obsoleta ou antiga (isso existe?). A música é documentação de uma vida. É arte, é história, é sociologia, é delírio e é razão. Nada são equívocos quando você mostra a que veio e quebra os tabus.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Marcus Caffé: Não me prejudica em nada, me gera uma mídia de suporte constante, ativa e me insere em um mercado imaterial em que meu alcance presencial inexiste.
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia de gravação de home estúdio?
Marcus Caffé: Banalização de pressupostos básicos em nome da operação de uma tecnologia questionável.
18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar o CD não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Marcus Caffé: Meu timbre já me diferencia, é andrógino, exótico, estranho para alguns, mas é diferente demais. Ser diferente demais traz tanto a resistência aos que me insere em uma planilha de vozes parecidas, mas me destaca pelo inusitado carente de situações em que esse ineditismo posa ser bem valorizado.
19) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?
Marcus Caffé: O movimento que se intitula Nova Musica Brasileira não me atraiu ainda, esse movimento paulistano que se representa por alguns timbres exóticos também me traz uma sensação de desalento, as intenções à vida me parecem sem objetivos, tudo muito sinistro, melancólico e dark.
Uma escuridão interior que não me agradou ainda. Porém não o conheço com profundidade. Posso destacar a quem conheci por força de mídia própria como o maranhense Zeca Baleiro, o paraibano Chico César, o mineiro Vander Lee. Nesses momentos em que a indústria fonográfica busca “clones” de timbres famosos como Mariza Monte, Ana Carolina, Ivete Sangalo e Djavan eu observo com reservas até o momento de poder perceber emergir o talento derradeiro (risos).
20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Marcus Caffé: Luiz Gonzaga, Noel Rosa, Cartola, Tom Jobim, Edu Lobo, Milton Nascimento, Elis Regina, Gilberto Gil, Maria Bethania.
21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?
Marcus Caffé: Em evento politico eu mencionei o nome da ex-prefeita e não do prefeito atual – quase fui vaiado, mas ele era casado com ela, ou seja, não fui atualizado sobre o fato da separação. No mesmo município fui contratado pelo SEBRAE para realizar uma apresentação.
Chego ao local com meu grupo formado por três Violões e um repertório autoral. A produção havia divulgado que éramos do forró! Na sexta canção eu encerrei. Nunca cai em cena, mas já levei choque na boca à época em que usava aparelho ortodôntico (horrível).
Já citei autores trocados, já troquei introduções de músicas (risos). Mas nunca cheguei atrasado e nem iniciei trabalho em atraso por responsabilidade minha. Tive surpresas de público também, em ocasiões em que pensava termos publico minguado e o teatro ficar lotaaado!
22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Marcus Caffé: Deixa-me feliz saber que modifiquei a perspectiva das pessoas ao ouvir alguma canção, que a movi do lugar comum, da zona de conforto e a despertei para outros sentidos contidos nas canções; cumpri minha missão. Deixa-me tranquilo saber que terei como pagar minha equipe e as minhas contas também.
Deixa-me triste a eterna instabilidade financeira que gera a emocional e que gera alguns comportamentos mega distorcidos em que o artista se coloca onde ele não nasceu para estar(risos).
23) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?
Marcus Caffé – Fortaleza (CE) nesse momento a cena musical estar corrompida, mas em reação. Muitas bandas de Blues, muitas escolas desenvolvendo aspectos técnicos relevantes para o amadurecimento profissional dessa geração. Muitos com intercâmbios com outros países e isso se reflete entre nós efetivamente.
O poder público é um problema, as gestões são exercidas por pessoas alheias à área cultural e musical. E isso nos boicota de certa forma.
24) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora que você indica como uma boa opção?
Marcus Caffé: D. Zefinha pelo aspecto autoral, pela riqueza de adereços e símbolos. Marimbanda – Jazz (somente mestres).
25) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Marcus Caffé: Sim. Já tocaram, tocam eventualmente. Já recebi extratos de execuções em rádios do interior do Rio de Janeiro e São Paulo. A impessoalidade atrapalha. Tenho obras em execução nas rádios públicas, rádio senado, rádio câmara e nas rádios públicas locais.
26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Marcus Caffé: Perceba a realidade e abstraia o sonho, se sobrar pessoas reais, oportunidades reais corra atrás delas, mas primeiro conheça a você mesmo, as pessoas rapidamente compram uma mentira.
27) RM: Qual o seu contato pessoal e profissional com Belchior?
Marcus Caffé: Esteve envolvido em um projeto meu, mas não foi uma boa experiência pessoal nem profissional.
28) RM: Qual seu contato pessoal e profissional com Fagner?
Marcus Caffé: Chama-me por Marquinhos, é bem afetuoso, me dirigiu uma vez em uma gravação, mas não somos amigos.
29) RM: Qual seu contato pessoal e profissional com Graco?
Marcus Caffé: Nos conhecemos, já indiquei uma canção dele para o LP de uma amiga falecida e foi uma linda lembrança dela.
30) RM: Qual seu contato pessoal e profissional com Ednardo?
Marcus Caffé: Gravei “Beira Mar” em um disco coletivo promovido pelo Estado do Ceará. Há alguns anos recebi um presente dele que foi sua produção de um clip sob essa versão de sua canção. Somos amigos virtuais hoje. Nunca nos falamos pessoalmente.
31) RM: Qual seu contato pessoal e profissional com Manasses?
Marcus Caffé: Maná é daqueles que te põe sob sua proteção (risos). Dirigiu-me, já tocamos juntos em alguns projetos, esse projeto em que gravei “Beira Mar” tinha seus arranjos e direção musical.
32) RM: Qual seu contato pessoal e profissional com Apá Silvino?
Marcus Caffé: Velhos conhecidos. Já dirigi alguns shows dela. Uma amiga de brigar e de desbrigar, também.
33) RM: Quais os seus projetos futuros?
Marcus Caffé: Gravar mais, não curto estúdio, mas é necessário. Projetos sobre Noel Rosa.
34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Marcus Caffé: (85) 9.9911 – 3866 | [email protected] | www.facebook.com/marcuscaffecantor | WWW.myspace.com/marcus_caffe