O cantor, compositor, arranjador e instrumentista mineiro Marcelo Taynara autodidata, iniciou-se na música aos dez anos de idade, tocando bateria e cantando em bandas de bailes, viajando por grande parte do Brasil e da América Latina.
Muda-se para Uberaba – MG no ano de 1989 e após vários trabalhos em bares e estúdios, inicia seu belíssimo trabalho de composição. Suas músicas trazem elementos de sua descendência negra e indígena, a influência do Clube da Esquina, do Congado e das diversas tendências da música contemporânea e folclórica.
Suas raízes são representadas também em imitações, com efeitos vocais de pássaros, cachoeiras bichos silvestres e outros sons da natureza e de percussão, o que se tornou uma marca peculiar do artista. “São músicas simples, ternas e cuidadosamente elaboradas, ressaltando a pureza das intenções e a urgência de se adotar o sentimento como bússola da vida.”
Expande suas composições pelo Brasil. Apresenta-se em Belo Horizonte, no programa Arrumação de Saulo Laranjeira, exibido na TV Alterosa, SBT. Lança seu primeiro álbum, “A COR DE MINAS”.
Em São Paulo, apresentou-se no programa Flasch, de Amauri Junior, na TV Bandeirantes. Depois de excursões com o show: A Cor de Minas, Marcelo Taynara participou de vários laboratórios de percussão.
Taynara transfere-se para Belo Horizonte, onde reside por cinco anos, dividindo palcos com vários artistas mineiros, destacando-se na abertura da Eco Latina 2001, ao lado de Dércio Marques, Daniela Lasálvia, Kátya Teixeira e Guê Oliveira, no palco do Minas Centro.
Participa de vários festivais pelo Brasil. Dentre eles, o da Conexão Telemig Celular de Música ao lado do Duo Mel. Atua como ator e cantor na peça Natividade da Trupe: Fábrica dos Sonhos, na Praça do Papa (BH).
Marcelo Taynara retorna para Uberaba – MG. Atuou no filme: Entidades (2009), do diretor Fábio Ramalho. Foi argumentista do documentário: Os Tambores De Treze De Maio, de Tobias Ferraz. Algumas de suas músicas fizeram parte da trilha sonora do premiado documentário: Vila Dos Operários, de Michelle Parron e Marília Cândido.
Taynara circula pelo premiado: ”Dandô – Circuito De Música Dércio Marques”, elaborado pela cantora paulistana Kátya Teixeira, contemplado em 2014 com o “Prêmio Brasil Criativo” do governo federal, na categoria “Música”, como o melhor projeto de circulação e divulgação de artistas independentes do país. Marcelo Taynara é coordenador do Dandô em Uberaba – MG.
Marcelo, o Taynara, é também professor de música, e realiza oficinas de sons, instrumentos, folclore por todo o Brasil. Seu talento é reconhecido por todos os seus companheiros de músicos e por todos os lugares por onde se apresenta deixa as marcas de sua bela voz, sua percussão diferenciada e de nossas raízes, sem deixar também de mostrar a nossa melhor música popular brasileira.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Marcelo Taynara para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 01.03.2024:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Marcelo Taynara: Nasci no dia 12/06/1972 em Conceição Das Alagoas – MG. Registrado como Marcelo Benedito Gonçalves.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Marcelo Taynara: Eu nasci numa família de músicos, somos dez irmãos, quase todos cantam ou tocam algum instrumento, eu fui o único que resolveu levar a música adiante como profissão.
Meu pai era cuteleiro, trabalhava com a forja, mas a sua alegria era voltar pra casa e pontear o seu violão enquanto minha mãe cozinhava no fogão à lenha, os dois cantavam Cascatinha e Inhana como ninguém! Além disso: Tonico e Tinoco, vários outros nomes da música caipira, folias de reis e serestas até altas horas da noite.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Marcelo Taynara: Eu sou um músico autodidata, comecei na música aos dez anos de vida, meu irmão Gilmar, montou uma banda de baile no início dos anos 80, meu primeiro instrumento foi a bateria, no final daquela década a banda acabou e eu vim morar em Uberaba – MG.
Aqui construí minha carreira solo como cantor/ compositor e violonista. Trabalho no ensino musical: Canto e técnicas vocais, violão, viola caipira, guitarra, contrabaixo ukulele e percussão em geral.
Sou pesquisador de cultura popular, oficineiro e congadeiro. Sou formado em musicoludoterapia e às vezes me aventuro nas artes visuais.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Marcelo Taynara: Além das influências dos meus pais, na adolescência tive grande afeição pelo rock, folk, música erudita, jazz fusion. Na MPB, meus gurus são: Milton Nascimento, Tom Jobim, Djavan, Gilberto Gil dentre outros. Nenhum desses estilos deixou de ter importância pra mim, sempre que ouço, é como se eu estivesse ouvindo pela primeira vez.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Marcelo Taynara: No início dos anos 80. Assim que a banda acabou, me mudei para Uberaba – MG em 1990, onde comecei minha carreira solo cantando nos bares.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Marcelo Taynara: São sete CDs e dois DVDs lançados: “A Cor de Minas” (agosto de 2000).
“Sete Colinas” em 2001, parceria com o violonista Sérgio Ramos.
“Pilão Marcado” em 2005, gravado em estúdio, com a participação especial de: Saulo Laranjeira, Paulinho Pedra Azul, Emilio Victtor, Dercio Marques, Denílson Mabuzzy, Léo Diniz e o guitarrista de jazz norte americano Ralph Pritikin Warren.
“Pilão Marcado (ao vivo)” em 2010, gravado ao vivo no Teatro Sesiminas Uberaba – MG.
“Pretinha” em 2014, produzido por Jonas Pheer, participação especial: Toi Rap, Mc Gugu e Marboy.
MARCELO TAYNARA E BANDA OUTUBRO Ao vivo na Conha Acústica com Banda Outubro” em 2014 gravado ao Vivo na Praça Da Concha Acústica, Uberaba – MG.
“A Saga do Triângulo Mineiro e alto Paranaíba” com o violeiro Luiz Salgado.
DVDs: “Cantos e Congos” em 2012, ao vivo no Teatro Da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Belo Horizonte; “Pilão Marcado” em 2013, participação: Sérgio Ramos, Arthur Mota, Davi Negão, Aulete Maia e André Fernandes.
PARTICIPAÇÃO EM OUTROS TRABALHOS:
Álbum: DANDÔ, em 2015.
Participação em álbuns de outros artistas: Sérgio Ramos, Ricardo Morais. Emílio Victtor, Paulinho Pedra Azul, Cardo Peixoto, Sol Bueno e outros.
Participação em cantorias de: Elomar, Pereira da Viola, Belchior, Geraldo Azevedo, 14 Bis, Roberto Corrêa, Paulinho Pedra Azul, Dércio Marques, Emilio Santigado, Lenine, Tita Parra, João Arruda, Valdir Verona, GianCarlo Borba, Èrick Castanho, Luiz Salgado, André Salomão, Sidnei Sales (Tarancón), Amauri Falabella, Nádia Campos, João Bá, Victor Batista, Isabella Rovo, Pedro Váz, Cabocla Inês, Sol Bueno, Alexandre Bianchini, Ricardo Rodrigues, Cardo Peixoto, Grupo Trilhos, Banda Bala De Troco, Toninho Horta e Pernambuco do Pandeiro.
Participação em júri de festivais: Monte Carmelo, Uberaba.
Participação atual: Projeto Dandô-circuito de música Dércio Marques.
Alguns shows: Biblioteca Monteiro Lobato (Guarulhos SP), Recantico (Caldas MG), Centro Cultural Casarão (Campinas SP), Iluminati espaço cultural (Pará De Minas MG), Espaço Cultural Oratório (Belo Horizonte MG), Casa da Cultura (Araguari MG), Casa Da Cultura Brasília (Brasília DF), Oficina Cultural Geppetto (Goiânia GO), Teatro de Pirenópolis (GO), Parque Vicentina Aranha (São José Dos Campos SP), Centro Cultural Pasquale Marchese (Pedro Osório RS), Sala de Cinema do Centro de Cultura (Caxias Do Sul RS), ADUFPEL Associação Dos Docentes da Universidade de Pelotas (Pelotas RS), Auditório Municipal Joaquim Grizzon (São Marcos RS), Auditório de Música da FURG Universidade Federal do Rio Grande do Sul(Rio Grande RS), Auditório da escola Érica Marques (Terra de Areia RS) CCEV Centro Cultural Érico Veríssimo (Porto Alegre RS), Auditório Ivo Stein (Soledade RS), CTG Centro de tradições Gaúchas Minuano (Herval RS) Clube Trevo Da Sorte (Maquiné RS).
07) RM: Como você se define como Violeiro?
Marcelo Taynara: Embora eu ainda pesquise novos caminhos e acordes dissonantes na viola, quando eu vejo os mestres de folias tocando, me emociono porque percebo que o belo, o sagrado e encantado está ali na simplicidade. Aí percebo que tenho muito a aprender.
08) RM: Quais afinações você usa na Viola?
Marcelo Taynara: Cebolão em Ré maior (A – D – Fá# – A – D), mas atualmente estou estudando a afinação Boiadeira (G – D – Fá# – A – D).
09) RM: Quais as principais técnicas o violeiro tem que conhecer?
Marcelo Taynara: Não só as técnicas de batidas e ritmos como também o dedilhado.
10) RM: Quais os violeiros que você admira?
Marcelo Taynara: São muitos, mas vamos lá…! Claudia Moraes, Valdir Verona, Pereira da viola, Ivan Vilela, Letícia Lea, Almir Sater, Tavinho Moura, Mirian Violeira, João Arruda, Pedro Vás, Luiz Salgado, Toninho da Viola (Em memória).
11) RM: Como é seu processo de compor?
Marcelo Taynara: Às vezes penso em um tema aí vem a letra, normalmente vem assopros de melodias, ou simplesmente começo a tocar uma sequência de acordes e guardo aquela ideia musical. Na verdade, não uso muitas regras pra compor, deixo fluir, do jeito que vem eu aceito, porque tem hora que a gente não está inspirado, aí não tem o que fazer, a não ser esperar.
12) RM: Quais as principais diferenças técnicas entre a Viola e o Violão?
Marcelo Taynara: A viola tem as cordas mais finas e em alguns casos costumam ser mais duras, aí você tem de cuidar pra não fazer esforço demais, porque isso pode deixar a sua mão um pouco dolorida.
Diferentemente do violão que possui 6 cordas e que tem o som mais grave, a viola possuí 10 cordas e elas são colocadas em duplas, uma mais fina junto com uma mais grossa, ou duas finas juntas, porém na mesma tonalidade.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Marcelo Taynara: Quando o artista, compositor ou intérprete, começa a divulgar a sua música autoral de forma independente, é uma satisfação muito grande quando vem o reconhecimento do seu trabalho.
Porém você tem que manter a qualidade do mesmo, alimentar e atualizar as suas redes sociais, lançar vídeos e no mínimo um CD ou Single por ano pra se manter em evidência. A maioria de nós, além de ser o artista temos que vender o nosso trabalho e acostumar com os altos e baixos.
14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Marcelo Taynara: Estou sempre atento às oportunidades de trabalhos e shows, não perco tempo com fofocas e discussões na internet, o Brasil é muito grande, dá pra articular muita coisa, pesquiso espaços e projetos culturais de norte ao sul do país.
15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Marcelo Taynara: Sempre que posso invisto nos impulsionamento das redes sociais para que meu trabalho chegue à um número maior de pessoas.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Marcelo Taynara: Ela ajuda nos contatos, na visibilidade e divulgação das minhas apresentações. Prejudica quando a concorrência é desleal.
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Marcelo Taynara: A vantagem é que você pode produzir o seu próprio trabalho em casa e se quiser pode até levar para edição final em um estúdio com mais qualidade para mixagem e masterização. isso diminui custo.
Acho que a única desvantagem é quando o programa usado na gravação caseira é inferior, você leva pra outro estúdio, chega lá a diferença de gravação é gritante e você tem que fazer tudo de novo.
18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar o CD não é mais o grande obstáculo. Mas concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Marcelo Taynara: Busco ser o mais original e criativo possível.
19) RM: Como você analisa o cenário da música Sertaneja Caipira/Raiz. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Marcelo Taynara: A música caipira ao longo do tempo modificou muito, ganhou novas roupagens, novos ritmos. Eu te confesso que Victor e Leo foi o que eu ouvi de mais moderno, não tenho acompanhado porque no fritar dos ovos a gente acaba recorrendo às nossas raízes mais profundas.
Recentemente conheci o trabalho da dupla Lady e Laura, se não me engano elas são do estado do Mato Grosso e es fazem um trabalho muito bonito.
20) RM: Como você analisa o cenário da música Sertaneja pop. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?
Marcelo Taynara: Desculpe-me, não tenho acompanhado sertanejo Pop!
21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Marcelo Taynara: O que me deixa mais feliz é estar nos palcos cantando e sinto muita falta quando estou longe deles. A palavra “triste”, tenho evitado de usar e dar força a ela, porque hoje, aos meus 51 anos de vida, entendo ela tem força negativa.
22) RM: Quais os outros instrumentos musicais que você toca?
Marcelo Taynara: Violão, Viola caipira, Guitarra, Contrabaixo, Ukulele, Flauta Doce e de Bambu, Bateria, Percussão em geral.
23) RM: Quais os vícios técnicos o violeiro deve evitar?
Marcelo Taynara: O posicionamento dos dedos trocados na escala, porque pode causar dor e o principal que é tocar com ela desafinada. Pode até sobrar uma “comazinha”, mas não muito.
24) RM: Quais os erros no ensino da Viola?
Marcelo Taynara: Ensinar o aluno a tocar com o corpo e o punho da mão esquerda emborcados, ensinar ponteado sem o aluno ter consciência rítmica e conhecer os ritmos.
25) RM: Tocar muitas notas por compasso ajuda ou prejudica a musicalidade?
Marcelo Taynara: Não é aconselhável para quem está aprendendo, tem que ser gradativo, começa com poucas notas, lento, vai limpando o som, aí sim começa a aumentar as notas e a velocidade. Porque senão o som fica rebuscado sem definição.
26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Marcelo Taynara: Nunca desista!
27) RM: Quais os principais erros na metodologia de ensino de música?
Marcelo Taynara: Não acredito que haja erro, alguns alunos precisam de uma atenção especial, por isso o professor deve ter vários métodos.
28) RM: Existe o Dom musical? Qual a sua definição de Dom musical?
Marcelo Taynara: Claro que sim, senão não existiriam gênios. O dom musical é quando a pessoa tem facilidade de aprendizagem da música.
29) RM: Qual a sua definição de Improvisação?
Marcelo Taynara: Liberdade e criatividade.
30) RM: Existe improvisação de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Marcelo Taynara: O Wagner tudo disse uma vez que não há improviso sem nota fora e eu concordo plenamente com ele, você aplicar algo já estudado não está criando nada, só está repetindo.
31) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Marcelo Taynara: Na maioria dos métodos, os autores deixam claro que para improvisar, o músico tem que ter primeiro a liberdade, sentir a música e criar. Agora quando ele fica preso, não consegue dar voos mais altos.
32) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Marcelo Taynara: Os métodos facilitam a vida do professor de harmonia, porém o professor tem que se libertar um pouco, buscar caminhos diferentes, deixar despertar o ser criativo e experimentar novas combinações de notas e sequência de acordes agradáveis ao ouvido.
33) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia do cenário musical brasileiro?
Marcelo Taynara: Embora a mídia tradicional tenha seus interesses comercial por alguns gêneros musicais, deixando outros de lado, eu vejo que ela é determinada e sabe muito bem o que quer.
34) RM: Qual a importância de espaço como SESC, Itaú Cultural, Caixa Cultural, Banco do Brasil Cultural para a música brasileira?
Marcelo Taynara: São fundamentais para que nós artista possamos ganhar melhores cachês, termos uma maior visibilidade e valorização dos nossos s trabalhos. Só gratidão por essas instituições existirem.
35) RM: Quais os prós e contras em ser multi-instrumentista?
Marcelo Taynara: A vantagem de ser multi-instrumentista é que você tem mais possibilidades de trabalho com outros músicos, a possibilidade de você mesmo gravar suas próprias músicas.
A desvantagem, ou seja, “os contras” é que às vezes você precisa de músicos para tocar em uma apresentação ou evento grande, você procura, mas todos estão ocupados e ao vivo você não tem como tocar vários instrumentos de uma vez. Ser multi-instrumentista é algo solitário. Faz bem, pois traz conhecimento.
36) RM: Quais os seus projetos futuros?
Marcelo Taynara: Gravação do meu oitavo CD com novos parceiros, circulação de shows e oficinas, o projeto de um documentário sobre o congado na minha região do triângulo mineiro e alto Paranaíba.
37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Marcelo Taynara: (34) 98422 – 7257 – Cantos e Congos Produções
| https://www.instagram.com/marcelo.taynara
Canal: https://www.youtube.com/@MarceloTaynara
Marcelo Taynara – Pilão Marcado (DVD): https://www.youtube.com/watch?v=VoAbupnI1vg
Playlist Marcelo Taynara e Luiz Salgado: https://www.youtube.com/watch?v=nWW2sxwHN4Y&list=PLTPWc9MuziC6GGI016lN7mrZfiKulhYP_
Playlist Marcelo Taynara no Dandô – Circuito de Música Dércio Marques: https://www.youtube.com/watch?v=Xek4Fbe-MzU&list=PLTPWc9MuziC5COT_lqQsB5Vtfjs95Vm-F