Luiz Wilson tem uma história marcada pela versatilidade profissional. É cantor, palestrante, poeta, cordelista, radialista e microempresário. Nasceu em Sertânia – PE e radicado desde 1979 em São Paulo. É uma referência de arte e Cultura Popular Nordestina na Capital Paulista.
Luiz Wilson iniciou carreira musical em 1986 e acumula 15 Lançamentos na linha do Forró Pé de Serra, incluindo-se Forró de Vaquejada, Repente e Cordel, declamado e cantado. Seu trabalho, seja nas autorias próprias, nas parcerias com Duval Brito, Fatel Barbosa e obras de grandes autores que interpreta, abrange um misto de cultura popular nordestina, tais como: Xotes, Baiões, Arrasta-pés e toadas, entre outros gêneros, também difundidos por seu conterrâneo e ídolo, Luiz Gonzaga.
Como poeta, integra o elenco da Editora Luzeiro e da Caravana do cordel e já publicou diversos livretos, atrelando a cultura de sua terra natal às temáticas constantes da cidade de São Paulo. Na busca pela realização do sonho, durante muitos anos conciliou suas atividades artísticas com a Carreira na área comercial, onde atuou de auxiliar e chefe de Crediário a Gerência e Supervisão de Vendas. Utilizando-se desta experiência somado com o dom poético, em 2009 consagrou-se como autor publicando seu Primeiro Livro, intitulado: VENDENDO & APRENDENDO – EM CORDEL, um método poético inédito na História do Comércio que vem sendo aplicado por ele próprio, como Palestrante, em Empresas de diversos segmentos. Divulgador e defensor da Cultura Nordestina, Luiz Wilson é Criador e Apresentador do PROGRAMA PINTANDO O SETE no ar desde o ano de 2007 pelas ondas da Rádio Imprensa FM 102,5 de São Paulo (primeira FM do Brasil), onde também apresentou por 10 Anos o Programa VIOLAS E REPENTISTAS. Está no ar também desde o ano de 2016 pela Rádio Itapuama FM-92,7 na cidade de Arcoverde-PE. A Programação é conduzida numa linguagem poética, cultural e comercial, inédito na história do Rádio. Luiz Wilson já entrevistou MUITAS Personalidades do Meio Artístico, especialmente os representantes da Cultura Nordestina.
O PROJETO PINTANDO O SETE administrado por Luiz Wilson e Fatel Barbosa, tem como principal compromisso o resgate e a preservação do Forró Pé de Serra e demais segmentos da Cultura Nordestina e tem dado grande contribuição à classe dos Artistas Populares, em São Paulo.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Luiz Wilson para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 12.01.2019:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Luiz Wilson: Nasci no dia 04.05.1958 em Sertânia – PE. Registrado como Luiz Wilson Vasconcelos de Brito.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Luiz Wilson: Foi na minha infância na zona rural, sítio Recanto Verde em Sertânia – PE quando meu pai comprou o primeiro rádio – abc. Passei a escutar a programação musical pelas ondas do rádio.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Luiz Wilson: Estudei um pouco de música e violão. Fiz curso de locução. Formei-me Técnico em Contabilidade (Nível Médio).
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Luiz Wilson: Tive influências da Literatura de Cordel, do Forró pé de serra e demais segmentos da cultura nordestina, da música brega e sertaneja raiz. Todos continuam tendo importância no meu dia-a-dia, como intérprete, e mais ainda, como comunicador e escritor de cordel.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Luiz Wilson: Em 1986 gravei meu primeiro disco, um compacto duplo. Foi através de um amigo Isaque (nome artístico JK) que era mais corajoso e iniciou a carreira antes de mim e me conduziu ao estúdio Sonart no bairro Cambuci em São Paulo onde ele havia gravado. Atualmente ele mora no Japão. Trabalhávamos juntos no comércio e morávamos na mesma pensão no Cambuci, onde começamos arranhar um violão e despertamos o interesse pela realização do sonho.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Luiz Wilson:
São quinze discos lançados de 1986 a 2019: Em 1986 um compacto duplo pela gravadora Gaivota. A música de destaque: “Sônia”. Em 1988 em compacto duplo pelo selo Audivox. A música de destaque: “Parente acomodado”. Em 1990 o LP – “Sinal vermelho” pelo selo Big som. As músicas de destaque: “Sinal vermelho”; “Vou visitar Belém do Pará”. Em 1996 o CD – “Em defesa do nordeste” pela gravadora Elenco music. As músicas de destaque: “Em defesa do nordeste”; “Pássaro sem ninho”. Em 1998 o CD – “Direitos iguais” pela gravadora Chororó. As músicas de destaque: “Direitos iguais”; “Coisas do nordeste”. Em 2001 o CD – “As melhores de Luiz Wilson” pela gravadora Escalamares Caruaru – PE. A música de destaque: “Coisas do nordeste”. Em 2003 o CD – “Pintando o sete no forró” pela gravadora Style music. As músicas de destaque: “Forró de sanfoninha”; “Acusação”; “Cantiga de vem, vem”. Em 2005 o CD – “Tributo ao vaqueiro” – independente. As músicas de destaque: “Vaquejada minha homenagem”; “Vaquejada em Sertânia”. Em 2006 o CD – “Canções, poemas e cordéis” – 20 anos de carreira pelo selo LW. As músicas de destaque: “Pintando o 7”; “Poemas diversos”. Em 2009 o CD – “Melô do jabá” pela gravadora – pop music. As músicas de destaque: “Melô do jabá”; “Aconteceu o amor”. Em 2011 o CD – “Sou sertão, sou brasileiro” – 25 anos de carreira. As músicas de destaque: “De olho na janela”; “Maravilhas do nordeste”. Em 2013 o CD – “Sertaniando” vol. 12 pela gravadora e distribuidora W disk. As músicas de destaque: “Do tempo do seu tempo”; “Sertânia cidade sertaneja”. Em 2015 o CD – “Coletânea pintando o sete” vol. 13 pelo selo LW P.7. “As músicas de destaque: “De repente”; Calor da vaquejada”; “Parente acomodado”. Em 2016 o CD – “Revivendo nos 30” – 30 anos de carreira pelo Distr. Nany CDs. As músicas de destaque: “A tampa e a panela”; “Eu vi”; “Obrigado Jesus”. Em 2018 o CD – “Coletânea Forró de vaquejada” – vol. 15 pelo selo LW P.7. As músicas de destaque: “A profissão de vaqueiro”; “Onde ela vai eu vou”. Trabalhei com os produtores: Ademir Rodrigues, Germano Júnior, Rogério Gauchioli, Carlinhos, Fatel Barbosa, Chiquinho Matury (Caju e Castanha), Claudeir Tomé. Acordeonista e arranjadores que participaram dos meus discos: Jânio Santone, Oswaldinho do Acordeon, Cézar do Acordeon, Mestrinho, Olivinho, Acrísio de Sá, Claudinho de Monteiro, Chambinho do Acordeon.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Luiz Wilson: Sou conhecido como “o forrozeiro-poeta”. Meu estilo musical é o Forró Pé de Serra enriquecido com pitadas de repentes e improvisos cantados e falados.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Luiz Wilson: Não, como cantor. Estudei técnica do uso da voz como locutor-animador e apresentador.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Luiz Wilson: É importante para o aperfeiçoamento, domínio da respiração e mais, não cantar fora da tonalidade, etc.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Luiz Wilson: Admiro muitos e muitas pela arte e por outros requisitos. No Forró: Luiz Gonzaga, um Artista completo que 30 anos após sua morte continua em evidência. Jackson do Pandeiro se destacou pela divisão e ritmos que criou tocando pandeiro e cantando. Dominguinhos pela urbanização do Forró e foi um exemplo de humildade. Anastácia pelo seu talento, sua vitalidade e energia positiva que nos passa, quase aos 80 anos de idade. Minha parceria Fatel Barbosa pelo otimismo, alegria e força de vontade de vencer, em todas as circunstâncias.
Na MPB: O Rei Roberto Carlos com sua longevidade da carreira de sucesso e nos traz emoções em tudo que canta e diz inclusive o homenageei no Cordel “Emoções sem rimas”. Gosto muito da obra: Belchior, Djavan, como compositores admiro muitos… Mas tiro o chapéu pra Caetano Veloso por muito jovem, ter feito a homenagem mais bonita de todos os tempos pra cidade de São Paulo na música “Sampa”.
No Samba: Adoniram Barbosa que fez o sucesso do seu jeito com a cara de São Paulo, jamais imitado. Na música sertaneja: fico com Zé Rico a melhor voz da Música Sertaneja de todos os Tempos… No Romantismo: Fernando Mendes, que me inspirou a arranhar a primeira música no Violão. Enfim, admiro Muitos, muitas…
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Luiz Wilson: É meio espontâneo… Quando imagino um tema ou tenho uma ideia eu a desenvolvo a melodia e a letra. Às vezes surge de momento a melodia. Costumo primeiro absorver e desenvolver a melodia. A letra, até pelo fato de ter o dom da poesia, desenvolvo com mais facilidade… Em alguns casos, início e encaminho para Duval Brito concluir, ou às vezes concluo o que ele me manda.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Luiz Wilson: Meu principal parceiro é Duval Brito (meu primo legítimo) que mora em Paulo Afonso – BA. Estamos juntos desde o início da minha carreira musical e temos uma parceria de muita fidelidade e irmandade, assim como atualmente com Fatel Barbosa, parceria que vai além da parte musical. Tenho parcerias também com Germano Júnior, JK, Zé de Zilda, Ademir Rodrigues, Patrício Cruz, Tony Lima, dentre outros…
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Luiz Wilson: Entre obras minhas e em parcerias com Duval Brito e Fatel Barbosa, os artistas que gravaram foram: Caju e Castanha, Zé de Zilda, Zé Duarte, Fatel Barbosa, Almir Santos, Zé da Guia, Geraldo Brito, Rouxinol do Nordeste, Felipe Costta, Joãozito do Acordeon, Dika de Monteiro e Dantas do Forró.
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Luiz Wilson: Os prós é a total autonomia pra agir e decidir sobre seu trabalho. Os contras é o alto investimento financeiro e a dificuldade de acesso nos meios de comunicação e para avaliação e indicação em determinados Festivais de Música, como indicação ao Grammy latino, no qual o músico tem que ser de uma gravadora de grande porte.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Luiz Wilson: Eu como cantor, me planejo a partir da escolha do repertório para gravação do que gosto de cantar e da mensagem que preciso passar em cada Forró, canção ou poema que apresento. Dentro do palco, gosto de trabalhar alinhado com os músicos e agradar ao público e o contratante. Como radialista apresentador e entrevistador, eu gosto de conhecer o histórico dos artistas que vou apresentar, como origem, anos de carreira, etc.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Luiz Wilson: Paralelamente ao show como artista, eu sobrevivo da parte comercial do programa de rádio que produzo e apresento. Assim sendo, o foco principal é manter o projeto cada dia mais ativo, para divulgar os eventos que produzimos, apresentamos e contar com público satisfatório nos estabelecimentos e espaços contratantes.
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Luiz Wilson: Ajuda no sentido de ampliar a promoção dos shows e eventos através das redes sociais e facilita na pesquisa e atualização do mercado musical. Algumas pessoas menos informadas acham que “a internet é tudo” e começam boicotar as promoções e divulgação feita pelos programas de rádio. O Rádio ainda é um meio de comunicação de liderança.
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia de gravação (home estúdio)?
Luiz Wilson: A tecnologia de gravação traz vantagens para a produção técnica da obra, que beneficia o produtor musical e o artista… A desvantagem é a tecnologia de gravação que contribui com o artista “fabricado”, ou seja, o auxílio da “máquina” melhora o desempenho do artista limitado mostrando um produto final que não corresponde à qualidade do artista na apresentação ao vivo.
19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Luiz Wilson: Hoje todos gravam e todos se dizem cantores. O meu diferencial é gravar com profissionalismo e autenticidade para me colocar melhor neste mercado competitivo. Gravo com bons músicos, estúdio e produção diferenciada. Sobretudo, cuido bem da produção fonográfica da obra, apresentando-a com ISRCS e liberação das obras através dos autores, evitando os trabalhos piratas… Esse é meu resumo do que faço, para me diferenciar.
20) RM: Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?
Luiz Wilson: O cenário do forró tornou-se muito poluído com forró descartável, que não é forró. Os investimentos financeiros no forró eletrônico, suas coreografias, conquistaram nos últimos anos a maior fatia do mercado do forró, especialmente da mente do povo menos esclarecido. Mas para nossa alegria o forró autêntico se manteve e se mantém e está muito além. As bandas que surgiram nas décadas 90 e 2000 que estão regredindo a cada dia e os nossos artistas do Forró pé de serra, dentro dos seus mercados tem se mantido.
21) RM: Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Luiz Wilson: Vou citar três acordeonistas que admiro: Oswaldinho do Acordeon como grande acordeonista, como Ser humano e como Profissional, que apesar de problemas de saúde tem se superado e viajado o mundo. Mestrinho como o músico que mais se aproxima de Dominguinhos, e tem demonstrado se manter fiel ao aprendizado que teve com o MESTRE Dominguinhos. Claudinho de Monteiro com quem gravei meus dois mais recentes CDs, um exemplo de humildade.
22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Luiz Wilson: Vou citar algumas situações que me marcaram: Em uma festa no bairro Butantã em São Paulo há muito tempo (1995, acho) a Casa de Show não tinha alvará para funcionar com música, e o dono discutiu com o policial que o levou e eu como era responsável pelo grupo musical também fui parar na delegacia.
Outra vez indo tocar no bairro Jardim Ângela em São Paulo, eu fui buscar o guitarrista e como ele estava demorando, eu subi ao seu apartamento e ao chegar lá a mulher dele estava o segurando pela camisa e o esfregando na parede, gritando: você não vai “seu filho da puta”… Só vai se eu for… Tive que levá-la. Dentro do carro (com “monzinha”) estavam quatro cabras no banco de trás. Eita sufoco.
No nordeste em 2003 eu indo tocar em uma festa de vaquejada no povoado Caroalina em Sertânia – PE, atrasado para o show em uma estrada de terra, o carro caiu em um buraco e cortaram os dois pneus. Imagine, no escuro sem lanterna e só com um estepe. Pra sorte depois de muito tempo um caminhão nos levou para fazer o show e deixamos o carro para pegar no outro dia pela manhã. Pra arruinar, só recebi uma migalha do show 15 dias depois…
23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Luiz Wilson: Mais feliz pelo dom recebido de deus de cantar, poetizar e alegrar o povo, que muitas vezes vibra conosco, mesmo estando angustiado. Mais triste pela desunião dos artistas e pelos casos até de traição no nosso meio musical. Pela falta de oportunidade, pela discriminação e desvalorização dos artistas da cultura nordestina. Pelos movimentos fechados de alguns artistas, que não se compartilham nem interagem com os outros artistas.
24) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?
Luiz Wilson: São Paulo é uma cidade mista. Eu considero positiva esta diversidade com vários gêneros e gostos musicais. Dentro de todos os segmentos musicais têm o que se aprender e devemos colher o que há de positivo. A nossa cena musical em Sampa, principalmente no nosso forró e cordel está “viva”!
25) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora, que você indica como uma boa opção?
Luiz Wilson: Recomendo no meu segmento os artistas do autêntico forró como Anastácia, Trio Sabiá e demais amigos forrozeiros. Os demais segmentos da cultura nordestina: Emboladores de Coco, Poetas, Repentistas e Cordelistas. Recomendo como palestrante e profundo conhecedor de forró, o jornalista Assis Ângelo, estudioso da cultura popular.
26) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Luiz Wilson: Sim. Músicas de boa qualidade, bem arranjadas e produzidas, sempre vão tocar. Alguns colegas do rádio ainda priorizam qualidade e boas produções musicais e tocam espontaneamente. Agora para o trabalho aparecer com destaque, colocando-se na grade da programação diária só com um investimento financeiro para divulgar o produto e torná-lo comercialmente conhecido.
Ninguém grava de graça, então a divulgação é o maior desafio para o artista… Precisa-se de estratégias, parcerias, nem tão necessariamente ou simplesmente o chamado pagamento do jabá. É preciso construir um alicerce na carreira musical antes de tudo.
27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Luiz Wilson: Que antes de tudo, certifique-se se é isto que você quer. É um sonho ou uma ilusão, algo passageiro? Se for isto mesmo que você quer “Simbora”! Acredite antes de tudo, em você mesmo.
28) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?
Luiz Wilson: Os prós é que podem surgir oportunidades de revelação de novo (s) talento (s) com a promoção do (s) artista (s) ganhador (es) na grande mídia, além da conquista de uma possível premiação. Os contras são vários riscos: a escolha de jurados às vezes despreparados, as cláusulas nem sempre são cumpridas, outras dúvidas. Eu não curto Festivais de Música.
29) RM: Hoje os Festivais de Música revelam novos talentos?
Luiz Wilson: Não. Ocorreu revelação nos Festivais dos anos 60, 70 e 80. Mas na atualidade com exceção de um ou outro nome, que apareceu através de Festivais de Música, eu vejo com dúvidas.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Luiz Wilson: A grande mídia brasileira, especialmente a televisiva, foca nos modismos que estão em evidência, despreza a essência dos trabalhos com mais conteúdo, por que não procura o desconhecido… A grande mídia é meio “Maria vai com as outras”. O que uma TV fala todas vão atrás, a exemplo desta tal da música “Caneta azul” que todo mundo falou e fala sem analisar a pobreza do seu conteúdo.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Luiz Wilson: São importantes e necessários. Deveriam ter um melhor critério de avalição do elenco de artistas e diminuir a burocracia para as contratações.
32) RM: Qual a sua opinião sobre as bandas de Forró das antigas e as atuais do Forró Estilizado?
Luiz Wilson: Eu como radialista, divulgador e defensor do Forró pé de serra que Luiz Gonzaga propagou e dos seus seguidores; penso que os modismos e modernismos sempre existiram e vão existir. Todos têm espaço. Não é “Nossa praia”, mas nós os respeitamos e queremos que eles nos respeitem.
33) RM: Quais são seus principais cordéis?
Luiz Wilson: HISTÓRIAS DO VENDEDOR BALCONISTA – 2005; METRÔ DE PINHEIROS – TEMPESTADE X BONANÇA- 2005; MESTRE BRASÍLIA E A CAPOEIRA – 2006 ; AS PROEZAS DE ADELÁDIO- 2008; ENCONTROS DOS BAIANOS EM SÃO PAULO – 2008; ENCONTRO DOS PERNAMBUCANOS EM SÃO PAULO- 2008; ROBERTO CARLOS – EMOÇÕES EM RIMAS- 2009; HISTÓRIA DA RUAS 25 DE MARÇO – 2009; VENDENDO E APRENDENDO EM CORDEL- LIVRO/ MÉTODO – 2009; TÉO AZEVEDO – UM CATRUMANO CIDADÃO PAULISTANO – 2015; ALFREDINH0 CONTRA AS FORÇAS DO MAL- 2018; A VERDADEIRA HISTÓRIA DE CAJU E CASTANHA / 2019; OUTROS…Homenagens a Artistas, Personalidades, etc…
34) RM: Quais os seus projetos futuros?
Luiz Wilson: Despertar o interesse de alguma emissora de TV e levar o nosso programa Pintando o sete para a TV.
35) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Luiz Wilson: (11) 3120-4765 | 9.9723 – 5464 | www.luizwilson.com.br | [email protected] | “Luiz Wilson – O Forrozeiro poeta”- Instagram | LW- Pintando o Sete- Youtube / Facebook