More Guilherme Teles »"/>More Guilherme Teles »" /> Guilherme Teles - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Guilherme Teles

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O cantor, compositor e guitarrista pernambucano Guilherme Teles lançará seu primeiro álbum instrumental – Do Choro ao Frevo que envolvem uma mistura de culturas, ou seja, Delta-blues, jazz, Rhythm and blues, mesclando com rock pop.

Guilherme Teles foi vocalista, compositor e guitarrista da banda Triofônico com a mesma participou de vários festivais, como: Expoidea (2012), Festival Rock Cordel (2012), lançamento do Coletivo Primeiro Degrau em Moreno – PE (2013), Festival de Inverno de Garanhuns (2013) no palco pop. E tocou com a Uptown Band no Festival de Jazz de Garanhuns (2011) e também mostrou o seu trabalho cover solo nesse mesmo festival. Em 2009 foi o guitarrista, vocalista, compositor da banda So What?

Abriu com um show o Festival de Jazz de Gravatá – PE em 2018 e fez um show na quinta edição do Rio Mar Jazz Fest no dia 27/04/2018. Em 20/05/2023 participou do show de 50 anos da banda Ave Sangria.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Guilherme Teles para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 01.06.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Guilherme Teles: Nasci no dia 10/01/1982 em Recife – PE. Registrado como Guilherme Cavalcanti Teles.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Guilherme Teles: Meu contato com a música vem de berço, por ser filho do jornalista e escritor paraibano José Teles (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/jose-teles-frevo-ao-manguebeat/) que trabalhou muitos anos no Jornal do Commercio.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Guilherme Teles: Eu sou autodidata e estudo violão e teoria musical por diversão. Sou Técnico de Enfermagem e não conclui Publicidade e Propaganda.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Guilherme Teles: Minhas influências são músicas dos anos 60 e 70: Rock, Bossa Nova, Rhythm Blues, Funk, Jazz, Delta Blues, Baião, Frevo. E gosto muito das músicas de Almir Sater que é uma referência a batidas de Viola, muito bom o seu disco “Instrumental” de 1985. E também curto muito Beatles, David Bower, The Who, Yes. E gosto o movimento Manguebeat fez parte da minha infância em Recife – PE. Eu assistia shows no antigo “Circo Maluco Beleza” em Recife – PE. Eu ainda curto esses estilos de música, mas sempre procurando algo novo para ouvir. Mas as minhas influências do passado são muito importantes.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Guilherme Teles: Em 2009, fui guitarrista e vocalista, compositor da banda So What? Eu toquei com a Uptown Band no Festival de Jazz de Garanhuns (2011) e mostrei também meu trabalho cover solo nesse festival.  Em 2012, fui vocalista, compositor e guitarrista da banda Triofônico que participou de vários festivais de música como: Expoidea (2012) e Festival Rock Cordel (2012), lançamento do Coletivo Primeiro Degrau em Moreno – PE (2013). A Triofônico tocou também no Festival de Inverno de Garanhuns (2013) no Palco Pop. Abri show no Festival de Jazz de Gravatá – PE em 2018 e fiz um show na quinta edição do Rio Mar Jazz Fest no dia 27/04/2018. Participei do show de 50 anos da banda Ave Sangria no dia 20/05/2023.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Guilherme Teles: Quando fui vocalista, compositor e guitarrista da banda Triofônico lançamos em 17/04/2012 um álbum e disponibilizamos no SoundClou. Lançarei meu primeiro álbum instrumental, do “Choro ao Frevo”, relembrando clássicos do Choro ao Frevo de Pernambuco. Se data para gravar e lançar.

07) RM: Como você define o seu estilo musical?

Guilherme Teles: Livre, como não possuo preconceito com ritmos, técnicas e estilos de música, tenho uma tendência a não “ser purista” no que toco.

08) RM: Como é o seu processo de compor?

Guilherme Teles: Preciso fazer música sozinho, eu estudo o ritmo que preciso trabalhar, penso numa história e procuro meios de unir o ritmo com a melodia e a letra. As vezes a melodia conta uma história, outra é a história que canta a melodia. Eu só assisto e deixo o fluxo seguir.

09) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Guilherme Teles: Eu trabalho sozinho, preciso me isolar para que a ideia venha. Eu preciso prestar a atenção em mim para fazer acontecer a música.

10) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Guilherme Teles: Você não precisa participar de programa de TV constrangedor por estar preso ao contrato de alguma gravadora, ou ter que produzir um trabalho com as recomendações de algum produtor pela gravadora por conta da preferência do público. Ser independente é se arriscar pelo seu sonho, correr atrás do seu trabalho sem ter que dar satisfação a ninguém. É mais difícil, mas você pode ser verdadeiro com o seu trabalho.

11) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Guilherme Teles: Hoje estou trabalhando sem banda, talvez eu comece a trabalhar com música instrumental como Yamandu Costa, não estou no seu nível, mas estou podendo fazer um trabalho no estilo instrumental.

12) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Guilherme Teles: Participo de aberturas de Shows, uso o Instagram e pretendo realizar projetos pela Lei Rouanet.

13) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento da sua carreira musical?

Guilherme Teles: A internet é uma excelente ferramenta para quem precisa de atenção com relação ao seu trabalho e é ótimo para quem quer aparecer. O problema que vejo é a parte psicológica, como afeta às pessoas que estão querendo divulgar o seu trabalho, e como as pessoas reagem com a troca. Você tem que ser forte psicologicamente para receber insultos e críticas ao mostrar o seu ponto de vista do seu trabalho.

14) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Guilherme Teles: O home estúdio permite uma melhor visão de como será o seu trabalho final pelo esboço do que você cria. Exemplo; posso chegar e gravar voz e violão, e tratar o som para poder ouvir e ter uma ideia de como o trabalho vai ficar.

Tem efeitos ou instrumentos que posso colocar sem ter o instrumento ou um artista qualificado para essa função. Uma vez num show, um guitarrista estava tocando com um laptop que tinha uma banda tocando uma base instrumental gravada.

15) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Guilherme Teles: No trabalho com música tem uma coisa que nunca mudou, é a capacidade do artista de se relacionar com os outros. No meio musical se você não for o cara que sabe se relacionar com as pessoas, é bem provável que você não prospere muito. Você pode ser um Jimi Hendrix, nunca vai andar sem os seus amigos.

16) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Guilherme Teles: No Brasil tem surgido grandes artistas, se você procura você vai achar músicos incríveis.

17) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Guilherme Teles: Lula Queiroga, Lenine, Gilberto Gil, Neil Young, Paul McCartney.

18) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Guilherme Teles: Nunca tive problema com briga com ninguém, até os términos das bandas que trabalhei foi por falta de grana.

19) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Guilherme Teles: O que me deixa mais feliz é quando desço do palco e sinto que fiz o melhor que pude nas condições que eu estava. Eu desço sem culpa e durmo tranquilo por que sei que dei o meu melhor, não é pelos outros é por mim. Qualquer trabalho que vou fazer, ou no estúdio ou num show ou criando uma música, sempre opero nos 100%, isso me faz feliz. O que me deixa meio triste é que não sou uma pessoa muito sociável, nessa parte eu deixo a desejar, sou muito tímido e perdi muito trabalho por conta disso.

20) RM: Você acredita que sem o pagamento do Jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Guilherme Teles: Acho que não.

21) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Guilherme Teles: Seja mais comunicativo.

22) RM: Quais os guitarristas que você admira?

Guilherme Teles: Jimi Hendrix, Rory Gallagher, Ivinho, Paulo Rafael, Yamandu Costa, Armandinho Macedo.  

23) RM: Quais os compositores eruditos que você admira?

Guilherme Teles: Eu curto as obras de Johan Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart.

24) RM: Quais os compositores populares que você admira?

Guilherme Teles: Curto muito Choro, obras de Garoto, João Pernambuco, Waldir de Azevedo, Chico Buarque, Heitor Villa-Lobos, Antonio Carlos Jobim.

25) RM: Quais os compositores de Forró que você admira?

Guilherme Teles: Eu curto muito a obra de Luiz Gonzaga, cheguei a gravar umas versões minha de suas músicas no meu Instagram.

26) RM: Quais as principais diferenças e semelhanças de tocar Guitarra e Violão?

Guilherme Teles: Tocar Guitarra é como caminhar na gravidade da Lua, um pulo você decola. O Violão é como andar na gravidade da Terra, você tem que se esforçar muito para conseguir chegar perto do que a guitarra pode te proporcionar. Prefiro o violão (risos), eu gosto de me esforçar.

27) RM: Quais os outros instrumentos que toca além de Guitarra e Violão?

Guilherme Teles: Contrabaixo, Cavaquinho e Ukulele.

28) RM: Quais as principais técnicas que o aluno deve dominar para se tornar um bom Guitarrista e Violonista?

Guilherme Teles: Ouvir o seu coração, é o melhor caminho.

29) RM: Quais os principais vícios e erros que devem ser evitados pelo aluno de Guitarra e Violão?

Guilherme Teles: O preconceito com a cultura, vença o seu preconceito e nada te segura.

30) RM: Quais os principais erros na metodologia de ensino de música?

Guilherme Teles: Ensinar todos os alunos de uma única forma. Cada pessoa aprende e deseja algo da música de forma diferente. O professor deve ouvir, e procurar entender o seu aluno para formular uma forma de ensino que ative sua curiosidade, e também fortalecer o que estar fraco em cada aluno.

31) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Guilherme Teles: Existe as pessoas que tem o ouvido absoluto, mas é definido pelo trabalho duro.

32) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical? 

Guilherme Teles: É a arte de levantar voo sem pensar.

33) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Guilherme Teles: Depende de cada pessoa, existem gênios que não precisa passar por essa etapa de ter que estudar do início. Cada um é uma coisa.

34) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Guilherme Teles: Eu não vejo o contra nos métodos de improvisação, mas o caminho para quem quer improvisar, tem que conhecer as escalas e trabalhar com as mesmas para você poder dominar a arte do improviso e conhecer o ritmo que você quer trabalhar.

35) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Guilherme Teles: Eu não vejo contra nos métodos de Harmonia, só acho que é muito importante saber o campo harmônico para trabalhar bem como a música.

36) RM: Quais os prós e contras de ser multi-instrumentista?

Guilherme Teles: Ser um multi-instrumentista só tem a ganhar, é uma outra realidade na música, uma nova forma de se expressar e dar novas ideias para compor música.

37) RM: Você estudou técnica vocal?

Guilherme Teles: Não.

38) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidados com a saúde vocal?

Guilherme Teles: Sem a técnica vocal e falta de cuidados com saúde vocal, corremos o risco de perder o instrumento (voz) para cantar.

39) RM: Quais os seus projetos futuros?

Guilherme Teles: Ainda estão incertos e estou construindo. Foco na gravação das músicas do meu primeiro álbum solo, mas o projeto está parado por conta de direitos autorais. É um álbum instrumental, do “Choro ao Frevo”, relembrando clássicos do Choro ao Frevo de Pernambuco.  Mas ainda não tenho uma data certa estou pesquisando. Pensei em resgatar e fazer uma nova versão das músicas, mas sem descaracterizar a obra original.

40) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Guilherme Teles: (81) 99543 – 9948 | www.instagram.com/guih_teles_ 

Canal: https://www.youtube.com/watch?v=e86etCiq2VU

lembrando Você (Guilherme Teles): https://www.youtube.com/watch?v=sE152nDU9n8 

Do Choro ao Baião Guilherme Teles: https://www.youtube.com/watch?v=p2c8zNtZj3M 

Samba pa ti – Santana (Guilherme Teles): https://www.youtube.com/watch?v=e86etCiq2VU 

A Proposta do Trabalho: https://www.youtube.com/watch?v=qexyMrxY6SQ

2001 (Dois mil e Um) Os Mutantes: https://www.youtube.com/watch?v=BC87HqWSN_g 

Banda Triofônico: https://soundcloud.com/triofonico

Banda Triofônico: https://www.palcomp3.com.br/triofonico


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.