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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Grupo Acordais

Acordais destaque
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Acordais é café fresco ainda saindo fumaça… Grupo paulistano de música brasileira.

As composições próprias têm aroma de casa do interior e adicionam ao seu pó de café influências de música caipira, moda de viola, chamamé pantaneiro, folia de reis, com pitadas de requinte de instrumentos como violoncello, piano e violão folk, sem deixar de lado os causos, por vezes contados ou cantados. A brincadeira começou há alguns anos com um trio que botou à mesa: voz, viola caipira e piano. Posteriormente, atraídos pelo cheiro do café, outros instrumentos foram se achegando. Acordais tem se apresentado em festivais, centros culturais, bares, igrejas e Sesc.

Fazem parte do grupo Acordais: Alex Rocha (vocal e viola caipira), Joyce Carvalhaes (vocais), Érika Bordin (vocais, cenário e figurinos), Robson Russo (violão e viola caipira), Celso Marques (violão), Vinícius Almeida (baixos elétrico e fretless), Jica Tarancón (percussões) e Alef Bem (violoncello). O show do CD – Acordais conta, além das composições do grupo, com algumas canções tradicionais da nossa cultura. O CD tem a participação especial da cantora e compositora Kátya Teixeira.

Segue abaixo entrevista exclusiva com o Grupo Acordais para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 16.11.2015:

01) RitmoMelodia: Qual a data de nascimento e a cidade natal dos membros do Grupo Acordais?

Grupo Acordais A Joyce Carvalhaes é nascida, em São Paulo, em 3 de janeiro e 1981. Alex Rocha, nascido em São Paulo e migrou pequenininho nos braços de mamãe, para o interior de Minas Gerais. Nascido em 12 de março de 1977. Os outros integrantes do Acordais variam muito de show para show, e acabam não sendo fixos. O núcleo base do Acordais: Alex e Joyce.

02) RM: Fale como foi o primeiro contato com a música pelos membros do grupo Acordais.

Grupo Acordais: Desde pequenininha a Joyce canta em coral, quermesse e sempre teve esse contato com vozes e contra-cantos. O Alex vem da formação caipira, música de viola, tradições religiosas das festas do interior.

03) RM: Qual a formação musical e\ou acadêmica fora da área musical dos membros do Grupo Acordais?

Grupo Acordais: Tanto a Joyce quanto o Alex graduaram-se em Psicologia. Embora a Joyce atue na área da arte-educação e o Alex na clínica, de segunda a quinta.

04) RM: Quais as influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância para os membros do Grupo Acordais?

Grupo Acordais: Nossa! A gente escuta de tudo mesmo! Mas acho que o que acaba ficando na rádio cabeça, aquela que liga sozinha quando se está esperando no ponto de ônibus é MPB. Temos colecionado vinis e CDs. Mas acaba que ficando mais o povo que tem um pé na terra: Renato Teixeira, Dominguinhos, Sá e Guarabira, Almir Sater, Renato Braz, o Gilberto Gil, os violeiros todos. Música que a gente parou de escutar?! Acho que lambada, talvez… Mas eu ainda lembro: “chorando se foi quem um dia só me fez chorar…” (risos).

05) RM: Quando, como e onde  começou o Grupo Acordais? Quais os motivos para escolherem o nome Acordais? Os membros do grupo tocam que instrumentos?

Grupo Acordais: O grupo Acordais começou na cozinha. Sempre que o Alex e Joyce tinham uma ideia de algum tema de música, ficávamos rabiscando letra, com o Violão ou Viola enquanto o outro fazia café ou lavava a louça. Um dia o Robson Russo, produtor musical instigou: “Vamos gravar as músicas de vocês?!” E fez os arranjos para a música “Carro de Boi”, que estar lá no CD.  Depois fomos gravando outras e a coisa foi tomando forma. Mas aí precisava de um nome para o grupo.  Na época havia um núcleo mais ou menos fixo que era Joyce, Alex, Tiago Chiavegatti, um pianista e o Luciano Domingues, baixista. Na verdade a gente fazia baile, tocando tudo que é música de raiz (risos). Por causa do clima “raiz” a gente até botou o nome de “Os mandiocas”… Mas não funcionou… Depois, sem o contrabaixo, virou “Trio Jacarandá”, e mais recentemente a Joyce tinha um refrãozinho que ela tinha feito: “Quem tá dormindo, acordai!”, que fugiu da conjugação verbal propositalmente e virou “Quem tá dormindo, ACORDAIS”. Registramos o nome e virou, porque tem a ver com os acordes, tem a ver com a proposta do deixar de dormir, metaforicamente, e acordar para vida! Hoje, temos ou o Vinícius Almeida ou o Luciano Domingues tocando contrabaixo, o Celso Marques tocando Violão aço, o Jica nos bumbos legueros e batuques, às vezes o Robson Russo e às vezes o Sergio Penna nas violas caipiras. Tem dia que até o Alex toca viola caipira e aquele troço que não afina nunca… Que é a Viola de cocho… Nas vozes, a Joyce e o Alex, e alguém que tem apoiado, tocando suas cordas vocais, cada vez mais perto da gente, é a Érika Bordin. De vez em quando temos o privilégio de termos o Alef Ben, no violoncello e a participação especialíssima da Katya Teixeira e sua rabeca Estrela, que tão lá no CD também.

06) RM: Fale do seu primeiro CD, qual o ano de lançamento (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical do CD? E quais as músicas que entraram no gosto do seu publico?

Grupo Acordais Temos um único CD, que deu trabalho para caramba para sair! Lançamos em maio de 2014 e foi bem legal, porque fomos convidados para tocar em pequenos e deliciosos lugares, como o Projeto Beta, o Viva a Praça, em Sorocaba-SP, o Garapa, em Piracicaba-SP e numas quermesses. Nossa música é regional, mas tem aquele requinte dos acordes suspensos e das relativas menores, o que acaba dando uma cara meio: “sou caipira que fez faculdade”, sabe?! Acabamos tendo o privilégio de ser convidados para tocar no programa Sr. Brasil, na TV Cultura. Aí, com as bênçãos do Rolando Boldrin, algumas pessoas escreveram, e começamos a vender uns disquinhos pela internet e alguns jornais e rádios alternativas.

07) RM: Como vocês definem o estilo musical do Grupo Acordais?

Grupo Acordais: Vixe. Sei lá… Tem um negócio que se chama “Sertanejo Universitário”, nós somos Caipiras Acadêmicos (risos)!  Música regional do sudeste, música caipira. Mas na Livraria Cultura estamos registrados como MPB…

08) RM: Quem estudou técnica vocal no grupo?

Grupo Acordais: A Joyce!  E nossa sócia, a Érika Bordin. O Alex estar tentando sarar, mas ele cantava em circo, sem microfone!  Os corais e grupos vocais sempre estiveram presentes na formação da Joyce e da Érika.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Grupo Acordais: O Acordais tem muito essa coisa caipira, medieval, na verdade, que é a segunda voz e às vezes até a terceira voz. A gente busca um intervalo de terça e às vezes até intervalo de quinta. Que sem muita pretensão, acaba virando um acorde, né?!

10) RM: Quais as cantoras(es) que vocês admiram?

Grupo Acordais: Ai ai ai… Tem tanta gente! Lá em casa tem tudo do Renato Braz, do Clube da Esquina, Tim Maia, Almir Sater, Poetas Urbanos, da Ceumar, da Salmaso, quase tudo do Gilberto Gil… E na prateleiras do meio tem os bluseiros, né: O Glenn Kaiser, o Joe Cocker, a Fitzsgerald, Eric Clapton, Sonny Terry & Brownie McGhee, que são o Tonico e Tinoco do Mississipi…  Salve, salve Tião Carreiro e Pardinho!

11) RM: Como é o processo de compor música dentro do grupo?

Grupo Acordais: Semana passada o Alex e a Érika fizeram uma música pelo WhatsApp… Ele mandou uma letra e escreveu: “como você cantaria isso aqui?!”, dali a pouquinho ela mandou um arquivo de áudio com a melodia. Jeito novo! A gente usa muito celular nisso!  É comum ter a ideia e para não perder, anota no celular, ou ideia de letra, ou ideia de melodia. Como é fácil compartilhar, um manda pro outro e pergunta: “acha que estar bonito?” e o parceiro vai dando ideias. É engraçado quando tem que ficar procurando rima, dentro da métrica e dentro da ideia da frase… Palavra cruzada, cubo mágico é fichinha perto disso… Outro dia estávamos com um refrão que era: “namoro é diagnóstico”. Que rima você tem para “ótico”?!! Aí Alex e Joyce ficaram a semana inteira pensando, matutando, girando a cabeça… mas saiu: “Gosto de carne, não sou do tipo macrobiótico \ Talvez por isso tua imagem ficou no meu nervo óptico \ Gostei por fora, quero ver tua alma num microscópio, \ Cê sabe, nega, mas namoro é diagnóstico \ Eu desconfio que teu jeito é meio neurótico \ Cê sabe, nega, mas namoro é diagnóstico \ Mas não me julgue um sujeito de jeito pernóstico \ Quero saber, tua neura, qual o prognóstico \ Aguento um mês, mais que isso será catastrófico \ Gingado assim quase me deixa em transe hipnótico \ Mas o teu gênio vai deixar nosso lance caótico \ Um casamento não se move só pelo erótico”.  E saiu a música…

12) RM: Quais são os principais parceiros de composição?

Grupo Acordais: Joyce e Alex, na grande maioria das vezes, porque ficam quase sempre juntos, dando risada da vida… E chorando às vezes também… Algumas mais pianísticas com o Tiago, do Alex com o Luciano, quando eles vão pescar, e agora essa novidade, com a Érika. Ah! Temos uma parceria com a poetisa Adélia Prado, na música “Casa Caiada”, mas ela não sabe ainda… (risos).

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Grupo Acordais: Independente é bom porque você faz o que dá na telha! Se quiser botar uma lavadeira cantando, ou um sapateado de catira, ou sei lá mais o que quiser estar liberado, você é seu próprio chefe. Mas acaba gastando um bom tempo pra escrever emails, fazer ligações, para conseguir lugar para aparecer em programa de TV, Rádio, Jornal, negociar shows etc… Mas no fundo é bem legal!!

14) RM: Quais as estratégias de planejamento de carreira do Grupo Acordais dentro e fora do palco? 

Grupo Acordais: Isso é mais maluquice do Alex! Não sei se ele fala sério, mas parece que a meta é gerar um grupo de simpatizantes seguidores, em que a cada três ou quatro meses a gente alugue um lugar para tocar e esse povo amigo ajude a pagar a conta do teatro, do cachê dos músicos. Essa parece que seria a meta de um grupo independente hoje, em que não se vive mais da venda de CDs, mas o CD serve pra abrir porta pra shows. Dentro do palco?! Acho que a meta é fazer o Alex não esquecer as letras (risos)!  Brincadeira, achamos que a meta dentro do palco é conseguir uma interação com nosso publico, contar as histórias das músicas, compartilhar, mais do que exibir… Porque literalmente, a palavra “show” quer dizer exibir, né?!

15) RM: Quais as ações empreendedoras que vocês praticam para desenvolver a carreira musical do Grupo Acordais?

Grupo Acordais: Somos amigos do Jica (risos)!  Sério! Temos feito divulgação semanal no facebook, com músicas novas, posts com letras, novidades do Acordais. Tem amigos que ajudam a divulgar… A Joyce Oliveira, nossa amiga, fez até um perfil na Wikipédia para gente!  Estamos fazendo um site novo, em que dê para comprar por cartão de crédito ou paypall, contratamos a Tratore para divulgar nas grandes lojas do Brasil, no iTunes para vender as faixas pela internet, mas quem tem dado altas dicas para gente é o Jica, que é músico velho de guerra… Vixe, ele vai ficar bravo se ao ler o adjetivo “velho” (risos)! O Jica simpatizou-se com o projeto do Acordais, e além de tocar aquelas percussões andinas, nos tem apresentado algumas pessoas e lugares. E a Joyce Carvalhaes, que preenche tudo quanto é edital de festival que aparece…

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento da carreira musical do Grupo Acordais?

Grupo Acordais: Prejudica?!  Difícil… Até agora só vimos os benefícios da internet. Tínhamos cerca de 200 seguidores na internet, depois da apresentação na TV Cultura, e com a promoção da fanpage que fizemos, saltou para mais de mil seguidores, em menos de dois meses. Pela internet a gente acaba conseguindo mandar um recadinho para as pessoas que gostam de música de Viola, para as pessoas que gostam da poesia do Manoel de Barros e da Adélia Prado, com quem nossas letras têm certa afinidade. E aí esse povo todo ouve, alguns gostam em nos escrevem. Como conseguiríamos nos apresentar pra esse povo, se não fosse a internet?! Bem mais difícil… Acho que para quem pensa em viver de venda de CD, a internet pode prejudicar, porque as músicas acabam indo parar em plataformas de download ou streaming… Até a gente! Alguém já postou algumas das nossas músicas para download em mp3. Mas nossa perspectiva é ganhar um dinheirinho nos shows, para poder fazer outros CDs… Pra vender pros amigos… Teve uma garota que comprou um CD nosso e disse que, na verdade, já havia pirateado as músicas e estava ouvindo no celular, mas queria comprar o CD para apoiar os músicos e porque o encarte, que ela tinha visto na casa de alguém, era por si só “um livro de poesias”… Legal, né?! Ponto pro nosso fotógrafo e vizinho, Paulo César!

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia  de gravação (home estúdio)? 

Grupo Acordais: Desvantagens?! Que qualquer um acha que pode gravar um disco, e grava! Mas aí escuta quem quiser, ué! Tem espaço para tudo! Pra gente foi uma delícia ir pro estúdio do Robson e do Vinícius, gravar, regravar, chamar convidados, comer chocolate, tomar café, sem a pressa do “vai ficar caro”. Acho que isso fez nosso CD, especialmente com o trabalho cuidadosíssimo de mixagem do Robson Russo, ficar mais orgânico.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente uma carreira musical. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo, mas, a concorrência se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Grupo Acordais: Curioso ver na internet, porque o nosso publico, gosta das mesmas coisas que nós gostamos! E acho que demos sorte de acharmos um pequeno nicho de gente que tem um pé na terra e uma mão nos livros… Gente que gosta de música de Viola, mas que acha meio ardido o Vieira e Vieirinha, aí ouve a gente cantando afinadinho. Gente que gosta de música rural, mas sente meio repetitivo aquela coisa de “quero voltar pra roça”,  “ah! Antigamente era melhor que hoje”. E nossas letras falam de coisas mais… mais… mais existenciais, talvez. São simples, mas dialogam com os poetas e seus jogos de palavras… sei lá, é gente que gosta do Guimarães Rosa, da Adélia Prado, do Manoel de Barros

19) RM: Como vocês analisam o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Grupo Acordais: Temos acompanhado um pessoal que é lindo, mas que não sai muito na televisão, são nichos, pequenos grupos. Renato Braz é um cara que a gente tem visto fazer uma carreira consistente, de identidade, assim como a Ceumar, lá das Gerais. Tem o pessoal do Nhambuzinho, que a gente adora, o Zé Paulo Medeiros, o Samba da Vela é genial!  Saudades de ver um disco novo do Almir Sater, do Ivan Lins

20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que vocês têm como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Grupo Acordais: O Almir Sater foi o cara que pegou a Viola e botou na MPB, né?! Lógico que antes dele o Heraldo do Monte já fazia uma arruaça linda, com as dez cordas, mas foi quem trouxe o negócio pro grande publico e botou a Viola de novo no lugar das “coisas bonitas do Brasil”.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical ?

Grupo Acordais: Ai, ai, ai, Ficamos bastante chateados com um evento da prefeitura de São Paulo uma vez, que marcou um show nosso do lado de uma aula aberta de forró. Imagina dois eventos sonoros, um do lado do outro, com o mesmo volume!! Só gente que não entende Patavinas de arte para fazer um negócio desses…  E depois fomos saber que não era a primeira vez que faziam isso lá no CCJ da Nova Cachoeirinha. Falta de respeito com público e músicos… Que pena!

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Grupo Acordais: Mais feliz?! Conhecer pessoas bacanas! Gente que vem adentrando nossa casa; gente que a gente admirava de ouvir e agora bebem café com a gente! O Jica, do Tarancón, a Katya Teixeira, o Vinícius Almeida… Muito legal isso! O que nos deixa mais triste? É ver o tanto de verba pública que é desviada e ou desperdiçada, especialmente na área da cultura. A gente vê um tanto de coisa, sendo feita sem cuidado, no final do ano, pra dizer: “fizemos isso!”

23) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que vocês moram?

Grupo Acordais: São Paulo é maravilhosa! Se hoje à tarde eu quiser ir pra rua tocar, vai ter gente para ouvir, prestar atenção e até comprar CD. São muitos bares bacanas, centros culturais. Lógico que alguns lugares pedem algumas senhas, que a gente ainda não tem, mas é uma terra bem fértil. A mais fértil do país, e talvez da América do Sul?! Aqui em todo lugar a gente conhece músico, que faz parceria. Demais!

24) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que vocês moram que vocês indicam como uma boa opção? 

Grupo Acordais: Sei não, são tantos! Talvez, mais do que músicos específicos, locais onde sempre tem música boa; adoramos o Centro Cultural São Paulo, na estação Vergueiro do metrô; aquela roda de choro que tem nos fundos da loja da Contemporânea, na Luz, nos show pequenos promovidos pelo Sesc, no Teatro da Vila, na Vila Madalena, e no nosso quintal…

25) RM: Vocês acreditam que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Grupo Acordais: Sim. As rádios grandes, mais comerciais e que têm dinheiro e grande publico, na verdade a gente nem ouve, então, se tocasse lá, a gente nem ouviria. Aliás, nosso publico não ouve essas rádios também. Temos tocado algumas, poucas, rádios no interior de São Paulo, na Joinville Cultural FM 105,1 e parece que vai rolar na USP FM também; sem jabá. Aliás, jabá é ótimo! Com farinha e uma cachacinha!

26) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Grupo Acordais: Componha muito! De cada tantas músicas, uma fica boa! E na hora de gravar, ter um produtor musical dá o toque profissional. Tivemos essa descoberta com o Robson Russo; não sabíamos como nossas músicas poderiam ficar com arranjos bons; surpreendemos-nos!

27) RM: Quais os projetos futuros?

Grupo Acordais: Será que os portugueses e os espanhóis vão gostar da nossa violinha brasileira?! Joyce e Alex sempre foram mochileiros e rodaram por aí, agora a diferença é que metade da mochila vai recheada de CDs… Ah! Tem composições novas nascendo, espontaneamente. Acho que daqui um tempo vai acabar acontecendo um segundo CD, nascendo como parto normal, de acordo com as contrações naturais, sem cesárea marcada.

28) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Grupo Acordais: Agradecemos muito a oportunidade da entrevista aqui pela RITMO MELODIA. www.acordais.com.br | fanpage  www.facebook.com/acordais. Pra marcar show, temos dois tipos de shows: só as vozes e a viola e com a banda completa, com todos os arranjos do CD: (11) 97667 – 4921 | [email protected]


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.