More Francine Maria »"/>More Francine Maria »" /> Francine Maria - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Francine Maria

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A cantora, poetisa, compositora, multi-instrumentista, escritora cearense Francine Maria, filha dos professores Aurilene Pessoa e Francivaldo, começou sua vida artística aos sete anos de idade (2014), ingressou ao declamar poesias nordestinas e embarcou no mundo da música. Aprendendo acordeon, violão, ukulele, teclado violino, bandolim, xilofone, sax alto, pandeiro e piano vendo vídeos aulas na internet. Participou da Bienal do Ceará em Fortaleza nos anos de 2017 e 2019. Já esteve no Festival Mi De Música Da Ibiapaba – CE, nos anos de 2017, 2018 e 2019, participou de algumas edições do Cariri Cangaço em Pernambuco e Fortaleza.  Já recebeu o Troféu Centenário de Luiz Gonzaga em Fortaleza, participou também de eventos na Casa José de Alencar, pelo grupo Chocalho, incentivando crianças a ler no Congressinho Infanto Juvenil e alguns programas de TV de Fortaleza, como por exemplo, Tony Nunes, TV Assembleia, TV Fortaleza e no CETV no dia das crianças.

Em fevereiro de 2020, esteve no evento mundial sobre o folclore brasileiro – IOV – Organização Internacional de Folclore e Artes Populares, no Rio Grande do Sul. Participou em março de 2020 do Programa Eliana, representando o Nordeste. E dia 11 de dezembro de 2020 participei na Rede Globo do programa Globo Repórter no quarto bloco nos 50 anos da TV Verdes Mares.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Francine Maria para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 19.06.2021:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Francine Maria: Nasci no dia 29.08.2007, em Ibiapina, interior do Ceará. Sou filha de professores: Aurilene Pessoa e Francivaldo e registrado como Francine Maria Pessoa Romão.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Francine Maria: Aos 7 anos de idade, eu conheci a poesia e cordel, me interessei pelas letras Nordestinas e pelas músicas que falam do nosso chão. E logo aos 8 anos de idade, eu tive meu primeiro acesso com o violão, comecei a aprender pela Internet e depois disso eu descobri que era apaixonada pela música, tinha como um sonho conseguir comprar uma sanfona na época, por falta de recursos, eu aprendia os instrumentos que eu conseguia comprar e ganhar, nessa brincadeira comecei a tocar teclado, sax alto, ukulele, gaita, pandeiro e variados instrumentos. Quando fiz 11 anos consegui comprar uma sanfona e hoje toco mais de 12 instrumentos musicais.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Francine Maria: No início eu comecei de forma autodidata, mas devido a pandemia e aos eventos que eu fazia, eu tive a necessidade de ir em busca de orientação e a internet tornou-se um lugar de estudo e assim conheci meu professor de técnica vocal Israel músico e de sanfona Nonato Lima.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Francine Maria: Todas as minhas influências musicais têm importância até hoje, escuto muito Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico César, Chico Buarque, Gal Costa, Clara Nunes, Marinês, Dominguinhos, Chambinho do Acordeon, Waldonys, Elba Ramalho, Gonzaguinha, Carol Panesi, Flávio José, Elis Regina, Belchior.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Francine Maria: Desde que me apaixonei pelo Nordeste, pela nossa história e pela nossa música, eu quis buscar focar na arte popular e fazer dela o meu maior objetivo. Abracei a sanfona em 2018 (aos 11 anos de idade), quando tive acesso a esse instrumento maravilhoso.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Francine Maria: Eu ainda pretendo lançar CD daqui um tempo, pois devido eu morar no interior, não temos acesso as gravadoras, então aqui a distância ainda faz eu atrasar muito meus projetos. Hoje eu sou compositora e lancei a minha primeira música no dia 30.05.2021 em todas as plataformas digitais, no estilo de Forró e tenho mais de 30 músicas escritas no papel e com certeza eu estarei lançando muitas músicas em 2021.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Francine Maria: Meu estilo musical é o Forró. Hoje eu escuto muito xote, baião, xaxado, frevo, samba e rock nacional. Gosto bastante dos ritmos atuais como o Sertanejo e Piseiro.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Francine Maria: Estudei, tem muito material disponível na internet e eu também faço alguns exercícios de canto com o professor Israel.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Francine Maria: É muito importante buscar ter uma saúde vocal desde cedo, pois devido a minha idade que é 13 anos de idade, onde estou em fase de crescimento, os exercícios me ajudam bastante na questão da respiração, postura e qualidade para quem me escuta.

10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?

Francine Maria: Gosto muito de vários cantores, como por exemplo: Lucy Alves, Waldonys, Xandy Avião, Targino Gondim, Adriana Sanchez, Marinês e muitos cantores do nosso Forró.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Francine Maria: A minha inspiração é quando eu estou viajando e observando a natureza, por isso que eu gosto muito de escrever sobre o sertão nordestino, sobre cactos e sobre nossa culinária. Então, eu me inspiro sempre em algo do meu cotidiano.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição? 

Francine Maria: Não tenho parceiros de composição, mas gostaria bastantes de escrever músicas com alguém. Porém, hoje compartilho de parceiros em livros, já escrevi alguns cordéis e livros em conjunto com algumas escritoras de Fortaleza e Bahia.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Francine Maria: Ainda nenhum cantor gravou minha música, mas alguns cantores já compartilharam nas suas redes sociais e gostaram bastante.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Francine Maria: Minha carreira até hoje eu administro sozinha e com minha família, tenho algumas dificuldades, pois moro no interior do Ceará e aqui o acesso à cultura popular é diferente. Então, eu sigo devagarinho de forma livre e com o sonho de fazer arte popular para um dia eu me tornar uma cantora e multi-instrumentista conhecida pelo Brasil e mundial.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Francine Maria: Devido a pandemia do Covid-19, fiz participações em algumas lives, tanto do Quintal da cultura, Heberth Azzul, Cine Planeta, Carol Panesi, escritora Carla de Jesus e alguns cordelistas e outras pessoas da cultura popular. Eu sigo fazendo alguns trabalhos de divulgação nas redes sociais, lançar mais músicas e realizar mais lives.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Francine Maria: Desenvolvo a minha carreira com muita dificuldade, mas, com os recursos próprios dos meus pais.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Francine Maria: A internet é minha principal aliada para desenvolver qualquer forma de arte, hoje graças a ela sei tocar todos esses instrumentos, faço amizades com crianças que tem esse mesmo sonho que eu. As redes sociais, me ajudam muito na divulgação dos meus vídeos, das minhas músicas e do meu sonho. O lado negativo ainda não experimentei.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Francine Maria: Fiz as gravações das minhas quatros músicas que estou lançando esse mês no home studio do Nonato Lima, gostei bastante, achei lindo e um dia quero fazer um studio em minha casa.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Francine Maria: Acredito que a união é o nosso principal diferencial, para reconhecer o talento do outro e acreditar que todos nós podemos realizar nossos sonhos. O cenário da música é muito grande e temos que reconhecer que tem espaço para todo mundo. Nós podemos sonhar, pois é isso que vai fazer a concorrência virar um leque de amizade e não ver o outro como inimigo e sim amigo, que tem algo sempre a acrescentar.

20) RM: Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais permaneceram com obras consistentes e quem regrediram?

Francine Maria: As minhas experiências foram quando eu estive na IOV – Organização Internacional de Folclore e Artes Populares, no Rio Grande do Sul e SBT em São Paulo onde vi que o Forró é muito valorizado e eternizado, que o mestre Luiz Gonzaga deixou um legado muito importante para toda uma geração. A musicalidade atual, se torna uma realidade onde muitos jovens me solicitam músicas nesses estilos atuais como piseiro e sertanejo e eu não vejo como um obstáculo, porque se for para eu poder chegar nesse público jovem e ser necessário que eu cante e misture uma música de Luiz Gonzaga e um estilo atual, sempre engradecendo quem tornou nosso chão e nosso nordeste lembrado, eu canto. Eu acredito que ninguém regrediu nesse cenário musical.

21) RM: Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Francine Maria: Tenho muitas referências especiais como: Lucy Alves, Waldonys, Gilberto Gil, Dorgival Dantas, Sivuca, Amazan são artistas que eu tenho grande admiração.

22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Francine Maria: Desde o meu início de carreira, as pessoas queriam me contratar para me divulgar, então eu normalmente cantava e não recebia nada. Hoje, para mim se tornou uma dificuldade pois as pessoas se acostumaram a não me pagar, e fica difícil cobrar algum dinheiro aqui na minha região.

23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Francine Maria: Quando sou vista pelas pessoas como artista me deixa bastante feliz e na carreira musical em si é de muita alegria pois é justamente isso que eu mais gosto de fazer!

24) RM: Qual a sua opinião sobre o movimento do “Forró Universitário” nos anos 2000?

Francine Maria: Quando eu nasci já existia o movimento “Forró Universitário” e eu entendi mais essa diferença quando eu comecei atuar no cenário do Forró. Achei muito legal as letras, a composição e a forma de fazer Forró pelo mundo. Tudo que acrescenta é bom para a gente que está entrando nesse cenário.

25) RM: Quais os grupos de “Forró Universitário” chamaram sua atenção?

Francine Maria: Gosto muito da banda Falamansa, Rastapé, Dorgival Dantas.

26) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Francine Maria: Acredito que sim, mas ainda não entendo muito sobre esse meio.

27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Francine Maria: Acreditar nos seus sonhos, buscar o que faz seu coração feliz. Eu admiro muito a cultura popular e luto por isso todos os dias através do meu cordel, da minha música e da minha sanfona.

28) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?

Francine Maria: Eu participo do Festival de Música da Ibiapaba – Ceará desde 2017 e parei no ano de 2019, pois 2020 teve a pandemia do Covid-19 e não aconteceu. Acho muito bom e enriquecedor, pois é lá onde eu tive acesso as pessoas da cultura e onde me fizeram despertar mais ainda esse sonho de ser artista.

29) RM: Hoje os Festivais de Música revelam novos talentos?

Francine Maria: Sim, mas não participei de muitos Festivais de Música, pois na maioria das vezes acontece nas capitais e quem tem mais acesso ao evento são as pessoas daquela cidade, porque as pessoas do interior não têm muitas oportunidades e quando tem é diferente.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Francine Maria: Hoje acho a cobertura feita pela grande mídia muito boa, muito enriquecedora e grandiosa. A TV é uma realidade e sonho de todos os artistas.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Francine Maria: Acho muito interessante, mas acredito que tem que buscar dar oportunidade para quem ainda não mora nos grandes centros e quem está começando sozinho (a) no interior.

32) RM: Qual a sua opinião sobre as bandas de Forró das antigas e as atuais do Forró Estilizado?

Francine Maria: O mundo da música é grande e eu acredito que tem espaço para todos na área musical e respeito todas as bandas.

33) RM: Quais os seus projetos futuros?

Francine Maria: Quero produzir mais cordéis e músicas, lançar trabalhos autorais e trabalhar muito na área da cultura popular e buscar ajudar mais crianças a realizar seus sonhos.

34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Francine Maria: (88) 994425696 | [email protected]

| https://web.facebook.com/francine.maria.oficial 

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Canal Francine Maria: https://www.youtube.com/c/FrancineMaria 

Francine Maria “A menina que aprendeu a voar” – Nordeste Arretado (Clipe Oficial): https://www.youtube.com/watch?v=fQukhyvKxS4 

Playlist Francine Maria: https://www.youtube.com/watch?v=PMPfjP0Is74&list=PLcllVLc401dQM4l-XIhZb79e95IVXoYvZ   

Playlist Francine Maria: https://www.youtube.com/watch?v=KOrkUWzdgv0&list=PLcllVLc401dRXN_2flOPDTjkNT4wXyqbf 


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.