Aos 40 anos de idade e 22 de carreira musical, o carioca FLÁVIO DI FÁ lançou em 2018 o seu primeiro EP – “Viver pra ser bem mais”, disponível nas plataformas digitais no Deezer e no Spotfy. Um trabalho que fala sobre positividade e romance. “No meu primeiro EP mergulhei fundo nas minhas letras e canções para trazer à tona a essência da minha musicalidade”, afirma o cantor.
Cria do bairro do Engenho da Rainha, subúrbio do Rio de Janeiro, o cantor e compositor FLÁVIO DI FÁ participa desde pequeno das resenhas musicais tocando percussão: pandeiro, tan tan e repique de mão. Autodidata, desenvolveu a percepção musical e a consciência rítmica bem jovem. As primeiras melodias foram tocadas no violão que ganhou aos 14 anos de idade. FLÁVIO DI FÁ se apresentou em palcos conceituados no Rio de Janeiro, como a Boate Carinhoso, em Ipanema, e a choperia “Estação do Chopp”, em Maria da Graça, em dupla com o amigo Bruno Pinheiro. A voz e o carisma de Flávio despertaram o interesse da empresária Carla Scot, que hoje é manager do artista.
O EP com 8 músicas autorais foi dirigido pelo produtor e maestro Isaías Costa, conhecido como “Chapola”, e traz lindas canções como: “O Sol”, “Amor Pro Que Vier” e “No Mar”. Seguindo dessa maneira um estilo musical que mais lhe emociona, inspirado por Djavan, Emílio Santiago, Gilberto Gil e outros grandes artistas da Música Popular Brasileira.
As rádios começam a tocar as músicas, e a equipe que gerencia a carreira de FLÁVIO DI FÁ prepara a tour que levará o show, com músicas autorais e versões surpreendentes de grandes sucessos para o público de todo o Brasil se emocionar.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Flávio Di Fá para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 03.06.2019:
01) Ritmo Melodia: Qual o seu dia e mês de nascimento e a sua cidade natal?
Flávio Di Fá: Nasci no dia 23.05.1978 no Rio de Janeiro.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Flávio Di Fá: Aos 9 anos de idade eu já treinava Tan Tan e Pandeiro (percussão). Aos 10 anos eu já participava de resenhas musicais tocando samba com amigos do meu pai, que depois viraram meus amigos.
03) RM: Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?
Flávio Di Fá: Completei o ensino médio, e na parte musical, eu sou autodidata.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Flávio Di Fá: Minhas influências do passado são Gilberto Gil, Caetano Veloso, Djavan, João Bosco, Tim Maia, Emílio Santiago. No presente, as influências são Jorge Vercillo, Vanessa da Matta, Luíza Possi, Seu Jorge, Ana Carolina. Ninguém deixou de ter importância.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Flávio Di Fá: Em 2017, eu publiquei um vídeo no Facebook cantando “Pescador de Ilusões” do grupo “O Rappa”, só com voz e violão. Um amigo de infância visualizou e me ligou imediatamente propondo uma parceria musical com duas vozes e dois violões. Ensaiamos e fomos para campo procurar trabalho e no mesmo ano, começamos na Choperia Estação do Chopp, em Maria da Graça.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Flávio Di Fá: Em 2018 Lancei o meu primeiro EP – “Viver Pra Ser Bem Mais”, disponível nas plataformas digitais, com produção de Isaías Costa (Chapola), músico do grupo Bossa do Samba. Os músicos que participaram das gravações foram escolhidos pelo produtor. O baterista (Dudu Lima) também faz parte do grupo Bossa do Samba. O perfil do EP é a positividade, o amor e a vida. Quando ficou pronto, eu fiz uma pesquisa com amigos e familiares para que eles me ajudassem a escolher a música de trabalho. As mais votadas foram: “No Mar”, “Passeio Carioca” e “Amor Pro Que Vier”.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Flávio Di Fá: MPB com muita positividade e romantismo.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Flávio Di Fá: Muito pouco, com internet e amigos músicos.
08) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Flávio Di Fá: O estudo da técnica vocal e o cuidado com a voz são tudo na vida de um cantor. É fundamental para uma carreira sólida e duradoura.
09) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?
Flávio Di Fá: Vanessa da Matta, Ana Carolina, Gal Costa, Alcione…
10) RM: Como é o seu processo de compor?
Flávio Di Fá: Faço a letra e a melodia ao mesmo tempo e a composição acontece de várias formas. Por exemplo, quando estou viajando, quando estou fazendo alguma coisa e vem à ideia, eu paro tudo e vou escrever, e às vezes pego o violão para relaxar, e aí acaba saindo alguma coisa.
11) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Flávio Di Fá: Minhas músicas só foram gravadas por mim mesmo, mas já enviei para alguns cantores famosos, que não me deram retorno.
12) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Flávio Di Fá: O pró é você poder controlar e gerir a própria carreira. Os contras são as dificuldades financeiras e de penetração no mercado musical.
13) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Flávio Di Fá: Dentro do palco é levar ao público toda minha emoção e amor pela música, passar muita positividade e a leveza que é cantar. Fora do palco, é cuidar da carreira como uma joia, como um filho. Cuidar e ser grato pelas pessoas que acompanham o meu trabalho e tornar-me cada vez melhor.
14) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Flávio Di Fá: Invisto em assessoria de imprensa para cuidar da imagem e da comunicação.
15) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Flávio Di Fá: A internet me ajuda na divulgação do meu trabalho, no contato com as pessoas que respeitam e curtem a minha carreira. Não vejo nenhum inconveniente no uso da internet.
16) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia de gravação (home estúdio)?
Flávio Di Fá: Um home estúdio hoje possibilita a chegar o mais próximo da realidade que queremos para as nossas canções e gravações. Eu tenho em casa alguns equipamentos que me possibilitam fazer alguns registros, mas não chega a ser um home estúdio.
17) RM : No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Flávio Di Fá: O básico pra um artista hoje em dia é colocar o seu trabalho disponível nas plataformas de streaming. Isso eu fiz, agora eu uso bastante nas mídias sociais e faço muita questão de trabalhar com pessoas sérias e competentes, além de acompanhar tudo de muito perto.
18) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?
Flávio Di Fá: Eu vejo um cenário musical sem muitos valores musicais. Acho que alguns bons compositores estão compondo músicas comerciais e estão deixando de lado a qualidade. Muitos cantores fazem bem o que se propõem fazer, como Jorge Vercillo e Seu Jorge, que vieram para ficar, além de Vanessa da Matta. Os artistas que regrediram, eu não os observei ou notei.
19) RM : Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Flávio Di Fá: Djavan, Gilberto Gil, além de outros grandes.
20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?
Flávio Di Fá: Eu fui contratado para fazer um show de voz e violão por sete horas. Era uma festa comemorativa do dia do amigo e eu quase fui vaiado porque o pessoal queria ouvir FUNK e outro tipo de música mais agitada.
21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Flávio Di Fá: Eu ficarei muito feliz quando minhas músicas forem conhecidas em todo Brasil e ficaria muito triste se minha carreira estagnasse.
22) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?
Flávio Di Fá: No Rio de Janeiro, o samba e o carnaval representam a minha cidade. Um fenômeno que eu percebo é o surgimento dos artistas de rua, que tocam em trens, metrôs e praças públicas.
23) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora, que você indica como uma boa opção?
Flávio Di Fá: A banda “Nocaute”, “Projeto Monera”, Renato Biguli, que canta no “Monobloco” e tem um trabalho solo interessante, e a Priscila Gouveia.
24) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Flávio Di Fá: Sim, com certeza. A rádio web “Música Tá Na Pista” já toca as minhas músicas. É um projeto independente que toca músicas muito boas de artistas que merecem uma oportunidade. Eu apresento um programa também, chamado “Batuque”.
25) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Flávio Di Fá: Estude música e planeje a sua carreira.
26) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?
Flávio Di Fá: Apesar de nunca ter participado de nenhum Festival de Música, eu só vejo coisas boas, muito aprendizado. Eu estou inscrito, mas ainda não aconteceu.
27) RM: Na sua opinião, hoje os Festivais de Música revelar novos talentos?
Flávio Di Fá: Sim.
28) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Flávio Di Fá: Um pouco deficiente, porque a divulgação fica só pelos artistas que fazem sucesso. O artista que não está no topo, depende de veículos independentes, como a rádio Música Tá Na Pista.
29) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Flávio Di Fá: Importantíssimo para o cenário musical brasileiro, pelo mesmo motivo que respondi na pergunta anterior.
30) RM: O circuito de Bar ainda é uma boa opção de trabalho para os músicos?
Flávio Di Fá: Ainda é, mas acho que poderia ser melhor, se, por exemplo, os locais pagassem os direitos autorais aos compositores e se pagassem melhores cachês aos músicos.
31) RM: Quais os seus projetos futuros?
Flávio Di Fá: Viver da música
32) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Flávio Di Fá: (21) 99290 – 4515 | [email protected]
www.flaviodifa.com.br | @flaviodifa