Nascido em Fortaleza – CE e desde 1985 mora em São Paulo, Falber Sousa dedica sua vida a arte, sendo nos palcos do teatro, ou da dança, ou do circo, ou da música.
No Forró já foi vocalista dos seguintes projetos: “Trio Novo Aconchego”, “Forró na Pressão “, “Trio Arrumadinho”, “Só de Maracutaia” participante do “Fenfit” Festival Nacional de Forró de Itaúnas – ES em 2012.
A partir de 2018 iniciou a sua carreira solo e atualmente vem lançando o seu trabalho autoral nas principais plataformas digitais, acompanhando de Dió Favareto e Jaque Dias.
Músicas lançadas em 2023: Aracati das onze; Triste Cantar. Em breve lançará as músicas: Não tem pra ninguém, Brigar pra fazer as pazes, Esse coração, Vem que tem, Tá vendo? Foi assim.
Traz em seu repertório além do seu som autoral, as músicas dos grandes mestres do Forró como: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Os 03 do nordeste, Flávio José, Genival Lacerda… E um pouco também das suas influências musicais. Carisma, teatralidade e musicalidade definem um pouco do que é o show desse artista.
Segue abaixo entrevista com Falber Sousa para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 21.12.2023:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Falber Sousa: Nasci no dia 04/12/1984 em Fortaleza – CE. Registrado como Falber de Oliveira Sousa.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Falber Sousa: Por volta dos cinco ou seis anos de idade vi a performance de um artista em um restaurante tocando a música La bamba, e fiquei encantado. Esse dia ficou marcado para mim e desde então desejei ser um artista.
Como meus pais não tinham condições de investir no meu sonho, tive que esperar completar 14 anos, quando tive o meu primeiro emprego registrado e o meu primeiro salário comprei o meu primeiro instrumento “guitarra” para dar o meu primeiro passo na música…
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Falber Sousa: Sou cantor e multi-instrumentista autodidata. Também sou ator, autor, diretor e professor de teatro.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Falber Sousa: Na minha adolescência Pop e Rock nacional e internacional: Legião Urbana, Capital Inicial, Cazuza, Nirvana, Pearl Jam, Aerosmith. No início da minha adulta Forró Pé de Serra e Universitário: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Flávio José, Falamansa, Circulado de Fulô, Bando de Maria. Dos 21 anos pra frente aprendi a consumir quase tudo um pouco para ampliar o meu repertório e trabalhos musicais.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira profissional?
Falber Sousa: Dos 15 aos 17 anos (nos anos 90) tive as minhas primeiras bandas, mas nada profissional… Aos 17 anos tive a minha primeira oportunidade de estágio com uma professora de canto num projeto social que me abriu as primeiras portas profissionais como professor de canto, logo em seguida professor de instrumentos como: Cordas, sopro e teclas…
06) RM: Quantos CDs lançados?
Falber Sousa: Não tenho CD lançado, mas tenho duas músicas nas plataformas digitais: “Aracati das onze” e “Triste cantar”, em breve lançarei mais cinco músicas novas.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Falber Sousa: A minha paixão é o Forró pé de serra, mas nunca deixo de lado o Pop e Rock.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Falber Sousa: Sim, estudei técnica vocal.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Falber Sousa: O principal é saber usar corretamente a voz e evitar desgastes desnecessários. Ainda mais para quem faz de 03 à 04 shows no mesmo dia… O que acontece muito para mim nos meses de junho, julho e dezembro.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Falber Sousa: Renato Russo marcou minha adolescência com a sua voz e letras.
Dominguinhos marcou a minha vida adulta com as suas melodias e sentimento aplicado em cada nota tocada e em sua apresentação.
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Falber Sousa: Sempre penso na história que quero contar, a letra já vem com a melodia na mente e em cima disso procuro as notas…
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Falber Sousa: O meu processo de fazer música é sozinho.
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Falber Sousa: Já me pediram músicas, mas ainda não consegui desapegar delas… Estou trabalhando isso (risos).
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Falber Sousa: Pró: Você faz do seu jeito e com as suas convicções. Contra: O investimento é exclusivo seu.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Falber Sousa: Ensaio o show que quero fazer, penso em soluções para situações inusitadas que podem acontecer no show e treino elas também. Na minha banda tenho pelo menos dois músicos para cada instrumento, e seleciono o time para cada evento de acordo com: perfil, disponibilidade e principalmente com o comprometimento.
Regras que eu sigo e os meus músicos precisam seguir à risca:
- Chegue cedo
- Esteja pronto
- Não enche o saco
- Combinado não sai caro
Independentemente de qualquer coisa, eu sempre tenho o cachê dos meus músicos em mãos! Músico pago corretamente não reclama e sempre está disposto.
Ser sempre atencioso com o cliente, e tentar entregar mais do que o cliente espera de mim.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Manter contato com os clientes antigos, atuais e abrir conversa com clientes em potencial.
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Falber Sousa: Ajuda a ter mais ferramentas para se comunicar com clientes e a expor o seu trabalho. Perde um pouco da naturalidade e essência…
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Falber Sousa: Facilita o processo de gravação, mas em muitos casos perde um pouco da qualidade.
19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Falber Sousa: Venho estudando como superar certas barreiras, estou nesse processo…
20) RM: Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Falber Sousa: Minha opinião é sobre o cenário do Forró Pé de Serra que é o que eu vivencio. A cada dia que passa estamos perdendo os grandes mestres que fizeram muito pelo nosso estilo, e ainda não temos aquele, ou aquela artista de referência da nova geração.
Os novos trios, bandas, artistas que estão se com mais força no cenário atual, não olham ou apoiam os novos trabalhos que estão tentando o seu espaço, assim com o próprio Gonzagão fazia…
Em alguns casos é nítido ver uma certa rivalidade maquiada, que não soma nada para o Forró e para o trabalho de todos, é muito ego… Falta união, espaço, respeito e profissionalismo. Falta muitas vezes não só a valorização de quem contrata, mas principalmente a de quem é contratado”.
Quando o artista se “prostitui” para uma casa, um produtor, um contratante, ele não faz mal somente a ele mesmo, mas ele enfraquece os demais que se levam a sério, investindo alto em estudo, preparo, instrumento, tempo…
Falta mais profissionalismo dentro do Forró, para que voltemos a ter a visibilidade que tivemos nos anos 2000 com o sucesso da banda Falamansa, ou nos tempos do nosso Gonzagão.
21) RM: Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Falber Sousa: Flávio José, Santanna – O cantador, Trio Dona Zefa…
22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Falber Sousa: Falta de zelo dos técnicos de som com os artistas do forró pé de serra, é nítido como o trato e cuidado é diferente de um estilo para o outro, o mesmo acontece com quem apresenta os eventos, total descaso… Se o artista não bate o pé e só começar o show quando eles fizerem corretamente a parte deles, fica por isso mesmo.
Cantar e não receber, graças a Deus eu não passo por isso, mas conheço muitos que passaram e passam por isso, é ridículo!
23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Falber Sousa: O contato com o público e poder fazer o que amo. Só fico triste quando falta show
24) RM: Qual a sua opinião sobre o movimento do “Forró Universitário” nos anos 2000?
Falber Sousa: Pena que o movimento enfraqueceu! Mas a culpa foi e é do próprio forrozeiro. Ou melhor de quem acha que o forró é exclusivo dele, e que só ele é bom suficiente para curtir, avaliar, dançar…
Presenciei algumas situações onde “forrozeiros” zombavam de quem não sabia dançar (Isso fazia com que aquela pessoa não se sentisse bem vinda), “forrozeiros” que se denominam roots (Que se não do jeito dele, o artista não presta! E faziam “campanhas” para menosprezar esses trabalhos). Panelas eram formadas e o Forró ia perdendo o que tinha de melhor, a simplicidade e a alegria.
25) RM: Quais os grupos de “Forró Universitário” chamaram sua atenção?
Falber Sousa: Banda Falamansa, Circulado de Fulo, Rastapé, Bando de Maria, Bicho de Pé…
26) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Falber Sousa: Depende da rádio e do tamanho da rádio…
27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Falber Sousa: DESISTE! Mas se desistir não lhe fizer sentido. Mete a cara, vai com medo, sem medo, mas vai!
28) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?
Falber Sousa: Seria incrível se de fato o foco fosse abrir espaço para quem precisa, dar vitrine para quem realmente merece e precisa dessa visibilidade de forma leal! Não é o que vejo da maioria dos festivais.
29) RM: Os Festivais de Música revelam novos talentos?
Falber Sousa: O Festival de música poderia ser, mas por falta de seriedade e profissionalismo muitos perderam a credibilidade.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Falber Sousa: Abstenho.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Falber Sousa: Importante! Mas ainda acho que a burocracia exagerada atrapalha a entrada de muitos artistas…
32) RM: Qual a sua opinião sobre as bandas de Forró das antigas e as atuais do Forró Estilizado?
Falber Sousa: Acho que tudo é Forró, e cada estilo tem o seu valor! Penso no Forró como uma árvore e essa árvore tem galhos, e em cada galho tem seus frutos. Tem quem goste mais de maçã, tem quem goste mais de goiaba. Mas o importante é que a árvore é rica e frutífera.
33) RM: Qual a sua opinião sobre o uso do Teclado no Forró?
Falber Sousa: É válido o Teclado no Forró! Assim como a rabeca, o saxofone…
34) RM: Quais os seus projetos futuros?
Falber Sousa: Lançar músicas novas, viajar para shows fora de São Paulo, quem sabe Europa um dia desses…
35) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Falber Sousa: (11) 98463 – 5295 | [email protected]
| https://www.instagram.com/falbersousa
Canal: https://www.youtube.com/channel/UCBt-oLQN6eWJDyuMErAVhfg
Aracati das Onze – Falber Sousa: https://www.youtube.com/watch?v=XGK7czAVrdE
Triste Cantar – Falber Sousa: https://www.youtube.com/watch?v=KTNgB6Aurto
NÃO TEM PRA NINGUÉM – Falber Sousa: https://www.youtube.com/watch?v=XSFpM4gYYh0
ANUNCIAÇÃO (Alceu Valença) – Falber Sousa: https://www.youtube.com/watch?v=TEERu–PFcI
Playlist Solo: https://www.youtube.com/watch?v=KvXnz_ZUIgE&list=PLuIOKwCQALPgxGS9qZ4TxeH1iU2jJ9UhK&index=1
Playlist Coletiva: https://www.youtube.com/watch?v=yguXedLG62M&list=PLuIOKwCQALPgPZ4e_XfhSM_8xOHXZNoFL&index=1
