O Duo Origins, formado pelos talentosos músicos Guilherme Mauad e Henrique Candido, vem se destacando na cena musical contemporânea com seu trabalho inovador e cativante.
Juntos, eles exploram a sonoridade única do violão, mesclando o violão de 6 cordas de Mauad com o violão de 7 cordas de Candido, criando um diálogo harmônico e rítmico que transcende as fronteiras do gênero.
Com uma abordagem focada em composições autorais e arranjos inusitados, o Duo Origins busca não apenas entreter, mas também provocar reflexão e emoção. As músicas do duo são uma fusão de influências que vão do clássico ao popular, incorporando elementos de música brasileira, jazz e world music. Essa diversidade sonora resulta em performances envolventes que capturam a atenção do público e convidam à apreciação das sutilezas de cada composição.
O repertório do Duo é um convite a uma viagem musical, onde cada peça revela a habilidade técnica e a sensibilidade dos músicos. As composições são cuidadosamente elaboradas, trazendo à tona a essência de suas experiências e vivências, enquanto os arranjos criativos mostram a versatilidade dos dois violões, que se entrelaçam em melodias e harmonias ricas.
A busca por novas sonoridades e a dedicação à arte do violão contemporâneo fazem do duo uma proposta fresca e inovadora na música instrumental.
Segue abaixo entrevista exclusiva com o Duo Origins para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 04.12.2024:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Duo Origins: Guilherme Mauad, nasceu no dia 19/09/1988 em São Paulo e Henrique Candido, nasceu no dia 30/03/1985 em Americana – SP.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Duo Origins: Guilherme, o meu contato com a música ocorreu desde a minha infância, com meu tio que tocava nas festas em família, o que me motivou a estudar violão no futuro.
Henrique: já, para mim, o contato com a música aconteceu mais a frente, na minha pré-adolescência, através de amigos que compartilhavam álbuns de bandas.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Duo Origins: Henrique, estudei no conservatório musical Tatuí – SP por cinco anos, onde pude desenvolver mais a linguagem da música instrumental. Depois disto, investi no estudo autodidata, através de composições próprias.
Mauad: sou formado em guitarra instrumental pela escola de música do estado de São Paulo (EMESP), onde estudei por três anos. Após o conservatório, ingressei em música popular no Instituto de Artes da UNICAMP, onde estudei por cinco anos.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Duo Origins: Guilherme: Nenhuma das minhas grandes influências do passado deixou de ter importância para mim. Tudo que ouvi e ainda ouço faz sentido musical no nosso trabalho.
Henrique: Com certeza, me lembro de escutar várias vezes o álbum Summertime (2000) do Bireli Lagrene & Sylvain Luc durante o trajeto Americana – Tatuí. Hoje, não é um som que eu escuto tanto mais, ou até mesmo toco. Porém, continua me influenciando e me inspirando.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Duo Origins: Guilherme: Meus estudos de música iniciaram aos 13 anos de idade, na escola de música Toque e Cante, da professora Sandra Ciocci. Desde então, sempre me considerei um atuante na carreira da música.
Henrique: Iniciei os estudos aos 14 anos de idade, e aos 16 anos já comecei a dar as primeiras aulas de violão aos amigos do bairro. Nunca mais parei.
06) RM: Quantos CDs lançados? Cite alguns CDs que já participou como violonista?
Duo Origins: Guilherme: Lancei um único EP do grupo musical que fui diretor artístico e idealizados, o grupo se chamava “Signori & Mauad Jazz Band”, e o EP contava com faixas gravadas no estúdio “sincopa” de Campinas – SP, e por isso o nome “Sincopa Sessions”. Disponível a todos no spotfy, deezer e apple music.
Henrique: Participei do álbum do contrabaixista Rodrigo Baptista, intitulado “Quarteto de Sons”, e gravei com a Big Band do UNASP – Hortolândia. O último, também disponível em todas as mídias de streaming.
07) RM: Como você define o seu estilo musical?
Duo Origins: Henrique: Uma mistura de Jazz com Bossa: Uma Jossa! (risos). É muito difícil definir nosso som autoral. Somos uma mistura de tudo que já ouvimos e tocamos ao longo de nossas carreiras. Rock, samba, jazz, blues, bossa nova, música erudita, música popular Americana e Brasileira, hits comerciais, axé, salsa, merengue…Pudim (risos).
Guilherme: O que mais nos motiva a trazer as releituras dos sucessos comerciais, é justamente a mistura das escutas e estudos que realizamos ao longo dos anos. Qualquer tentativa de rotular nosso fazer musical em gêneros e/ou estilos musicais, deixaria algum pedaço do nosso caminho de fora.
08) RM: Como é o seu processo de compor?
Duo Origins: O Henrique faz alguma coisa boa, eu vou lá, faço qualquer coisa em cima, e assinamos a obra como um dueto (risos). Eu não coloco barreiras ao iniciar uma composição. Eu imagino como se tivéssemos uma página em branco. Tudo pode acontecer. Para nós, é importante que não haja restrições ou formatações pré-concebidas para que uma composição aflore. Por isso que é tão importante não termos um gênero musical principal no nosso projeto. Não queremos que fórmulas esperadas de harmonia, mapa da música ou de qualquer outra instância influencie esse processo. Realmente é algo genuinamente novo.
09) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Duo Origins: Henrique: parceiro musical de composição mesmo, no momento apenas eu e o Guilherme, porém tudo e todos nos ajudam a compor, mesmo que de forma indireta ou inconsciente.
Guilherme: O som de um pássaro, uma conversa animada com amigos e familiares. Ideias brotam de diversos lugares e compositores anônimos.
10) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Duo Origins: Henrique: Mas existem prós dessa carreira? Guilherme: (risos) Com certeza existem contras. Henrique: Produção independente sofre principalmente pela falta de recursos. Sejam financeiros, recursos humanos, auxílios em tarefas não musicais que estão associadas ao duo, e muitas outras atividades.
Guilherme: Muitos ouvintes não têm o tamanho da dimensão que é ter uma carreira independente. Toda produção, marketing, burocracias, e atividades desconectadas do fazer musical, mas que são muito importantes para o funcionamento do projeto, são realizadas apenas por nós. Henricão e eu…. Está tudo na nossa mão.
Henrique: Porém, um único pró faz esse trabalho valer a pena: Poder fazer a sua música, da forma que você quer, sem a interferência de produtores ou empresas que desejam formatar seu projeto dentro de uma realidade que não nos cabe.
11) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Duo Origins: Guilherme: As estratégias são multitarefadas: Temos que pensar no tempo que teremos para compor de forma individual, e depois para compor juntos em situações em que a criatividade coletiva é necessária.
Henrique: Ainda, é necessário planejar a agenda nos projetos, quais são os equipamentos necessários para realizar a apresentação, conversar com contratantes, casas de shows, diretores de anfiteatros, e fazer com que toda a parte de pré-produção, produção e pós-produção ocorra da forma desejada. Guilherme: Quando estamos no palco, é a parte mais divertida, todo o trabalho já foi feito ou será feito depois.
12) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Duo Origins: Guilherme: Não acredito muito nessa frente empreendedora que tentam vender para as pessoas. Principalmente na música. Existe uma indústria muito forte que dita o que será escutado e o que não será. Nosso trabalho é fazer com que nossa música chegue até as pessoas que as desejam. Empreender aqui não é uma palavra que cabe.
Henrique: O que nos cabe é fortalecer a conexão com o nosso público, através das mídias sociais. Porém, isso não empreendedorismo, isso é uma relação entre pessoas, que no futuro podem (ou não) gostarem do nosso som, e num cenário possível, ir aos nossos shows.
13) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento da sua carreira musical?
Duo Origins: Guilherme: A parcela de ajuda que a internet oferece está na parte que o Henrique falou, nos ajuda a conectar com pessoas que muitas vezes não teríamos contato por dificuldade da distância.
Henrique: Exato, mas também ela não é tão democrática quanto as pessoas pensam. Tudo que tem uma maior exposição também é ditado por influenciadores e marcas apoiadas por grandes empresas. Neste caso, os produtores independentes saem no prejuízo.
14) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Duo Origins: Henrique: A vantagem é que tudo ficou muito prático. Com um investimento baixo é possível obter uma gravação de qualidade excepcional, no quarto da sua casa.
Guilherme: As vantagens são fáceis de perceber, já as desvantagens são mais abstratas, porém existem! A gravação em home studio força de certa forma que os grupos gravem separados, cada um em sua casa. Isso faz com que as gravações, que antes eram realizadas em conjunto, ocorram em espaço e tempo diferentes, o que torna as interações mais frias. Não se grava ao mesmo tempo hoje em dia, e certas intenções musicais só são obtidas em gravação em tempo real.
15) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Duo Origins: Guilherme: Discordo. Não vemos a concorrência como o grande desafio na nossa geração. Temos sim excelentes músicos fazendo arte boa, talvez nunca tenhamos tido tantos. Porém, há espaço para todos. Uma pessoa que ouve o duo Origins também pode ouvir muitos outros artistas, com diferentes sons, em diferentes gêneros. Nunca teremos “músicos demais”, a ponto de termos uma concorrência.
Henrique: Concordo com o Gui, concorrência nunca foi e nunca será o problema. A diferenciação que fazemos na nossa arte não está ligada a uma necessidade de destaque dentro de um mercado, mas sim para sentirmos que nossa arte é nossa. A originalidade não é uma necessidade mercadológica, mas sim do artista.
16) RM: Como você analisa o cenário da música instrumental no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Duo Origins: Guilherme: Como disse anteriormente, temos músicos de excelência no Brasil, e muitos são conhecidos nacionalmente e internacionalmente, como Yamandu Costa, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Hamilton de Holanda… a lista é grande!
Henrique: (risos)… O músico normalmente se mantém fiel a sua arte até que sua condição física ou de saúde o permite. Regressão não é um termo que cabe aqui.
17) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Duo Origins: Henrique: Para mim, o Mike Stern é uma grande fonte de inspiração. Tanto na parte musical quanto na gestão de sua carreira. Ele tem uma postura muito positiva com seus fãs e com sua direção artística.
Guilherme: Eu tenho para mim um grande guitarrista que é o Pasquale Grasso. Super novo, e está com tudo tocando em Nova York, nas grandes casas de shows.
18) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?
Duo Origins: Guilherme: Estar no palco é sempre uma situação inusitada, nunca um show se repete da mesma forma, mesmo que o repertório seja o mesmo, sempre algo novo acontece: alguém espirra na hora errada, alguém esquece de desligar o celular, crianças sobem no palco, estante de partituras caem…. é sempre uma festa.
19) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Duo Origins: Henrique: Para mim, o que me deixa mais feliz nesta carreira é poder compor minhas músicas, criar, experimentar novas ideias, a interação com a plateia e outros músicos.
Guilherme: Para mim, felicidade é poder fazer música para as pessoas e com as pessoas. Música acima de tudo é uma linguagem, e o músico quer é se comunicar! Agora, o que mais me entristece é ver o desinteresse das pessoas pela música. Um músico, sem ter para quem se apresentar, é uma pessoa falando para as paredes.
Henrique: O que me deixa triste é quando alguém corta meu solo, e normalmente é o cantor! (risos).
20) RM: Você acredita que sem o pagamento do Jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Duo Origins: Henrique: Que jabá? Jabá é o que eu coloco no feijão… Guilherme: (risos). Jabá é algo que é conhecido sim dentre os bastidores da indústria fonográfica. Porém, após as mídias de streaming, as estratégias para que sua música alcance outras pessoas mudaram. Não há necessidade de a todo custo sua música ser tocada nas rádios, e com o valor do Jabá, você poderia investir em impulsionamentos e campanhas de marketing digital que fazem você ter um aumento no seu público. Contudo, vale dizer que essas campanhas de marketing não são garantias de sucesso, assim como o Jabá.
21) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Duo Origins: Guilherme: TRAZ A CAMISA DE FORÇA, GALERA! Henrique: (risos). Para trilhar essa carreira, é necessário primeiramente uma consciência de que não é um caminho fácil. Por mais que dedicação, esforço e resiliência são fatores determinantes para o sucesso, existem fatores externos que não são de controle do artista que interferem nos percursos da sua carreira. É preciso ter consciência que o meio onde você se encontra vai afetar de alguma forma os resultados
Guilherme: Exato. Um músico que vive em uma cidade pequena, é afetado de uma forma diferente que um músico que atua em uma metrópole. Apesar das relações expandidas pela internet, o meio físico ainda tem a sua determinância.
22) RM: Quais os violonistas que você admira?
Duo Origins: Henrique: Paco de Lucia, Raphael Rabello, Dino 7 cordas.
Guilherme: Garoto, Baden Powell, Guinga.
23) RM: Quais os compositores eruditos que você admira?
Duo Origins: Guilherme: Bach, Ravel, Debussy.
Henrique: Brahms, Dvorak, Palestrina.
Guilherme: Se o Bach é bom, o Chopin é Brahms! Hernrique: (risos).
24) RM: Quais os compositores populares que você admira?
Duo Origins: Henrique: Egberto Gismonti, Milton Nascimento, Moacir Santos.
Guilherme: Djavan, Clube da Esquina, Toninho Horta.
25) RM: Quais os compositores da Bossa Nova você admira?
Duo Origins: Guilherme: Tom Jobim, Roberto Menescal, Marcos Vale.
Henrique: João Gilberto, Edu Lobo, Carlos Lyra.
26) RM: Apresente sua metodologia de ensino do Violão e seus métodos.
Duo Origins: Henrique: Simples, eu mando e o aluno obedece (risos). Guilherme: (risos).
Henrique: Através dos anos que leciono, produzi uma quantidade expressiva de material didático para violão, e uso-o com os alunos conforme a demanda.
27) RM: Quais as diferenças técnicas entre o Violão Erudito e Popular?
Duo Origins: Guilherme: O estado da arte não só nacional, quanto mundial, chegou em um nível de excelência tão alto, que hoje avaliamos que a única diferença entre o violão erudito e o violão popular é o repertório.
Henrique: Exatamente, Gui. Vemos hoje violonistas populares estudando técnicas que anteriormente eram consideradas exclusivas do violão erudito, e vice e versa. Hoje, temos uma técnica universal do violão de alto nível, que integra a performance em diversos gêneros que o violão participa.
28) RM: Quais as principais técnicas que o aluno deve dominar para se tornar um bom Violonista?
Duo Origins: Guilherme: Eu diria que uma das técnicas principais seria a visualização das notas no braço do violão.
Henrique: E outra técnica importante é o pizzicato. Mas além da técnica, é importante saber também qual é sua vertente, pois isso afetará qual técnica será mais importante para o seu fazer musical. A técnica é uma ferramenta para a sua arte.
29) RM: Quais os principais erros na metodologia de ensino de música?
Duo Origins: Guilherme: Eu acredito que grande parte da deficiência nos ensinos musicais hoje em conservatórios e faculdades de música é não incentivar a criação e a musicalidade dos alunos.
Henrique: Com certeza, o estudo de música não acaba apenas nos desenvolvimentos das técnicas dos instrumentos e do estudo teórico. É necessário que a criatividade no músico seja desenvolvida ainda dentro das instituições.
30) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Duo Origins: Henrique: Não. Guilherme: Próxima! (risos).
Henrique: Eu acredito na inteligência musical e psicomotora que é mais aflorada em alguns indivíduos. Com isso, temos uma facilidade (ou dificuldade na falta delas) de execução técnica e artística.
Guilherme: Exatamente. Existem pessoas que tem uma maior facilidade ou maior dificuldade em execuções motrizes e em desenvolver motivos musicais, e esses fatores são abstratos. Porém, independente da sua dificuldade, é possível desenvolver essas habilidades com estudo e dedicação, a música é para todos.
Henrique: Vale salientar também que, mesmo aqueles que tem essas facilidades, se estes não se dedicarem a se desenvolverem em sua arte, eles não terão bons resultados no seu fazer musical.
31) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Duo Origins: Henrique: A improvisação está ligada à bagagem musical prévia obtida. Improvisar é criar frases em tempo real, e a criação está ligada ao seu repertório. Porém, a partir dos elementos absorvidos do repertório de escuta, é que eu moldo as minhas frases, que são únicas, porém fortemente influenciada por aqueles que escutei.
Guilherme: Vale lembrar que a improvisação temática, ou seja, aquela que está ligada a um repertório ou um gênero musical pré-estabelecido, tem elementos que são esperados pelo ouvinte. E esses elementos, que podem ser caracterizados como idiomáticos (próprios do idioma musical em questão) só podem ser obtidos se recorrermos às fontes, que são os discos e álbuns consagrados do gênero. Uma analogia interessante: para falar inglês com sotaque americano, apenas indo morar no Texas!
32) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Duo Origins: Henrique: Apenas o fato de alguém fazer um método sobre qualquer assunto musical, já acho louvável. Quanto mais material sobre o assunto melhor.
Guilherme: Com certeza, os métodos sempre são formas de auxiliar o músico a desenvolver as suas questões artísticas. Contudo, temos que lembrar que aliados aos métodos, é necessário que o estudante vá afundo na pesquisa fonográfica. Ouvir os grandes improvisadores é de extrema importância, independente da utilização dos métodos.
33) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Duo Origins: Guilherme: Depende da vertente. Existe uma corrente de improvisação chamada “improvisação livre”, e essa vertente se preocupa apenas em não trazer informações prévias. É uma expressão artística válida. Porém, outras expressões musicais esperam frases e articulações que são intrínsecas ao gênero musical, e isso só pode ser desenvolvido com o estudo prévio.
34) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Duo Origins: Henrique: Não existe contra sobre os métodos de harmonia, é sempre bom contar com material de apoio dos autores.
Guilherme: Exato, apenas trazemos o mesmo alerta. É importante, além de estudar os métodos, escutar as harmonias e identificá-las conforme os estudos teóricos.
35) RM: Quais os prós e contras de ser multi-instrumentista?
Duo Origins: Guilherme: Estudar mais de um instrumento é legal, vale a penas ver a música pela ótica de outro instrumento.
Henrique: Concordo, a única atenção a ser dada é que seu tempo precisa ser bem direcionado, para que você consiga desenvolver suas habilidades em ambos.
36) RM: Quais os seus projetos futuros?
Duo Origins: Henrique: Continuar o Duo Origins, trabalhar com os demais grupos que toco, e continuar minha agenda de aulas presenciais e online.
Guilherme: Para o futuro, tenho como plano fazer a gestão dos meus dois projetos musicais principais: Duo Origins e a Americana Jazz Big Band. Ainda, pretendo em 2025 lançar meu primeiro curso online.
37) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Duo Origins: Henrique: Meu contato é (19) 99121 – 5222 e https://www.instagram.com/henriqueaulas
Guilherme: Meu contato é (19) 99777 – 7216 | https://guilhermemauad.com e https://www.instagram.com/guilhermemauadguitar
E Para contratar o Duo Origins, basta ligar para qualquer um dos dois.
Canal: https://www.youtube.com/@Henrifire
Reclusa: https://www.youtube.com/watch?v=StliqGiDPno
Canal: https://www.youtube.com/@guimsantanna
Alagoas – Guilherme Mauad: https://www.youtube.com/watch?v=BZFah_gx4ok
Achei muito interessante a fusão de influências que vão do clássico ao popular, com elementos de música brasileira, jazz e world music. Ótima entrevista!