More Celso Pixinga »"/>More Celso Pixinga »" /> Celso Pixinga - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Celso Pixinga

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O contrabaixista, compositor, arranjador, diretor musical e educador paulistano Celso Pixinga “O Ícone do Contrabaixo Brasileiro” é reconhecido dentro e fora do País como um dos melhores baixistas no cenário musical.

Reconhecido no Brasil como um dos mais rápidos contrabaixistas com a utilização da técnica do SLAP. Na década de 80, Celso Pixinga tornou-se professor de contrabaixo e no ano de 1987, lançou seu primeiro álbum: “Pixinga” e no ano seguinte, apresentou-se no Free Jazz Festival.

Conhecido em todo o país, depois de ter tocado com Evandro Mesquita, Gal Costa, Wanderléa e outros artistas e bandas, o baixista lançou wm 1995 “Voo Livre”, que mostrou com clareza as influências do funk, do jazz e da música brasileira no som produzido por Pixinga.

Junto com grandes nomes da Música brasileira como Nelson Ayres, Roberto Sion, entre outros fizeram lançamento da primeira vídeo – aula no Sesc Pompeia em 1990 pela Aprenda Música.

Em 1996, o músico foi o primeiro contrabaixista a lançar o álbum “Wake Up”, no Blue Note de Nova York, conhecido como o templo do jazz. Apesar da pouca divulgação da música instrumental no Brasil, Pixinga conseguiu manter-se no cenário dos grandes músicos e gravar seus álbuns.

Desde 2002 Pixinga é idealizador e produtor do Festival de Baixo que se realiza em todo o Brasil “Pixinga Bass Festival”, com objetivo de revelar novos talentos de todos os estados. O Festival não tem fins lucrativos e tem sido plataforma de fomento a música instrumental e novos protagonistas como: Ricardinho Paraíso, Mauro Sergio, Ebinho Cardoso.

Por cinco anos participou do New Hampshire Bass Fest (Berklee) com apresentações e dando aula. Viaja pelo Brasil e exterior dando workshops. Com 40 anos de carreira, é considerado um dos maiores contrabaixistas do mundo.

Já trabalhou com artistas nacionais e internacionais:  Dave Weckl, Gonzalo Rubalcaba, Romero Lubambo, Taj Mahal, Todd Johnson, Jim Stinnett,Grant Stinnett, Tom Arey,Don Moio,  Everett Pendleton, Dave Dicenso, Michael Manring, Victor Wooten, Wojtek Pilichowski, entre outros.

Nelson Ayres, Roberto Sion, Rick Pantoja, Marcos Resende, Banda Retoque, Heitor Tp, Victor Biglione, Serginho Trombone, Marinho Boffa, Mozart Mello, Carlos Balla, Zé Lourenço, Julinho Teixeira, Faiska, Michel Freidenson, Tomate, Cuca Teixeira, Maguinho, Lis De Carvalho, Tato Andreatta, Marcelo Elias, Ney Neto, Giba Favery, Edu Malta, Fred Tangary, Paul Liberman, Walmir Gil, Teco Cardoso, Don Harris, Vitor Alcantara, Tico Delisa, Kuki Stolarski, Wagner Spina, Léa Freire, Proveta, Vinícius Dorin, Arismar Do Espirito Santo, Rudy Arnaut, Wagner Barbosa, Fabio Santini, Bruno Fonseca, Bruno Alves, Lana Ferreira, etc.

Eduardo e Silvinha Araújo, Dudú França, Jessé, Wanderléa, Angela Rorô, Evandro Mesquita, Gal Costa, Jane Duboc, Laura Finnochiaro, Ana Caran, Fat Family, Lica Cecato, Rita Kfouri, Claudia Ferrete, Shirley Oliveira.

Trabalhou por 15 anos como coordenador da Cadeira de Baixo na EMT São Paulo Por 14 anos deu aula na EMESP – Santa Marcelina. Por 5 anos foi a BOSTON no Festival NEW HAMPSHIRE BASS FESTIVAL organizado pelos professores da BERKLEE. Foi considerado pela crítica especializada Mundial (Revista Down Beat) em 1992 o baixista MAIS RÁPIDO DO MUNDO na técnica do SLAP.

TOURNÉE INTERNACIONAL: EUA, Japão, Argentina, Equador ,  Portugal, França, Itália, Inglaterra, China, etc. Tem parcerias com:  Datrel , Ewa Guitars contrabaixo, Nig , Capcase, Mendes Luthieria, Datalink, ASK Suportes, AW Bags, Roberto Santana, Gruvgear, Softcase, Núcleo Musical, Magma Strings, Agencia Petra, Nux.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Celso Pixinga para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 24.04.2024:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Celso Pixinga: Nasci no dia 12 de julho de 1953 em São Paulo – SP. Registrado como Celso Claudio Cascarelli.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Celso Pixinga: Dos 8 aos 13 anos de idade, estudei piano erudito, passando pra guitarra e depois aos 24 anos me interessei pelo contrabaixo.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Celso Pixinga: Após o segundo grau segui estudando música. Sou autodidata no contrabaixo. E com 28 anos assumi o contrabaixo como meu instrumento titular. Estudei 18 horas por dia pra compensar o tempo perdido e tive aulas com o falecido Mestre do contrabaixo: Gabriel Balis e harmonia com o mestre DIDI.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Celso Pixinga: Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Deep Purple, Led Zeppelin, Beatles, Charlie Parker, John Coltrane, Chick Corea, Gonzalo Rubalcaba, Jaco Pastorius, John Pattittuti, Rachelle Ferrell, Tribal Tech, Valeriy Stepanov Manhattan Transfer, Take Six, Elis Regina, Louis Cole, Prince, Tom Jobim e outros.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Celso Pixinga: Nos anos 80 iniciei minha carreira com o contrabaixo com os cantores: Eduardo e Sylvinha Araujo. “Graças ao Eduardo, virei o Pixinga contrabaixista – ele me apresentou o contrabaixo.

06) RM: Quantos discos lançados? Cite alguns discos que você já participou como contrabaixista?

Celso Pixinga: Gravei mais de 400 álbuns para artistas. Alguns que ficaram no meu coração foram os trabalhos com: JESSÉ, EDUARDO ARAÚJO E SYLVINHA ARAÚJO, GAL COSTA, EVANDRO MESQUITA, LAURA FINOCHIARO, LICA CECCATO… Foram 43 álbuns na carreira solo. Pixinga (o primeiro), Quase Acústico, A light at the end , Mr Funk, O Condutor, Voo Livre, O Sonhador, Wake Up, Celso Pixinga e os Bateras, BOSSA JAZZ, Celso Pixinga e os Baixistas, etc.

Discografia:

Bauru genuíno (ponto Chic) – Berimbau LP, 1982
Concentração (Celso Pixinga, 440 e Zona Sul) Jazz and Blues LP, 1986

Pixinga – independente LP, 1987
Mr. Funk – independente LP, CD, 1990
Celso Pixinga e Pavio Curto – A Light At The End Of The Tunnel – 1992
Celso Pixinga – O Sonhador – 1994
Celso Pixinga & PX Band – Voo Livre – 1995
Celso Pixinga & PX Band II – Wake Up – 1996
Celso Pixinga Trio – Quase Acústico – gravação 1998/ 2001

Celso Pixinga – O Condutor – 2002
Celso Pixinga & A Gig – 2002
Celso Pixinga – 2003
Celso Pixinga Ao Vivo – 2004
Celso Pixinga – todos por um – 2004
Ao Vivo No Sesc Paulista – 2004
S.O.S. Baixo – 2005
S.O.S. Baixo Ao Vivo – 2005
Celso Pixinga – Coletanea Slap
Celso Pixinga & Giba Favery – Dupla Dinâmica
Bossa Jazz – 2006
O Jogo – 2007
Celso Pixinga – One More Step – 2008
Celso Pixinga – Four – 2009
De volta as origens – 2012
Com a Banda T.N.T. (Todas Na Trave)
1992 – T.N.T. (Todas Na Trave)

Vídeo aula:
Celso Pixinga e Giba Favery – Dupla Dinâmica
Celso Pixinga – Slap Mania
Celso Pixinga – Se meu baixo falasse
Celso Pixinga – Super Slap

07) RM: Você publicou método para contrabaixo?

Celso Pixinga: Play Along Quase Acústico, Método de Slap e dois Cursos on line: Slap do zero e Curso do Celso Pixinga.

Fui coordenador por 15 anos na EM&T – Escola de Música e Tecnologia – São Paulo e professor na Emesp Santa Marcelina e por 4 anos fui ministrar cursos de contrabaixo na Berklee College of Music em Boston – EUA.

08) RM: Como é seu processo de composição musical? 

Celso Pixinga: Penso primeiro no Groove e na Harmonia e depois faço a melodia.

09) RM: Você compõe melodia para letra? 

Celso Pixinga: Sim.

10) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Celso Pixinga: Rita Kfouri, Lis de Carvalho, Álvaro Gonçalves, Tato Andreatta, Marinho Boffa, entre outros.

11) RM: Como você define seu estilo como contrabaixista?

Celso Pixinga: World Music – Jazz, música brasileira, smoth jazz, fusion.

12) RM: Quais as principais técnicas que o baixista deve se dedicar?

Celso Pixinga: Psicato, two hands e slap.

13) RM: Qual a importância de o baixista equilibrar a função de condução e de solista?

Celso Pixinga: O Contrabaixo junto com a bateria forma um case, estão juntos. Então o grande segredo é o musico tocar para a música. No Jazz, você tem muita liberdade de expressão, usando a improvisação, fazendo melodias e total liberdade de criatividade.

14) RM: Quais os principais vícios técnicos ou falta de técnica tem os baixistas alunos e alguns profissionais?

Celso Pixinga: A primeira coisa que a pessoa tem que ter pra ser musico é o Dom. Infelizmente em nosso país, ser músico é quase impossível. Daí você tem que estudar no mínimo 8 horas por dia, pesquisar todo o conteúdo para contrabaixo sem preconceito. Se não estudar diariamente e não tiver um mestre, terá muitos problemas de técnica, harmonia, percepção musical, leitura…

15) RM: Quais as principais características de um bom baixista?

Celso Pixinga: Humildade, generosidade, respeito, profissionalismo e tocar para a música.

16) RM: Quais são os contrabaixistas que você admira?

Celso Pixinga: Jaco Pastorius, Stanley Clarke, John Patittuti, Gary Willis, Victor Wooten, Anthony Jackson, Gabriel Ballis, Luizão Maia, Nico Assumpção, Sizão Machado, Ron Carter, Ricardo Marão, Mark King, Marcus Miller, Will Lee, etc.

17) RM: Existe uma indicação correta para escolher um contrabaixo de mais de 4 cordas? Quais os gêneros musicais correspondentes a quantidade de cordas do instrumento?

Celso Pixinga: O contrabaixo clássico é o de 4 cordas. O Contrabaixo de 5 cordas tem o acréscimo de uma corda afinada na nota Si grave, que é muito importante nas gravações em estúdios para todos os estilos de música. O de 6 cordas é mais usado para fazer harmonias, improvisação e tem o acréscimo de duas cordas afinadas a nota Si grave e o Do agudo.

18) RM: Qual a marca de encordoamento da sua preferência? Existe marca ideal para cada gênero musical ou é preferência pessoal?

Celso Pixinga: Hoje temos no mercado várias marcas nacionais e internacionais de encordoamento. Cada um tem uma preferência. Hoje uso a marca MAGMA Strings – da qual sou endorse.

19) RM: Quais os prós e contras de ser professor?

Celso Pixinga: Ser professor é muita responsabilidade, pois o Professor tem que estar preparado musicalmente falando para passar a informação correta. Agora quando o aluno não estuda, aí fica difícil ensinar.

20) RM: Quais os prós e contras de ser músico freelancer acompanhando outros artistas?

Celso Pixinga: Ser um sideman é estar pronto para servir full time o artista para o qual está trabalhando. Na minha época, na década de 80 e 90, você sendo um sideman, poderia pensar em construir um futuro acompanhando um cantor famoso, por exemplo. Existia um respeito maior e a parte financeira era justa.

Hoje o mercado mudou muito e o que era Top na minha época, hoje virou “Nicho”. Os grandes cantores da música popular brasileira, música pop, rock, erudita, praticamente ficou extinto no mercado. Hoje vejo coisas ruins no mercado Musical e Massificado.

Se eu estivesse dependendo de ser um sideman, estaria passando sérias dificuldades para sobreviver. Em todo o Brasil, deve ter uns 20 cantores que ainda respeitam o músico e pagam um cachê compatível com a tabela de músicos.

21) RM: Quais os prós e contras de ser músico de estúdio de gravação. Gravando as linhas de contrabaixo em discos de artistas?

Celso Pixinga: Gravei muito em estúdios de gravação em trabalhos para cantor e publicitário. Só que hoje em dia, tem muito pouco trabalho para o músico fazer em estúdio devida à possibilidade de se fazer tudo pelo computador e o programador, usando as tecnologias atuais. Um DJ virou uma orquestra. E com certeza, nem todos são músicos. NADA contra, até gosto de música eletrônica.

22) RM: Quais bandas que já participou?

Celso Pixinga: Som Nosso de Cada Dia; Banda Retoque; Joelho de Porco; Zona Sul; Raíces de América e etc….

23) RM: Quais os prós e contras de tocar em uma única banda?

Celso Pixinga: Nunca toquei numa única banda. Mas quem toca, precisa saber se relacionar profissionalmente.

24) RM: Quais principais dificuldades de relacionamento que enfrentou em bandas?

Celso Pixinga: O meu jeito de tocar muitas vezes incomodou os outros músicos. Uns falaram que eu era muito alegre, outro que eu ensaiava no espelho antes de tocar. Foi aí que eu resolvi montar meu próprio trabalho.

25) RM: Quais os artistas já conhecidos você já acompanhou como músico freelancer?

Celso Pixinga: Eduardo Araujo e Sylvinha, Wanderleia, Jessé, Angela RoRô, Cida Moreira, Jane Duboc, Dudu França, Gal Costa, Evandro Mesquita, Lica Ceccato, Laura Finochiaro, Ana Caran, Fat Family, Lupa Mabuze, Fernando Forni, Taj Mahal, etc.

26) RM: Quais principais dificuldades de relacionamento que enfrentou acompanhando artistas já conhecidos?

Celso Pixinga: Nenhuma.

27) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Celso Pixinga: Quando eu percebi que o músico era uma peça descartável e poderia a qualquer momento ser substituído por outro, e notei que eu tinha algo a mais e poderia Montar meu próprio trabalho, gravei em 1987 meu primeiro álbum intitulado “PIXINGA”. 

Lancei pelo selo Jazz & Blues com os melhores músicos brasileiros entre Rio de Janeiro, São Paulo e Nova York e saí em tournée nos clubes de jazz que existiam na época. E em menos de um ano, fui convidado a participar do Extinto FREE JAZZ FESTIVAL 1988 e daí tudo começou. Como eu tinha uma experiência de acompanhar cantores famosos, procurei dar o mesmo conforto aos músicos da banda, como eu recebia dos cantores.

28) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Celso Pixinga: Em 1989 lancei uma das primeiras Vídeo – aulas no Brasil, chamada SLAP MANIA. Nessa época não existia informação nenhuma e ela foi Record de vendagem no Brasil e América Latina. Depois de pouquíssimo tempo, me tornei um formador de opinião e tudo mudou na minha vida.

29) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Celso Pixinga: Na minha época era tudo na raça, não tinha como divulgar e nem tinha material para estudo. Só através do Museu do Disco, você conseguia encomendar algum disco de jazz, fusion e após algum tempo chegava. E quem tinha algum tipo de material escondia. Não passava pra ninguém.

Hoje, Graças a internet, veio a globalização, que é uma ferramenta que não tem preço. Mas ao mesmo tempo que tem um bom conteúdo, tem também muita enganação. Daí o aluno e profissionais têm que saber filtrar.

30) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)? 

Celso Pixinga: A vantagem é que um só músico pode programar tudo, graças à tecnologia. E a desvantagem é que daí fica muito músico sem trabalho (risos).

31) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje grande não é mais o grande obstáculo. Mas concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para ser diferencia dentro do seu nicho musical?

Celso Pixinga: Como já tenho 43 anos de carreira, não me preocupo em competir. E para quem está começando uma carreira, depende mesmo de muita divulgação e investimento.

32) RM: Como você analisa o cenário da Música Instrumental Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Celso Pixinga: Na década de 80 e 90 a música instrumental tinha espaço bem legal. Inclusive, passando pela Globo play um dia, vi uma novela antiga que um dos temas, a trilha era mesclada com popular e instrumental. Tocou até Spain do Chick Corea.

Hoje o mercado instrumental está à mercê dos seguidores dos músicos no Instagram. Quer dizer: quem tem acima de 100 mil seguidores, tem mercado, pois só é bom para os divulgadores, quem tem muitas visualizações. O MUNDO MUDOU? Mudou, mas cá entre nós se você contrata um digital influencer e faz um investimento de 20.000 reais, qualquer um consegue subir para 100 mil visualizações.

33) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Celso Pixinga: Os artistas da década de 70 até hoje estão aí. Hoje podemos dizer que são nossos tesouros da Música Popular Brasileira: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Djavan, Ivan Lins, Fabio Jr., Leila Pinheiro, Jane Duboc, Wanderléa, Ivete Sangalo, Alcione, Diogo Nogueira, Martinho da Vila, Almir Sater, Milton Nascimento, Lulu Santos, Carlinhos Brown, Roupa Nova, Ultraje a Rigor, Blitz, Toninho Horta, Chitãozinho e Chororó, Michel Teló, Daniel, e muitos outros. Dentro desse NICHO ninguém regrediu. Atualmente ninguém se destaca. A Musicalidade é TODA IGUAL.

34) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?

Celso Pixinga: Na década de 90 fui fazer um show e estava saindo em todos os jornais, era SUCESSO da crítica musical… me contrataram para um show no ABC (Santo André, São Bernardo, São Caetano do Sul) e não tinha ninguém! Não sei o que aconteceu…

Tocar e não receber, foram várias vezes. Nessa época conheci um EMPRESÁRIO X que montou uma tournée no Paraná de 9 shows. No local da saída para tournée, só estavam os músicos e o ônibus e o empresário não vieram. Ele sumiu com a metade do dinheiro da produção.

35) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Celso Pixinga: Só tenho que agradecer a DEUS tudo o que aconteceu comigo. O que me deixa mais TRISTE é que depois dos 50 anos de idade, ninguém mais nos respeita.

36) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Celso Pixinga: Arrumar um bom professor, não ter preconceito musical, respeitar seu colega de profissão, ser um musico organizado, chegando no horário, sempre bem arrumado e estudar umas 10 horas por dia.

37) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Celso Pixinga: Isto é simples. Quem é Músico, nasce Músico. Muitos tentam tocar algum instrumento e acabam desistindo, pois não tem o Dom Musical.

38) RM: Qual seu conceito de Improvisação?

Celso Pixinga: O Jazz.

39) RM: Existe improvisação de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Celso Pixinga: Tem quem estuda antes e toca o que estudou. Eu já improviso na hora, dependendo do clima que está rolando. Mas na minha mente já estão as ferramentas.

40) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Celso Pixinga: Vamos tirar um pouco o método: para improvisar tem que voltar pra década de 30 e ouvir Charlie Parker, John Coltrane, Miles Davis antes de estudar teoria.

41) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Celso Pixinga: Duas opções: ou o método é bom ou é ruim. O aluno e profissional tem que analisar antes de comprar.

42) RM: Você toca outros instrumentos?

Celso Pixinga: Piano, Guitarra e Bateria.

43) RM: Quais os prós e contras de ser multi-instrumentista?

Celso Pixinga: Altamente positivo, pois temos o entendimento de como funcionam os outros instrumentos.

44) RM: No passado existia a “dependência” do Baixo tocar “colado” com a célula do ritmo do bumbo da bateria. Quando o Baixo se tornou independente desse conceito?

Celso Pixinga: Teve uma independência na maneira de tocar e construir um groove. Se prestar atenção é tudo pensado: quando o contrabaixo está separado do bumbo, continua o mesmo pensamento de tocar junto.

45) RM: Quais os compositores da Bossa Nova você admira?

Celso Pixinga: Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Toquinho, João Gilberto, Roberto Menescal, Jonny Alf, Sergio Mendes, Ronaldo Boscoli, Chico Buarque, Edu Lobo, Marcos Vale, Caetano Veloso, Gilberto Gil….

46) RM: Quais os compositores do Samba e do Choro você admira?

Celso Pixinga: Meu falecido pai: XIXA do CAVAQUINHO, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Isaías, Demônios da Garoa, Adoniran Barbosa.

47) RM: Quais os compositores da MBP você admira?

Celso Pixinga: João Gilberto, Ivan Lins, Tom Jobim, Djavan, Rita Lee.

48) RM: Quais os seus projetos futuros?

Celso Pixinga: Lançar um novo álbum que acabei de gravar com o baterista Igor Willcox. O projeto tem o nome de: “ÁREA 51” e meu próximo álbum autoral será: CELSO PIXINGA E OS TECLADISTAS – nacionais e internacionais.

49) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Celso Pixinga: Para contratar show falar com Rita Kfouri produções: (11) 99250 – 5927 | [email protected] 

Instagram: https://www.instagram.com/celsopixinga

Fecebook: https://www.facebook.com/celsopixingabass 

Canal: https://www.youtube.com/channel/UCp3o91-evc9fx5IYbYL0qIA 

Celso Pixinga – Magnetar | Mark Lettieri – Bass Cover: https://www.youtube.com/watch?v=TE4hky0KdFE 

CELSO PIXINGA – MAVERICK | Slap: https://www.youtube.com/watch?v=8aqDVTtdeQg 

CELSO PIXINGA (SLAP) & RITA KFOURI | BADULET: https://www.youtube.com/watch?v=URrKmQyL-A0 

Celso Pixinga – Bass Player | Four: https://www.youtube.com/watch?v=4pZu-iPwkCA 

Solo Celso Pixinga: https://www.youtube.com/watch?v=zGckk-aqHtY

Playlist do álbum Dupla Dinâmica: https://www.youtube.com/watch?v=-iWHpopfC3Y&list=PLGiJY5lYNQ9jcyy6nFxmNrwQaq-ef08DW 

Playlist do álbum O Condutor: https://www.youtube.com/watch?v=45uHGVmALyo&list=PLGiJY5lYNQ9gRHyecJRRqzZo3KhFqgEc6 

Playlist do álbum Celso Pixinga e os Baixistas: https://www.youtube.com/watch?v=PKXCrTiwNyc&list=PLGiJY5lYNQ9gY_xVPvN-DaZQsvXnCHmsX 

Playlist Vídeos Clipes: https://www.youtube.com/watch?v=EKO9EnKwl_I&list=PLGiJY5lYNQ9jzKCHcU8z7dxQF62C6Slru

Celso Pixinga | Funk Slap (Celso Pixinga e Tato Andreatta) | Instrumental SESC Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=FotpoMj9UEQ&list=PLtukD4KW-eVI9wGMZsOMU9Ir9KdcbhpLV


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.