More Carlos Menezes »"/>More Carlos Menezes »" /> Carlos Menezes - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Carlos Menezes

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O cantor, compositor, violonista mineiro Carlos Menezes, no final dos anos 70 se mudou para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar com jingles publicitário e sendo backvocal da gravadora PolyGram.

Jane Duboc, gravou sua música Cor, palavra e som, feita em parceria com Sueli Correa. Cantou com Jane Duboc, sua música Namoro, sua música em parceria com Antonio Carlos de Melo. Na mesma época participou com Jane Duboc do Projeto Pixinguinha e fizeram vários shows em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília. Milton Nascimento produziu o primeiro disco de Tadeu Franco, que gravou a música Tiê Sangue, de autoria de Carlos Menezes e Luiz Duarte. Participou como corista em show comemorativo de Vanusa, no Teatro Galeria, com Sergio Sá como diretor musical.

Gravou seu primeiro álbum no estúdio da Lyra Produções Artísticas, de Naire Siqueira e Aécio Flavio, com músicas de Naire, Paulinho Tapajós, Tibério Gaspar, Claudio Cavalcante, Paulinho Tapajós, Jane Duboc.

No mesmo período, cantava nos locais noturnos do Rio de Janeiro como Cálice Bar, Clube 1, Chico’s bar, entre outros. Na Itália, é diplomado pelo Conservatório de Música Giuseppe Martucci, em Salerno, diploma di Chitarra Classica.

Atualmente se dedicando a compor, e gravando seus trabalhos, desfrutando da tecnologia hoje disponível, no seu home estúdio. Divulga o rico repertório da MPB em locais noturnos, divulgando nossa música na Europa.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Carlos Menezes para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 13.12.2024:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Carlos Menezes: Nasci no dia 13/12/1958 em Belo Horizonte, nas Minas Gerais. Registrado como Carlos Eduardo Menezes.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Carlos Menezes: Família de cantores e compositores, como meu pai (Aurelio Menezes) e irmãos (Paulo e Eunice, que nos anos 60 formaram a dupla Os Flintstones). Em 1966, fui o primeiro colocado no primeiro festival de música da criança na TV Itacolomi de Belo Horizonte – MG, cantando uma música famosa de Roberto Carlos, que tento me lembrar qual o nome da música, mas ainda não consegui.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Carlos Menezes: Comecei estudando Piano e depois passei estudar violão com querido prof. Nelson Piló em Belíssimo Horizonte. Aprendi a ler na partitura as primeiras notas musicais e a cifra dos acordes do violão. Em 1978, morando no Rio de Janeiro, estudei teoria musical na Ordem dos Músicos do Brasil – OMB, e consegui minha carteira azulzinha de músico profissional. Estudei violão clássico com o saudoso bravíssimo Nélio Rodrigues, que foi para o céu recentemente. Grandíssimo músico. Me Diplomei em Violão Clássico (di Chitarra Classica) no Conservatório de Música Giuseppe Martucci, de Salerno, Itália.

Por estudar muito, eu fiquei com a mão direita imobilizada, e depois de muito tempo, descobri que era distonia focal. Fiz vários exames, mas os médicos que passei em consulta não sabem nada sobre o assunto.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Carlos Menezes: As influências mais importantes na juventude foram o álbum do Clube da Esquina (Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Wagner Tiso, Tavito, Robertinho Silva, Luiz Alves, Nelson Angelo, Rubinho, Alaíde Costa, Paulo Moura, Eumir Deodato, Gonzaguinha, Raul de Souza), muito roco progressivo e a música escrita para violão clássico de Sor, Bach, Villa-Lobos, etc. E todo esse mundo musical daquela época nunca deixará de ter importância. Gosto atualmente muito de m

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Carlos Menezes: Em 1966, comecei cedo, quando venci o festival de música mirim em Belo Horizonte – MG. A partir de 1978 no Rio de Janeiro, fiz muitos jingles, muitos vocais na antiga gravadora PolyGram. Toquei em bares da zona Sul, Cálice, Clube 1 e vários outros. Em março de 1990 mudei para a Itália.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Carlos Menezes: Gravai um álbum com músicas de Naire Siqueira, Paulinho Tapajós e outros autores.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Carlos Menezes: MPB.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Carlos Menezes: Nunca estudei canto. Meu jeito de cantar é, como posso dizer, natural, coisa que vem de família mesmo.

09) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Carlos Menezes: Milton Nascimento, Gal Costa e a querida amiga Jane Duboc, a maior de todas as cantoras, para mim.

10) RM: Como é seu processo de compor?

Carlos Menezes: Compor é um processo difícil. Muita autocritica e cobrança de mim mesmo…enfim…doloroso.

11) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Carlos Menezes: Antonio Carlos de Melo, Luiz Duarte, Paulinho Tapajós, Jane Duboc, Sueli Correa.

12) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Carlos Menezes: Tudo na vida tem para os e contras…é a dualidade da natureza.

13) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Carlos Menezes: Fora do palco, muito estudo…dentro do palco fazer um belo trabalho.

14) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Carlos Menezes: Acho que gravar usando a tecnologia que existe hoje e abrir um canal youtube com suas composições, possa ser visto como um empreendimento.

15) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Carlos Menezes: No meu caso, está somente ajudando. Acho espetacular.

16) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Carlos Menezes: Só vejo vantagens. E uma coisa inimaginável antes. Hoje somos livres de produzir e mostrar sem precisar de gravadoras, etc…

17) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Carlos Menezes: Sempre existiu a concorrência desenfreada… Hoje é a mesma coisa…Eu procuro sempre ser o que sou, e deixo a minha voz mostrar o meu eu mais íntimo.

18) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Carlos Menezes: Pergunta difícil, mas só para responder com sinceridade delicada, ainda prefiro os artistas do passado.

19) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?

Carlos Menezes: Na maioria das vezes, problemas técnicos são, infelizmente a coisa mais recorrente, mas não me lembro de problemas com público.

20) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Carlos Menezes: Minha independência me faz feliz. A coisa mais triste? Não sei responder…Sempre existiu a parte triste.

21) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Carlos Menezes: Dom musical existe, mas o gosto musical é cultura pessoal. Uma pessoa pode adorar uma obra de arte, e outra pode detestar a mesma obra, por isso é meio complicado.

22) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Carlos Menezes: Liberdade total.

23) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Carlos Menezes: Acho que existe improvisação de fato, e também depende do Dom musical.

24) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Carlos Menezes: Não sei dizer. Acho que a dosagem certa, depende do Dom Musical. No Conservatório que estudei tinham curso de improvisação, mas eu não estudei. Gosto de improvisar intuitivamente, sem regras.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Carlos Menezes: Estudei harmonia no Conservatório. Trabalho longo, difícil e enriquecedor. Só vejo prós.

26) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Carlos Menezes: Não sei, mas o dinheiro ajuda em tudo (risos).

27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Carlos Menezes: Eu iria incentivar a qualquer pessoa que tenha um sonho a seguir em frente e fazer o que o coração manda. A vida é um mistério.

28) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Carlos Menezes: Festivais de música é sempre bom e promover a música de qualidade.

29) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Carlos Menezes: Muitos anos fora do Brasil me deixaram um pouco desinformado, mas das poucas vezes que observei, a grande mídia não ajuda em nada.

30) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Carlos Menezes: Não tive ainda oportunidade de conhecer estes espaços, mas com certeza devem promover a música de qualidade.

31) RM: Quais os seus projetos futuros?

Carlos Menezes: Meus projetos atuais são os de continuar a criar músicas e lançar como audiovisual no meu canal youtube, com ajuda preciosa do compositor goiano Naire Siqueira (www.ritmomelodia.mus.br/entrevistas/naire-siqueira) autor do sucesso Companheiro, tema da novela da Globo. Naire está produzindo vídeos lindíssimos, para mim e vários outros artistas, e para ele mesmo. Para o futuro preparar mais canções, esperando que chegue ao coração de um maior número de pessoas no mundo inteiro. É um projeto de todo artista para o futuro, não somente o meu.

32) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Carlos Menezes: [email protected]

Canal: https://www.youtube.com/@CarlosEduardoMenezes-vj3ky

Almoço: https://youtu.be/GulB1CKZg5c?feature=shared

O Sinal (II Segnale) Carlinhos Menezes & Renato Castelo – PRODUÇÃO DE VÍDEO: NAIRE SIQUEIRA: https://www.youtube.com/watch?v=-bqS-LvIJDY

STIMATA RAGAZZA (Estimada Moça) de NAIRE E JULIANA VERAS: https://www.youtube.com/watch?v=9UpwzN928aQ

Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=la64aZaHR94&list=PLtQ9UQBwHIOqiW1mru4EtAqJmLGrBEHxi

Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=i0xRf-tZy7Q&list=PLtQ9UQBwHIOpU8bAhZIeejbbGvgs3v8lu

COR, PALAVRA, SOM (Carlos Menezes e Sueli Correa) – Jane Duboc: https://www.youtube.com/watch?v=QE5Q-8MM6vY

Namoro (Carlos Menezes e Antonio Carlos de Melo) – Jane Duboc: https://www.youtube.com/watch?v=y83dXZrkHXU

TIÊ SANGUE – TADEU FRANCO (Carlos Menezes e Luiz Duarte) – Tadeu Franco: https://www.youtube.com/watch?v=04BfsoPEx78


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.