O cantor e compositor carioca radicado em Brasília Beto Dourah ao longo de 30 anos de carreira, lançou cinco álbuns autorais, além de vários singles, quatro coletâneas e 1 DVD. Entre seus principais parceiros estão Ivan Lins, Jorge Vercillo, Telo Borges e Paulinho Pedra Azul.
Realizou diversas turnês com shows pelo Brasil entre 2000 e 2019. Em 2015 realizou turnê na Europa, com shows no Mox e Festival Murszene em Graz/Áustria, no Regen Live, como única atração brasileira do Festival Internacional de Jazz em Viena/Áustria, também realizou shows na cidade de Salzburg/Áustria além do Festival Internacional de Samba em Coburg/Alemanha. “Desafio”, música de Dourah e Jorge Vercillo, faz parte do CD “Vida é Arte”, de Vercillo, e é tema do longa-metragem “Entreturnos”, coprodução do Canal Brasil. Também em 2015, compôs e gravou com o parceiro Ivan Lins a música “Nas Ruas” que está na programação de diversas rádios pelo Brasil.
Em parceria com o músico multi-instrumentista e produtor musical Fernando Palau, assinou diversas trilhas sonoras para cinema, destacando-se dentre elas as trilhas para o longa-metragem Entreturnos e para o curta-metragem Sombras do Tempo, vencedores de inúmeros prêmios em diversos países das Américas e Europa.
Em 2021 realizou mais uma produção com o parceiro Fernando Palau para a trilha sonora do filme e também da minissérie ‘Chamada a Cobrar’. Em 2023, Dourah e Fernando Palau produziram as trilhas dos filmes Areia e Serena, a Onda Que o Mar Me Trouxe. Todas as obras são de autoria do premiado diretor e roteirista Edson Ferreira.
DEIXA O CORAÇÃO FALAR (2014) dá nome ao seu primeiro DVD ao vivo, com participações de Ive e Jorge Vercillo, O texto de apresentação é assinado por Ivan Lins: “Brasília tem sido berço de talentosos músicos, compositores e intérpretes. Tem dado à música brasileira belas pérolas em todos os gêneros, como este cantautor, Beto Dourah. Em belos momentos deste DVD podemos conferir essa realidade. Bem-vindo Beto!”
Após licenciado para o Canal Brasil entre 2014 e 2017 com exibições periódicas mensais, atualmente o mesmo show é exibido com exclusividade na grade de programação do Canal Music Box Brasil.
Atualmente Beto Dourah está produzindo seu novo álbum em seu próprio estúdio – Quarto Crescente – inaugurado em fevereiro de 2021. No primeiro semestre de 2021 foram produzidos no Quarto Crescente e lançados pela distribuidora Tratore e pelo Selo Tambaqui Records os singles Canção de Amor (Beto Dourah e Telo Borges), Joia Rara, Sete Vidas (Beto Dourah e Vinicius Roncato) e a instrumental Quarto Crescente (Beto Dourah).
Em 2022 foram lançados os singles Anja (Beto Dourah), a versão com letra da música Quarto Crescente (Beto Dourah e Thiago Jamelão), Valsa Leve (Beto Dourah e Paulinho Pedra Azul), Cartas de Amor (Beto Dourah e Erasmo Dibell) e Bem-Vindo Sol (Beto Dourah e Thiago Jamelão). Beto Dourah encontra-se em fase de produção dos singles Monte Carmelo (Beto Dourah e Nema Antunes) e Nobreza de Reis (Beto Dourah).
Segue abaixo entrevista exclusiva com Beto Dourah para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 03.05.2024:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Beto Dourah: Nasci no dia 24 de outubro no Rio de Janeiro – RJ. Registrado como Carlos Alberto Menezes da Silva.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música?
Beto Dourah: Por influência de meu saudoso pai (Edson) que costumava ouvir seus LPs na radiola durante os almoços da família aos domingos. Ouvíamos Ray Charles, Steve Wonder, Ray Conniff, Paul Mauriat, Lisa Minelli, Barbra Streisand, Frank Sinatra, Nat King Cole, dentre outros.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Beto Dourah: Sou músico autodidata, aprendi a tocar violão aos 15 anos de idade. Sou formado em Tecnologia da Informação e pós-graduado em Marketing Digital.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Beto Dourah: Todas as minhas influências foram, são e sempre serão super importantes para mim. Minhas principais influências foram: Ray Charles, Sade Edu, Michael Jackson, Michel Legrand, Seal, Sting, Vangelis, Jam Michel Jarre, Maurice Jarre, Barbra Streisand, Frank Sinatra e vários outros, no Brasil, Cassiano, Hyldon, Ed Mota, Ivan Lins, Djavan, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Tom Jobim, Edu Lobo, Vinícius de Moraes, Djavan, todos os integrantes do lendário Clube da Esquina (Beto Guedes, Lô Borges, Milton Nascimento) e os músicos mineiros Paulinho Pedra Azul, Flávio Venturini, Marcos Viana, O Sagrado Coração da Terra, dentre outros.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Beto Dourah: Nos anos 70 em Brasília – DF, influenciado pelos Concertos Para a Juventude da Orquestra Sinfônica de Brasília que se apresentava na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro, sempre aos domingos às 10 horas da manhã.
Eu costumava ir com meu pai (Edson), que foi um apaixonado por música orquestrada e também porque o colégio no qual eu estudava, adicionava um ponto na média mensal para os alunos que comparecessem aos quatro concertos mensais. Depois, participando de festivais de música nos anos 70 e 80.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Beto Dourah: Dez álbuns: Destino (1994), Lado Zen (1998), Hoje à Noite (2001), Sorte (2006), Trilha sonora do filme ‘Sombras do Tempo’ (2012), Deixa o Coração Falar / DVD e CD ao vivo (2014), Trilha Sonora do longa-metragem ‘Entreturnos’ (2014), Trilha sonora do longa-metragem A Serena Onda Que o Mar Me Trouxe’ (2023), Joia Rara (álbum duplo/2024), 24 singles, 4 Coletâneas.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Beto Dourah: Meu estilo musical é World Music.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Beto Dourah: Estudei Técnica Vocal Prática durante um ano.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Beto Dourah: Estudar técnica vocal é fundamental, o cantor que não recebe instruções sobre como utilizar a voz corre sérios riscos de adquirir vícios que podem acarretar em sérios problemas nas pregas vocálicas como calo por exemplo.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Beto Dourah: Ray Charles, Steve Wonder, Ray Conniff, Paul Mauriat, Lisa Minelli, Barbra Streisand, Frank Sinatra, Nat King Cole, Ray Charles, Sade Edu, Michael Jackson, Michel Legrand, Seal, Sting, Vangelis, Jam Michel Jarre, Maurice Jarre, Barbra Streisand, Frank Sinatra, Cassiano, Hyldon, Ed Mota, Ivan Lins, Djavan, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Tom Jobim, Edu Lobo, Vinícius de Moraes, Djavan, Beto Guedes, Lô Borges, Milton Nascimento, Paulinho Pedra Azul, Flávio Venturini, Marcos Viana, O Sagrado Coração da Terra, Elis Regina, Gal Costa, Maria Betânia, Joss Stone, Ninah Jo, Seu Jorge, Jorge Vercillo (meu parceiro musical e amigo), dentre outros.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Beto Dourah: Não tenho uma fórmula pré-definida, a composição pra mim vem de forma intuitiva, intuída, sem planejamentos, sempre pura inspiração e transpiração.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Beto Dourah: Ivan Lins, Jorge Vercillo, Telo Borges, Erasmo Dibell, Vivian Lus, Paulinho Pedra Azul, Jota Maranhão, Júnior Meirelles, Márcio Proença, Vinicius Roncato.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Beto Dourah: Tem seus prós e contras! A escolha entre seguir uma abordagem independente ou procurar uma gravadora depende dos objetivos e preferências individuais. Como artista independente é possível ter controle total sobre sua música, imagem e carreira. Não há interferência de uma gravadora na criatividade ou decisões artísticas. Ao evitar contratos com gravadoras, é possível conter uma maior parte dos ganhos.
As receitas de vendas, streaming e apresentações ao vivo vão diretamente para o dono da obra e do fonograma, em vez de passar por várias camadas de intermediários. É possível construir uma relação mais direta com os fãs através das redes sociais, e-mails e demais plataformas. Em contrapartida, na condição artista independente, o artista pode enfrentar limitações financeiras para gravação, produção, marketing e turnês. Isso pode afetar a qualidade e a visibilidade do trabalho.
Gravadoras oferecem equipes de profissionais experientes em promoção, marketing, distribuição e gestão de carreira. Como independente, é preciso aprender e lidar com esses aspectos sozinho ou contratar profissionais independentes, pode ser mais difícil atrair a atenção de grandes públicos, incluir uma música nas principais plataformas de streaming e em lojas físicas pode ser um desafio, enquanto as gravadoras muitas vezes têm conexões estabelecidas.
Ser um artista independente muitas vezes significa ter que lidar com várias tarefas, desde a criação musical até questões de negócios. A decisão de seguir uma carreira musical de forma independente ou assinar com uma gravadora depende da visão de cada um, metas e preferências pessoais. Alguns artistas começam independentes e depois assinam com gravadoras quando têm mais visibilidade, enquanto outros preferem permanecer independentes ao longo de suas carreiras.
Em 1998 eu assinei com a gravadora Outros Brasis, para distribuição do meu segundo álbum, o Lado Zen. Foi uma experiência interessante, pois naquela época não existia facilidades de distribuição através da internet, como atualmente. Um ano após voltei a ser independente e assim estou até hoje.
14) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Beto Dourah: A internet tem sido uma ferramenta transformadora para a indústria da música, proporcionando oportunidades significativas, mas também apresenta desafios, permite que artistas independentes alcancem audiências globais sem depender de intermediários, o que aumenta as oportunidades de exposição e criação de fãs em todo o mundo.
Plataformas de mídia social, sites de streaming e plataformas de distribuição digital permitem que artistas promovam sua música de forma independente, alcançando diretamente seu público-alvo. Ferramentas online e redes sociais oferecem opções acessíveis para promoção, marketing e distribuição, reduzindo a necessidade de grandes investimentos iniciais. As redes sociais proporcionam uma interação direta entre os artistas e seus fãs, criando uma comunidade mais envolvente e leal.
Plataformas de streaming e redes sociais também funcionam como ferramentas de descoberta de novos talentos, permitindo que artistas sejam encontrados por gravadoras, agentes e fãs. Em contrapartida, a facilidade de distribuição online pode resultar em uma saturação do mercado, tornando difícil para os artistas se destacarem entre a grande quantidade de música disponível.
A prevalência de serviços de streaming que oferecem músicas gratuitas ou a preços muito baixos pode levar à desvalorização da música, tornando mais difícil para os artistas ganharem dinheiro com suas criações. Outra questão prejudicial é a pirataria! A internet facilita a disseminação não autorizada de música, o que pode levar à perda de receita.
Acredito que perdemos muito com os serviços de streaming, especialmente se comparado com as receitas tradicionais de vendas de álbuns físicos. Para ter sucesso online, enfrentamos diversas barreiras, como marketing, promoção, gestão de redes sociais, etc. Em resumo, a internet oferece uma série de oportunidades, mas também apresenta muitos desafios.
15) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Beto Dourah: O acesso à tecnologia de gravação em home estúdio trouxe várias vantagens e desvantagens. A configuração de um home estúdio pode ser mais acessível do que alugar um estúdio profissional, o que me permite gravar e produzir com um orçamento mais modesto.
Ter um home estúdio me possibilita um controle total sobre o processo de gravação. É possível experimentar sons, arranjos e técnicas de produção sem pressões externas, sem restrições de tempo, com a flexibilidade de trabalhar em horários convenientes, sem a necessidade de agendar períodos em estúdio comercial.
O uso de tecnologias de gravação em casa incentiva a nós músicos o aprendizado sobre engenharia de áudio e produção musical. Com um home estúdio, os músicos podem experimentar e fazer alterações rapidamente, acelerando o processo criativo e permitindo ajustes instantâneos.
Porém, existem também limitações e pequenos problemas que precisam ser administrados, como limitação de equipamentos, por exemplo. Em comparação com estúdios profissionais, os equipamentos em home estúdio podem ter limitações em termos de qualidade.
Outro inconveniente é o fato de que, em um ambiente de home estúdio, normalmente não existe tratamento acústico o que pode, eventualmente, sofrer interferências por ruídos indesejados, como tráfego, vizinhos barulhentos, etc. A flexibilidade de gravar a qualquer momento também pode se tornar um problema na questão da administração do tempo, de forma a se tornar difícil estabelecer limites entre trabalho e vida pessoal.
Em resumo, o acesso à tecnologia de gravação em home estúdio oferece uma série de benefícios, especialmente para artistas independentes, mas também apresenta desafios que precisam ser superados para garantir gravações de qualidade.
16) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Beto Dourah: Revelações Musicais nas Últimas Décadas: Lenine com sua mistura de MPB, música popular nordestina e outros estilos, ele se destacou como uma das mais importantes vozes inovadoras na cena musical brasileira contemporânea.
Emicida que é uma figura proeminente no RAP brasileiro que ganhou destaque pelas suas letras impactantes e estilo autêntico. Liniker e os Caramelows: Liniker, com sua banda Os Caramelows, trouxe uma sonoridade diversa e uma abordagem única para a música brasileira, incorporando elementos de soul, FUNK e R&B, estilos que particularmente aprecio demais!
Anavitoria, o duo me conquistou com suas músicas folk-pop, combinando harmonias cativantes com letras poéticas. Também são super melódicas, com timbres extremamente cativantes.
Artistas com Obras Consistentes: Caetano Veloso e Gilberto Gil: Duas lendas da MPB! Continuam a produzir música de alta qualidade, explorando novas sonoridades enquanto mantêm fidelidade a essência. Maria Bethânia: cada ano melhor! Ao longo das décadas tem mantido uma carreira consistente, com sua poderosa voz e interpretação única. Chico Buarque: dono de habilidade poética e musical incríveis, permanece como minha influência constante.
A avaliação sobre quais artistas regrediram é subjetiva e depende das preferências individuais. Alguns podem argumentar que determinados artistas perderam a originalidade ao longo do tempo, enquanto outros podem enxergar evolução na sonoridade. É importante dizer que a música é uma forma de expressão artística e, como tal, está sujeita a interpretações diversas. Considero excelente o fato de o cenário musical brasileiro continuar a ser dinâmico, com uma mistura de estilos tradicionais e inovações contemporâneas. Novos artistas continuam a surgir e isso é maravilhoso. Assim a cena musical brasileira se mantém em constante renovação.
17) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Beto Dourah: Embora a genética e fatores biológicos possam influenciar a predisposição para certas habilidades musicais, é importante reconhecer que o desenvolvimento musical também envolve prática, educação e experiência. A definição do “dom musical” pode variar de acordo com diferentes perspectivas.
Algumas pessoas parecem ter uma facilidade natural para entender e reproduzir padrões musicais, ritmo, melodia e harmonia, sem uma educação formal acadêmica. Outro aspecto do dom musical pode ser uma sensibilidade auditiva aguçada, uma percepção mais refinada de nuances musicais, tonalidades, dinâmicas, etc.
Algumas pessoas têm uma habilidade natural para tocar instrumentos ou cantar com coordenação motora e controle vocal desde cedo. Mesmo para aqueles que têm um dom musical natural, a prática e a educação continuada têm papel crucial no desenvolvimento e aprimoramento das habilidades. Mesmo aqueles sem um “dom” percebido podem alcançar alto nível de profissionalismo com dedicação, treinamento e disciplina.
Além disso, a música é uma forma de expressão artística diversificada, e diferentes pessoas podem ter talentos em áreas específicas, como composição, improvisação, produção musical, entre outras. O conceito de “dom musical”, portanto, pode se manifestar de maneiras diversas em indivíduos.
18) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Beto Dourah: É uma forma de expressão artística, sem a necessidade de partituras ou planos predefinidos. É a improvisação e criatividade espontâneas com um “diálogo” espontâneo entre os músicos permitindo uma ampla margem para a expressão pessoal.
Em muitas situações de improvisação, os músicos estão envolvidos em um diálogo musical, respondendo e interagindo uns com os outros de maneira fluida, permitindo a exploração de diferentes sonoridades, escalas, ritmos e técnicas, oferecendo uma oportunidade para a experimentação musical.
Embora a improvisação envolva uma dose significativa de criatividade, músicos muitas vezes baseiam suas improvisações em habilidades técnicas, conhecimento teórico e familiaridade com o vocabulário musical do gênero em que estão atuando.
Improvisação é risco e coragem, já que os músicos podem não saber exatamente para onde a música os levará. No entanto, esse risco também pode resultar em momentos musicais únicos.
19) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Beto Dourah: Existe! É fundamental estudar, contudo, a improvisação musical é fato!
20) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Beto Dourah: A improvisação permite uma expressão musical mais pessoal, permitindo que os músicos explorem seu próprio estilo e voz. Improvisar, aprimora a habilidade auditiva, auxilia o aprendizado das escalas, acordes e padrões musicais de forma mais intuitiva e espontânea, mas, acima de tudo, é importantíssimo que os músicos tenham uma sólida compreensão teórica e técnica de música, escalas, acordes e estruturas harmônicas.
Em resumo, o ensino e a prática da improvisação musical muitas vezes envolvem um equilíbrio delicado entre liberdade criativa e uma compreensão dos fundamentos musicais.
21) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Beto Dourah: O estudo de harmonia musical é fundamental para compreender a construção e a organização dos acordes, progressões harmônicas e relações tonais na música.
22) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Beto Dourah: Nunca paguei jabá para ter minhas músicas tocadas em rádios. Obviamente que sabemos da existência desta prática desde sempre. Apesar de nunca ter aderido a essa prática, tive e tenho o privilégio de ter minhas músicas em programações de rádios convencionais no Brasil e no exterior.
23) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Beto Dourah: Sugiro que dedique tempo para aprimorar suas habilidades musicais. Isso inclui prática regular, estudo de teoria musical, aperfeiçoamento técnico no seu instrumento ou voz, descobrir e desenvolver identidade musical própria, considerando sempre a possibilidade de educação formal em música, se possível.
Cursos, workshops e aulas podem fornecer conhecimentos valiosos, além de oportunidades para networking, use as plataformas digitais para construir uma presença online. Crie perfis em redes sociais, compartilhe suas músicas em plataformas de streaming. A colaboração pode enriquecer sua experiência musical e abrir portas para novas oportunidades.
Trabalhe com outros músicos, participe de projetos colaborativos e esteja aberto a diferentes perspectivas. Toque em shows locais, participe de eventos ao vivo para ganhar experiência de palco. Isso também é uma oportunidade para construir uma base de fãs e fazer networking na cena musical local. Gravações de alta qualidade são essenciais para promover sua música.
Considere investir em um home estúdio ou trabalhar com profissionais de gravação para garantir que suas músicas tenham uma boa produção. A carreira musical pode ser desafiadora, com altos e baixos. A perseverança e a resiliência são essenciais para superar obstáculos e continuar progredindo. Entenda o lado comercial da indústria musical.
Familiarize-se com contratos, direitos autorais, marketing e gestão de carreira para tomar decisões informadas e assertivas. A indústria musical está sempre mudando. Esteja aberto a aprender novas habilidades, explorar novas tendências e evoluir como artista ao longo do tempo, o caminho para uma carreira musical bem-sucedida pode ser único para cada pessoa. Seja persistente e, acima de tudo, continue apaixonado pela música.
24) RM: Festival de Música revela novos talentos?
Beto Dourah: Com certeza! Grandes nomes da música contemporânea foram descobertos nos grandes festivais de música!
25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Beto Dourah: A crítica musical na mídia pode ajudar a moldar opiniões sobre álbuns e artistas e oferece uma perspectiva crítica para discussões sobre a qualidade e a inovação na música. A mídia muitas vezes se concentra em gêneros musicais populares e artistas mainstream, o que pode resultar em uma falta de representação para músicos que exploram estilos menos comerciais, mais sofisticados ou alternativos.
A ênfase excessiva em determinados estilos ou artistas pode moldar as preferências musicais do público, influenciando as tendências e deixando outros estilos em segundo plano. Muitas vezes, artistas independentes podem enfrentar dificuldades para obter cobertura significativa na mídia mainstream, o que pode limitar suas oportunidades.
26) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Beto Dourah: SESC e SESI há muitos anos vem desempenhado um papel crucial na promoção e difusão da cultura em diversas áreas, incluindo música. Eles organizam uma variedade de eventos, como shows, festivais e workshops, proporcionando espaço para artistas se apresentarem e para o público apreciar diferentes expressões musicais em sua grande maioria com ingressos a preços acessíveis!
O Itaú Cultural também tem sido um importante agente na promoção da cultura e arte no Brasil. Eles apoiam projetos culturais, realizam exposições, promovem exposições e oferecem espaço para uma variedade de expressões artísticas, incluindo a música.
Em geral, no entanto, como em qualquer instituição, há desafios e limitações, e a qualidade da experiência cultural pode variar dependendo de fatores como região, orçamento e abordagem curatorial. Editais oferecidos constantemente por estas instituições. É preciso permanecer atentos e prontos para envio de projetos e propostas.
27) RM: Quais os seus projetos futuros?
Beto Dourah: Após o lançamento do álbum duplo “Joia Rara” (31/01/2024), daremos continuidade a turnê em comemoração aos 30 anos de minha carreira discográfica, “Destino”, o primeiro álbum, foi lançado em 1994. A turnê iniciou em novembro de 2023 com show no Teatro Brasília. Seguiremos por várias capitais brasileiras e alguns países europeus.
28) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Beto Dourah: Contato para shows: (61) 98185 – 4202 – Tambaqui Records: [email protected] | Plano b Produções: [email protected]
Instagram: https://www.instagram.com/betodourahoficial
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Beto Dourah – Deixa o Coração Falar – Videoclipe oficial: https://www.youtube.com/watch?v=NKUjAv6Q-f0
Playlist Geral: https://www.youtube.com/watch?v=rV7y__R_WSI&list=PL63479E67D62E6866
Playlist Show Parceiros: https://www.youtube.com/watch?v=mtaTbi4JCSs&list=PLr8fNCeKJDScURd9wl73Py76syI_vLTux
Que legal. Beto é demais!!