Jay-Ho é uma banda de reggae formada no município de Itapecerica da Serra/SP. Teve seu início em 2016, quando Felipe Ferreira (Guitarra), Luan Garcia (Bateria) e Diego Monzine (Baixo), se reuniram para uma conversa, e decidiram juntos, dar início a uma nova banda. O Nome Jay-Ho possui um apelo muito especial, retirado da filosofia hindu e presente na cultura indiana, significa “A VITÓRIA ESTÁ EM VOCÊ“, além da sonoridade da palavra, o seu significado é muito forte e vai de encontro a nossa mensagem. VOCÊ PODE. VOCÊ VENCE. BASTA ACREDITAR EM SI MESMO. O som tem referências distintas dentro do estilo reggae, passeamos entre o RAGGA, DUB, SKA e RAP.
Entre idas e vindas de integrantes e posteriormente com a chegada de Aldo Munõz (Vocal), Wagner Rufino (Percussão), Tiago Rocha (Guitarra) e Sidnei Honório (Teclados), completam o time que hoje é a Jay-Ho.
Com um pouco mais de um ano desde o início da carreira, a banda já havia realizado diversos shows regionais e com a bagagem adquirida, decidiu partir para o estúdio e gravar o seu primeiro single, intitulado Crime Social, lançado em março de 2018. Um pouco mais tarde, inicia a gravação de mais 4 músicas, dessa vez contando também com a ajuda e coprodução de João Paz (Mato Seco).
O ano de 2019 tem sido um divisor de águas, onde a banda começa a mostrar a sua cara de fato, lançando em março, o seu primeiro webclipe da música Crime Social e em julho, o seu segundo single Pegada Jay-Ho, que fala um pouco da essência da banda e suas influências. Também teve a oportunidade de dividir palco, abrindo shows para bandas consagradas dentro do cenário nacional como DUCASCO, MATO SECO, PONTO DE EQUÍLIBRIO, ADÃO NEGRO além da consagrada banda jamaicana ISRAEL VIBRATION.
Em 2020, a banda inicia os trabalhos no show de retorno do Circuito Reggae, um dos movimentos de maior expressão no cenário reggae nacional e segue trabalhando na criação de novos sons e muito em breve lançará mais um webclipe e novas músicas, deixando assim, pouco a pouco a sua marca registrada no cenário reggae brasileiro.
Segue abaixo entrevista com a banda Jay-Ho para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 01.05.2020:
01) Ritmo Melodia: Qual a data de nascimento e cidade natal dos membros da banda Jay-Ho?
Banda Jay-Ho: Aldo Munõz: nasci no dia 13.07.1984 – Santiago, Chile.
Diego Monzine: nasci no dia 20.02.1989 – Itapecerica da Serra, SP.
Luan Garcia: nasci no dia 26.11.1991 – Itapecerica da Serra, SP.
Tiago Rocha: nasci no dia 30.08.1990 – São Paulo, SP.
Felipe Ferreira: nasci no dia 22.06.1986 – Embu das Artes, SP
Sidnei Honório: nasci no dia 09.06.1990 – Embu das Artes, SP.
Wagner Rufino: nasci no dia 21.04.1973 – São Paulo, SP
02) RM: Como foi o primeiro contato dos membros da banda com a música.
Banda Jay-Ho: Na Jay-Ho isso é meio que unânime, todos nós começamos a aprender um instrumento musical por influência de amigos e familiares, posteriormente cada um foi se aprofundando e tomando gosto pela música.
03) RM: Qual a formação musical e acadêmica fora música dos membros da banda?
Banda Jay-Ho: A formação musical de cada um, basicamente é ser curioso, na banda, a maioria começou a aprender a tocar de forma autodidata, posteriormente alguns tiveram a oportunidade de estudar teoria musical por um período e somente o Wagner Coruja (percussão) que chegou a se aprofundar um pouco mais, tocando por muitos anos na escola de música, EMESP Tom Jobim.
04) RM: Quais as influências musicais no passado e no presente dos membros da banda? Quais deixaram de ter importância?
Banda Jay-Ho: Antes do reggae, já tocamos outros estilos musicais como Rock, Sertanejo, Forró… Naturalmente esses estilos deixam de ter relevância hoje em dia, porém não significa que essas experiências tenham sido em vão, muito do que foi aprendido em outros estilos, pode ser aplicado no reggae e isso é até bom de certa forma, pois cria-se uma identidade. Atualmente, a maioria de nós busca referências dentro do estilo, como Bob Marley, Israel Vibration, Peter Tosh, Leões de Israel e bandas da atualidade, como Mato Seco, Ponto de Equilíbrio entre outras, são referências muito boas que nós acompanhamos com um olhar mais atento.
05) RM: Quando, como e onde começou a carreira musical da banda? E qual o significado do nome da banda?
Banda Jay-Ho: A banda teve início em meados de novembro de 2016, no município de Itapecerica da Serra – SP. O nome da banda vem da filosofia Hindu e significa “A vitória está em você” que inclusive, se tornou o slogan da banda e vai de encontro ao que nós acreditamos, você pode, você vence, basta acreditar em si mesmo.
06) RM: Quantos discos lançados?
Banda Jay-Ho: Atualmente trabalhamos no nosso primeiro EP e utilizamos uma estratégia que pode ser adversa a muitos, lançamos uma música por vez e trabalhamos a divulgação de música por música, de forma individual. Temos já lançadas 4 músicas, que são elas: “Crime Social”, lançada em 2018 e posteriormente ganhou também um webclipe. Em 2019, lançamos a música “Pegada Jay-Ho” que fala do significado da banda e suas influências e também a música “Como já deveria estar” que tem uma levada SKA e é uma das mais queridas do público. Nosso lançamento mais recente é a música “Só Jah”, que vem com uma proposta mais espiritual, uma composição que fala de fé e esperança, lançada neste ano de 2020.
07) RM: Como define o estilo musical da banda dentro da cena reggae?
Banda Jay-Ho: Difícil definir um estilo, temos influências no reggae, RAP, rock, mpb e tentamos pegar essas influências e levar para o nosso som, criando algo totalmente novo. O resultado é o que é… Falamos de protesto, de amor, fé, esperança.
08) RM: Quais os cantores e cantoras que vocês admiram?
Banda Jay-Ho: São muitos, mas podemos citar como principais referências, Leões de Israel, Mato Seco, Jorge Benjor, Maneva, Ponto de Equilíbrio, entre muitos outros.
09) RM: Como é o processo de composição musical dentro da banda? Quem faz a letra e melodia?
Banda Jay-Ho: Não temos um processo definido, é muito do momento… As primeiras músicas quem escreveu foi o Luan Garcia (bateria), e todo mundo foi ajudando, criando uma linha melódica, uma base, até que as músicas criaram corpo para finalmente sair do papel. Sempre que alguém chega com uma letra nova nós ouvimos bastante, pra chegar com uma ideia que agregue pra depois juntar e aos poucos ir fazendo o som.
10) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Banda Jay-Ho: Falando dos prós, há total liberdade na tomada de decisões, em tudo, o artista é seu próprio empresário, produtor, agente, promoter. Por outro lado, tudo isso cedo ou tarde toma um tempo demasiado e conciliar as duas coisas, música e a administração da carreira pode se tornar um grande obstáculo.
11) RM: Quais as ações empreendedoras que vocês praticam para desenvolverem a carreira musical?
Banda Jay-Ho: Além de músicos, cada um na banda tem a sua profissão, temos designer, publicitário, administrador, programador, um futuro engenheiro e utilizamos dessa expertise que cada um tem e aplicamos isso na banda. Encaramos a banda como uma empresa, onde cada um tem o seu papel, como músico e sócio. Utilizando disso, nós procuramos inovar sempre, desde o cartão de visitas até aquele contato mais direto com o público, através das redes sociais.
12) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento da carreira musical?
Banda Jay-Ho: Antigamente não existia esse fácil acesso à música, era necessário adquirir a mídia física (Vinil ou CD) e ter um aparelho para reproduzir, o que dificultava o acesso a muitos. No entanto, com o avanço da tecnologia e da internet como ferramenta, praticamente todo mundo pode ter acesso ao conteúdo, basta ter um smartphone e pronto. A internet também quebrou barreiras, sendo possível se conectar com um fã que está em outro estado, sem estar necessariamente presente fisicamente, isso é uma vantagem e tentamos tirar o melhor proveito disso.
13) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (Home Studio)?
Banda Jay-Ho: Não há muita desvantagem, hoje o artista/músico precisa saber minimamente um pouco de produção musical e o Home Studio, pode vir a ser um ambiente de criação e testes, vai da criatividade. Enxergamos isso com bons olhos.
14) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Banda Jay-Ho: Das situações citadas, já passamos por todas, sem exceção (risos). É um processo de aprendizado e a melhor forma de evoluir como artista e músico é fazendo no dia a dia, enfrentando diferentes públicos, ambientes, etc. Tem uma história interessante de um show que nós fizemos em 2018, em uma casa na zona Sul de São Paulo… Estávamos tocando e acabou a energia no meio da música, porém a vibe do show estava tão lá em cima que a galera não parou de cantar e o som seguiu somente na bateria e percussão, com todo o público segurando na voz! Foi incrível… Alguns instantes depois a energia retornou e seguimos com a música, pareceu até ensaiado de tão perfeito que ficou.
15) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Banda Jay-Ho: Na banda, todos levamos a música como um momento de descontração e alegria, é o momento em que nós nos divertimos e procuramos transmitir sempre esse sentimento, em cada acorde. A nossa maior alegria é receber o carinho dos fãs, saber que a nossa música está conectando e fazendo sentido para quem as escuta, isso é muito gratificante e nos mantém firmes nessa caminhada.
16) RM: Nos apresente a cena musical na cidade que vocês moram?
Banda Jay-Ho: Embora a banda seja de Itapecerica da Serra – SP, temos muitas cidades nos arredores, como Taboão da Serra e Embu das Artes, onde tem bandas regionais incríveis, como Quinta Rasta, Wellington Augusto, Semente Divina, Social Rhutis, Frutos da Resistência… Enfim, há várias bandas na cena local e com certeza não vamos lembrar de todos. Pedimos perdão aos que não foram citados.
17) RM: Quais os músicos ou/e bandas da cidade que vocês moram que recomendam ouvir?
Banda Jay-Ho: O pessoal do Quinta Rasta vem desenvolvendo um trabalho bem próximo do nosso e está na mesma pegada, também tem o Wellington Augusto que inclusive já teve banda com a maioria dos integrantes da Jay-Ho e vem desenvolvendo um trabalho de qualidade.
18) RM: Vocês acreditam que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Banda Jay-Ho: Em outro momento, acreditávamos que não, porém temos conseguido alguns espaços em programas de rádios para apresentar o nosso trabalho. Acreditamos que seja só uma questão de construir um trabalho sólido e contínuo que mais cedo ou mais tarde se colherá os frutos.
19) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Banda Jay-Ho: Diríamos que não é fácil, mas como em qualquer carreira que se queira exercer, é preciso planejamento e consistência. O mais importante é ter perseverança para superar os momentos de crise e seguir em frente, focado no objetivo.
20) RM: Como vocês analisam a relação que se faz da música reggae com o uso da maconha?
Banda Jay-Ho: Essa associação é muitas vezes chega a causar certo incômodo. Quando falamos para alguém que tocamos reggae, a maioria automaticamente faz a associação a erva. Mas se voltarmos às origens do reggae, o uso da erva já era bem comum naquele tempo pelos cantores da época e alguns até defendiam o uso da mesma em suas letras. Hoje isso não é muito diferente, existem bandas da atualidade que também falam sobre. Já aconteceu de contratante adorar o som da banda na negociação e na hora de fechar o show, vem a pergunta: “Mas e seu público? Fuma muita maconha?” ou seja, o contratante fez a associação do reggae com a erva. Acreditamos que esses rótulos são muitas vezes colocados de maneira infundada, não dá para generalizar.
21) RM: Como você analisa a relação que se faz da música reggae com a religião Rastafari?
Banda Jay-Ho: Para nós é bem tranquilo, não somos adeptos à religião rastafari, porém há quem defenda que são coisas completamente diferentes.
22) RM: Você usa os cabelos dreadlock. Você é adepto a religião Rastafari?
Banda Jay-Ho: O nosso guitarrista, Tiago Rocha, utiliza dreadlocks, porém nenhum de nós é adepto a religião rastafári.
23) RM: Alguns adeptos da religião Rastafari afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como vocês analisam tal afirmação?
Banda Jay-Ho: Nunca presenciamos ninguém fazendo afirmações do tipo, o reggae se popularizou bastante e surgiram várias vertentes dentro desse estilo, acreditamos que toda forma de expressão é válida, desde que se mantenha o respeito na mensagem que queira passar.
24) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?
Banda Jay-Ho: Acho que é uma coisa de ciclo, existem gêneros musicais que tem maior destaque em determinados momentos, outros menos e essa roda está sempre girando.
25) RM: Quais os prós e contras de fazer um show usando o formato Sound System (base instrumental sem voz)?
Banda Jay-Ho: É uma boa opção para quem não tem banda formada, mas quer mostrar o seu som, neste aspecto é uma vantagem para alguns artistas, porém, como apresentação ao vivo, pode deixar um pouco a desejar.
26) RM: Vocês já atuaram como “Banda de Apoio” para algum artista?
Banda Jay-Ho: Já houveram propostas do tipo, porém estamos focados no nosso projeto no momento.
27) RM: Quais os seus projetos futuros?
Banda Jay-Ho: Continuar produzindo mais e mais conteúdo e seguir por ai fazendo shows.
28) RM: Quais os seus contatos para show e para os fãs?
Banda Jay-Ho: (11) 98250 – 0095 – Tiago Rocha | [email protected] | www.bandajayho.com.br
| Canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCnUoWx2wSHZz3Tw3E0oCHTw
| CLIPE – CRIME SOCIAL – BANDA JAY-HO:
https://www.youtube.com/watch?v=mN2fPzD4UGI
| Pegada Jay-Ho: https://www.youtube.com/watch?v=3N2Zr3szc4U
| Como já deveria estar: https://www.youtube.com/watch?v=WzimtXCsrfA
| Só Jah – https://www.youtube.com/watch?v=PSF4tiqBHpI
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