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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Banda Brasilifolk

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Com som diferenciado, banda Brasilifolk mistura ritmos e instrumentos em músicas inéditas na Baixada Santista.

Um psicólogo, um produtor musical e um músico uniram o que têm em comum, o talento e o amor pela música, e formaram a Brasilifolk, banda que mistura banjo, violão, kazoo (instrumento de sopro) e percussão, em um estilo próprio e diferenciado, que traz ao palco os ritmos folk e country.

A banda santista, liderada pelo vocalista Dani Ramos, tem como meta trazer esta identidade musical para o Brasil. “Isso surgiu da necessidade de aliar nosso estilo de compor e cantar a um projeto que expandisse a musicalidade como um todo”, explica Ramos.

Em 2014, Dani Ramos esteve na Flórida (EUA) e viu um conjunto de folk tradicional tocando na rua: “Foi quando me encantei. Disse para mim mesmo que iria trazer esse estilo para minha vida. Em 2020, eu, que sempre toquei, senti a necessidade de uma identidade musical mais forte. Vi neste estilo uma espécie de ‘chamado’, desde as linhas melódicas, as letras, os timbres das vozes e dos instrumentos. Tudo se encaixou no estilo que eu procurava”.

Com a pandemia do covid-19, músicos tiveram de sair dos palcos, e sofreram pela falta de shows. Dani explica que, como a banda foi formada justamente em 2020, apenas há pouco tempo, as oportunidades estão começando a surgir, já que, com a vacinação e a queda no número de mortes, o Brasil está vivendo esta fase de retomada. “Temos tocado e sentido um retorno muito bacana das pessoas que estão conhecendo nosso som. O que queremos é ter a oportunidade de levá-lo para outros espaços de Santos e Região. Estamos correndo atrás disso”.

Brasilifolk foi formada em 2020 pelos músicos Daniel Ramos (voz, violão, banjo e kazoo), Netinho Instrumentista (banjo) e André Mexicano (baixo).

Os ritmos country e folk (gênero musical que surgiu no Canadá e nos EUA, na década de 1960, e combina, basicamente, elementos de música folclórica e rock) se misturam em roupagens totalmente inéditas em canções autorais e covers de artistas, como Zé Ramalho, Raul Seixas, Paralamas do Sucesso; além dos tradicionais artistas do estilo, como Bob Dylan e Johnny Cash. As músicas autorais estarão no primeiro EP da banda, chamado “Estações”, que tem previsão de lançamento para 2022.

Dani Ramos é psicólogo. Na banda, é o vocalista e toca violão, banjo e kazoo. Tem experiência musical vivida na Flórida. Trouxe o estilo para o Brasil e misturou com a sonoridade da MPB. Ramos é o fundador do projeto.

Netinho Instrumentista é músico. Na banda, toca banjo. Músico experiente, é considerado o “rei dos instrumentos de corda”. Teve passagens pela banda Carlos Gomes, além de apresentações em TVs e teatros. Destaque para o Programa do Jô, para o qual já foi convidado diversas vezes. Está no projeto desde o início.

André Mexicano é produtor musical. Na banda, toca baixo. É músico de blues, rock e outros ritmos. Foi o último a se juntar ao projeto, trazendo talento e versatilidade.

Segue abaixo entrevista exclusiva com a Banda Brasilifolk para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 04.02.2022:

01) Ritmo Melodia: Qual a data de nascimento e a cidade natal dos músicos da banda? 

Banda BrasilifolkDani Ramos (voz, violão, banjo e kazoo), nasceu no dia 03/10/1979 em São PauloAndré Alves “Mexicano” (baixo), nasceu no dia 09/05/1965 em Santos – SPNetinho Instrumentista (banjo), nasceu no dia 03/02/1963 em Santos – SP.

02) RM: Fale o primeiro contato com a música dos músicos da banda. 

Banda BrasilifolkDani Ramos: meu contato com a música em si veio desde cedo. Meu padrinho, Antônio Motta foi parceiro do cantor mineiro Noite Ilustrada (Mário de Souza Marques Filho), então já nasci em berço de artistas. Meu avô era músico e meus pais sempre tiveram muitos discos, os quais foram minha porta de entrada para música em si.

André Alves: meu primeiro contato com música foi na adolescência aprendendo a tocar violão olhando as revistas de músicas cifradas dos sucessos internacionais no começo dos anos 80.

Netinho Instrumentista: iniciei meus estudos de música com o professor

Roberto Anselmo e o maestro Ignácio, da saudosa banda Carlos Gomes em Santos – SP.

03) RM: Qual a formação musical e/ou acadêmica fora da área musical dos músicos da banda? 

Banda BrasilifolkDani Ramos: formação em Psicologia e Comunicação social. Formação musical em conservatório, em cursos livres de violão e guitarra.

André Alves: autodidata.

Netinho Instrumentista: comecei tocando Cavaquinho com Roberto Anselmo em formação livre. Aprendeu outros instrumentos de corda, como Bandolim com o maestro Inácio da saudosa banda Carlos Gomes em Santos – SP e Violão com Luisinho 7 cordas.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância? 

Banda BrasilifolkDani Ramos: a banda que me fez querer ser músico foi o Guns N’ Roses. Quando ouvi o álbum “Appetite for Destruction” pela primeira vez, minha cabeça explodiu. Eu também amava a banda Kiss quando era criança. Mas o que realmente fez minha formação musical foi quando conheci de fato Sá & Guarabyra, Zé Ramalho Oswaldo Montenegro. Esses artistas foram responsáveis pela minha formação musical. E acabei deixando o rock para um outro momento. Hoje em dia gosto muito do Rodrigo Suricato, Marcelo Jeneci.

05) RM: Quando, como e onde você começou a banda? Qual o significado do nome? 

Banda Brasilifolk: Começamos no final de 2020, quando senti a necessidade de fazer algo com minha cara (Dani Ramos) e que ao mesmo tempo fosse original. Foi quando decidi me dedicar ao estilo folk e criei a princípio o nome Folk Brasil, mas mudamos para Brasilifolk, como forma de dar uma identidade a mais. O nome remete a mistura que fazemos da sonoridade do folk, aliada à música brasileira.

06) RM: Quantos CDs lançados? 

Banda Brasilifolk: Ainda nenhum. Em 2022 planos para lançar o primeiro EP.

07) RM: Como você define seu estilo musical? 

Banda Brasilifolk: Folk /Country, mas com muitas influências de música brasileira.

08) RM: Você estudou técnica vocal?   

Banda BrasilifolkDani Ramos:  estudo técnica vocal até hoje.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz? 

Banda Brasilifolk: A corda é um músculo e como tal necessita de cuidado. A técnica vocal ajuda a tirar o melhor do instrumento Voz.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira? 

Banda BrasilifolkSá & Guarabyra, Sandra de Sá, Marisa Monte, Rita Lee, Zélia Duncan, Zé Ramalho, Oswaldo Montenegro, Rodrigo Suricato, Marcelo Jeneci. 

11) RM: Como é seu processo de compor dentro da banda? 

Banda Brasilifolk: Geralmente trago (Dani Ramos) as músicas mais cruas, para ganhar corpo no ensaio. Vamos dando ideias e fazendo a música crescer. Então no fim das contas, todos somos (AndréNetinho Instrumentista) responsáveis pelo processo de criação.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?  

Banda BrasilifolkGlaucus Farinello, Agnaldo Lapetina, além dos colegas de banda André AlvesNetinho Instrumentista.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente? 

Banda Brasilifolk: Como prol vejo a questão da liberdade de criação, de poder passear por diversas sonoridades, ritmos. A dificuldade maior pesa na parte financeira, pois tudo sai do bolso do artista independente. Acho que é a maior barreira.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco? 

Banda Brasilifolk: Fora de palco costumo (Dani Ramos) ser ativo nas redes sociais, buscando conteúdos relevantes, divulgando minha música e minha marca como artista. Dentro do palco busco sempre um contato próximo com o público, criar uma conexão, pois essa energia é importante pata o artista.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical? 

Banda Brasilifolk: Estou (Dani Ramos) sempre fazendo cursos, me atualizando, vendo redes sociais de artistas consagrados. Tudo eu uso como aprendizado.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Banda Brasilifolk: A internet ajuda na divulgação, em conectar pessoas e estilos musicais. Você encontra o que quer ouvir hoje. A grande dificuldade é o excesso de estímulos e conteúdo. É fácil ficar perdido e sua música não chegar aonde tem que chegar.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)? 

Banda Brasilifolk: A facilidade de gravar em casa (home estúdio), no seu tempo, no seu ritmo. A dificuldade é fazer algo realmente bom, sonoramente relevante. São necessárias boas horas de investimento em cursos, workshops, além de conhecer a própria tecnologia.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical? 

Banda Brasilifolk: Já começa pelo estilo musical escolhido. Não é dos mais comuns. Mas também procuro (Dani Ramos) estudar meu público alvo e os pontos de conexão com este. Investir em músicas autorais e sonoridades fora da caixa.

19) RM: Como vocês analisam o cenário do Rock e Folk no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quem permaneceram com obras consistentes e quais regrediram? 

Banda Brasilifolk: O estilo folk tem está em alta ultimamente. O “trem” puxado pelo Tiago Iorc e outros que vieram nessa esteira tem trazido contribuições interessantes, embora ainda seja nicho. E por falar em nicho, é o que virou o rock. Algo de nicho, que a grande mídia não dá espaço. Como revelação do folk: Tiago Iorc, Rodrigo Suricato, Chal, Tuia, Malu Magalhães. 

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)? 

Banda Brasilifolk: Eu (Dani Ramos) já fui chamado para tocar em uma Casa de Samba, sendo que não tinha nada do ritmo no meu repertório. Uma criança já derrubou todo meu set, no meio do show. Coisas que a gente passa como artista independente.

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical? 

Banda Brasilifolk: Felicidade é poder tocar, encantar, passar sentimentos bons através da música. O mais triste são as cenas musicais fechadas, as “panelinhas”, poucas oportunidades. 

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Banda Brasilifolk: Dom é uma inclinação, uma pequena facilidade, mas a inspiração só vem com transpiração e desenvolvimento dessas potencialidades latentes.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical? 

Banda Brasilifolk: Improvisação é deixar fluir. É unir técnica e sentimento. É um encontro que acontece até mesmo inconsciente, cuja mistura cria a cena do improviso.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Banda Brasilifolk: O estudo faz com que tudo seja mais fácil, porém é necessária uma certa dose de desprendimento. A técnica da a base, toda a estrutura, mas é o feeling do músico que define o grande diferencial do improviso.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical? 

Banda Brasilifolk: O prol é que músicos vieram antes e sistematizaram toda a técnica, o estudo. É só questão de usar o que está aí e criar em cima, achar sua maneira de tocar. O único contra que talvez seja o fato de muitos músicos ficarem presos apenas aos métodos, o que vai de encontro ao improviso, a leveza de improvisar.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical? 

Banda Brasilifolk: Mais uma vez, o prol é o fato de já haver todo um estudo sistemático, de séculos e que está aí para ser usado. Mas claro que todo método é um farol, algo que serve como guia. Talvez o contra seja em engessar demais os métodos de estudo.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Banda Brasilifolk: Muito difícil. A prática do jabá é comum e não é de hoje. Por melhor que seja a música, acho difícil alcançar as rádios de forma orgânica.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Banda Brasilifolk: É paixão, entrega. Se é a vontade da pessoa, faça! A música tem um poder inimaginável.

29) RM: Quais os prós e contras de Festival de Música? 

Banda Brasilifolk: Prol de Festival de Música é poder divulgar bandas novas, artistas novos. Como contra é se realmente há festivais que revelem? Há um interesse da grande mídia e veículos para tal?

30) RM: Festival de Música revela novos talentos? 

Banda Brasilifolk: A ideia do Festival de música seria revelar. Mas acredito que sim! Talento tem de sobra, o que precisa é cobertura midiática.

31) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Banda Brasilifolk: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira é limitada a estilos comerciais. Hoje apenas um estilo domina 80% do mercado. O resto se esbarra em para abocanhar o resto.

32) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Banda Brasilifolk: Excelente os espaços abertos pelo SESC, SESI e Itaú Cultural. Já vi músicos e projetos de qualidade incrível, que talvez não tivesse chance de ver em outro lugar.

33) RM: Quais os seus projetos futuros? 

Banda Brasilifolk: O lançamento do EP com músicas inéditas.

34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Banda Brasilifolk(13) 98145 – 4409 

| https://web.facebook.com/danielramosmusica

| https://www.instagram.com/brasilifolk

Canal do YouTube da banda: https://www.youtube.com/channel/UCsRTrxpxY79j26vEIQ4bAkw 

“Violeiro da cidade”: https://www.youtube.com/watch?v=s1c8GJbu_uU 

“Festa de rodeio”: https://www.youtube.com/watch?v=FBRrL5nntSc 

“Suzana”- Stephen Foster: https://www.youtube.com/watch?v=Qxy3jI4Vx88 

Show no “Bangalô Santos”: https://www.youtube.com/watch?v=BAr6gc9be2s


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.