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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Rakunnas

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O cantor, compositor e letrista paraense Rakunnas nasceu no bairro do Campinho em Capanema, Pará e passou sua infância marcada por banhos de rios, subida em árvores para comer frutos, jogando bola no fim de tarde na rua, muitas vezes com bolas feitas com meias.

Aos doze anos idade mudou-se com sua família para Belém – PA, seu pai trabalhador braçal e sua mãe dona de casa. Vindo de uma família de músicos seu pai e tios tocavam quando jovens pelas cidades do interior da região.

Chegou no Rio de Janeiro em julho de 1994 e passou 15 dias na Comunidade do Lixão em Duque de Caxias, na baixada fluminense, em seguida foi morar no bairro Cachambi na zona norte do Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro trabalhou em várias áreas. Em 1996, conheceu Dudu Fagundes, na comunidade de Senador Camará, zona oeste do Rio de Janeiro, que se tornou seu professor de Violão.

Rakunnas iniciou sua carreira musical no bairro do Engenho Novo – Zona Norte do Rio de Janeiro, depois de morar por 10 anos no bairro Senador Camará. Dedica-se seu tempo fazendo divulgação do seu trabalho em Rádio, TV e com DJs. Após 10 anos de carreira sua música toca em rádio AM, FM e web.

Em julho de 2008, gravou seu primeiro álbum – “Deus de já” e em 2008 participou do documentário: O Maestro Das Ruas, Um Mergulho Na Alma Brasileira do cineasta Dudu Fagundes. Filmado na Lapa – Rio de Janeiro.

Em 2010, mudou-se para a cidade de Saquarema na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Rakunnas foi classificado em nono lugar entre os 20 artistas para participar do primeiro LAGOS MUSIC FEST em São Pedro da Aldeia – RJ. Festival realizado nos dias 03 e 04 de dezembro de 2010.

Em agosto de 2012, lançou seu segundo álbum – “FILHO DE JAH” e lançamento realizado na Sala Funarte Sidney Miller no Rio de Janeiro no dia 11 de dezembro de 2012, dentro do Projeto Música na Cidade.

No meado de 2013, seu trabalho foi divulgado em países como Portugal, EUA, Japão, Jamaica, Chile, Peru, México, Costa Rica, entre outros. Em 2015, iniciou o processo de gravação do terceiro álbum – “Resistência Persistência” e lançado música a música a partir de 2019. Em 2017 gravou um vídeo clipe no Rio de Janeiro para o documentário a Conexão Brasil x Jamaica.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Rakunnas para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado com Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 16/12/2019:

01) RitmoMelodia: Qual sua data de nascimento e sua cidade natal?                      

Rakunnas: Nasci no dia 29/04/1972 em Capanema – PA. Fui registrado como Benedito Oliveira da Silva.

02) RM: Conte como foi o seu primeiro contato com a música?    

Rakunnas: Meu primeiro contato com a música foi em 1996 no bairro de Senador Camará, zona oeste do Rio de Janeiro, quando estava procurando um professor de Violão e encontrei Dudu Fagundes.  Ele me ensinou os primeiros acordes e daí para frente eu só evolui.

03) RM: Qual sua formação musical e acadêmica fora música?                                   

Rakunnas: Em 1996, comecei a ter aula de Violão com maestro Dudu Fagundes. Conclui o Ensino Médio, fui aprovado em dois vestibulares para Administração de Empresa, porém não quis continuar o curso. Cursei dois anos e meios de informática e mais um monte de cursos profissionalizantes na área da informática, administração e um ano do idioma espanhol.

04) RM: Quais suas influências musicais no passado e no presente?        

Rakunnas: Todos os artistas que fizeram trabalhos excelentes do passado e no presente como: Johnny Nash, pitter Tosh, Bob Marley, Burning, Black Uhuru, Israel Vibration entre outros. Esses artistas são todos presentes, na música não existe passado e eles continuam influenciando até hoje e creio que vão ficar por muito tempo ainda.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Rakunnas: Em 2008, consegui reunir uns amigos no bairro da Lapa no Rio de Janeiro, com a mesma visão de vida. Levar uma mensagem de união, força de vontade e paz, através da sua música.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Rakunnas: Gravei dois álbuns: “Deus de já” (2008). Os músicos que participaram: produtor musical David Paiva, maestro Jorge Costa Filho, produtor musical Dudu Fagundes, entre outros.

O segundo álbum “Filho de Jah” (2012) com show de lançamento na Funart – Rio de Janeiro. Os músicos que participaram: Jorge Costa Filho no Contrabaixo, Luiz na Guitarra, Marcelo no Teclado, entre outros.

O terceiro álbum – “Resistência Persistência” (2019) tem duas músicas gravadas na Jamaica e uma tem participação do cantor jamaicano Nigga Man, produção musical de Ras Portuga na Tugga Innas Productions e gravei a minha voz no Rio de Janeiro. Será lançado um clipe que será produzido na Jamaica pela Zion Productions, quem também assina a produção junto com Ras Portuga, é o lendário guitarrista e cantor jamaicano Fat String.

O perfil dos meus álbuns é serem ecléticos. As músicas que caíram no gosto do público foram: “Deus de já”, “Reggae jamaicano”, “Amor pra vida inteira”, “Lá de santa cruz”, “Deusa de pedra”, “Moça regueira”, entre outras.

07) RM: Como você define seu estilo musical dentro da cena reggae?

Rakunnas: Meu reggae é roots, com característica diferenciada do que se encontra no mercado atual.

08) RM: Como você se define como cantor/intérprete?

Rakunnas: Sou cantor oriundo de todos os ritmos e um eterno aprendiz.

09) RM: Como é seu processo de composição? Quais são seus parceiros musicais?

Rakunnas: Faço minhas melodias e letras, geralmente sozinho, mas no meu terceiro álbum têm umas três músicas com Hermano Silva, Tony Feijão, Ras Portuga, Rangel, e tive parcerias no primeiro álbum com Dudu Fagundes, Nonato do Pandeiro, Joílson Pinheiro.

10) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Rakunnas: Os prós é ser o dono da própria vida, da carreira e tudo só depende de você. Contra não existe, mas tudo é com você e nada vem sem muita batalha e paciência.

11) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver sua carreira?

Rakunnas: Eu sou meu próprio empresário, divulgador, agenciador, faço parcerias com Rádio, TV, Jornal, Revista. Faço muitos contatos divulgando o meu trabalho.

12) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento da sua carreira?

Rakunnas: Na minha carreira musical a internet só veio acrescentar, então não tem nada até agora que ela me fez perder, só tenho a gradecer, pois sem a internet eu ainda não estava nem no meio do caminho da minha caminhada. As coisas são muitos difíceis de ter acesso quando não se tem um poder aquisitivo forte e nem nome de prestígio no mercado musical e com a internet essa barreira foi quebrada.

13) RM: Como você analisa o cenário reggae brasileiro? Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?

Rakunnas: Eu vejo um cenário de reggae crescendo no Brasil, com várias bandas, vários artistas. Os eventos rolando timidamente e estou vendo uma evolução. Destaco na cena reggae: Maneva, Tribo de Jah, Natiruts, Ponto de Equilíbrio, entre outros. Só regrediram as bandas ou artista que realmente não quiseram mais continuar com seus trabalhos.

14) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?                                                         

Rakunnas: Tem muita gente boa por aí com: Ney Matogrosso, Nando Reis, Almir Sater, etc.

15) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Rakunnas: Feliz é o reconhecimento do meu trabalho pelo público e pelo mercado musical. O que me deixa triste é a desunião dos artistas e das panelinhas no meio musical, isso me deixa triste e envergonhado. Muita gente buscando o mesmo objetivo e ao mesmo tempo sem união.

16) RM: Nos apresente a cena musical na cidade que você mora?

Rakunnas: Estou morando em Saquarema – RJ e não tem cena reggae local. O reggae aqui é muito fraco.

17) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Rakunnas: Sim. Eu tenho várias Rádios que executam as minhas músicas sem que eu pague o jabá.

18) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Rakunnas: Seja você mesmo, tenha uma identidade própria. Não esquente se no início ninguém aceitar seu trabalho nem dar atenção, é normal. Continue em frente, venha com um produto musical diferenciado, pois se não você vai ser só mais um no mercado musical.

19) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com o uso da maconha?

Rakunnas: Só faz essa relação de reggae com a maconha quem não tem conhecimento sobre o gênero. O reggae não é o movimento rastafári, reggae é um estilo musical em que uns fazem uso da erva cannabis sativa e outros não.

20) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a religião Rastafári?

Rakunnas: Normal, o reggae anda junto com o rastafári. O reggae foi criado para ser louvado ao senhor Jah.

21) RM: Você usa os cabelos dreadlock. Você é adepto a religião Rastafári?

Rakunnas: Às vezes uso dreadlock, outras não. Eu não sou adepto a nenhuma religião. Meu contato é direto com o nosso salvador (Jah).

22) RM: Os adeptos a religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa essa afirmação?

Rakunnas: Não posso mudar a mente das pessoas. Se eles se acham os únicos que fazem reggae verdadeiro, não serei eu a dizer que não, deixo eles na verdade deles e eu vivo a minha.

23) RM: Na sua opinião porque o reggae no Brasil não tem o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?

Rakunnas: Por falta de união e respeito por parte de alguns artistas, produtores de eventos, rádios, DJs que fica ouvir reggae do passado, só querem tocar reggae do passado de quem já se foi e não valorizaram quem estar atualmente na batalha na cena reggae.

Os artistas, os DJs, os programas de reggae nas rádios precisam mudar suas mentes e começarem a olhar para os artistas que estão chegando, quem está aí vendendo seu trabalho, sua arte. Enquanto não tiver um movimento unido e respeitoso será assim por muito tempo… É um conjunto de coisas ruins que existem dentro do movimento do reggae no Brasil.

25) RM: Quais os seus projetos futuros?

Rakunnas: Continuar lançando músicas do meu terceiro álbum, serão 15 músicas, sendo lançado uma música por mês. Duas músicas do meu terceiro álbum já foram lançadas.

26) RM: Quais os seus contatos para show e para os fãs?

Rakunnas:  (21) 99108 – 5642| https://rakunnas.blogspot.com/  | [email protected] | www.instagram.com/rakunnas | www.facebook.com./rakunnas

Canal: https://www.youtube.com/@Rakunnas

Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=0tmOIQRSoYM&list=PLQcHR9gV2BY74XEhdWzUqD9X92dGGPzNt

Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=s7Cnb_gVj04&list=FLho4BBJvktylqoTonBTXR-A

www.palcomp3.com/rakunnas

 


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