Eddi MC é Rapper, formado em jornalismo e fundador da banda de RAP “Nocaute”, com a qual participou da gravação de três álbuns: “Se Gali Nema” (1996), “Nocaute” (1999) e “CD Pirata” (2001), esse último indicado ao Grammy Latino.
Participou também dos álbuns: “A Nova Ordem Musical” (2010), com o grupo “B2C”, “Homens do Hip Hop Pela Não-Violência Contra a Mulher” (2010) com a ONG Redeh, “Pra Vocês” (2010) com o cantor Hamilton Catette e “Baixada Nunca Se Rende” (2016), com o coletivo aberto de músicos “BXD Nunca Se Rende”.
Com suas críticas sociais em forma de rimas, já se apresentou em casas de show no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Maputo (capital de Moçambique), onde também foi um dos convidados da ONU para o workshop que marcou o início da colaboração dos músicos africanos para a divulgação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS.
Ativo na cultura hip hop, cria projetos, como o Hip Hop nas Escolas, e articula parcerias, como a união entre músicos da Baixada Fluminense e as Nações Unidas, que resultaram no projeto “Música para Avançar o Desenvolvimento Sustentável”. Enquanto planeja o retorno aos palcos da banda “Nocaute”, apresenta o programa “RAP Atitude”, na rádio web “Música Tá Na Pista”, rádio idealizada por João Carlos Ribeiro e escreve para a revista e o site da União Brasileira dos Compositores (UBC).
Segue abaixo entrevista exclusiva com Eddi MC para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 19.11.2018:
01) RitmoMelodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Eddi MC: Nasci no dia 31 de julho de 1972 em Belford Roxo – RJ, na maternidade 15 de agosto.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Eddi MC: O primeiro contato pelo que me lembro, foi aos três anos de idade imitando a Melô do Kung Fu para minha mãe. Depois cantei Samba em um programa de TV chamado “Pulman Junior”. Eu cantei no bloco que meus tios organizavam na Areia Branca, bairro onde morei até os 33 anos de idade.
03) RM: Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?
Eddi MC: Sou jornalista e tenho pós-graduação em Gestão Estratégica da Comunicação. Ganhei uma bolsa integral quando fui tocar com a banda “Nocaute” em Festival de Música em 1995. Tranquei matrícula por causa da banda e retornei em 2004, me formando em 2008. Em 2007 iniciei estágio no Canal Futura e me tornei repórter profissional em 2009.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Eddi MC: As minhas duas principais influências no RAP são Racionais MCs e Public Enemy. Depois vieram as outras, como Red Hot Chilli Peppers, que não é RAP, mas tem um groove fundamental pro som da “Nocaute”. E as outras foram vindo com o tempo. MV Bill, Gabriel – “O Pensador”, Cidade Negra e muitas outras bandas do rock brasileiro da década de 1980. Quem deixou de ter influência em nem me lembro; deixa quieto!
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Eddi MC: Tem algumas músicas da “Nocaute” que falam sobre isso. Eu e Nino Rap fomos a um show de amigos na Baixada Fluminense de ônibus. Durante todo o percurso, cantamos RAP improvisando rimas em 1992. No dia seguinte, o Nino estava no meu portão me convidando pra fazer a banda, que no início se chamou Nino Rap e Eddi MC, depois Blecaute e finalmente “Nocaute.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Eddi MC: Com a “Nocaute” foram três CDs. Gravei mais um CD independente com o “Bonde 2 Cria”, grupo de Cascadura bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Com a banda “Nocaute”: “Se Gali Nema” é de 1996, lançado pela gravadora Virgin, com o produtor Mayrton Bahia à frente do selo Radical Records, aí em 1999 entramos pra Sony Music e lançamos o CD – “Nocaute”, com produção de Rodrigo Kuster e Fabio Tabacchi e em 2001, ainda na Sony, lançamos “CD Pirata”, que foi indicado ao Grammy Latino no ano seguinte, na categoria melhor álbum de RAP. Com o “B2C” fiz “A Nova Ordem Musical”, em 2010.
Em 2016, ganhei um micro edital e produzimos um CD promocional do coletivo “Baixada Nunca Se Rende”, com artistas da região. No primeiro CD – “Nocaute”, os músicos eram Nino Rap e Eddi MC (voz), Ed Esteves (guitarra), Andrea Wolff (bateria), Marrone Recarregue (teclados) e Wendel (baixo). No segundo e no terceiro discos, Cesar Belieny entrou no baixo e tivemos a participação do Dj Roque nos scratches.
Tivemos participações especiais do Davi Moraes, Paulo Da Ghama, Mingo Araújo, “As Sublimes” e Marcelo Falcão (O Rappa) no primeiro CD. No segundo CD só o Vinni Max e dois amigos guitarristas: Zelder e Renatinho Ribeiro. No terceiro CD: Gabriel – “O Pensador” e a “Cidade Negra”.
A característica de todos os discos é a mesma: mistura de vários gêneros musicais com o nosso RAP, letras com críticas sociais leves e muitos riffs de guitarra, com muito groove e bom humor. Ainda temos algumas inéditas, como a que fizemos especialmente para participar do “Tributo ao Tim Maia”, que estar no Youtube.
Acho que as músicas preferidas da “Nocaute” são: “Fim de Semana”, “Mens” e “Diversão”, que é uma versão da música dos “Titãs”. Até o “Monobloco” toca ela de vez em quando na abertura dos shows. A “Nova Ordem Musical” saiu em 2010, com o “B2C”, a sigla do “Bonde 2 Cria”. Esse já é um RAP mais de estúdio, eletrônico, gravado com o produtor Du Brown (Duto).
Gosto muito desse trabalho também, porque me tirou da zona de conforto. As letras também já eram um pouco mais fortes, pois a galera era de Cascadura (risos). Eu, Marcus K-lot, Pedrin e Bira GR.
07) RM: Como você define o seu estilo musical?
Eddi MC: Definir é limitar (tenho uma camisa com essa frase), mas eu sou um Rapper com um bom ouvido pra música, por isso, já fiz RAP em cima de vários estilos, como seresta, samba, rock, forró. RAP é ritmo e poesia. Tem-se o ritmo, eu improviso a poesia naquela pegada e às vezes canto. A “Nocaute” era um pouco disso, pois a galera era livre pra criar o som, enquanto o Nino e eu fazíamos a maioria das letras e dávamos nosso jeito pra entrar na onda e trazer as rimas faladas e críticas do rap para o som.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Eddi MC: Não. Na verdade eu tive pouco contato com a parte de teoria musical.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Eddi MC: Muita. Importante cuidar da voz, pois são partes internas do corpo. No caso de quem trabalha com a voz, deve ser tipo atleta: são necessários alguns cuidados especiais como um bom aquecimento antes do exercício em si.
10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?
Eddi MC: Tim Maia, Sandra de Sá, Michael Jackson, Public Enemy, MV Bill, Criolo, Emicida, Racionais MCs e Marisa Monte. Gosto muito da fase do rock Brasil anos 1980, com “Legião Urbana”, “Plebe Rude”, “Barão Vermelho”, “Inimigos do Rei” e “Paralamas do Sucesso”.
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Eddi MC: Escrevo a letra, com uma divisão métrica e pensando numa base, depois busco o apoio dos músicos para o arranjo, ou nos ensaios, enquanto a galera tira um som, eu tento criar a letra.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Eddi MC: Nino Rap e Cesar Belieny, ambos da fase da “Nocaute”, e os manos do “B2C” que são K-lot, Bira e Pedrin. Na gravação do CD do “Bonde 2 Cria”, muitas músicas eram compostas minutos antes de gravar.
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Eddi MC: Eu e Nino RAP já fizemos uma música para o público infantil chamada “A Professora”. Nós fizemos numa época em que tivemos um pouco de contato com a Xuxa, mas ela não gravou, nem chegou a receber a música, que ficou numa editora até a dupla Vitor e Vitória e o grupo mirim “Touche” gravaram.
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Eddi MC: O contra é ter que dividir o tempo com outra(s) atividade(s) pra ganhar dinheiro e sobreviver, é ser uma “euquipe” muitas vezes, ainda mais nos dias de hoje onde é preciso ter presença digital 24h. Prós é não ser um ídolo, apenas um operário do RAP, o Eddi MC, ou o Roberto de Oliveira Silva.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Eddi MC: Dentro do palco, o planejamento é uma boa vibe, com bons amigos tocando junto e na plateia também o clima de amizade contribui muito pra rolar uma boa apresentação. Escrever com coerência, porque quando comecei no RAP, a minha principal motivação foi a quantidade de músicas desconectadas com a minha realidade.
Não tenho experiência em vender artistas, por isso, me vender é muito difícil, mas tento administrar três perfis no Facebook para manter a vida digital mais ou menos atualizada. Agora é que vou me inscrever em Festivais de Música pelo Brasil e com o impulso do coletivo aberto pelo projeto musical coletivo “Baixada Nunca Se Rende”, estamos voltando.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Eddi MC: Atualmente, mídia social e relacionamento, o tal de network. Também estou planejando gravar um videoclipe.
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira ?
Eddi MC: Ajuda porque me mantém no “game”, mesmo que na parte de baixo da tabela, atrapalha porque tem muito Rapper com equipe de produção bem afiada, e eu não tenho esse apoio pra poder concorrer com eles. Dá pra fazer uns corres também no amor, pra manter e contribuir pra essência do RAP. Nos Estados Unidos, que o berço da cultura de rua, depois de 40 anos o negócio está sério. Passou o rock em termos de audiência, então como isso vai repercutir no mundo, se Deus quiser verei.
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia de gravação (home estúdio)?
Eddi MC: O home estúdio é vantagem porque democratiza muito mais o acesso à produção de música. Estive perto da criação do estúdio “Casa 2”, no bairro de Cascadura, e muitos grupos passaram por lá. Importante também para o desenvolvimento da profissão de beatmaker (dentro do hip hop é um produtor musical construindo instrumentais com elementos percussivos a partir de uma melodia.
Ele sequencia loops compostos com instrumentação ao vivo e/ou virtual, sampleando músicas de outros artistas ou misturando essas duas formas), os produtores do RAP. Eles são muito importantes para o direcionamento musical das novas músicas, pois geralmente estão mais ligados às novidades. Geralmente o Rapper quer saber de letra e flow e eu valorizo o trabalho dessa galera, os artistas por trás das músicas.
19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Eddi MC: Tento oferecer conteúdo pelas minhas redes sociais, mas falho no audiovisual, que é o que está encantando mais o público e os contratantes. Eu apresento um programa de rádio na web, chamado Rap Atitude. Na estreia foram 700 ouvintes, e eu posso também mandar meu recado e manter-me em movimento.
20) RM: Como você analisa o cenário do RAP brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu como obra consistente e quem regrediu?
Eddi MC: Eita, bomba. Falar dos outros publicamente e por escrito é fó, mas vamos lá. Quem continua é porque é história do RAP são “Os Racionais MCs”. Dos que surgiram nas últimas décadas, muitos são rappers do underground, mais vejo dos novos, o “Sant” como bom representante. Meu filho canta RAP, no grupo “Helmut”. Eles gravaram em um bom home estúdio e gostei muito da música. Revelação e ícone candidatos a ocupar o lugar dos “Racionais”, sem dúvida é o Emicida. Bom pra caramba.
21) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Eddi MC: Profissional que sempre digo que sou fã é o DJ MAM. Acompanho desde o início a trajetória dele e vejo o quanto é um cara profissional, por isso está fazendo vários shows no exterior. Qualidade, o Criolo nos dois primeiros trabalhos me impressionou bastante, mas não tá difícil encontrar gente assim.
22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?
Eddi MC: A mais inusitada foi a indicação da banda “Nocaute” ao Grammy Latino. Primeiro, a gente não sabia da inscrição feita pela gravadora, segundo, soubemos da indicação por meio de um fã e terceiro, o prêmio era em Los Angeles e o Grammy não dava as passagens para a banda.
Conseguimos ir por meio de um patrocinador, que nos fez assinar um contrato de agenciamento, mas como não fomos os vencedores, nada rolou com o cara. Outra parada bem legal foi há pouco tempo, com o coletivo “Baixada Nunca Se Rende”. Fui em julho passear com minha família em Moçambique e levei o projeto.
Lá, vi que alguns músicos e parceiros se interessaram, e consegui algum avanço: a ONU de lá se interessou pelo projeto e me convidou para voltar à África para iniciar o projeto junto com os artistas locais. Muita emoção visitar a África. Acho que todos nós deveríamos ter um financiamento do governo para conhecer nossa “nave mãe”.
23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Eddi MC: O mais triste é ver inúmeros amigos com enorme talento com poucas oportunidades de mostrar o que sabem. Esse foi um dos motivos da criação do coletivo “Baixada Nunca Se Rende”. O mais feliz na carreira musical é poder cantar, poder viajar, poder trabalhar realmente com a vocação que temos, mas como disse, hoje pra muitos de nós é um exercício raro.
24) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?
Eddi MC: Belford Roxo ganhou notoriedade musical, pelo menos em minha opinião, com o sucesso do “Cidade Negra”, no início dos anos 1990. Existe o Centro Cultural Donana, que é referência para 9 entre 10 artistas da cidade, pelo lindo trabalho realizado ao longo de mais de trinta anos e por ser um oásis num local que não tem teatro, cinema ou casa de shows.
Em Belford Roxo morou Tim Maia na época da “Cultura Racional”, Seu Jorge é cria do “Gogó da Ema”, Marcelo Yuka tocava bateria com a “KMD-5”, Lauro Farias é baixista do “O Rappa”, Biguli e Gui Rodrigues integram o Monobloco e por aí vai. Temos muita história, e está saindo um livro do nosso mestre André Leite sobre o reggae, que é parte da música popular da Baixada, a nossa MPB.
25) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora, que você indica como uma boa opção?
Eddi MC: Putz, Dida Nascimento, Marrone Recarregue, Renato Biguli, César Belieny que faz um trabalho evangélico e ex “Nocaute”, Ruvício é um ótimo baterista e acompanha grandes artistas do cenário nacional, assim como o baixista Emerson Matheus. Cilinho, irmão do Bino e do Lauro Farias, Romualdo (baterista) a cantora Jussara Gomes, muita gente.
26) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Eddi MC: Pode ser por meio de alguma parceria bacana. Minhas músicas tocaram num programa ao vivo na rádio 94 FM.
27) RM : O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Eddi MC: Talento eu acho que a gente já vem com ele, aí é só aprimorar com o tempo, mas pra entrar no mercado, tempo, planejamento, network e ser bom de conversa e de faro. É bom saber se vender e na hora em que decidirem comprar, que seu trabalho esteja pronto.
28) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?
Eddi MC: Prol é que é um espaço bacana para aparecer. E contra são as dificuldades para se deslocar até os lugares, que algumas vezes a organização do Festival não dão suporte para o transporte, alimentação e hospedagem, então o artista precisa ter dinheiro para investir.
29) RM: Na sua opinião, hoje os Festivais de Música ainda é relevante para revelar novos talentos?
Eddi MC: Sim, sobretudo porque com a internet, é possível inclusive se inscrever em Festivais de Música Internacionais.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Eddi MC: A grande mídia que tem audiência com boa parte da população, como jornais, revistas, rádio e televisão, não fortalecem com o novo talento, a não ser que esse novo ganhe grande força e seja difícil ignorar, mas eles há tempos não contribuem para a renovação do cenário musical brasileiro.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Eddi MC: Já fiz um circuito Sesc com Gabriel – “O Pensador” e só. Os outros (Sesi e Itaú) nunca participei, porque é preciso estar atento aos editais, coisa que não faço com frequência porque não tenho produtor e faço muitas outras coisas.
32) RM: Eddi MC, Fale de sua atuação como jornalista.
Eddi MC: Atualmente escrevo matérias para a revista e o site da União Brasileira de Compositores – UBC, mas já tenho 10 anos de carreira na comunicação. Fui apresentador e repórter do Canal Futura, produtor do Sportv, editor de texto do programa Cidade Alerta do Rio de Janeiro e no terceiro setor, escrevi para o jornal Maré de Notícias e fui gestor de comunicação de um projeto no Rio de Janeiro, que me deu muita luz em relação a planejamento estratégico. Acho que a formação superior contribui para o artista brasileiro que precisa se produzir e estar atento para aproveitar oportunidades.
33) RM: Quais os seus projetos futuros?
Eddi MC: Voltar à ativa com a banda “Nocaute”, entrar para a Zulu Nation Brasil e incentivar o aprendizado sobre a cultura hip hop em escolas, além de continuar levando à frente junto com outros artistas do coletivo aberto de músicos “Baixada Nunca Se Rende”.
34) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Eddi MC: [email protected] | (21)998107650 | facebook: Eddi MC.