O cantor e compositor Dinho Gonçalves é influenciado Pop Rock e MPB e fez cursos livres de Violão e Harmonização no Centro de Estudos Musicais Tom Jobim com Ulisses Rocha.
Estudou percussão popular com Ari Colares e fez curso de arranjo e composição com Ricardo Simões. Atuou em projetos voluntários no Hospital das Clínicas. Já concorreu com sambas enredo nas escolas de samba TOM MAIOR e UNIDOS DO PERUCHE.
E participou do Festival Sambafest 2015 na Fábrica de cultura da Vila Maria. Já se apresentou em casas noturnas de São Paulo e atualmente se apresenta na Avenida Paulista todos os fins de semana, além de ser um ativo participante de saraus pelos bairros de São Paulo.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Dinho Gonçalves para a www.ritmomelodia.mus.br , entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 04.12.2017:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Dinho Gonçalves: Nasci no dia 17/05/1984 em PAULO AFONSO, BA.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música?
Dinho Gonçalves: O contato começou na infância, pois meus pais eram músicos e sempre tive boas influências em casa.
03) RM: Qual a sua formação musical e\ou acadêmica fora da área musical?
Dinho Gonçalves: Atualmente estou acabando Administração de Empresas e curso Fisioterapia, mas já fiz vários cursos livres de violão, arranjo, além de ser um assíduo ouvinte de aulas pela internet.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Dinho Gonçalves: Minhas influências sempre foram de MPB, mas não dava muita bola, pois gostava mesmo era de brincadeiras de criança e de dançar rock pesado. Era subversivo (risos). Passei a gostar de Sertanejo e Pagode, mas esses ritmos logo foram esquecidos por mim, pois comecei a descobrir o que era música boa e a entender estética aos 15 anos de idade.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua c5arreira musical?
Dinho Gonçalves: Quando tinha 14 anos de idade, havia um violão sem cordas e quebrado, que pedi a minha mãe que o consertasse, pois foi o que sobrou do divórcio dela. Comecei a arranhar alguns acordes e logo me interessei a participar de concursos de Sambas Enredo de Escolas de Samba, pois adorava assistir aos desfiles. Claro que com o auxílio harmônico do meu pai de criação, que me ensinava alguns acordes e também me acompanhava e harmonizava as minhas ideias. Depois comecei a melhorar e a procurar bares para me apresentar. E hoje sou artista de rua.
06) RM: Fale do seu primeiro CD?
Dinho Gonçalves: O meu primeiro CD, os músicos foram indicados pelo nosso produtor (todos com ótima linguagem). O CD está disponível para venda comigo ou para escutar no https://soundcloud.com/user-963846030. A música mais acessada é “ELISA”.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Dinho Gonçalves: Samba pop.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Dinho Gonçalves: Não estudei técnica vocal.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Dinho Gonçalves: Quando estou perto de fazer apresentação evito gelado e tomo chás de limão com gengibre, além de usar pastilhas de gengibre.
10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?
Dinho Gonçalves: São tantos… Teria que escrever um livro. Mas alguns (as) sem injustiça: Elis Regina, AMY, Kurt Cobain, Fred Mercury, Djavan, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tim Maia, Jorge Bem Jor…
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Dinho Gonçalves: Uma parte intuitiva, e outra técnica e racional. As vezes fico sem dormir e vem a cabeça diversas combinações de notas, em alguns cochilos.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Dinho Gonçalves: A minha mãe é a principal letrista das minhas composições. Algumas, eu faço com DEUS.
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Dinho Gonçalves: Ninguém.
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Dinho Gonçalves: São mais contra do que prós. Pois quando o próprio artista procura o seu espaço, ele tem uma autonomia na sua obra, mas a venda de sua imagem fica mais difícil do que quando ele tem uma assessoria.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Dinho Gonçalves: Estou disposto a participar de projetos sociais. No momento, estou procurando Bares para tocar, e pleiteio arrumar locais próprios para fazer shows.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Dinho Gonçalves: No momento, estou com um clipe no youtube: “Da boca pra fora”, que é a música que abre meu disco. E eu sempre compartilho no facebook. Além de divulgar o meu trabalho nas redes sociais.
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Dinho Gonçalves: Em nada me prejudica, apenas melhora a divulgação.
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso a tecnologia de gravação (home estúdio)?
Dinho Gonçalves: A vantagem é que o processo de gravação fica mais barato, porém a infraestrutura de muitos estúdios fica mais difícil de manter, diminuindo o número de grandes estúdios, encarecendo cada vez mais o processo de quem quer gravar realmente em um estúdio de grande porte.
19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Dinho Gonçalves: Sua pergunta já respondeu. Eu faço o meu estilo de cover nordestino com sotaque nato, além de ter um estilo de música meu.
20) RM: Como você analisa o cenário musical brasileiro. Em sua opinião quem foram às revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?
Dinho Gonçalves: Ninguém regride. As pessoas podem estagnar na carreira, por comodismo, por não se adaptarem às tendências, ou até mesmo não serem mais atraentes para a grande mídia, chegando até a serem chamadas, injustamente de cafonas. Porém todos os artistas, mesmo os esquecidos, já tiveram o seu brilho e auge, portando não podemos negligenciá-los. Alguns artistas e bandas vêm mostrando uma evolução extrema, pois não repetem tendências e estão sempre atuais: Lenine, Cidade Negra, Siba, Malu Magalhães, Caetano Veloso, Gilberto Gil.
21) RM: Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Dinho Gonçalves: Lenine, Caetano veloso, Luiz Caldas, Gal Costa, Maria Bethânia, Leila Pinheiro.
22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Dinho Gonçalves: Por enquanto tranquilo.
23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Dinho Gonçalves: Os aplausos e carinho pagam a falta de dinheiro, esse ganho moral é inexplicável. O que me entristece é a falta de espaço adequado para tantos talentos, que não conseguem divulgar seu trabalho.
24) RM: Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?
Dinho Gonçalves: Simples; São Paulo é o mundo para todos os gostos.
25) RM: Quais os músicos, bandas da cidade que você mora, que você indica como uma boa opção?
Dinho Gonçalves: Isso é muito particular, e prefiro não influenciar ninguém.
26) RM: Você acredita que sem o pagamento do Jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Dinho Gonçalves: Em rádios alternativas pode ser mais fácil.
27) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Dinho Gonçalves: Um desafio bem intrigante e instigante.
28) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?
Dinho Gonçalves: Os prós do Festival de Música são que você pode mostrar sua música e realizar networking (trocar contatos) para expandir seus talentos. Os contra; muitos festivais são tendenciosos e jogos de carta marcada, fazendo muitos artistas ser sucesso de fogo de palha.
29) RM: Na sua opinião, hoje os Festivais de Música ainda é relevante para revelar novos talentos?
Dinho Gonçalves: As coisas mudaram muito. E Miss Universo e Festival de Música já são coisas em desuso.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Dinho Gonçalves: Não posso falar palavrão aqui.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical em São Paulo?
Dinho Gonçalves: Melhor é impossível.
32) RM: O circuito de Bar nos Bairros Vila Madalena, Vila Mariana, Pinheiros, Perdizes e adjacência ainda é uma boa opção de trabalho para os músicos?
Dinho Gonçalves: Muita panela bonita e garbosa para uma comida que não é tão saborosa.
33) RM: Quais os prós e contras de fazer samba enredo para Escola de Samba?
Dinho Gonçalves: Muito protecionismo, mas o clima de competição é bom.
34) RM: Você pretende entrar para o mercado musical do Samba?
Dinho: Se eu for aceito, porque não?
35) RM: Qual o seu propósito em se apresentar na Avenida Paulista?
Dinho: Divulgar a arte num lugar livre, respirando ar bom e interagir com os barulhos da cidade. Conhecer novas pessoas.
36) RM: Quais os prós e contras de se apresentar na Avenida Paulista?
Dinho: Tem mais prós do que contras. Os contras talvez sejam alguns bêbados chatos, mas que logo se vão.
37) RM: Financeiramente compensa se apresentar na Avenida Paulista?
Dinho: Não. Mas eu não fico mais do que duas horas, mas para alguns “mais famosos”, financeiramente compensa.
38) RM: Se apresentar na Rua não “desqualifica a Arte Musical” pelos ruídos da Rua?
Dinho: Não desqualifica a arte, pode ser que o som em local aberto perca um pouco a qualidade.
39) RM: Quais os seus projetos futuros?
Dinho: Tocar e cantar, tocar e cantar, tocar e cantar…
40) RM: Dinho Gonçalves, Quais seus contatos para show e para os fãs?
Dinho: (11) 97753 – 6995 | [email protected] | https://www.facebook.com/adler.goncalvessilva