Luana Faddlei ou Luana Fádalei as duas grafias estão certas em alusão à Fada da lei por sentir que a sua “missão” é levar através da música uma mensagem em defesa da Natureza e de temas relacionados às lendas, a ufologia, romantismo e que exalte autoestima da mulher que assume o seu cabelo crespo e cacheado.
Em novembro de 2017 defendeu a música Violinos do Ar (Dudé das Aroeiras) no FEMUPO – Festival de Música Popular Brasileira de Barueri – SP acompanhada por Antonio Carlos,no Cajon.
Em 2018 lançou dois álbuns: CALEIDOSCÓPIO AMOR FURTA COR, single a single periodicamente. A proposta do álbum é mostrar a diversidade musical da cantora, compositora, violonista que interpreta com desenvoltura do Pop Rock a MPB, do Reggae a Bossa Nova com uma voz com “cordas vocais da emoção” que passeia naturalmente pela extensão do grave, médio e agudo com uma suavidade de um “canto de sereia e de fada” com uma musicalidade acima da média e sensibilidade de uma pisciana. Em 2018 divulgou as músicas do seu primeiro álbum “Caleidoscópio” nos Sarau e Espaço Cultural.
O álbum MEU DESEJO, com os reggae: Meu Desejo, Vibração Positiva, A Caminho do Mar, Não quero te prender, Sintonia na Água, O Presente, Flor do meu Jardim, Meu Cabelo Belo, todas em parceria com Antonio Carlos, Sou Frida de todos (em parceria com Antonio Carlos e Wagão Paiva), Zambalauê (em parceria com Mara Moura e Antonio Carlos) e as de sua autoria exclusiva: Meu Tudo, O Canto da Sereia, Seu E.T. A música Meu Desejo, foi produzida pelo saudoso Gerson da Conceição (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/gerson-da-conceicao) e que também participou fazendo backvocal. É uma honra ter uma música produzida por Gerson Conceição, fundador da banda Mano Bantu e conhecido como o “Dr. Reggae”
Em agosto de 2018, defendeu a canção Vibração Positiva no XVI Festival da Canção de São Tomé das Letras – Minas Gerais. Em 2019, acompanhada por uma banda cantou suas canções no 3 VOZES– 3 EXPRESSÕES MUSICAIS no Teatro Heleny Guariba em São Paulo. Nesse mesmo ano cantou no Encontro ESTÉTICAS DAS PERIFERIAS – Sarau Bodega do Brasil na Casa de Cultura Guaianases – SP ao lado do percussionista Júbilo Jacobino.
Em 2020, o mundo enfrentou a pandemia do Coronavírus e o setor de evento foi o primeiro a parar e o último a voltar, então os artistas passaram a se apresentar online e Luana participou do MULHER ARTISTA FEST – pela Fábrica de Cultura Jaçanã – SP. Em 2021 foi convidada para uma apresentação online pelo canal do YouTube Talita Cabral no FESTIVAL REGGAE ROOTS CULTURAL SP. No final de 2021 paulatinamente os eventos presencias começaram acontecer e em um deles participou ao lado do Camarada Vini cantando suas canções no FESTIVAL PANELÃO CAIPIRA na Vila Guilherme – SP a convite de Emerson Pantaleão.
Em 2024, cantou no Projeto Experimental Reggae para as crianças do EMEI Otávio José pelo qual ganhou de presente um par de Asas de Fada de papelão com as cores do Reggae para colocar nas costas. As asas foram confeccionadas pelas crianças com a supervisão do Camarada Vini que trabalhava nessa escola na região do Heliópolis – SP. Em 2025, foi uma grande honra para a “Fadinha Roots” cantar em Itaquera (bairro onde nasceu), no 49° Aniversário do PARQUE DO CARMO. Em 2025, gravou EGOÍSTA, um samba de Wilson Mickosz, cantaram em dueto.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Luana Fádalei para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 03/11/2025:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Luana Fádalei: Nasci no dia 22/02/1990 no bairro Itaquera, nova leste de São Paulo. Registrada como Luana Thaís da Silva.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Luana Fádalei: Cresci num ambiente artístico em meio a instrumentos musicais, pinceis e tintas com influência do meu pai (Volines da Silva, falecido em 2005) que era professor de música e cartazista de faixas e placas de supermercado. Quando eu tinha quatro anos de idade, meu pai deixou eu mexer no toca disco e ouvir seus discos, eu escutava o grupo Roupa Nova todo os dias e dançava sobre o tapete da sala e Chambinho, meu gatinho cinza, ficava doido para pegar meu pé, ele mexia o bumbum, eu achava que ele estava dançando comigo, mas hoje sei que queria era capturar meus pés.
03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Luana Fádalei: Na música estudei Violão dos 12 aos 15 anos de idade na escola Ponto Simples com o professor Dário no bairro Artur Alvim – SP. Depois aos 17 anos comecei a estudar Violão Erudito no Projeto Guri Polo Dom Bosco no bairro de Itaquera – SP. Aos 13 anos comecei a estudar Teclado na Escola Compasso Musical por menos de um ano. Aos 13 anos estudei técnica vocal na escola Compasso Musical com a professora Célia. Aos 16 anos participei de Coral na região do bairro da Luz – Centro – SP. Aos 17 anos participei do Coral do Projeto Guri polo Dom Bosco.
Aos 27 anos retornei ao estudo de Teclado com Antonio Carlos, que além de jornalista, multi-instrumentista, letrista e que nos seus momentos de folgas dava aula em casa para atender as pessoas da Vila Regina em Itaquera – SP. Nas aulas eu mostrei minhas composições e começamos a compor juntos, eu trazia a melodia e a ideia do tema e Antonio Carlos escrevi a letra e eu adaptava a melodia. Depois Antonio Carlos me acompanhou como percussionista em algumas apresentações.
Fora da área musical: Bacharel em Publicidade e Propaganda pela Universidade Eniac em Guarulhos – SP. Técnico em Radialista setor Locução Senac São Miguel Paulista – SP. Técnico de Enfermagem pela ETEC Carlos de Campos no bairro do Brás e especialista em Enfermagem do trabalho. Atualmente cursando Pedagogia. Entre outros cursos profissionalizantes.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Luana Fádalei: Cresci ouvindo o grupo Roupa Nova, Sandy e Júnior, que ficou no passado, passei pela fase dos Beatles e Raul Seixas antes dos 15 anos e em paralelo escutei muito o grupo 14 Bis e os dois álbuns do Clube da Esquina.
Aos 12 anos, Cássia Eller, Zélia Duncan foram grandes influências para eu começar a tocar violão. Logo entrei na fase escutar Legião Urbana entre outros grupos de rock nacional influenciada pelas revistinhas de cifra, como amava aprender novas posições de acordes. Eu juntava moeda para comprá-las nas bancas de jornal em 2003, eu ainda não tinha acesso à internet.
De 2005 a 2009 ouvia muito rádio FM sintonizava na Kiss FM para escutar clássicos do rock e na Alpha FM com músicas internacionais românticas, mas no começo dos anos 2000 era o pop que ouvia e dançava escutando os programas da Energia 97, Mix FM e Rádio Jovem Pan. Dos 23 a 26 anos passei por uma fase gospel.
A partir dos 27 anos pude imergir no Reggae que hoje é um Patrimônio Cultural da Humanidade, escutando Vanessa da Mata, Bob Marley, Natiruts, Mato Seco, Tribo de Jah, Marina Peralta, Iseo & Dodosound Chronixx, Dezarie, Zé Orlando, entre outros.
05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?
Luana Fádalei: A partir dos 12 anos de idade (2002) passei a me apresentar no formato Voz e Violão de maneira aleatória. Aos17 anos cantei no Programa Astros da TV SBT e no Retiro da Cultura Racional em Belford Roxo no Rio de Janeiro, quando fiz parte, o templo religioso que Tim Maia frequentou e gravou dois álbuns com músicas influenciadas por esse período religioso. Dos 23 aos 26 anos cantei em Igreja Evangélica.
Aos 27 anos passei a cantar as minhas composições de reggae e MPB em Saraus e Centros Culturais por várias regiões de São Paulo. Em novembro de 2017 participou FEMUPO – Festival de Música Popular Brasileira de Barueri – SP. Em 2018, aos 28 anos, participei com o reggae Vibração Positiva (feita em parceria com Antonio Carlos) do Festival da Canção, eliminatória em São Tomé das Letras em Minas Gerias, eu cantando e tocando violão acompanhada por Antonio Carlos na bateria e meu irmão (Allan Marks) no contrabaixo.
06) RM: Quantos álbuns lançados?
Luana Fádalei: Lancei dois álbuns entre 2018: Meu Desejo, com os reggae: Meu Desejo, Vibração Positiva, A Caminho do Mar, Não quero te prender, Sintonia na Água, O Presente, Flor do meu Jardim, Meu Cabelo Belo, todas em parceria com Antonio Carlos, Sou Frida de todos (em parceria com Antonio Carlos e Wagão Paiva), Zambalauê (em parceria com Mara Moura e Antonio Carlos) e as de minha autoria: Meu Tudo, O Canto da Sereia, Seu E.T. Meu Desejo, foi produzida pelo saudoso Gerson da Conceição e que também participou fazendo backvocal.
Caleidoscópio Amor Furta Cor, com minhas músicas: Amor Furta Cor, Lágrimas Noturna e regravações: Saudade (Antonio Carlos e Rogério Granja), Amor Fugaz, Fuga da Rotina, Quero você comigo, músicas de Antonio Carlos com Helena Elis. Músicas no ritmo de MPB, Bossa Nova, Blues.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Luana Fádalei: Reggae e MPB.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Luana Fádalei: Estudei técnica vocal com meu pai (Volines da Silva) quando criança, na adolescência no Projeto Guri e particular na Escola Compasso Musical e no bairro da Luz, e na era digital sigo dicas através do YouTube e Tik Tok.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Luana Fádalei: É importante para preservar a saúde do aparelho fonodore com as técnicas a melhoria na qualidade vocal com efeitos melisma, yodel, entre outros.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Luana Fádalei: Elis Regina, Marisa Monte, Vanessa da Mata, Fernanda Brum, Aline Barros, Whitney Houston, Flávio Venturini, Fred Mercury, Phil Colins, Bob Marley, Zé Orlando (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/banda-pedra-rara), entre outros.
11) RM: Como é o seu processo de compor?
Luana Fádalei: Após definir o tema, costumo pesquisar e separar palavras chaves e a melodia deixo acontecer dentro da espontaneidade através de uma sequência de acordes no violão. Fazendo músicas com parceiros pode acontecer de fazer junto letra e melodia, ou colocar melodia em letra pronta e ir adaptando o texto para encaixar na melodia.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Luana Fádalei: Antonio Carlos (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/reggaebelde)é meu principal parceiro musical e temos dez músicas em parcerias que foram gravadas no meu álbum Meu Desejo e no primeiro álbum da trilogia Reggaebelde Lovers.
Outras parcerias foram: Sou Flor (Kjé e Luana Fádalei), O Blues e a Bossa Nova (Luana Fádalei e Camarada Vini), Uma Linda Canção (Luana Fádalei e Camarada Vini), Mares Siderais (Pepe Chaves e Luana Fádalei), Água Prometida (Costa Senna c), Minha Querida (Alexandre Paulino Minha Querida), Os Bichinhos (Leonardo Viana e Luana Fádalei), Vence a Dor (Alessandra Delchio e Luana Fádalei).
13) RM: Quem já gravou as suas músicas?
Luana Fádalei: No primeiro álbum Reggaebelde Lovers tem seis músicas minhas em parceria com Antonio Carlos, foram interpretadas por Antonio Carlos e fiz participação em quatro músicas como backvocal. Zé Orlando da banda Pedra Rara regravou Zambalauê (Mara Moura, Antonio Carlos, Luana Fádalei) e Nando Oliver também regravou.
14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Luana Fádalei: O contra em desenvolver uma carreira musical de forma independente é a falta de condição financeira para investir e procurar lugar para apresentação. O bom é não ter limitação da expressão artística.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Luana Fádalei: O mais complexo são os bastidores antes de um show, desde o processo de composição, gravação em studio, figurino, maquiagem e cabelo, expressão corporal, mensagem a ser falada de acordo com o projeto, selecionar e ensaiar com os músicos, agendar a apresentação, o anúncio nas redes sociais do evento, a cereja do bolo aos olhos do ouvinte, é cenário do show.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?
Luana Fádalei: Estou voltando após a pandemia do covid-19 atuar na música.
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?
Luana Fádalei: Vejo que a internet é uma maravilha para a carreira musical de maneira globalizada para expandir ao público sem fronteiras e fazer network através das redes socais com pessoas que não conheceria pessoalmente, mas que a internet possibilita se conectar e fazer parcerias. O lado ruim é ser perseguida por haters, mas até hoje não tive esses problemas e espero não ter se um dia minha carreira tiver grande exposição. Artistas famosos sofrem com Invasão dos perfis e artistas ainda anônimos, tentaram esses dias acessar meu Facebook. As fakes e outros crimes cibernéticos, mas também não passei por isso. Amém.
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Luana Fádalei: Acredito que é um sonho para quem tem a possibilidade de ter um home estúdio, pois tem que investir em maquinário, ambiente acústicas e conhecer os programas de áudio dando a liberdade e a gravação abaixo custo. Um dia quem sabe eu monte o meu home estúdio para gravar minhas músicas e de outros músicos. Mas já tenho o benefício de poder gravar minhas músicas pagando os serviços de produtores musicais que tem home estúdio.
19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Luana Fádalei: Eu não me preocupo tanto com a concorrência, mas entendo que um vídeo com a música bem produzida chama a atenção dos ouvintes.
20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Luana Fádalei: Cada artista famoso possui a sua qualidade devido a equipe que o acompanha, é difícil citar.
21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?
Luana Fádalei: Por falta de comunicação entre os organizadores num evento recente: Aniversário do Parque do Carmo em 2025, estava na programação para eu entrar no palco às 16:30, mas me informaram que seria às 18h, horário que encerraria o evento. A sorte que cheguei antes e cantei por 15 minutos no final do evento com o público saindo por causa de ameaçando chuva. Em 2019, em um Festival de Música em Poá – SP, iria cantar de tarde, mas me deixaram como última atração tarde da noite com o público indo embora. Em 2018 ou 2019, no Festival Grown em Monguagá – SP fui convidada com meu ex namorado Vini Duarte Blues (Camarada Vini), iríamos abrir o evento no período da tarde, chegamos pela manhã, e ficamos largados em volta ao espaço, no final na tarde começou a chegar outras bandas e fomos entrar ao palco a noite e foi aí que soubemos que tinha camarim. São situações de desrespeito com o artista e com a arte.
22) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Luana Fádalei: O quê me deixa feliz é a satisfação em poder fazer arte do fundo do meu coração chegar em outros corações. Poder viajar e conhecer novas pessoas. O que deixa triste, mas não ligo mais, é a falta de apoio da família, o desrespeito de produtores de evento que nem paga o cachê do artista e deixando o artista em péssimas condições de trabalho.
23) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Luana Fádalei: Emissoras de Rádio Comunitária já tocaram minhas músicas sem pagar o jabá, a Milenium do Itaim Paulista, e Rádio Cidadã FM do Butantã – SP. Algumas Web Rádios, como a Rádio In Box com Zé Orlando, Regueiros Guerreiros de Jah com Miriane de Jah, no programa da May Sistah no Planeta Reggae e do Frequenciareggae com Denise Ribeiro e Dj Leroy. Já FM de grande audiência, creio que artista sem fama tem que pagar o jabá, mas é algo que nem almejo fazer.
24) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Luana Fádalei: Primeiramente o artista tem que achar a sua tonalidade e desenvolvê-lo, depois encontrar a sua missão e público-alvo que apoie sua arte. Ter alguém que gerencie a carreira é melhor para não sobre carregar o artista, mas se não puder ter, é fazer um trabalho de formiguinha.
É preciso investir em um bom instrumento, se tiver condições contratar músicos de apoio, mídias sociais, agendar apresentação. A carreira musical é muito ampla e tem que estar disposto e mesmo com muito trabalho não é garantia de sucesso. A fama e reconhecimento pode ser subjetivo de acordo com as expectativas e senso de realidade do artista.
25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Luana Fádalei: A grande mídia investe e coloca goela abaixo artistas com música de entretenimento e de baixa qualidade artística em grande destaque, se tornam produtos de manipulação para grande massa que acaba gostando. Já os artistas consagrados e os novatos de boa qualidade o espaço é menor, a internet ganha seu espaço e o artista pode encontrar seu público-alvo.
26) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Luana Fádalei: Acho maravilhosos esses espaços para os artistas que estão surgindo na cena musical e ter espaço como estes para atrair cada vez mais o público assistir apresentação com qualidade artística.
27) RM : Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Luana Fádalei: Falar em regredir é meio delicado e poderá soar como ofensivo, mas sei com a pandemia do Covid-19, eu parei por quatro anos minha carreira, mesmo fazendo apresentações virtuais esporádicas através de editais participei recebendo cachê, mas teve o abalo emocional que fez eu sair do foco da música para o da costura e artesanato em crochê.
Mas o cantor Armandinho não está em grande destaque assim como o grupo Filosofia Reggae que hoje luta por um bom espaço. Victor Kley e Melim estavam crescendo, mas depois deram uma decaída. Com carreira consistente: Natiruts, porém estão encerrando a banda mesmo com grande sucesso.
Edson Gomes (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/edson-gomes), é respeitado e tem uma carreira plena. A Tribo de Jah (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/tribo-de-jah) que arrasta multidões a mais de 40 anos de estrada, um orgulho para nós.
As bandas: Mato Seco, Ponto de Equilíbrio e Maneva, atraem multidões e muitas bandas de São Paulo tem grande influência deles, principalmente a vocal.
Destaque da cena atual em São Paulo e se expandindo: Marina Peralta com letras e mensagens de empoderamento feminino. Fabiana Rasta (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/fabiana-rasta) que a cada dia mostra uma segurança e brinca no palco, canta inglês lindamente na Bahia e Maranhão.
Denise D’Paula a diva mor com sua carreira solo traz uma linha romântica vem conquistando seu espaço e expandindo cada vez em São Paulo. Sistah Mari se tornando um grande destaque em São Paulo. As bandas: Caminho Suave (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/banda-caminho-suave) e União Rasta (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/banda-uniao-rasta) com uma excelente qualidade, com letras de protesto e cada dia conquistando seu espaço em São Paulo.
No Maranhão vejo crescer a cada dia, Regiane Araujo, Núbia Rodrigues, Pedro Beydoun (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/pedro-beydoun), João Beydoun (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/joao-beydoun), jovens se tornando gigantes na cena, fico muito feliz por essa nova geração.
28) RM: Você é Rastafári?
Luana Fádalei: Não sou Rastafári, porém respeito. Hoje me vejo como espiritualidade aberta ao que dentro do meu repertório acredito fazer, sentido, desde o poder de uma oração com fé, a uso de palavras de benção a banhos de ervas energéticos.
29) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?
Luana Fádalei: O reggae é aberto para todos com várias ramificações não sendo somente música, mas uma cultura ampla, que passa pela religião, estilo de vida, vestimenta, cabelos, artesanato e luta de um povo reprimido.
Dizer que só os rastafáris fazem o reggae verdadeiro não é uma verdade absoluta, embora quem popularizou o reggae, Bob Marley, fazia parte dessa religião e utilizava o reggae para enaltecer a Jah e denunciar os problemas sociais.
O Nyabinghi, com os ritual dos seus tambores tocados no compasso da pulsação coração, a pulsação da Terra que é umas das ramificações do reggae e rituais sagrados dos Rastafáris. São os precursores, porém dizer que são os únicos a fazer um reggae verdadeiro não procede.
30) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?
Luana Fádalei: Brasil é um país miscigenado com cultura e raízes dos imigrantes, incluindo as dos próprios povos originários. No Brasil ritmos fortes são: Samba, Forró, MPB, Música Sertaneja, Rock, entre outros.
O Reggae é um estilo relativamente novo, da década de 60 para frente, traz junto o grande preconceito ser relacionado ao uso da maconha, mas para quem conhece sabe que o uso não define o estilo. A maioria dos brasileiros são ecléticos pela pluralidade cultural.
31) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System?
Luana Fádalei: O ruim do formato Sound System é que não tem o peso e sintonia dos músicos tocando no palco. O bom é a oportunidade de mostrar as músicas produzidas cantando em cima da base instrumental (playback) gravada em estúdio.
32) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?
Luana Fádalei: Além do peso e qualidade sonora da apresentação da banda, a dinâmica do espetáculo tem a interação dos músicos no palco. No formato Sound System quem canta tem que ocupar todo o palco para manter a atenção do público.
33) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?
Luana Fádalei: A grande maioria dos artistas que atuam no reggae não fazem o uso, já os rastafáris usam como algo sagrado. Ouvintes de outros ritmos musicais também fazem o uso recreativo da cannabis sativa.
Agora fazer uma associação pejorativa do uso da maconha com vagabundagem é preconceituoso e associar ao ritmo reggae é diminui o valor de um gênero musical que é um Patrimônio Cultural da Humanidade. O uso da maconha pelo público e pôr alguns músicos é escolha particular.
34) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?
Luana Fádalei: Uma relação não absoluta já que é um ritmo aberto e destinados a todos independente da crença religiosa.
35) RM: Quais os seus projetos futuros?
Luana Fádalei: Gravar em 2026 as músicas para concluir meus dois álbuns lançados em 2018 e mostrar meu trabalho musical que traz mensagens de empoderamento feminino, mensagens positivas para crianças, mensagens sobre a preservação da natureza e românticas.
37) RM: Quais seus contatos?
Luana Fádalei: [email protected] | https://www.facebook.com/luana.violao | https://www.instagram.com/luana_fadalei
Canal: https://www.youtube.com/@luanafaddlei2277
Meu Desejo – Luana Faddlei: https://www.youtube.com/watch?v=2IG-BPyPOUk
Fonte de Vida – Luana Faddlei: https://www.youtube.com/watch?v=F1pzcbMJaq4
Saudade (clipe) – Luana Faddlei: https://www.youtube.com/watch?v=_s4vvlVsjZ4
2 – LUANA FADDLEI no Festival REGGAE ROOTS Cultural SP: https://www.youtube.com/watch?v=7TLy0-qexP8
Violinos do Ar – Luana Faddlei – No Festival de Música de Barueri – SP – 10.11.2017: https://www.youtube.com/watch?v=to-HB1wB76U
2 – LUANA FADDLEI no Festival REGGAE ROOTS Cultural SP: https://www.youtube.com/watch?v=7TLy0-qexP8