Aline Anjos

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A cantora mineira Aline Anjos, radicada em Itutinga – MG, terra das Aguas, começou a cantar desde pequena, tomando gosto pela musica.

Participou de vários grupos, com eles realizou diversas apresentações na cidade e região, inclusive na sua cidade natal, Lavras – MG. Participou da banda Canal de Fuga de Itutinga, onde conheceu seu parceiro e compositor Paulo Trindade.

Em 2005, mudou-se para São Paulo e se encantou pela cidade e se casou e escolheu a cidade para viver com a família. Em 2020, durante a pandemia do Covid-19 , retomou as aulas de canto. Neste período reencontra com Paulo Trindade e em 2021, lançou o EP “NAÇÃO”, com quatro músicas suas em parceria com Paulo Trindade e arranjos de Heitor Evangelista da H2 Estúdios. No segundo semestre de 2022 lançou o EP DOIDA.

Em Junho de 2025, lançou o single GAZA (CESSAR FOGO!), um hino libertário Cintra o massacre do Povo Palestino na faixa de Gaza.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Aline Anjos para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 13/06/2025:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Aline Anjos: Nasci no dia 16 de março de 1978 em Lavras – MG. Mas me criei na cidade vizinha, Itutinga. Registrada como Aline Aparecida dos Anjos.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Aline Anjos: Não me recordo ao certo como foi esse primeiro contato com a música, sei que foi quando eu era criança. Me recordo, e muitas pessoas dizem que aos três anos de idade eu já cantarolava músicas de Roberto Carlos com maestria (risos). Mas tive noção da importância que a música teria na minha vida, por volta de uns 13 anos de idade.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Aline Anjos: Eu não tenho formação musical e nem acadêmica fora da música. Curso Técnica em Enfermagem.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Aline Anjos: Minhas influências musicais não mudaram muito com passar dos anos, fui acrescentando novas. Na infância, ouvia o que meus pais (Rosa dos Anjos e Geraldo Afonso dos Anjos) gostavam (risos): Nelson Gonçalves, Clara Nunes, Ney Matogrosso, Gal Costa, Jair Rodrigues, Elis Regina, Chitãozinho e Xororó e muitos outros cantores maravilhosos.

Depois na adolescência, fui criando meu próprio gosto musical, ouvia de tudo: rock, pagode e sertanejo. Nos anos 90, descobri Marisa Monte, uma artista mais completa no cenário nacional atualmente. E internacionalmente, me inspiro muito em: Adele, Tina Turner, Whitney Houston e muitos outros.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Aline Anjos: Em 1993, comecei a me apresentar aos 15 anos de idade. Fui convidada pra fazer teste em uma banda de baile em Itutinga – MG, os músicos e público gostaram, e por aí eu fui… Passei por algumas bandas da região de Minas Gerais, além de me apresentar em barzinhos e eventos particulares com um músico incrível: Éder Lopes, com quem eu aprendi muito.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Aline Anjos: Não lancei CD físico! Minha experiência com música autoral começou durante a pandemia do Covid-19. Os streamings já dominavam (risos). Lancei os álbuns: Nação (2021) com as músicas: Nação, SQN – Só que não, Essa noite eu vou, Guerreira, todas feitas em parceria com Paulo Trindade e com produção musical e arranjos de Heitor Evangelista da H2 Estúdios.

Doida (2022) com as músicas: Só nós 2, Veneno, Garota da balada, Doida, todas feitas em parceria com Paulo Trindade e com produção musical e arranjos de Heitor Evangelista da H2 Estúdios.

Em junho de 2025, lancei o single GAZA (CESSAR FOGO!), em parceria com Paulo Trindade e com produção musical e arranjos de Heitor Evangelista da H2 Estúdios.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Aline Anjos: Meu estilo é MPB, visto a grandeza de ritmos e variantes que englobam a riqueza da música brasileira.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Aline Anjos: Durante a pandemia Covid-19 fiz aulas de técnica vocal.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Aline Anjos: É importante conhecermos nossa voz, saber dos seus alcances e suas limitações de extensão vocal. E os cuidados são essenciais, é meu instrumento de trabalho.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Aline Anjos: Tenho admiração por todos os cantores, desde quem se apresenta na rua, praças, transportes público, como por aqueles que lota grandes estádios. Só quem é da música, sabe o quanto é difícil e gratificante fazer parte desse mundo musical, daí vem minha admiração, pela garra, pela força de vontade de estar ali. Mas meus preferidos, são: Marisa Monte, Adele, Celine Dion, Edith Piaf, Lady Gaga.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Aline Anjos: Sinceramente, nunca me arrisquei a compor.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Aline Anjos: Meus parceiros são: Paulo Trindade, que é meu compositor, e Heitor Evangelista, que faz os arranjos e a produção musical.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Aline Anjos: No cenário musical atual, não vejo contra. Acho que as oportunidades de lançar músicas ficou bem mais fácil, não dependendo mais das gravadoras.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Aline Anjos: A estratégia hoje, é ser visto, ser ouvido nas plataformas, nas redes sociais. Estou começando a desenvolver uma carreira musica usando os meios de comunicação atuais, que espero que seja de sucesso.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Aline Anjos: Tento aproveitar todas as oportunidades que me são dadas, para poder mostrar o meu trabalho, para o maior número de pessoas.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Aline Anjos: Até hoje, a internet só me ajuda. Tenho acesso a cursos e ferramentas que sem a internet seria impossível.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Aline Anjos: Não vejo desvantagens do acesso a home estúdio. Com essa tecnologia, qualquer artista pode apresentar sua música. No meu caso só vi vantagens.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Aline Anjos: Eu tento sempre passar emoção, sentimentos pra tentar tocar o maior número de pessoas, e assim ter um público fiel.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Aline Anjos: A muitos anos, o que tem dominado o cenário nacional é a Música Sertaneja e a maior revelação foi Marília Mendonça, que mesmo depois de sua partida tão precoce, continua sendo uma das artistas mais ouvidas no Brasil. Anitta construiu uma carreira consolidada, com um público super fiel. Acho que existe muita “modinha”, mas os bons permanecem.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Aline Anjos: Acho que passei por quase todas essas situações citadas na pergunta (risos). Mas uma que eu não me esqueço, foi o réveillon de 1999 para 2000, a banda em que eu cantava foi contratada para fazer o Show da virada em uma cidade na divisa de Minas Gerais com Bahia.

E, foram mais de 12 horas de viagem, no trajeto o ônibus quebrou, ficamos horas na estrada até resolver, mas chegamos. Era uma super estrutura em um ginásio coberto, estávamos ansiosos (risos). Chegada a hora da apresentação estávamos lá, mas não apareceu ninguém, só o prefeito e sua comitiva. Mas tocamos a noite toda, pra nós mesmos. E no outro dia viajamos mais 12 horas pra voltar pra casa. Simplesmente inesquecível.

21) RM: O que te deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Aline Anjos: Ser e não ser reconhecido por nosso trabalho, é o que nos deixar feliz ou triste.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Aline Anjos: Com toda certeza existe Dom. Você nasce com a ferramenta, e vai aprendendo a usá-la e aperfeiçoá-la.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Aline Anjos: Eu não chamaria de improvisação, e sim de capacidade musical. Tem que ter muita segurança do seu potencial pra improvisar.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Aline Anjos: Como já disse a cima é necessário muito estudo e confiança em você e nos músicos que te acompanham, para ter uma improvisação com sucesso.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Aline Anjos: Acredito que os contras, sejam, os músicos que ainda não se capacitaram o suficiente e ainda não se sintam confortáveis em improvisar.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Aline Anjos: O estudo da harmonia é essencial para todo músico, acho que quem é contra, jamais conseguirá ter seu objetivo alcançado.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Aline Anjos: Hoje, com as plataformas de streaming, o pagamento do jabá nas rádios e TV perderam muito seu espaço, as pessoas tem a liberdade de ouvir o que querem a qualquer momento. Mas confesso que se eu tivesse um dinheiro sobrando, eu pagaria o jabá para tocarem minhas músicas. O rádio ainda tem uma grande influência na divulgação da música.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Aline Anjos: Força, foco fé e boa sorte! Não vai ser fácil, mais é gratificante.

29) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Aline Anjos: Embora, hoje, os festivais de música, não tenham o glamour como a décadas atrás, ainda revelam muitos talentos.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Aline Anjos: A grande mídia, só mostra o sucesso, depois que o artista já está em evidência com milhões de fãs. Como sempre não dão oportunidade ao novo.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Aline Anjos: Acho muito importante, espaços de muita visibilidade. Embora não conheça a fundo, o processo aplicado para a seleção. Acho muito válido para o artista independente.

32) RM: Quais os seus projetos futuros?

Aline Anjos: Para o futuro, pretendo continuar lançando minhas músicas e produzir um show, para levar meu trabalho mais perto do meu público que tanto amo! E deixo meu agradecimento a revista RitmoMelodia pela oportunidade de falar um pouco da minha trajetória. Foi um prazer!

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Aline Anjos: [email protected] | https://www.instagram.com/alineitutinga | https://www.facebook.com/alineitutinga

Canal: https://www.youtube.com/@alineanjos4102

Gaza (Cessar Fogo!) (feat. Nanda Borges): https://www.youtube.com/watch?v=bdDgPp65L6E

Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=l0rYrHevU_0&list=OLAK5uy_kdEC_gglxZ4ynExHQ8wulNhY26fGu2liU