A produtora e DJ Ilka Oliver começou sua carreira internacional aos 21 anos, ganhando destaque na cena eletrônica em 2007.
A DJ já se apresentou em diversos clubs do Brasil e do mundo, incluindo Sirena, D-Edege, Festival THE HOLE, Destino Pacha Ibiza, Med Sensation, entre outros.
Ilka lançou seu primeiro álbum “Pink Ep” e os EPs “Small Crime”, “Katana Ep.”, além de ter uma faixa em vinil Samba do Futuro chamada “Star Criminal”.
Segue abaixo entrevista exclusiva com a produtora e DJ Ilka Oliver para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 23.12.2024:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
DJ Ilka Oliver: Nasci no dia 14/07/1988 em Valença – Rio de Janeiro.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
DJ Ilka Oliver: Meu primeiro contato com a música foi ainda criança, ouvindo diversos ritmos em casa, desde muito pequena sempre me senti atraída pela música, nessa época percebi como ela tinha o poder de transformar momentos e unir as pessoas.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
DJ Ilka Oliver: Minha formação musical: curso de mixagem e Produção musical na DJ Ban, noites e noites ao lado de grandes artistas pioneiros da música eletrônica.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
DJ Ilka Oliver: Minhas influências musicais no passado: NEW Order, Depeche Mode, NEW WAVE, Synth-POP; minhas influências musicais no presente: Mochakk /Marco Carola / Nytron/ ANNA/. Vintage Culture / Richie Hawtin/ Black Coffee / PAWSA / FISHER/ JAMIE JONES/ CARL COX/ CLAPTONE/ INDIRA PAGANOTTO/ SOLOMUN.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira de DJ?
DJ Ilka Oliver: A música sempre fez parte da minha vida, mas decidi me tornar DJ foi quando vi a versatilidade e as infinitas possibilidades que se pode ter com a música eletrônica, desde então fui aprendendo, me especializando, etc.
06) RM: Quais motivos levaram você escolher o repertório do Afrobeat e afoxé?
DJ Ilka Oliver: Escolhi Afrobeat e afoxé porque essas sonoridades têm uma energia contagiante e uma rica herança cultural. Eles me permitem conectar pessoas com ritmos ancestrais que ainda são extremamente relevantes e ambas as vertentes trazem mensagens de resistência, celebração e espiritualidade.
07) RM: Como você escolhe o seu repertório?
DJ Ilka Oliver: Meu repertório é escolhido com muito carinho, sempre penso em músicas que tenham realmente significado, tanto para mim quanto para o público, eu acredito que essa conexão artista-público é uma das coisas mais importantes.
08) RM: Você é colecionadora de disco?
DJ Ilka Oliver: Não.
09) RM: Qual a importância do colecionador de disco?
DJ Ilka Oliver: Os colecionadores de discos são verdadeiros “guardiões da história da música”, e justamente por isso são tão importantes, a música muda sempre, claro, mas é preciso ter uma boa base para isso, cada disco é uma conexão entre o passado e o presente, valorizando a música.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
DJ Ilka Oliver: Michael Jackson, Stevie wonder, Beyonce, Lady Gaga, Bob Marley, Tom Jobim, Miame Bass 80.
11) RM: Apresente seu set up equipamentos.
DJ Ilka Oliver: Meu set up é composto por controladoras versáteis, como a CDJ 2000, que oferece soluções em mix e scratching. Um software confiável como o Rekordbox. Também conto com monitores de alta qualidade e fones de ouvido, que me ajudam a manter um som limpo e bem equalizado. Quando possível, gosto de integrar elementos analógicos, como toca-discos, para enriquecer minha performance.
12) RM: Quais são seus principais equipamento para começar a função de DJ?
DJ Ilka Oliver: Uma controladora ou toca-discos, fones de ouvido de boa qualidade, caixas de som para apresentações e um laptop com um software de mixagem.
13) RM: Quais as diferenças de entre usar um notebook como tocador de mp3 através de um programa como toca discos e os próprios toca discos?
DJ Ilka Oliver: A diferença está na experiência e facilidade, usar toca-discos traz um toque mais único e torna possível usar técnicas como scratch, já o notebook oferece praticidade e acesso rápido a milhares de músicas, ideal para quem precisa de mais versatilidade.
14) RM: Quais os melhores periféricos e indispensáveis para o DJ?
DJ Ilka Oliver: Fones de qualidade, controladoras ou mixers, monitores de áudio, cabos adequados e interface de áudio, existem outros, mas esses são os mais importantes.
15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
DJ Ilka Oliver: Eu planejo a minha carreira de DJ com foco em construir uma identidade musical que me represente, me atualizo sobre as novas tendências e entender o que meu público está gostando.
16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira de DJ?
DJ Ilka Oliver: Busco criar conteúdo exclusivo, faço parcerias, invisto em divulgação e busco oportunidades de aprendizado constante para trazer o que há de melhor para meus fãs.
17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira de DJ?
DJ Ilka Oliver: A internet é essencial para divulgar meu trabalho, aproximar do público e achar novas oportunidades, mas também aumenta a competição, já que muitos DJs podem compartilhar suas produções.
18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
DJ Ilka Oliver: Esse modelo traz mais flexibilidade e reduz custos de produção, isso permite que os DJs produzam músicas de forma independente, mas a depender dos aparelhos usados a qualidade pode ser inferior aos estúdios profissionais.
19) RM: O que você faz efetivamente para se diferenciar como DJ e dentro do seu nicho musical?
DJ Ilka Oliver: Com um mercado cada vez mais competitivo, o seu diferencial é o seu maior trunfo, para me diferenciar eu inovo nas mixagens, trago novas sonoridades e estilos dentro do meu nicho.
20) RM: Como você analisa o cenário musical para o DJ. Em sua opinião quais os DJs foram às revelações nas duas últimas décadas e quem regrediu?
DJ Ilka Oliver: O cenário para DJs é mais diversificado do que nunca, com gêneros e tecnologias se misturando. A internet e o streaming abriram portas para novos talentos, mas também conquistaram desafios, como a saturação do mercado.
Quanto às revelações, nomes como Black Coffee e Peggy Gou são exemplos de inovação e consistência nas duas últimas décadas. Por outro lado, alguns artistas que estavam em alta regrediram, muitas vezes devido à falta de inovação ou mudanças nos interesses do público.
21) RM: Quais os DJs já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
DJ Ilka Oliver: Tenho como referência DJs como Laurent Garnier, pelas características e longevidade na carreira; Nina Kraviz, pelos danos e ousadia; e o brasileiro Alok, pela gestão de carreira e capacidade de conectar diferentes públicos. Eles são exemplos de como técnica, carisma e visão estratégica podem fazer a diferença no mercado.
22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?
DJ Ilka Oliver: Já toquei em eventos onde os equipamentos prometidos não estavam disponíveis e precisei improvisar como o que tinha. Também teve um evento em que fiquei horas montando o cenário perfeito e, no meio da apresentação, o som caiu por problemas elétricos. Momentos engraçados não faltam, mas tudo isso faz parte da experiência e só reforça a importância de estar sempre preparado e manter a calma.
23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira de DJ?
DJ Ilka Oliver: Sem dúvidas, a falta de oportunidades e valorização das DJs mulheres, não apenas por mim, mas por todas, elas têm muito talento e ótimos trabalhos para mostrar, às vezes só precisam de mais espaço.
24) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira como DJ?
DJ Ilka Oliver: Não desista nas primeiras dificuldades, procure aprender com elas.
25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
DJ Ilka Oliver: A grande mídia, às vezes, dá mais destaque a artistas e estilos que já possuem uma base sólida ou apelo comercial, deixando gêneros mais nichados e independentes em segundo plano. Apesar disso, vemos uma mudança positiva nos últimos anos, com mais DJs e produtores sendo reconhecidos. A internet e as redes sociais ajudaram muito nesse sentido, criando novas plataformas de exposição e forçando a mídia tradicional a se adaptar.
26) RM: O circuito de Bar na cidade que você mora ainda é uma boa opção de trabalho para o DJ?
DJ Ilka Oliver: Sim, mas com algumas ressalvas. O circuito de bares continua sendo uma boa porta de entrada para DJs mostrarem seu trabalho, especialmente para quem está começando ou quer criar redes locais.
No entanto, nem sempre as condições são ideais, seja pelas despesas, estrutura ou valorização do profissional. É uma questão de equilibrar expectativas e escolher lugares que respeitem o trabalho do DJ como um artista essencial para o entretenimento.
27) RM: Você acha que o DJ tomou o lugar do músico ou banda?
DJ Ilka Oliver: Não, cada um tem o seu estilo e o seu mercado, existe espaço para todos e os artistas podem contribuir entre si.
28) RM: Qual a importância do Sound System para o DJ e cantor solo?
DJ Ilka Oliver: O Sound System garante a qualidade do som e a experiência do público, sem ele as pessoas não conseguem ouvir tão bem seu show.
29) RM: Quais os seus projetos futuros?
DJ Ilka Oliver: Não posso dar muitos detalhes por agora, mas posso adiantar que eu estou sempre me atualizando nas tendências e gosto sempre de trazer isso para o meu público.
30) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
DJ Ilka Oliver: https://www.djilkaoliver.com
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Ilka Oliver: https://www.youtube.com/@ilkaoliver4164
| https://www.instagram.com/ilka_oliver_/
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