Walas D JAH

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Walas D JAH iniciou sua carreira no reggae em 2003 com sua primeira banda JAH Gui, depois fez parte das bandas: em 2006 banda Herdeiros Da Promessa (Gospel); em 2010 banda BaggaRoots; em 2012 banda Fighting Soldiers; em 2015 banda Manascença; em 2016 banda Sagrada Sintonia; em 2018 banda Fighting Soldiers. Entre 2015 e 2017 Walas D JAH fez parte de uma banda de apoio para Edson Gomes em São Paulo.

Em 2025, Walas D JAH entrou em mais um desafio ao fundar a banda DeepSea, com o objetivo de preencher cada vez mais o seu conhecimento no cenário do Reggae Nacional. Atual formação da banda: Fernando Novaes (Vocal), Walas D JAH (Guitarra Base), Pacheco (Guitarra Solo),  Will (Teclado), Billy (Baixo), Luizinho (Bateria), Mibemol (Sax), Fabinho (Trompete).

Segue abaixo entrevista exclusiva com Walas D JAH para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 14/07/2025:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Walas D JAH: Nascido no dia 01/02/1984 em Itarantim – Bahia. Registrado como Walas Dias.

Atual formação banda DeepSea: Fernando Novaes de Oliveira (Vocal), nasceu no dia 20/07/1986 em São Paulo – SP; Antônio Pacheco Rodrigues (Guitarra Solo), nasceu no dia 13/10/1987 em São Paulo; Willians Inácio Da Silva (Teclado), nasceu no dia 16/02/1992 em São Paulo; Samuel Souza de Lima (Billy no Baixo), nasceu no dia 26/11/75 em São Paulo; Luiz Gandolfo Cavalcante Santos (Bateria), nasceu no dia  04/09/1981 em São Paulo; Francisco Brito de Oliveira Júnior (Mibemol no Sax), nasceu no dia 28/03/1990 em Maranhão; Fabio Cirino (Trompete), nasceu no dia 09/11/1975 em São Paulo; Walas D JAH (Guitarra Base).

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Walas D JAH: Meu primeiro contato com a música eu tinha 13 anos de idade e meu primeiro instrumento foi o Cavaquinho.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Walas D JAH: Na música sou autodidata. E fora da música sou Técnico de Segurança do Trabalho.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Walas D JAH: Bob Marley, Edson Gomes, Peter Tosh, Tribo de Jah.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Walas D JAH: Em 2003, iniciei minha carreira musical com a banda JAH Guia.

06) RM: Quantos álbuns lançados?

Walas D JAH: Lancei dois álbuns: um com a banda Sagrada Sintonia – Procure Ser a Paz (2018) e com a banda DeepSea – Ebenézer (2025).

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Walas D JAH: Reggae Raiz.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Walas D JAH: Sim.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Walas D JAH: O cuidado com a voz é primordial para um bom desempenho em uma apresentação.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Walas D JAH: Bob Marley, Edson Gomes, Peter Tosh, Alpha Blondy, Tiken Jah Fakoly, entre outros.

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Walas D JAH: Não sigo um Processo, apenas pego caneta e papel quando a inspiração vem, independente da hora.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Walas D JAH: Willians Inácio (Produtor Musical).

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Walas D JAH: Zé Orlando (ex Tribo de Jah), Fernando Novaes (Veja Luz), Leandro D’Zambi (Sagrada Sintonia), Leandro Kintê (Filhos da Terra), Caio Baias.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Walas D JAH: É muito bom ter a liberdade de colocar minha cara, meu estilo musical, é a melhor parte de ter carreira independente. O que também dificulta para é ter espaço no cenário musical em geral.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Walas D JAH: Planejo de forma independente, buscando Fábricas de Cultura e Editais.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Walas D JAH: Uso as redes sociais e plataformas digitais.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Walas D JAH: A internet ajuda no sentido de expandir o nome da banda, e atrapalha no sentido de venda de discos. Hoje em dia não se vendem mais discos, estamos na era digital.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Walas D JAH: Ficou mais prático gravar música com home estúdio, e com uma ótima qualidade de som, não vejo desvantagens.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Walas D JAH: Busco Inovação, tanto com melodias, harmonias e letras mais atuais, para conseguir atingir o público mais jovem.

20) RM: Quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Walas D JAH: Edson Gomes (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/edson-gomes), Toni Garrido, Zé Orlando (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/banda-pedra-rara), Fauzi Beydoun (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/tribo-de-jah), Serginho (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/banda-adao-negro), Marcelo Falcão.

21) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado e etc)?

Walas D JAH: Chegar e não ter aparelhagem para tocar, cachê sendo pago com batata frita, fazer o show e não receber.

22) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Walas D JAH: Feliz: o prazer de tocar um instrumento, apresentar um trabalho digno de aplausos. Triste: as dificuldades que encontramos no nosso dia a dia, falta de estrutura de algumas casas, escassez de casas de Shows no cenário reggae. 

23) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Walas D JAH: Acredito que não, muito difícil disso acontecer.

24) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Walas D JAH: Que a carreira é árdua, porém, é uma alegria imensa quando conseguimos viver da música.

25) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Walas D JAH: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira é feita sempre através da famosa panela, e se você não faz parte dela, dificilmente terá uma cobertura ampla sobre o seu trabalho.

26) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Walas D JAH: Uma ótima oportunidade para apresentar o seu trabalho, de forma digna.

27) RM: Como você analisa o cenário do reggae no Brasil. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas e quais permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Walas D JAH: O Reggae no Brasil é muito forte, mesmo não sendo tocado em Rádios e TVs.

28) RM: Você é Rastafári?

Walas D JAH: Não sou rasta.

29) RM: Alguns adeptos da religião Rastafári afirmam que só eles fazem o reggae verdadeiro. Como você analisa tal afirmação?

Walas D JAH: O Reggae é sentimento, movimento e uma Filosofia de Vida, todos podem tocar um Reggae de forma original sem exceção.

30) RM: Na sua opinião quais os motivos da cena reggae no Brasil não ter o mesmo prestígio que tem na Europa, nos EUA e no exterior em geral?

Walas D JAH: Ainda há um certo preconceito com o estilo Reggae e a associação do Reggae com a maconha.

31) RM: Quais os pros e contras de se apresentar com o formato Sound System?

Walas D JAH: Prós do Sound System é o cantor não ter muita dor de cabeça com os músicos da banda e é em formato menor para a apresentação. Os contras é quem nenhum Sound System supera uma apresentação ao vivo de uma banda.

32) RM: Quais as diferenças de se apresentar com banda em relação ao formato com Sound System?

Walas D JAH: Calor humano, a energia que a banda passa para o público é a diferença em relação do formato Sound System.

33) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae e o uso da maconha?

Walas D JAH: Analiso de forma separada, reggae não é droga é Filosofia, Cultura, estilo de vida. Hoje se vê mais o uso da maconha em outros estilos musicais do que no próprio Reggae.

34) RM: Como você analisa a relação que se faz do reggae com a cultura Rastafári?

Walas D JAH: Analiso também de forma separada, Rastafári é religião, é adoração por Haile Selassie e suas doutrinas, e Reggae é um estilo musical e cultural.

35) RM: Quais os seus projetos futuros?

Walas D JAH: Divulgar o primeiro álbum da banda DeepSea.

36) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Walas D JAH: (11) 9.8412-6215 | [email protected] | https://www.instagram.com/walasdjah