More Paulo Guimarães da Colírio Elétrico »"/>More Paulo Guimarães da Colírio Elétrico »" /> Paulo Guimarães da Colírio Elétrico - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Paulo Guimarães da Colírio Elétrico

Compartilhe conhecimento

Paulo Guimarães com sua poética visual musical navega pelo: blues, rock, folk, country. Brasiliano nordestino de Pernambuco com formação em música erudita.

Ele diz que: “a música é a divindade do espírito e emergente da luz ao mundo”. Ele é, “o popular querendo ser o erudito e o erudito querendo ser o popular”. Sua obra é um rio onde a poesia e as várias expressões das artes navegam no seu ser enquanto objeto de arte.

A Colírio Elétrico banda que mergulha junto a Paulo Guimarães nessa odisseia em que, cada músico dentro do universo como esferas “planetas onde a função é propagar o som”, com o acompanhamento de Lucy King na guitarra, Edinaldo Nascimento no baixo, Maurílio Luna no Teclados e André da Silva  na bateria.

Música para máquina o juízo” por Paulo Guimarães.

No silêncio do mundo metálico,
A máquina desperta seu juízo,
Engrenagens em movimento frenético,
Criando um poema preciso.

Seus circuitos pulsam de vida,
Em harmonia eletroacústica,
Notas musicais são tecidas,
Numa sinfonia cibernética.

Ritmos digitais ecoam no ar,
Composições algoritmicamente perfeitas,
A máquina não cansa de criar,
Melodias que enchem nossas peitas.

Seu juízo poético se revela,
Nas letras que ela combina,
Palavras digitadas com cautela,
Criando versos que fascinam.

Música para máquina ou juízo,
Uma fusão de arte e tecnologia,
Um híbrido do humano e do impreciso,
Um convite à mente e à sua folia.

Que o poema digital encontre abrigo,
Nos corações e nas mentes humanas,
Que a máquina desperte o sentido,
E nos inspire em suas notas soberanas.

Poema para máquina, poema para juízo,
Uma ode à criatividade computacional,
Que seja eterna essa sinfonia de improviso,
Em um mundo onde a arte e a tecnologia se entrelaçam de forma sensacional.

Segue abaixo entrevista com Paulo Guimarães da banda Colírio Elétrico para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 16.06.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Paulo Guimarães: Nascido no dia 27/10/1970 às 5 horas da manhã em Recife – Pernambucano. Registrado como Paulo Sérgio Guimarães dos Santos. Filho de Paulo Galdino dos Santos, saxofonista e de Dona Valayne Ferreira Guimarães, professora primária com quem prendi a ler, e aprendi música com meu pai.

Daí veio meu contato com a arte dentro de casa. Morando em frente ao bloco Madeira do Rosarinho escutei as primeiras marchas do lirismo poético das canções de frevo de bloco. Foi dado os primeiros passos para o que vinha ser a minha carreira artística, digo sempre que “A poesia e a música é a Divindade Da Alma.”

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Paulo Guimarães: A música eu a carrego e nós carregamos nas nossas mãos. Pode notar que nos nossos dedos existem cincos linhas e quatro espaços um pentagrama onde se escreve as notas músicas (risos). Meu primeiro contato com a música veio de berço. A minha mãe, Valayne, uma amante da Música Clássica, da Música Popular, do Rock, do Mambo, do Bolero, do Tango, do Baião, do Frevo, da Ciranda etc. Ela escutava de vários gêneros, eu dentro do seu ventre, uma soma gigantesca para alimentar a espiritualidade artística. Quando vim para esse mundo meu pai, Paulo Galdino, músico recebia muitas influências do Jazz ao Chorinho de Altamiro Carrilho a Pixinguinha, Astor Piazzola, Guerry Mulligam etc.

Quando ainda criança ganhei da minha mãe uma flauta doce por volta de 1977 onde fui morar um tempo em um sítio de um tio, Hélio Guimarães. Saindo da área urbana do Recife e morar perto de rios e muito verde ficava horas com a flauta doce escutando os pássaros muitas diversidades de nossa fauna e flora da época desenhava-se: “Os coloridos sonoros na minha cabeça tinha um universo sonoro dentro da minha cabeça”. Surgiu a prática com bastante força em mim onde mais tarde iria desaguar em tudo que havia habitado em mim com o que tinha escutado desde do ventre de minha mãe.

Todo dia passamos pela data de nossa morte só não sabemos o ano! A comida sobre a mesa esfria e a bebida fica quente! Sua foto mais velha foi tirada quando você era mais novo, sua foto mais nova foi tirada quando você é mais velho! A fotografia tem duas funções vitais. Nos paralisa e nos permitem jovens! É impossível identificar os nossos futuros pensamentos ou o que vêm após ele! O nosso cérebro identifica que é um órgão, pois ele é o próprio órgão! Todas as decisões que você tomou em sua vida te trouxe até aqui a esse momento!

E a vida é vivida de momentos felizes e amargos, somos todos adormecidos pela engrenagem da razão da emoção, mas dentro ainda bate um coração, tempo, contra tempo só a música é capaz de ritmar o tempo, mesmo que os versos ou diversos estejam em nós. A música é minha alegria do mundo nestes dias de caos e glórias. Arte e mais música antes que seja tarde.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Paulo Guimarães: Minha formação musical em Oboé pela Escola de Música banda Sinfônica Juvenil de Pernambuco, sob a regência do maestro Geraldo Santos onde rendeu várias viagens pelo Norte Nordeste do Brasil pela Escola Técnica Estadual Centro de Criatividade Musical do Recife – PE.

 Estudei Oboé com os professores Lucio Sócrates David Vidal, Luiz Otávio Issac Duarte. Também estudei na Paraíba com o professor Johni Johnson na área de Música de Câmera Barroca, Clássica Moderna. Aula de improvisação ao Jazz Experimental, aula de Harmonia Composição, Aula de Respiração e Canto Coral, Grupos de Câmera, Música Teatro, música para curtas metragens, música para instalações de peça moderna em galeria de arte.

 04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Paulo Guimarães: Todos gêneros musicais têm importância, todos os citados nas perguntas. No meu campo de aprendizado musical, ou seja, música sem fronteiras não existe limites. Cada dia é uma infinidade dentro dos gêneros músicas tem para mim uma nova vida. Vejo como a cabeça de uma criança, ela nasce vai para uma sociedade, ganha o mundo e o infinito reino mundo maravilhoso da arte musical.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Paulo Guimarães: Em 1989, comecei a estudar Música Clássica em uma Escola Estadual Cônego Jonas Taurino em Olinda – PE, lá foi implantado um projeto a noite para que depois dos estudos pedagógicos ecoassem música, com o objetivo de se forma não só músicos, mas cidadãos. Um projeto pioneiro em Olinda iniciado por volta de 1977, por coincidência, ano que ainda criança ganhei minha Flauta Doce.

Em 1989, também fui estudar bateria, mas o maestro da banda me deu um instrumento que não conhecia era o Fagote. Um instrumento de Orquestra Sinfônica não tão popularizado no Brasil, mas ao longo dos estudos além de peças para Orquestra Sinfônica, e em “Preciso me encontrar” do genial Cartola, e em “Paranoia” do genial Raul Seixas, distintos compositores brasileiros. De eu ter gostado tanto do estudo e de tocar Fagote com seis meses de estudo fui para minha primeira viagem trabalhando com música de Recife – PE para me apresentar em São Luís – MA ao lado de grandes músicos que já tocavam nesta banda Sinfônica Juvenil de Pernambuco, exemplo o maestro Spok (Inaldo Cavalcante de Albuquerque) da SpokOrquestraFrevo, além de outros músicos que foram para várias orquestras sinfônicas dentro e fora do Brasil.

Quando voltei a Recife, Olinda percebi que queria ser músico e artista, um mundo a se abriu. Despertou ainda a sensibilização pela Arte musical e “Mesmo com todo caos urbano ainda é através da arte musical das várias expressões das artes que podemos nos conhecer e estabelecer relações humanas”. Esse realmente é o grande propósito em que a música me levou até hoje. Uma viagem infinita pelas ondas sonoras que habita em mim. No final de 1989 deixei o Fagote na escola e como não tinha grana para comprar um, a escola foi assaltada nas férias e levaram os instrumentos, e o Fagote que me apaixonei em tocá-lo e executar as obras musicais.

Esse fato foi um divisor de águas na minha vida, pois quando voltamos para o ano letivo de 1990 me deparei com a situação da falta do Fagote, mas vida que segue, e teve um grande hiato e só voltei a estudar música, mas não o Fagote, mas o Oboé que estudo e toco de 1991 até 1996, ano que me formei na Escola Técnica da banda Sinfônica Juvenil de Pernambuco em que dei um concerto de formatura com a banda tocando uma obra de Haydim, Concerto em Dó maior para Oboé. Oboé é um instrumento de madeira de sopro para orquestra sinfônica, é um instrumento solista e um diapasão afina toda uma orquestra sinfônica com o Lá 440 ou 442.  Seu timbre na música popular pode ser escutado em músicas de Lenine, Chico Buarque, Raul Seixas, entre tantos.

Após me formar no Centro de Criatividade Musical do Recife, estudei um tempo na UFPE – Universidade Federal de Pernambuco no curso de extensão em Oboé e vários outros cursos de master class. Participei do Festival de Música Internacional de Olinda com o professor da jazz sinfônica da Petrobras do Rio de Janeiro. Em 2003 passei em primeiro lugar no concurso público para Orquestra Sinfônica do Recife, cargo que estou.

Acompanhei artistas, poetas em saraus de poesia, orquestra sinfônica do Recife.  Trabalho com aulas em projetos sócias e em escolas públicas e privadas. Participei de festivais internacionais de música de Londrina, Brasília, Fortaleza, no Festival Eleazar de Carvalho, e também no projeto Arhmest College Orquestra Sinfônica dirigida por o maestro lanfranco Marcellet Júnior.  Entre tantos outros trabalhos com Orquestra Sinfônica do Recife. Eu trabalhei com cantores da MPB, como Edu lobo, Francis Himes, Lenine, Ivan Lins, Sivuca, Elba Ramalho, Nana Vasconcelos. Na música clássica trabalhei com os pianistas: Arthur Moreira Lima, Marlos Nobre, Josefina Aguiar, entre outros do cenário mundial.

Hoje por estar com a banda de Blues, Jazz, Rock, Poesia, MPB em que canto e toco Oboé, Flauta Transversal e Gaita Harmônica me deparo com gêneros músicas como o Country, Folk etc. Não impedi dessa minha liberdade musical de criar um álbum de MPB com pegada do Jazz ao nosso Samba, com Baião ou outros gêneros. Assim como a música experimental de concerto com liquidificador, compressor de pintar carros, conduítes de condução elétrica, furadeira, máquina de escrever portátil para a introdução de sons com muita influência da música do início do século passado até agora. Faço esse caldeirão de gêneros e ritmos com a minha banda Colírio Elétrico e na minha carreira solo.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Paulo Guimarães: Eu vim de uma área de música instrumental e não gravei álbum solo. Mas participei do álbum Sivuca – Listen to Sivuca, Sinfônico on Spotify. Em 2007, Orquestra Sinfônica de Recife, 7 songs. E o In the Land of Asa Branca on Spotify. Listen to In the Land of Asa Branca on Spotify. Duo Zart · Single · 2022 · 1 songs. Composição minha e Edinaldo Nascimento.

Já com o Cefaléia Titânica minha primeira banda de Rock, um doc Cefaléia Titânica uma banda inteira, e um vídeo clip ao vivo gravado na Torrenalakoff Recife antigo no programa observa e toca projeto pelo governo do Estado onde vários artistas independe de Pernambuco passaram por lá!

Com minha atual banda Colírio Elétrico em que toco Oboé, Flauta Transversal, Gaita Harmônica lancei em 2021, o álbum Música Maquinar o Juízo é um doc com produção do selo Flores do Caos. Traz meus depoimentos e experimentos sonoros, em parceria com Edinaldo Nascimento. O doc mostra um pouco do processo criativo do álbum, utilizando liquidificador, loops, oboé, palhetas e flauta transversal e gaita harmônica em improvisos livres, onde música e letra são construídas na hora, numa pegada jazzística, com elementos de blues, space rock e poesia concreta. Colírio Elétrico realiza show na UFPE, participa de evento no Centro de Artes e Comunicação (CAC). A banda tem influências de blues, jazz e rock

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Paulo Guimarães: Eu passo por vários gêneros… As influências musicais são das mais diversas, que vão de Hermeto Pascoal e Tom Zé até a atitude punk das primeiras músicas da Legião Urbana e as letras anárquicas de Raul Seixas. Barão Vermelho, B. B King, Led Zeppelin, The Doors, Folk, Jazz com muito Rock e poesia.

As letras falam sobre o ser humano enquanto objeto de arte de conquista do seu espaço. As composições abrangem diversos temas que transitam na essência da personalidade humana, passando por valores futurísticos e sociais, convidando as pessoas a refletirem sobre a necessidade da conquista do seu próprio espaço. Nosso show é dinâmico com poesia, música pulsante e dançante com uma vibe vanguardista e com a percussão convencional. Usamos da criatividade e tiramos um som de utensílios domésticos que repousam nos ouvidos a quem ousam a escutar.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Paulo Guimarães: Não estudei técnica vocal, mas orientações no coral na escola de música e na base do faça você mesmo, ou seja, autodidata!

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Paulo Guimarães: Os exercícios de aquecimento vocal promovem um aumento do fluxo sanguíneo na região da laringe. Como resultado, ganhamos uma melhora no funcionamento e na flexibilidade das cordas vocais. A saúde vocal é considerada um fator importante na saúde e qualidade de vida dos profissionais docentes que utilizam como instrumento de trabalho, onde as ações educativas fortalecem a promoção, apontando sempre os aspectos preventivos para uma boa qualidade vocal.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Paulo Guimarães: Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Clara Nunes, Marisa Monte e os Tribalistas, Rita Lee e Os Mutantes, Carmen Miranda, Elza Soares.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Paulo Guimarães: O processo de compor músicas requer em particular meu estado de espírito, também vejo pelo lado visual entre o dramático, o físico, o humor e a criatividade, tempo. E principalmente, entender como funciona a construção de uma boa introdução, verso, criando um contraste junto à melodia, o ritmo e harmonia.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Paulo Guimarães: Foram vários parceiros musicais, mas músicas, letras muito pouco, mas cito: Agildo Antonio, ex baixista da Cefaléia Titânica e Colírio Elétrico, Bernardo Ferrugem, guitarrista da Colírio Elétrico, Edinaldo Nascimento, o pianista, violonista, baixista atual da Colírio Elétrico. Acho bem bacana parcerias musicais, já na forma de compor letras, o Cauê e Orlando Nascimento, que eram da minha ex Cefaléia Titânica. Atualmente fiz uma letra em parceria com minha esposa Patrícia Leal, mas eu faço minhas letras com bases em ações do nosso cotidiano e a história.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Paulo Guimarães: Remuneração incerta e muito variável: apesar de existirem diversos ramos de atividade na área musical, a quase totalidade delas são prestações de serviço, ou seja, ganha-se por trabalho executado, variando o ganho mensal de acordo com a demanda do mercado. Até as celebridades (que, não raras vezes, chegam nesse patamar por sorte/acaso, ao cair no gosto popular e “emplacar” um ou mais sucessos, independentemente de sua qualidade artística) estão sempre sujeitas à aceitação por parte do público: nas vendas de CD’s, contratação para shows e direitos autorais de sua obra em regravações.

Nas escolas de música, conservatórios e faculdades privadas paga-se uma porcentagem da mensalidade do aluno ou por matéria/mês dada. Apenas professores em universidades públicas conseguem uma posição mais estável, cuja remuneração independe da quantidade de alunos. Existem algumas situações em que o empregador paga um salário fixo ao músico para segurá-lo na função, mas é uma situação cada vez mais rara nos dias de hoje, até para evitar a criação de algum vínculo empregatício que possa gerar a sujeição às leis trabalhistas.

Arte e Cultura são pouco valorizadas em países subdesenvolvidos: por receberem pouco incentivo do governo, as atividades artísticas são relegadas a mero supérfluo de luco, até mesmo por boa parte da classe alta, sendo um dos primeiros setores a sofrer em períodos de crise/recessão econômica. Esse quadro acaba refletindo diretamente na quantidade, qualidade e remuneração dos serviços prestados pela classe musical, que só costuma ser reconhecida/respeitada quando consegue atingir a fama midiática, independentemente de sua qualidade/relevância.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Paulo Guimarães: Entreter, conectar-se e trocar energia com pessoas que apreciam seu trabalho: mesmo em bares, festas e eventos, onde o público não está indo propriamente assistir à apresentação musical. Tenho um repertório bem colocado e/ou uma boa execução/performance contagiará os ouvintes a participarem e interagirem, pois, com poucas exceções, já estarão pré-dispostos pelo ambiente festivo (vide item 3 desta lista de vantagens). Num show ou apresentação específica, conseguir essa interação é ainda mais natural, já que os ouvintes foram até lá especificamente para assisti-lo. O músico cover tem uma experiência bem próxima quando toca uma música que esteja fazendo muito sucesso ou quando sua performance sensibiliza o fã do artista que está sendo reproduzido.

Ter a possibilidade de desfrutar um sucesso repentino e aumentar o rendimento rapidamente: mesmo dependendo de uma boa dose de sorte, é possível estar envolvido num trabalho que consiga fazer muito sucesso de uma hora pra outra, aumentando exponencialmente seu ganho e repercussão profissional, até sem ter estudado muito.

Receber feedback instantâneo: como a performance musical é feita em tempo real, o músico recebe a resposta do seu trabalho no mesmo instante, tendo uma ideia de sua aceitação pela reação do público. Em algumas situações, dependendo da extensão e variedade do seu repertório, pode até adaptá-lo de acordo com o perfil de ouvinte que encontrar e da resposta que estiver obtendo durante a apresentação.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Paulo Guimarães: Pratico e aprimoro meus talentos… Aprendo a divulgar o meu trabalho… Utilizo plataformas digitais… Tenha um estúdio musical em casa… Invista em técnicas de composição… Projete a imagem que quer passar… Interaja com pessoas do meio artístico e do meio musical… Escolha um bom nome artístico… Tenha um site profissional… Cative o público nas Redes Sociais… Publique suas músicas em redes sociais e plataformas para músicos… Impulsione em Redes Sociais.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Paulo Guimarães: Existem ferramentas computacionais que proporcionam formas diferentes de contato com a prática musical. O uso de sintetizadores, editores de partituras e ambientes virtuais são algumas ferramentas utilizadas dentro deste contexto, proporcionando novas possibilidades de aprendizagem. Além dos impactos cognitivos, o neurocientista adverte que o uso excessivo de internet pode prejudicar a saúde psicológica e emocional, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças como ansiedade e depressão. Portanto faço mais músicas de forma conceitual e orgânica.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Paulo Guimarães: Ter um estúdio de gravação musical é só para músicos? Essa é uma pergunta que muitos fazem, porque essa é uma dúvida bastante comum. A resposta é simples: se você tem vontade de ter um estúdio de gravação, não importa onde você deseja estar, se dentro ou fora dele.

Talvez você não toque nenhum instrumento, mas ama música como ninguém. Então, nada mais justo que convidar alguns músicos para tocar em seu estúdio de gravação, por prazer ou remuneração.

Tocando instrumentos ou não, você pode coordenar grandes projetos e delegar tarefas a uma meia dúzia de músicos freelancers ao redor do mundo. Isso significa que você, para ser dono de home studio, não precisa sequer ser um músico. Ter um estúdio de gravação pode ser um luxo para quem apenas admira a possibilidade de produzir áudio de qualidade em casa. Por outro lado, um home studio é uma necessidade básica para todos aqueles que desejam produzir música ou qualquer outro produto de áudio, sem ter que pagar fortunas pelas várias horas de gravação. Um home studio pode significar, além da liberdade: infinitas possibilidades de criação, desenvolvimento pessoal e sucesso.

Desvantagens: Aquela visão de que seu quarto pode estar bagunçado que seus amigos não ligam, não pode acontecer quando houver clientes na casa.  O ambiente precisa estar sempre organizado e limpo para receber seus clientes. Lembre-se que a higiene principalmente dos banheiros e cozinha pode ser a impressão definitiva que um cliente terá de você, portanto esteja sempre com a faxina em dia. Claro que na teoria todo mundo mantém a casa sempre limpa e organizada, mas sabemos que na prática as vezes a preguiça toma conta e a bagunça pode ser maior do que o esperado.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Paulo Guimarães: Muitas vezes o mercado é confundido com o nicho e vice-versa. Mas você tem que entender que mercado musical é um só, e as grandes gravadoras sabem disso, tanto que artistas de diferentes segmentos musicais recebem o selo da mesma gravadora. Lançar novas músicas e apresentar conteúdos regularmente é a chave para construir um relacionamento com os fãs. Certifique-se de interagir com seus seguidores. Além disso, criar conteúdo, como vídeos musicais e imagens de bastidores, pode ajudar a atrair novos fãs e manter os já existentes mais interessados em você.

19) RM: Como você analisa o cenário do Rock Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Paulo Guimarães: Por aqui, o rock teve suas primeiras raízes nos anos 1950 e, a partir da década de 1960, o estilo começou a tomar a forma que conhecemos. A Jovem Guarda foi muito importante para a formação da sonoridade, juntamente de artistas como Rita Lee e os Mutantes, além de Raul Seixas.

A vertente do rock brasileiro mais interessante foi chamada de “rock rural” e entre os inventores do nome desse estilo está o trio Sá, Rodrix e Guarabyra, de 1971. Uma característica importante dessa fase do rock brasileiro é a centralidade no violão e no piano, o solo de guitarra não tinha espaço na época. Rock tornou-se símbolo da juventude “moderna”, refletindo, inclusive, a hegemonia cultural dos EUA, tanto na cultura popular brasileira, quanto no estilo de vida.

Rock prega sempre o hedonismo, por isso ele afere nos jovens as mudanças de atitude em relação às autoridades vigentes, sejam elas quais forem, ao sexo, aos narcóticos e entorpecentes, e também as ciências ocultas. Nas últimas décadas, Chico Science & Nação Zumbi com o manguebeat, o Punk Rock banda Devotos.  Mas muitas bandas independentes com abertura das plataformas Digitais, uma das maiores revolução da música ter liberdade de expressão e quem acessar estar teu som tocando, essa possibilidade, eu acho muito bacana.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Paulo Guimarães: Como eu vim de formação erudita com os grupos de câmera nunca tive problemas com públicos ou garfes, nem com a Orquestra Sinfônica do Recife, mas já no Rock aconteceu um fato inusitado em 1999 quando estava tocando em um lugar que teve uma abordagem da polícia militar e peguei o microfone achei linda a abordagem com armas em punhos de cunho antissocial, pois o evento era beneficente para uma instituição hospitalar.

Os policias entraram em ação com maior força bruta e indignado grito no microfone “Tropa de elite, tropa de elite” no palco. Eles subiram no palco e me colocaram uma “pulseira de Roberto Carlos”, ou seja, me algemaram. A organização do evento chegou quando eu já estava na nave mãe, ou seja, no camburão conversamos com o tenente da operação e fui levado ao palco pelos braços da rapaziada do show (risos). Fora isso só atraso de voos em aeroportos.

Toquei em uma tribo indígena; esse fato foi bem bacana, na terra dos índios Xucuros em Pesqueira – PE. Na época estava tendo uma guerra dos indígenas com os latifundiários que queriam tomar posse das terras indígenas, como na maioria das terras indígenas no Brasil. Veio à tona a música “Adoração A Terra” (Paulo Guimarães & Colírio Elétrico) que está no EP – A pureza das Esferas, disponibilizado no Spotify.

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Paulo Guimarães: Sinto-me muito feliz em ouvir uma ótima música por no mínimo 13 minutos para poder diminuir tensão muscular, desaparecimento de pensamentos negativos, capacidade de dormir melhor, promovendo uma sensação de paz. Já na carreira musical a música triste tem o efeito de estabilizar o humor, dando apoio emocional para quem está sofrendo e é capaz até mesmo induzir a uma catarse.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Paulo Guimarães: Existe pessoa que nasce com o dom da música, tem a musicalidade na veia, no sangue. Esse é o diferencial de quem tem o dom. A sensação que você tem quando ouve um cantor ou um músico que sabe o que está fazendo, que domina o que faz, faz com naturalidade. Isso é Dom musical. Agora como definir? não tem definição. Dom é aquilo que já nasce com a gente, aquela habilidade nata, a facilidade para fazer algo mesmo sem ter aprendido. Por exemplo, você pode nascer com o dom de tocar piano. Já o talento, é algo feito com facilidade, porém é uma habilidade que se desenvolve, com dedicação e treinamento.  Acho que é impossível definir ou redefinir o dom de cada um.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Paulo Guimarães: Conceito: Ato ou efeito de improvisar(-se). Aquilo que foi realizado sem preparação anterior, de improviso. Representação de cunho experimental e didático em que a fala e os movimentos das melodias são realizados sem que tenha ocorrido prévio ensaio. Improvisação musical é a arte de compor e registrar ao mesmo tempo; ou seja, é inventar na hora! Uma improvisação pode ser uma harmonia, uma melodia, um solo, um riff, um ritmo, etc. Essa arte diferencia músicos criadores de músicos reprodutores.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Paulo Guimarães: Existe de fato … Para, de fato, fazer uma boa improvisação musical é importante saber identificar a tonalidade da canção, bem como compreender as escalas consideradas básicas. No entanto, de forma prática, pode-se dizer que compreender as tonalidades e as escalas não é o suficiente. o desenvolvimento da criatividade na qual e pela qual o indivíduo dá vazão ao seu potencial de criação de novos movimentos.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Paulo Guimarães: Não existe prós e contras, existem o que é possível improvisação a partir de uma célula rítmica. Uma improvisação é uma variação dentro do campo harmônico, melódico que dá outra intensidade sonora ao tema que foi dado como base. Eu faço música com tema, variação de tema, reaplicação de tema passando por várias ambientações modais e átonas e o resultado final é surpreendente.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Paulo Guimarães: Os prós do estudo da Harmonia, de forma geral, podemos dizer que estudar harmonia significa entender a formação dos acordes, a relação entre os acordes, a relação entre acordes e escalas. Podemos considerar a Harmonia como a “Gramática“, ou seja, o conjunto de regras que regem o uso da música, da composição, da improvisação. Não vejo os contras.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Paulo Guimarães: Rádio FM tocar as minhas músicas, eu acho difícil, mas não impossível, já nas rádios comunitárias e web já tocam. Existem várias formas de escolher as músicas que vão tocar nas rádios. Tradicionalmente, utiliza-se a interação com o público, para que os ouvintes peçam as suas canções favoritas por meio das mídias sociais ou votações realizadas em sites. Agora, pagar o jabá, cada rádio recebe entre 10 e 20 mil reais para tocar uma música na sua programação sistematicamente. Parece pouco dinheiro, mas num montante gigantesco como o Brasil vira uma fortuna. Já a gravadora Som Livre não aceita pagar jabá às rádios. Se o artista quiser, que pague do próprio bolso.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Paulo Guimarães: Talentos surgem a todo instante. Uma voz diferente, um jeito distinto de tocar um instrumento, uma habilidade em compor. Sabe aquela expressão: “cair o queixo” de quem escuta. Esses músicos precisam ser valorizados como merecem, mas assim como qualquer outra profissão, é necessário estudar e desenvolver suas habilidades.

Portanto, se você tem interesse em seguir carreira musical estude muito e, acima de tudo, seja ousado buscando curiosidades sobre outros instrumentos que não conhece e novas técnicas vocais para surpreender a todos, inclusive os colegas de profissão. Somente o treino leva a perfeição. Isso também vale para os músicos. Ensaiando uma nova coreografia? Filme! Dando uma entrevista? Grave! Provando um novo figurino? Registre e avalie.

Após um dia de ensaio, analise o que está bom e o que pode ficar ainda melhor. Ver novamente e fazer suas críticas pessoais sobre seu desempenho profissional é muito certeiro. Fazendo uma autocrítica é possível evoluir mais rapidamente. Além disso, irá dar mais subsídios para você pedir conselhos a músicos mais experientes ou trocar ideias com outros profissionais do ramo.

29) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Paulo Guimarães: Itapeva – SP revela novos talentos em festival de música e dança em São Paulo, Festival Aperipê de Música revela novos talentos em Sergipe, Festival da Canção Estudantil revela novos talentos em Jaciara, MG, Festival Abril Pro Rock, Cinzas do Rock, Rec beat ,  PE No Rock. Os motos fest bem isso tudo fortalece as bandas independentes e quem ganha é o público com  música arte poesia conceitual.

Quando houver uma política dos Estados brasileiros para unir-se e fizerem festivais de música com conexões com outros Estados sem música de consumo, música de cunho apelativo. Nossos jovens e as futuras gerações teriam realmente um Brasil muito melhor para viver. E de um modo geral, a arte proporciona às pessoas a possibilidade de desenvolver habilidades interculturais em todas as idades, combatendo, principalmente, os “pré-conceitos” que vivem na sociedade. Além disso, ela muda a forma como as pessoas interagem com o mundo, solucionam seus dilemas e enxergam outras culturas.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Paulo Guimarães: Os movimentos da MPB – Para além do gênero musical, a MPB se tornou uma ampla frente cultural com o objetivo de promover a reflexão social sobre decisões que interferem no coletivo nacional. A Jovem Guarda e a Tropicália, foram desdobramentos da MPB que, na década de 1970, ganharam, música é reconhecida por muitos pesquisadores como uma modalidade que desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio, proporcionando um estado agradável de bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio, em especial em questões reflexivas voltadas para o pensamento.

Hoje com a grande mídia apelativa a fábrica de vender ilusões no Brasil está mais atuante não vejo muita coisa bacana nos nichos musicais: Axé Music, Samba, Pagode, Sertanejo e FUNK carioca, mesmo podendo parecer estilos completamente distintos entre si, porém, possuem uma coisa em comum. Esses gêneros, com a internacionalização da música brasileira, são os mais populares além das fronteiras nacionais e cativam ouvintes de vários países, gerando interesse na produção musical do Brasil.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Paulo Guimarães: Eu já toquei em SESC, mas nos demais espaços citados ainda não, mas acho bacana que abram mais espaços para os músicos. Quando toquei no teatro do SESC em Recife – PE. Mas participando como convidado em shows de outros artistas convidados para eventos maiores, de boa divulgação, o SESC paga em média de R$ 1.500 a R$ 2.000. Já em um edital, o participante precisa passar por um viés burocrático, tendo que conseguir vários documentos para participar. Assim segue o processo burocrático.

32) RM: Quais os seus projetos futuros?

Paulo Guimarães: Projetos sociais de música são pilares que gosto muito por serem de inclusão, transformação e inserção no mercado. Um age em complementação às ideias do outro, garantindo à criança, ao jovem, ao adulto ou ao idoso a oportunidade de romper barreiras sociais e da própria vida através de melodias e acordes. A Arte pela Arte, antes que seja tarde, a poesia, o rock, blues, jazz de concerto me encontro nesse universo, seja com a música clássica, erudita, seja a música popular brasileira, seja de paz e luz e luz ao mundo!

Com a banda Colírio Elétrico temos o objetivo de lançar quatro álbuns: “A música para máquina o juízo”, “A arte pela Arte antes que seja tarde”, “Flores ao mundo para encher os vasos”, “Muita coisa na cabeça e no bolso nada”. 

Deixo um breve resumo da trajetória dos músicos da banda: Edinaldo Nascimento (08/10/1981), produtor musical, compositor e multi-instrumentista, começou a estudar música aos 17 anos de idade (1998), estudando na EMJP e Oficinas Musicais da UFPE se formando em Violão Erudito e Piano. Com muita influência do blues e rock se interessou pelo Contrabaixo e fundou em 2004 a banda Os Bons Pessimistas, desde então vem tocando em vários projetos musicais ao logo dos anos. Em 2017 montou o selo Flores do Caos em que produziu e lançou alguns artistas da cena underground recifense. Atualmente participa e produz as bandas: Colírio Elétrico, Moribundos, Rest in Peace, além de atuar como músico freelancer.

Luciano Gomes dos SantosLucy King (24/08/1984) é guitarrista, baixista e compositor. Traz uma proposta diferenciada dos gêneros Rock e Blues. Suas músicas têm como destaque melodias/riffs de guitarra e composições melódicas elaboradas, que tornam o seu som original e com sua identidade. Guitarrista há mais de duas décadas, Lucy King teve experiências tocando contrabaixo numa banda autoral de Rock Inglês chamada OS INSITES, e atualmente Guitarrista da Banda MORIBUNDOS e COLÍRIO ELETRICO.

Luciano teve sua primeira experiência com banda em 2004 com a MORIBUNDOS. Nesse universo musical: apresentou-se em bares da capital do Recife e Festivas de músicas do estado de Pernambuco, como FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS, PRÉ AMP, QUARTA CINZA ROCK, FETIVAL MÚSICA BRASIL e entre outros.

André Luiz Lopes da Silva (09/10/1989) é baterista, compositor e multi-instrumentista, começou a estudar música aos 14 anos de idade (2003) na escola de Arte João Pernambuco, uma escola referência em Arte no Recife.  Influenciado por metal, Rock, Blues, Jazz e reggae se interessou pela bateria e fundou a Rest in Peace, além de atuar como músico freeLancer, atualmente participar da Colírio Elétrico e da Rest in Ppeace.

Maurílio Luna dos Santos (28/04/1989) é pianista, violonista e início seus estudos aos 10 anos de idade (1999) com seu pai que é músico e guitarrista. Depois estudou no Conservatório Pernambucano de Música Recife em que se formou se em Piano Clássico e Popular. Ele passou por bandas e teve sua escala profissionalizante na área popular tocando em vários grupos até chegar atualmente na banda Colírio Elétrico em que desenvolveu o caráter de compor e arranjador das músicas junto em parceria com a banda. 

Agradecemos ao Antonio Carlos por ter tido paciência de quase dois anos para realizar essa entrevista. Abraço muitas vibrações poéticas e sonoras em sua vida e que seja de paz e luz pra você e toda sua família vida longa a revista RitmoMelodia. Agradecemos ao João Carlos Ribeiro da web rádio Música tá na pista – https://www.radios.com.br/aovivo/radio-web-musica-ta-na-pista/58756

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Paulo Guimarães: (81) 99455 – 8021 | [email protected]

| https://www.facebook.com/profile.php?id=100056835466635

| https://www.instagram.com/paulo_guimaraesoficial

Canal: https://www.youtube.com/@pauloguimaraesbandacolirio9656

Paulo Guimarães – A Pureza das Esferas – EP: https://www.youtube.com/watch?v=WoUrtrgzeT4

Paulo Guimarães: https://open.spotify.com/user/316clroja67l7mtou4gyldtrco74


Compartilhe conhecimento

Comments · 2

Deixe um comentário

*

Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.