More Patricia Duboc »"/>More Patricia Duboc »" /> Patricia Duboc - Revista Ritmo Melodia
Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Patricia Duboc

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A cantora e compositora carioca Patricia Duboc, radicada em Brasília – DF, vem de uma família de músicos.

Engenheira e servidora pública, trabalha há mais de quinze anos como consultora legislativa na Câmara distrital, e somente após os 30 anos de idade começou a se dedicar efetivamente à música.

Patricia lançou seu primeiro álbum autoral em 2018, e desde então continua lançando singles nas plataformas digitais, no estilo gospel e MPB, totalizando 24 músicas gravadas.

Sendo a música sua grande paixão, Patricia Duboc tem feito shows em Brasília, e se destaca por seu timbre doce e suave. Ama a Música Popular Brasileira e a Bossa Nova, estilo que tem estudado e se dedicado. A cantora tem recebido convites para gravar músicas de compositores de Brasília, para fazer participações em shows ou se envolver em novos projetos musicais.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Patricia Duboc para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 07.06.2023:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Patricia Duboc: Nasci no bairro Vila Isabel, no Rio de Janeiro, no dia 10 de novembro de 1976.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Patricia Duboc: Cresci numa casa onde a música era a companhia constante. Minha mãe, Alda Regina Duboc, cantava em bailes junto com meu tio, Maurício Duboc, eu sempre estava perto de músicos, ensaios e apresentações. Minha mãe tocava Violão e Piano, minha avó, Alda Barrozo Netto Duboc, era pianista, então sempre que a família se reunia era aquela festa musical.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Patricia Duboc: Eu me formei em Engenharia Química na UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, fiz mestrado na área, comecei um doutorado, mas engravidei e depois minha vida profissional mudou de rumo.

Comecei a estudar para concursos públicos e acabei me especializando em temas mais voltados para gestão pública, orçamento governamental, finanças públicas. Há mais de 15 anos sou consultora legislativa na Câmara Legislativa do Distrito Federal e faço assessoria parlamentar. Fiz MBA em Orçamento Público na FGV e atualmente faço pós-graduação em Direito Tributário.

Na infância e adolescência me envolvi um pouco com o aprendizado de Violão e Piano, mas naquela época não tive muita disciplina. Há uns dez anos atrás (2013), já morando em Brasília, comecei a estudar efetivamente o Violão, Piano, Harmonia e Canto.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Patricia Duboc: Eu cresci ouvindo MPB e bossa nova. A vitrola da minha casa tocava com intensidade as músicas de Rita Lee, Elis Regina, Emílio Santiago, entre outros. E sempre gostei muito de ouvir Marisa Monte, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Jobim, Chico Buarque. Acho que todos eles fazem parte de minha memória afetiva.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Patricia Duboc: Em 2013, já morando em Brasília – DF, comecei a estudar efetivamente o violão, depois piano, harmonia e canto. Em 2016 comecei a compor músicas no estilo gospel e tive minha primeira experiência de gravações em estúdio. Lancei meu álbum em 2018 e depois fiz gravações de singles, seja no estilo cristão ou MPB, que estão disponíveis nas plataformas digitais. Sobre os shows, comecei em 2018, com o evento de lançamento do meu álbum, e depois me voltei mais para Música Popular Brasileira e Bossa Nova.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Patricia Duboc: Lancei um álbum físico e digital, e depois gravei mais 11 singles. Estão todos disponíveis nas plataformas digitais, como Spotify, iTunes, Deezer, etc.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Patricia Duboc: Meu estilo é mais voltado pra canções suaves, seja na MPB, Bossa Nova ou gospel.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Patricia Duboc: Estudo técnica vocal há 8 anos (desde 2015) com a cantora, compositora e professora Márcia Tauil (https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/marcia-tauil), uma pessoa que foi fundamental para que eu tivesse coragem de me atirar na carreira musical.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Patricia Duboc: O estudo da técnica vocal é fundamental, pois nos ajuda a entender o funcionamento da voz, das pregas vocais, de toda a musculatura envolvida, da ressonância, enfim, de vários aspectos que envolvem o canto. O estudo nos ajuda a cantar com maior extensão vocal, com mais afinação e usando melhor toda a estrutura do rosto, de modo a ter um som mais bonito, afinado e firme.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Patricia Duboc: Admiro muito Marisa Monte, Maria Bethânia, Gal Costa, Jane Duboc (minha prima, mas não de primeiro grau, temos pouco contato), Elis Regina, Vander Lee, Márcia Tauil, Oswaldo Montenegro, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Fagner, Rita Lee.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Patricia Duboc: Normalmente minhas canções têm relação com algo que estou vivendo. Começo com trechos da letra e vou inserindo a melodia/harmonia e trabalhando as partes da música. Não consigo compor separadamente toda a letra ou toda a melodia. Normalmente elas chegam juntas.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Patricia Duboc: Eu tenho apenas uma música do meu álbum gospel que veio de uma parceria: “Assim é o senhor”, coloquei a melodia e fiz adaptações na letra de João Vitor Bernardinelli. Fora essa música, nunca fiz parcerias para compor, apesar de já ter recebido letras para que eu fizesse a melodia. Um dia quero investir mais tempo e energia em parcerias de composição. Acho que a união de mentes criativas tem muito valor e certamente produz muita arte bonita.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Patricia Duboc: Desenvolver uma carreira de forma independente não é fácil. Quando decidi lançar meu primeiro álbum tive muita dificuldade sobre todo o processo, desde as decisões mais simples, como o número de músicas a serem incluídas no álbum, como as questões que envolvem a inclusão de músicas nas plataformas digitais, direitos autorais, ISRC, divulgação e marketing. Fui descobrindo o passo a passo aos trancos e barrancos, sem o apoio técnico necessário.

Costumo brincar que eu contava com minha “EUquipe”, e muitas vezes me sentia solitária nessa jornada. Com o tempo fui conhecendo as pessoas certas e fui recebendo todo o apoio que necessitava. Mas foi um caminho de muito aprendizado. Hoje posso até apoiar amigos que estão iniciando essa carreira.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Patricia Duboc: Quem me conhece sabe que não tenho muita facilidade de me planejar a médio/longo prazo, pois me concentro muito no “Aqui e Agora”. As oportunidades vão surgindo e vou me envolvendo, sejam convites para gravar alguma música, seja uma participação em algum show, uma entrevista, uma nova composição, ou um projeto de um novo show.

Em 2022, decidi me concentrar na obra de Tom Jobim, e passei meses estudando e me preparando, até que fiz dois shows que me trouxeram grande alegria. Foi uma linda jornada de aprendizado. Esse ano estou me concentrando em shows em duetos, com parceiros musicais que admiro muito. Gostaria de me planejar mais a longo prazo, porém não tenho conseguido, até porque tenho uma carreira profissional fora da música que me exige bastante dedicação.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Patricia Duboc: Procuro fazer divulgações nas redes sociais com constância e gosto de apreciar e aprender com o trabalho de outros profissionais da música. Estou sempre presente em shows de artistas variados, às vezes como convidada e outras vezes convidando cantores e músicos, aumentando assim o leque de ações voltadas à música de forma coletiva.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Patricia Duboc: A internet nos permite ter acesso a muitos artistas, músicas e informações. A internet nos abre portas para acessar conteúdos com facilidade, o que nos ajuda a aprender qualquer coisa que a gente queira. As redes me permitiram construir boas amizades no meio musical, que começaram de forma virtual, mas que depois se transformaram em amizades reais. Por causa das redes, as pessoas começaram a me reconhecer como cantora/compositora, o que seria muito difícil de outra forma.

Mas a internet pode transmitir uma imagem irreal do mundo e das pessoas, uma visão falsa da realidade que muitos enfrentam. E assim pode nos estimular a imitar personalidades que não somos, o que vai contra nossa própria identidade.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Patricia Duboc: Certamente o home estúdio facilita muito a nossa vida, pois tem a capacidade de transformar uma ideia que está apenas na mente em algo concreto, mais elaborado e trabalhado. Montei um home estúdio em 2016 e isso me permitiu dar os primeiros passos, com a ajuda de um produtor musical, na direção de um trabalho mais profissional. Conseguimos colocar diversos instrumentos e dar um belo acabamento na composição.

No entanto, sempre que vou gravar algo para as plataformas digitais, seja um álbum ou singles, não consigo abrir mão de um estúdio profissional, com músicos tocando seus instrumentos, com toda a emoção e calor de um trabalho feito em conjunto, num ambiente totalmente preparado para garantir um som bem bonito e de qualidade.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Patricia Duboc: Confesso que não faço muita coisa, apenas procuro divulgar meu trabalho nas redes e entre amigos, e procuro manter sempre minha identidade, meu jeitinho de cantar. Meu propósito não é competir com ninguém, apenas ser eu mesma e transmitir uma mensagem e emoção com as canções.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Patricia Duboc: Sinto que a Música Popular Brasileira ainda se destaca em grande parte pelos nomes que escuto desde criança e adolescente: Marisa Monte, Maria Bethânia, Gal Costa, Jane Duboc, Elis Regina, Vander Lee, Márcia Tauil, Oswaldo Montenegro, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Fagner, Rita Lee.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Patricia Duboc: Nunca passei por situações inusitadas, mas acho que os principais problemas para o artista que está no palco são referentes à qualidade do som, retorno com volume baixo ou ambiente com acústica ruim. Outra questão é o barulho do público que às vezes se exalta, talvez pelo excesso de bebida, ou por falta de interesse na música, e começa a falar muito alto, gritar, e não respeita o artista que está no palco.

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Patricia Duboc: O que me deixa mais feliz é sentir como a música toca as pessoas, leva alegria e emoção, e conecta pessoas. Outra alegria certamente é a rede de amizades que se forma ao redor da arte. Tenho o privilégio de ter conhecido pessoas muito especiais por causa da música, laços que tornam nossa vida mais feliz.

O que me deixa triste é a falta de valorização do artista. Quem depende da música para se sustentar sofre muito e passa dificuldade. Muitos pagam 400,00 ou 500,00 reais numa consulta médica de 30 minutos, mas querem pagar 200 reais ao músico que fica ali três ou quatro horas levando boa música ao ambiente.

Os artistas precisam estudar, treinar, se dedicar, comprar equipamentos, investir na carreira, mas muitos contratantes acham que é fácil só subir no palco e tocar/cantar, e não valorizam a trajetória do artista para chegar aonde chegou.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Patricia Duboc: Acredito que pessoas nascem com um dom musical, mas esse dom certamente vai sendo aprimorado pela maneira como investimos para estudar e desenvolver esse talento. Quando convivemos também com pessoas musicais e estamos frequentemente em ambientes envolvidos com a música, isso certamente favorece o desenvolvimento desse dom.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Patricia Duboc: Improvisação significa criar algo, uma melodia, uma linha de sons no instrumento, com liberdade, mas sempre dentro de uma harmonia, de forma a criar um diferencial bonito.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Patricia Duboc: Acredito que tudo é estudo, técnica, uma base teórica a partir da qual a pessoa cria e improvisa. Mas, na hora H, a inspiração, a emoção e a mente criativa, aliado a essa preparação, é que faz toda a diferença.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Patricia Duboc: Não conheço muito os métodos de improvisação musical, mas entendo como válido qualquer método que vai dar uma base técnica pro artista criar.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Patricia Duboc: O estudo de Harmonia musical é bem importante pro artista “saber onde pisa” em determinada música, e para que ele tenha a liberdade de rearmonizar determinada obra de forma correta, para que dê um resultado bonito. Não conheço os métodos de estudo de harmonia, mas tenho feito aulas e as considero de suma importância.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Patricia Duboc: Muito difícil minha música tocar nas rádios de grande audiência sem pagar o jabá. Já tive músicas tocadas em rádio, mas normalmente isso acontece pela amizade ou em rádios não muito conhecidas. Essa prática acaba favorecendo artistas (e gêneros musicais) que possuem mais recursos para investir, seja nas rádios ou nas redes sociais. Artistas com menos condição ficam de fora do circuito. Infelizmente isso acaba com aquela magia da rádio de tocar grandes e lindas obras cujo “dono” não pode pagar.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Patricia Duboc: Digo para enfrentar seus medos com ousadia e determinação. Não queira ser igual a alguém, seja você, com sua própria identidade. Eu me entreguei à carreira artística depois dos 35 anos, e muitas vezes me senti velha e inadequada, com vergonha e muito preocupada com a opinião pública, mas depois entendi que inspiração, arte e música não tem idade.

Percebi que a música toca corações, acessa emoções e conecta pessoas, independente da fase da vida em que nos lançamos nessa jornada. Se você quer trilhar uma carreira musical se aproxime de pessoas que estão respirando música, sejam iniciantes ou mais experientes. O aprendizado e os feedbacks sinceros são muito importantes. Estude, estude e estude.

29) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Patricia Duboc: A grande mídia é muito focada no estilo musical que oferece mais retorno financeiro e de público. Infelizmente muita coisa boa simplesmente fica de fora. Mas que bom que hoje temos as redes sociais e diversas outras formas de acesso à arte.

30) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Patricia Duboc: Acho que os espaços que se abrem aos artistas da cidade são fundamentais. O cantor que precisa se apresentar, pagar por espaços, remunerar os músicos, contratar o som, etc, passa por muita dificuldade, pois não sobra quase nada para si mesmo. Conheço artistas que pagam para trabalhar. Então todo espaço que seja acessível aos artistas é muito bem-vindo.

31) RM: Quais os seus projetos futuros?

Patricia Duboc: Continuar estudando canto, harmonia e treinando no meu violão. Tenho shows marcados para julho e agosto de 2023, um primeiro show em dueto com o cantor Marcello Mayor, dia 29 de julho no Feitiço das Artes (Asa Norte/BSB), e outro com o artista Fred Brasiliense, onde vamos repetir o show que já fizemos apenas com canções dos irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia.

32) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Patricia Duboc: (61) 99142 – 6596 | www.instagram.com/patrícia.duboc

|www.facebook.com/MPBcomPatriciaDuboc

Canal: www.youtube.com/patriciaduboc  

Colheita – Patricia Duboc: https://www.youtube.com/watch?v=IiTZU9KSnG0   

Playlist álbum Pleno em ti: https://www.youtube.com/watch?v=xS1ECCxuW1c&list=PLLq9HP6Ko4Me6qCyrAePgoMQ1xf8rtm6s 

Codinome Beija-Flor (Cazuza) – Fred Brasiliense & Patricia Duboc: https://www.youtube.com/watch?v=djzBvG7LTzQ 

Playlist de cover de MPB: https://www.youtube.com/watch?v=Ho0eVxxSpU8&list=PLLq9HP6Ko4MdbVqdyn2bqIEjYOi407mzt 

Playlist cover Espirituais: https://www.youtube.com/watch?v=Qm1kTfbtz6U&list=PLLq9HP6Ko4Mf9U1qUBoyPDsbWDnrQ6Gr3

Spotify: https://open.spotify.com/artist/64kLj7qWxd2xU1wbV9QjMg?si=Xehm3dZNRWGJXgds0dSitg


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Comments · 2

  1. Entrevista bem agradável, parabéns pro Antônio por nos favorecer com tanta gente bacana e parabéns pra cantora, generosa, humilde,talentosa…conhecedora dos nossos dilemas e nos passa confiança pra seguir em frente…

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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.