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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Nelson Angelo

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O violonista, guitarrista, arranjador, compositor, cantor mineiro Nelson Angelo iniciou seus estudos de violão aos 10 anos de idade, com Raul Marinuzi. Mais tarde, teve aulas com José Martins. Começou a compor nos anos 60. É pai das cantoras Clara Moreno e Ana Martins.

Iniciou sua carreira profissional em 1966, atuando, como músico, em auditórios, clubes noturnos e bares, ligando-se ao compositor e cantor Milton Nascimento, com o qual participaria mais tarde do movimento identificado como Clube da Esquina. Ainda nesse ano, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou com Vilma Graça (teoria musical) e Heloisa Madeira (canto). Frequentou a boemia carioca e conviveu com Tom Jobim e Dorival Caymmi, durante o período de sua formação musical no Rio de Janeiro.

Em 1968, participou do IV Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), interpretando, ao lado de Cynara, Cybele e Milton Nascimento, a música “Sentinela” (Milton Nascimento e Marcio Borges). Em 1969, convidado por Geraldo Vandré, passou a integrar, ao lado de Franklin da Flauta, Geraldo Azevedo e Naná Vasconcelos, o Quarteto Livre, com o qual participou de festivais (TV Record), temporadas teatrais (Teatro Opinião/RJ) e shows pelo Brasil.

Acompanhou vários artistas brasileiros, como Milton Nascimento (por dez anos), Marcos Valle, Edu Lobo, Francis Hime, Elis Regina, João do Vale, Clementina de Jesus, Nana Caymmi, Chico Buarque e Egberto Gismonti, em gravações, shows e turnês.

Em 1970, apresentou-se, ao lado de Luiz Eça, no México (no Hotel Camino Real e em programas da TV Mexicana), como integrante do conjunto A Sagrada Família, com o qual gravou o LP “Luiz Eça e A Sagrada Família”.

Em 1971, fundou, juntamente com Naná Vasconcelos (depois substituído por Nenê), Joyce, Novelli e Toninho Horta, o grupo musical A Tribo, com o qual gravou um compacto duplo contendo suas canções “Kyrie”, “Tapinha”, “Peba & Pobó” e “The man from the avenue”. Ainda nesse ano, gravou, com Joyce, o LP “Nelson Angelo & Joyce”.

Em 1973, viajou para a Europa, onde realizou as gravações do LP “Naná & Nelson Angelo & Novelli”. Em 1983, fez parte da Turma do Funil, ao lado de Francis Hime, Miúcha, Danilo Caymmi, Novelli, Cristina Buarque, Olívia Hime e Lula. Fez várias temporadas de shows em Paris, onde registrou, em 1984, o LP “Mineiro pau”, além de ter participado de discos de outros artistas, como Pierre Akendengue, Teca & Ricardo e Les Étoiles.

Ainda nos anos 1980, esteve nos Estados Unidos, onde gravou com Milton Nascimento e Sérgio Mendes. Atuou, ainda, em outros países como Uruguai, França, Inglaterra, Noruega.

Conviveu com os mais diversos gêneros musicais brasileiros, tendo participado de encontros e shows no Clube do Samba, idealizado por João Nogueira. Atuou e conviveu com os grandes mestres da bateria no Brasil, como Edison Machado, Dom Um Romão, Wilson das Neves, Robertinho Silva e Ricardo Costa.

Seu parceiro mais constante foi o poeta Cacaso, com quem escreveu o musical “Táxi”, além de aproximadamente outras 50 canções, dentre as quais continuam inéditas “Ave de arribação”, “Barra do dia”, “Carioca da gema”, “Conta redonda”, “Cresça e apareça”, “Dueto”, “Mais um acalanto”, “Muito prazer”, “Na maior solidão”, “O que é do homem”, “Ossos do ofício”, “Táxi”, “Tema do editor”. Compôs, também, com Fernando Brant, Marcio Borges, Ronaldo Bastos, Murilo Antunes, Sérgio SantAnna, Ana Terra, Dalmo Castelo, entre outros.

Ao longo de sua carreira, participou de gravações em discos de Antonio Carlos Jobim (“Tom Jobim & Miúcha”), Alaíde Costa (“Coração””Blue Brasil” e “Primitivo”), Sarah Vaughan (“I love Brazil”), Elis Regina (“Ela”), Sérgio Mendes (“Sérgio Mendes & Brazil 88”), Luís Eça (“Luís Eça e A Sagrada Família”), Luiz Bonfá (“The new face of Bonfá”), Milton Nascimento (“Milton Nascimento”, “Clube da Esquina”, “Milagre dos peixes”, “Minas”, “Geraes”, “Clube da Esquina 2” e “Journey to dawn”, além das trilhas dos balés “Maria, Maria” e “O último trem”), Chico Buarque (“Calabar” e “A Ópera do Malandro”), Edu Lobo (“Edu Lobo”), Chico Buarque e Edu Lobo (“O grande circo místico”), Rosinha de Valença (“Divisão das àguas”), Simone (“Face a face” e “Cigarra”) e Nana Caymmi (“Nana Caymmi”), entre outros.

Em 1990, lançou o LP – “Violão e outras coisas”, contendo suas composições: “O caminho e a paisagem” “Harmonia da água”, “Boda”, “Para sempre”, “Manhã no planeta” (c/ Cacaso), “Mantra”, “Reflexão”, “Relembrando a contradança”, “O caminho e a solidão”.

Em 1994, lançou o CD – “A vida leva”, registrando suas canções “Estação confrades”, “Um tango”, com a participação vocal de João Bosco e Áurea Regina, “Coisas de balada”, “Canoa, canoa” (c/ Fernando Brant, “Não tem choro nem viola”, “Coração atonal” e “Fazenda”, além de “Um a zero”, com versos de sua autoria sobre música de Pixinguinha e Benedito Lacerda, com a participação vocal de Chico Buarque, e “Reflexos” (Luiz Eça e Fernanda Quinderé), com a participação de Ana Maria.

Em 2000, gravou o CD – “Cateretê”, pela sua empresa Novos Anjos Companhia (NAC), em associação com a Combo Music. No repertório do disco, as músicas “Frevo de Vera”, “Rádio Universal Pedal”, “Dona Maria”, “Delírios do mar”, “Ligeirinho”, “Trombone” e a faixa-título, todas de sua autoria, além de “Suas mãos” (Pernambuco e Antônio Maria).

Em 2002, lançou o CD – “Mar de mineiro”, contendo 13 de suas parcerias com Cacaso: “Terra à vista”, “Ave”, “Mar de mineiro”, “A fonte”, “Marinheiro sem mar”, “De uma vez por todas”, “Quando eu vi o mar”, Dinhêru”, “Dito e feito”, “Pena de paixão”, “Veridiana”, “Na subida da ladeira”, “Profundamente”. Nesse mesmo ano, realizou show de lançamento do disco na Sala Baden Powell, no Rio de Janeiro. Ainda em 2002, seu disco “Cateretê” foi lançado no mercado norte-americano.

Em 2007, a Dubas Música lançou o CD – “Tempos diferentes – O maravilhoso mundo musical de Nelson Angelo”, compilação organizada por Leonel Pereda e Ronaldo Bastos. No repertório, suas canções “Relembrando a contradança”, “O caminho e a paisagem”, “Manhã no planeta” (c/ Cacaso), “Estação Confrades”, “Coisas de baladas” (c/ Fernando Brant), “Trombone”, “A vida leva” e “Itaobim” (cujo fonograma foi retirado do CD inédito “Canções adultas”, gravado em seu estúdio caseiro), além de “The Red Blouse” (Tom Jobim) – gravada para o disco “Crossfire”, produzido na década de 1980 e que permanece inédito -, “Recife” (Antonio Maria) e “Lullaby of Birdland” (Shearing e Weiss).

Em 2008, fez show de lançamento do CD “Tempos diferentes” no Teatro Rival (RJ), acompanhado por Kiko Continentino (piano), Sergio Barroso (baixo) e Renato Massa (bateria), e com a participação da cantora Ana Martins, sua filha, e do flautista Carlos Malta. Ainda em 2008 iniciou as gravações do CD “Tempos Diferentes”, lançado no ano seguinte e produzido por ele mesmo em parceria com Cláudio Guimarães, Leonel Pereda e Ronaldo Bastos.

Participaram das gravações no baixo acústico Enio Santos, Luiz Alves e Ricardo Do Canto, na bateria Edison Machado, Robertinho Silva e Rubinho, no contrabaixo Jorjão Carvalho e Novelli, na flauta Danilo Caymmi, Carlos Malta e Paulo Guimarães, no teclado Cristóvão Bastos, Egberto Gismonti e Paulo Malaguti, no trombone Antônio Norato, Edmundo Maciel, João Luiz Maciel e Macaxeira. O trabalho foi orquestrado por Egberto Gismonti e Helvius Vilela.

Em 2009 prestou uma homenagem ao estado brasileiro de Minas Gerais lançando o CD “Minas em meu Coração”, que contou com participação de Edu Neves, Carlos Malta, Ana Martins, Luiz Alves, Jodi Gren, Hugo Pilger, Solis Festero, Paulo Guimarães, Cristiano Alves, Paula Santoro, Matheus Ceccato, Guto Wirtti, Kundera Valdez, Ricardo Costa, Robertinho Silva, Kiko Continentino, Zezinho da Sanfona, Roberto Marques, Armire Durvin.

Em 2014 lançou o CD “Times Square” na cidade de Nova Iorque nos Estados Unidos, contando com parcerias de Milton Nascimento na faixa “Gigi da Mangueira”, Alice Caymmi, Vanessa Falabella, dentre outros. A direção artística do show de lançamento do disco foi Jassvan DeLima, à época apresentador do programa “O som do Brasil” da rádio da Universidade de Columbia.

Na ocasião foi acompanhado por músicos americanos e brasileiros como a baixista Amanda Ruzza e o saxofonista Jorge Continentino e participação do pianista Dom Salvador e os cantores Darryl Tookes e Vanessa Falabella. No mesmo ano desenvolveu no Brasil o projeto “Trilha sonora de uma Viagem”, que resultou em uma opereta para apresentações em praças brasileiras.

Em 2015 se apresentou na 19ª edição do “Natal da Cidade!” em Vitória da Conquista (BA), no Centro Glauber Rocha, ao lado de Paroano Sai Milhó, Antônio Nóbrega, Marcelo Jeneci, Vander Lee, Orquestra Neojiba, Cidade Negra, Xangai e Golden Boys com o Trio Esperança. No mesmo o ano o Jornal O Globo publicou sua carta de despida ao amigo e parceiro Fernando Brant.

Em 2016 comemorou 50 anos de carreira se apresentando na Audio Rebel no Rio de Janeiro e no Sarau Filizolla em Belo Horizonte. Participou no mesmo ano do show em homenagem a Fernando Brant do Caeté (MG), ao lado de Tunai, Tadeu Franco, Fagner, Tavito, Claudio Venturini, Toninho Horta, dentre outros. Na ocasião interpretou a canção “Conoa, Canoa”.

Em 2017, ao lado de Sergio Vieira, se apresentou no “Projeto solo MPB”, de Volta Redonda (RJ). Em 2018 lançou o CD “Trilha Sonora de uma Viagem”, baseado em sua opereta popular, composta quando viajava pelo interior de Minas Gerais. O projeto se realizou através da gravação do CD e a apresentação de dois espetáculos, em Belo Horizonte e Lambari. O CD foi financiado a partir de recursos da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de Minas, com patrocínio da Souza Cruz. Participaram da gravação Beto Lopes (contrabaixo acústico), Jorge Bonfá (violão), Enéias Xavier (piano), Antônio Viola (violoncelo) – Madeiras – Joana Radicchi (flautas em dó/sol e píccolo), Marcela Nunes (flauta em sol), Walter Júnior Vieira (clarinete) – Metais – Jonas Vitor (saxofone), Leonardo Brasilino (trombone), Paulo Márcio da Costa (trompete), e Esdra Neném Ferreira na bateria. Além das participações especiais nos vocais de Tadeu Franco.

Em 2019 lançou o CD “Vitral do Tempo” em parceria com Frei Betto, com oito faixas sendo quatro dele mesmo uma em parceria com Cacaso (1944- 1987) na regravação da canção “Quando eu vi o mar”, com João Evangelista Rodrigues a canção “Mrs. Blues”, e a música com letra de Frei Beto, “Negritude”, mesmo título do texto publicado pelo jornalista e frade dominicano em 2004.

Em entrevista para o jornal O Tempo, o artista contou que “essa música simboliza o envolvimento do Brasil com a África, no sentido de reconhecer a beleza da convivência. A negritude é uma coisa ampla, não tem a ver só com cor de pele. Principalmente para a gente, de Minas Gerais, ela está no âmago do nosso ser”.  O CD sucedeu o lançamento do CD “Rio da Lua”, feito com Lô Borges. No mesmo ano o LP “Joyce Nelson Angelo” (1972) foi reeditado pela série Clássicos do Vinil.

Em 2008 iniciou as gravações do CD “Tempos Diferentes”, lançado no ano seguinte e produzido por ele mesmo em parceria com Cláudio Guimarães, Leonel Pereda e Ronaldo Bastos. Participaram das gravações no baixo acústico Enio Santos, Luiz Alves e Ricardo Do Canto, na bateria Edison Machado, Robertinho Silva e Rubinho, no contrabaixo Jorjão Carvalho e Novelli, na flauta Danilo Caymmi, Carlos Malta e Paulo Guimarães, no teclado Cristóvão Bastos, Egberto Gismonti e Paulo Malaguti, no trombone Antônio Norato, Edmundo Maciel, João Luiz Maciel e Macaxeira. O trabalho foi orquestrado por Egberto Gismonti e Helvius Vilela.

Em 2009 prestou uma homenagem ao estado brasileiro de Minas Gerais lançando o CD “Minas em meu Coração”, que contou com participação de Edu Neves, Carlos Malta, Ana Martins, Luiz Alves, Jodi Gren, Hugo Pilger, Solis Festero, Paulo Guimarães, Cristiano Alves, Paula Santoro, Matheus Ceccato, Guto Wirtti, Kundera Valdez, Ricardo Costa, Robertinho Silva, Kiko Continentino, Zezinho da Sanfona, Roberto Marques e Armire Durvin.

Em 2014 lançou o CD “Times Square” na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, contando com parcerias de Milton Nascimento na faixa “Gigi da Mangueira”, com Alice Caymmi, Vanessa Falabella, dentre outros. A direção artística do show de lançamento do disco foi Jassvan DeLima, à época apresentador do programa “O som do Brasil” da rádio da Universidade de Columbia. Na ocasião foi acompanhado por músicos americanos e brasileiros como a baixista Amanda Ruzza e o saxofonista Jorge Continentino, ainda com participação do pianista Dom Salvador e dos cantores Darryl Tookes e Vanessa Falabella. No mesmo ano desenvolveu no Brasil o projeto “Trilha sonora de uma Viagem”, que resultou em uma opereta para apresentações em praças brasileiras.

Em 2015 se apresentou na 19ª edição do “Natal da Cidade!” em Vitória da Conquista (BA), no Centro Glauber Rocha, ao lado de Paroano Sai Milhó, Antônio Nóbrega, Marcelo Jeneci, Vander Lee, Orquestra Neojiba, Cidade Negra, Xangai e Golden Boys com o Trio Esperança. No mesmo o ano o Jornal O Globo publicou sua carta de despida ao amigo e parceiro Fernando Brant.

Em 2016 comemorou 50 anos de carreira se apresentando na Audio Rebel na cidade do Rio de Janeiro e no Sarau Filizolla em Belo Horizonte. Participou no mesmo ano do show em homenagem a Fernando Brant na cidade de Caeté (MG), ao lado de Tunai, Tadeu Franco, Fagner, Tavito, Claudio Venturini, Toninho Horta, dentre outros. Na ocasião interpretou a canção “Conoa, Canoa”. Em 2017, ao lado de Sergio Vieira, se apresentou no “Projeto solo MPB”, na cidade de Volta Redonda (RJ).

Em 2018 lançou o CD “Trilha Sonora de uma Viagem”, baseado em sua opereta popular, composta quando viajava pelo interior de Minas Gerais. O projeto se realizou através da gravação do CD da apresentação de dois espetáculos, em Belo Horizonte e Lambari. O CD foi financiado a partir de recursos da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de Minas, com patrocínio da Souza Cruz.

Participaram da gravação Beto Lopes (contrabaixo acústico), Jorge Bonfá (violão), Enéias Xavier (piano), Antônio Viola (violoncelo) – Madeiras – Joana Radicchi (flautas em dó/sol e píccolo), Marcela Nunes (flauta em sol), Walter Júnior Vieira (clarinete) – Metais – Jonas Vitor (saxofone), Leonardo Brasilino (trombone), Paulo Márcio da Costa (trompete), e Esdra Neném Ferreira na bateria. Além das participações especiais nos vocais de Tadeu Franco.

Em 2019 lançou o CD “Vitral do Tempo” em parceria com Frei Betto, com oito faixas sendo quatro dele mesmo uma em parceria com Cacaso (1944- 1987) na regravação da canção “Quando eu vi o mar”, com João Evangelista Rodrigues a canção “Mrs. Blues”, e a música com letra de Frei Beto, “Negritude”, mesmo título do texto publicado pelo jornalista e frade dominicano em 2004.

Em entrevista para o jornal O Tempo, o artista contou que “essa música simboliza o envolvimento do Brasil com a África, no sentido de reconhecer a beleza da convivência. A negritude é uma coisa ampla, não tem a ver só com cor de pele. Principalmente para a gente, de Minas Gerais, ela está no âmago do nosso ser”.  O CD sucedeu o lançamento do CD “Rio da Lua”, feito com Lô Borges. No mesmo ano o LP “Joyce Nelson Angelo” (1972) foi reeditado pela série Clássicos do Vinil.

Em 2019 lançou o CD “O Pensador” com regravações de sua obra. Na ocasião também comemorou seus 70 anos. A direção musical e os arranjos foram assinados por ele mesmo em co-produção com Sylvio Fraga e Thiago Amud. Das 12 faixas do CD, destacou-se a inédita “Sá Julieta”, que segundo o artista, retratou parte de sua infância, onde homenageou uma profissional (lavadeira) de sua família e também a cantora Clementina de Jesus.

No repertório das regravações de suas parcerias destacaram-se “Dendágua” e “Tiro Cruzado” (c Márcio Borges), “Hotel Universo” (c Ronaldo Bastos), “Canoa canoa” (c Fernando Brant) e “Testamento” (c Milton Nascimento). Participaram do CD os músicos Luiz Alves no baixo acústico, Robertinho Silva na percussão, Esdra “Neném” Ferreira na bateria e Raul de Souza no trombone.

Segue abaixo entrevista exclusiva com Nelson Angelo para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa 11.08.2023: 

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Nelson Angelo: Nascido no dia 15/06/1949 em Belo Horizonte – MG. Registrado como Nelson Angelo Cavalcanti Martins.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Nelson Angelo: Ouvindo sons vindos da rua: congadas, serestas, blocos de carnaval que passavam defronte à minha casa. Os lugares que frequentei ouvia-se música de todos os estilos. O primeiro mandamento do músico é ouvir.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Nelson Angelo: Segundo ciclo completo, fora que sempre estudei e estudo música de forma não acadêmica. Estudo prático de informática, hardware e software desde 1996. Filmes, livros, teatro, pintura, arte em geral, saber um pouco sobre os seres, é fundamental. Pensamento filosófico de rua, botequim, etc (risos) e não parar nunca. Nada é estático.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Nelson Angelo: Sou um aficionado por sons de uma maneira geral, sem fronteiras. Penso e vivo isso desde cedo com muita gratidão pelo dom de conseguir esse foco que habita em mim e me dá energia para viver.

Donde conclui-se que todos os nomes de bons musicistas fazem parte do meu agrado e jamais deixarão de ter importância. Minha “graduação” celebra dentro da música brasileira, Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo. Sempre combino o cinema, o teatro e a literatura para dar movimento às ideias musicais. Atualmente observo os humanos e o universo, buscando tirar daí minhas ideias.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Nelson Angelo: Em 1966 em Belo Horizonte – MG, profissionalmente com a carteira da OMB-2901-MG, no final do mesmo ano me radicando no Rio de Janeiro com o registro 14300-RJ. Tive toda sorte de participação como compositor, instrumentista, arranjador, cantor e por último produtor.

Artistas que acompanhei ao longo da minha carreira: Milton Nascimento, Luiz Bonfá, Marcos Valle, Elis Regina, Luiz Gonzaga, Lô Borges, Antonio Carlos e Jocafi, Dori Caymmi, Quarteto em Cy, César Costa Filho, Edu Lobo, Johnny Alf, Nana Caymmi, João do Vale, Clementina de Jesus, Egberto Gismonti, Alaíde Costa, Gonzaguinha, Beto Guedes, Francis Hime, Chico Buarque, Simone, Sérgio Mendes, Pierre Akendengue, Sarah Vaughan, Bernard Lavilliers, Cristina Buarque, Rosinha de Valença, Tom Jobim, Miúcha, Danilo Caymmi, Ithamara Koorax.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Nelson Angelo: Até alguns anos atrás eu saberia na ponta da língua quantos discos tinha feito. Passou o tempo e as gravações, parcerias e compilações se multiplicaram trazendo dificuldades em fechar esta conta. Porém cito abaixo uma boa parte de minha obra que pode facilmente ser encontrada na internet com detalhes completos: Nelson Angelo e Joyce; Naná Vasconcelos, Nelson Angelo e Novelli; Mar de mineiro; A vida leva; Canções Adultas; O pensador; Violão e outras coisas; Luiz Eça e a Sagrada Família; Minas em meu coração; Times Square; Vitral do tempo; O maravilhoso mundo musical de Nelson Angelo. Além de um grande número de compilações e participações.

Discografia:

Luiz Eça e a Sagrada Família (1970) – RW Discos (México) LP.
Kyrie/ Tapinha/Peba & Pobó/The man from the avenue (1971) – Odeon Compacto Duplo
Posições (1971) – Odeon LP
Nelson Angelo & Joyce (1972) – Odeon LP/CD
Naná Vasconcelos, Nelson Angelo & Novelli (1973) – Saravah (França) LP

Mineiro pau (1984) – Celluloid (França) LP
Violão e outras coisas (1990) – Eldorado LP
A Vida leva (1994) – Velas CD

Cateretê (2000) – Combo Music e NAC Brasil CD
Mar de Mineiro (2002) – Lua Discos CD
Tempos Diferentes (2007) – Dubas Música CD
Minas em meu coração (2008) – Independente CD
Times Square (2014) – Independente (EUA) CD
trilha sonora de uma viagem (2016) – Independente CD

Nelson Angelo 2018 (2018) – Independente EP
Vitral do tempo (2018) – Independente CD
O pensador (2019) – Rocinante CD
Cantos Espirituais (2021) – Independente CD

“Milton Nascimento” – Milton Nascimento (1969) – Odeon LP.
Clube da Esquina (1972) – Odeon LP/CD
Milagre dos Peixes (1973) – Odeon LP
Minas (1975) – EMI/Odeon LP/CD
Geraes (1976) – EMI/Odeon LP/CD
Clube da Esquina No. 2 (1978) – EMI/Odeon LP/CD
Journey to Dawn (1979) – A&M Records LP/CD

“Luiz Bonfá” – The New Face of Bonfá (1970) – RCA LP/CD
“Elis Regina” – Ela (1971) – Philips/Phonogram LP/CD
“Luiz Gonzaga” – O Canto Jovem de Luiz Gonzaga (1971) – RCA Victor LP
“Milton Nascimento e Lô Borges” – Clube da Esquina (1972) – Odeon LP/CD
“Dori Caymmi” – Dory Caymmi (1972) – Odeon LP/CD
“Lô Borges” – Clube da Esquina (1972) – Odeon LP/CD
Lô Borges (1972) – Odeon LP/CD

“Quarteto em Cy” – Quarteto em Cy (1972) – Odeon LP/CD
“Antonio Carlos e Jocafi” – Cada Segundo (1972) – RCA Victor LP
“César Costa Filho” – E Os Sambas Viverão (1973) – RCA Victor LP
“Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta” – Beto Guedes Danilo Caymmi Novelli Toninho Horta (1973) – Odeon LP
“Edu Lobo” – Edu Lobo (1973) – Odeon LP/CD; Tempo Presente (1980) – Philips/Polygram LP

“Chico Buarque” – Chico Canta (Calabar) (1973) – Philips/Phonogram LP/CD Chico Buarque (1978) – Philips/Polygram LP/CD
“Johnny Alf” – Nós (1973) – EMI/Odeon LP/CD
“Teca Calazans” e “Ricardo Vilas” – Musique Et Chants Du Brésil (1974) – Moshé-Naim (França) LP

Povo Daqui (1980) – EMI-Odeon LP;
Eu Não Sou Dois (1981) – EMI-Odeon LP
“Pierre Akendengue” – Nandipo (1974) – Saravah (França) LP
“Nana Caymmi” – Nana Caymmi (1975) – CID LP/CD
Renascer (1976) – CID LP/CD
Nana (1977) – RCA Victor LP/CD
“Alaíde Costa” – Coração (1976) – EMI/Odeon LP
“Gonzaguinha” – Começaria Tudo Outra Vez (1976) – EMI/Odeon LP/CD Recado (1978) – EMI/Odeon LP/CD

“Milton Nascimento e Chico Buarque” – Milton & Chico (1977) – Philips Compacto Simples
“Miúcha e Tom Jobim” – Miúcha & Antonio Carlos Jobim (1977) – RCA Victor LP/CD
Miúcha & Tom Jobim (1979) – RCA Victor LP/CD
“Martinho da Vila” – Presente (1977) – RCA Victor LP/CD
“Francis Hime” – Passaredo (1977) – Som Livre LP/CD
Se Porém Fosse Portanto (1978) – Som Livre LP; Francis (1980) – Som Livre LP;
Sonho de Moço (1981) – Som Livre LP

“Olívia Hime” – A Bela Adormecida/Diana (1977) – Tapecar Compacto Simples Olívia Hime (1981) – RGE LP
“Simone” – Face a Face (1977) – EMI/Odeon LP/CD
Cigarra (1978) – EMI/Odeon LP/CD
“Beto Guedes” – A Página do Relâmpago Elétrico (1977) – EMI/Odeon LP/CD
“Danilo Caymmi” – Cheiro Verde (1977) – Ana Terra/Independente/Wathmusic LP/CD

“Sarah Vaughan” – O Som Brasileiro de Sarah Vaughan (1978) – RCA LP/CD
“Sergio Mendes” – Sergio Mendes & Brasil 88 (1978) – Elektra LP
“Cristina Buarque” – Arrebem (1978) – Continental LP
“Zizi Possi” – Pedaço de Mim (1979) – Philips/Polygram LP/CD
“Boca Livre” – Bicicleta (1980) – Independente LP
“Bernard Lavilliers” – O Gringo (1980) – Barclay (França) LP

“Miúcha” – Miúcha (1980) – RCA Victor LP
“Lucinha Araújo” – Do Mesmo Verão (1980) – RCA Victor LP
“Malu Moraes” – Malu Moraes (1980) – Continental LP
“Robertinho Silva” – MPBC – Robertinho Silva (1981) – Philips/Polygram LP

“Edu Lobo e Chico Buarque” – O Grande Circo Místico (1982) – Som Livre LP
“Zé Renato” – Fonte da Vida (1982) – Philips/Polygram LP
“Marcio Hallack” – Talismã (1987) – Chorus Independente LP
“Carlinhos Vergueiro” – Carlinhos Vergueiro e Convidados (1988) – Ideia Livre LP

“Ithamara Koorax” – Serenade In Blue – My Favorite Songs (2000) – JSR/Milestone CD
Love Dance – The Ballad Album (2003) – JSR/Milestone/Som Livre CD
Brazilian Butterfly (2007) – IRMA CD
“Rosa Emília” – Baiana da Guanabara – Canções de Nelson Angelo (2004) – Lua Discos/MCD CD
Álbum de Retratos – Cacaso, Parceiros e Canções (2009) – Lua Music CD.

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Nelson Angelo: Agora você me apertou! Meu estilo é não ter estilo. É fazer o que sinto e quero na hora, torcendo para que o maior número de pessoas faça pulsar seus corações. Cada um à sua maneira.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Nelson Angelo: Muito pouco com Heloisa Madeira. Pratiquei outro tanto na noite e fazendo vocal para outros cantores.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Nelson Angelo: Ajuda, mas não resolve. Sempre estudar é positivo.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Nelson Angelo: Julie London, Ray Charles, Chet Baker, Ella Fitzgerald, Sinatra, Bennet, Milton Nascimento, Elizeth Cardoso, Alaíde Costa, Cauby Peixoto, Orlando Silva, João Gilberto, Caetano Veloso, Gal Costa, Marisa Monte, Zizi Possi e muitos outros (as)!

11) RM: Como é seu processo de compor?

Nelson Angelo: Não tenho nenhum. Hora só música, hora letra e música, em qualquer lugar, muitas vezes dormindo, no ônibus e até nadando.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Nelson Angelo: Cacaso, o principal. Milton Nascimento, Márcio Borges, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Pixinguinha, embora seja de uma música só, foi um presente que a vida me deu.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Nelson Angelo: Não tenho conceito com relação a isso. Acho que devemos deixar a vida nos levar e cuidar de se aperfeiçoar no que se faz.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Nelson Angelo: Acho que devemos procurar se aproximar de pessoas que executem bem a função de fazer você funcionar. Com muita calma e naturalidade para não virar uma obsessão.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Nelson Angelo: Somente as ações musicais. Veja bem, já tenho 74 anos e agora a coisa funciona assim.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Nelson Angelo: Para todos a internet é uma faca de vários gumes, como a descoberta do átomo. Ajuda muito, mas pode também prejudicar, mistura de vaidade e positividade.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Nelson Angelo: Muito útil para facilitar o trabalho dos músicos, mas não é absolutamente necessário. Já a música sim.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Nelson Angelo: Na maioria das carreiras liberais, os assuntos são muito parecidos. São coisas que você não pode prever. Tem que manter o navio no mar, navegando. Não existe uma fórmula, uma receita de bolo.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Nelson Angelo: Com muito bons olhos. Jovens talentos, linguagem e respiração do momento. O que não pode é se deixar o passado de lado, desfazer o elo da história. Vocês devem nessa altura ter percebido que meu assunto é pra frente e pra cima. A regressão se resolve por si. Não é uma palavra positiva.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Nelson Angelo: Foi ter tido a sorte de começar conhecendo o que havia de melhor na música de meu país: Milton Nascimento, Dorival Caymmi, Tom Jobim. Sem forçar nenhuma barra; muito inusitado, né? Brigas somente servem para atrasar as coisas. Gafes todos cometemos. Quando a gente não souber alguma coisa é melhor perguntar e procurar aprender.

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Nelson Angelo: O que me deixa mais feliz é a música em si. A vida é feita de alegrias e tristezas e a música não poderia deixar de seguir esta realidade, pois que uma faz parte da outra.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Nelson Angelo: Um presente de Deus!

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Nelson Angelo: Criação da hora que seja construída sempre sugerindo alguma passagem da música original. Começando lentamente e melodicamente até entregar a volta ao tema com muitas ou poucas notas. Pode-se também enveredar por outros caminhos harmônicos. Liberdade de criação.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Nelson Angelo: Cada pessoa tem seu caminho e resposta para esse assunto. É importante ouvir a voz que vem da alma e do coração. Os melhores improvisadores que tive a oportunidade de ouvir, já vieram feitos. São muitas as áreas musicais e a palavra têm significado pessoal. Pode-se também estudar, o que cria uma espécie de bengala para quem não é um improvisador nato.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Nelson Angelo: Saber não ocupa espaço, portanto o estudo das matérias depende da vontade e oportunidade de cada um. O resultado final é que interessa. E eles são muito variados.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Nelson Angelo: Saber não ocupa espaço, portanto o estudo das matérias depende da vontade e oportunidade de cada um. O resultado final é que interessa. E eles são muito variados.

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Nelson Angelo: Não penso nisso mais, mesmo porque com o tempo, se não há arte, não há matéria que solucione. É bem cruel esse tipo de sonho. Porém todo tem direito a fazer o que quiser e arcar com as possíveis consequências.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Nelson Angelo: Seja feliz e bem-vinda ao clube!

29) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Nelson Angelo: Sim, mas não gosto da ideia de comparar canções como melhores ou piores; são diferentes. Poder ser naquela noite quem se comunicou melhor, etc. Funciona como vitrine.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Nelson Angelo: A mídia está “na dela”, é uma princesa que te acolhe ou não. O melhor em minha opinião é o artista realizar seu trabalho e deixar a mídia agir seus encantamentos.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Nelson Angelo: Acho todos formidáveis e que outros sejam sempre bem-vindos, expandindo a arte em geral feita por todas as categorias sociais. O pilar de um país é sua cultura e pode usufruir desses recursos.

32) RM: Quais os seus projetos futuros?

Nelson Angelo: Todos os projetos que Deus ainda me permita realizar. Agora em 2023 lançarei um balé, um disco de carreira e mais dois de fonogramas que produzi de faixas e anos diferentes e nunca lancei. Enfim, não deixar o trabalho sem flertar com a mídia! (risos). E cada entrevista traz em sua soma e conta, o tempo em que ela foi feita, a experiência e o pensamento de cada um naquele momento. Tudo muda, tudo passa, menos a arte que é eterna e sempre em movimento na espiral do universo. Muito obrigado a revista RitmoMelodia.

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Nelson Angelo: https://www.instagram.com/nelsonangelooficial/

Fazenda (Nelson Angelo) Milton Nascimento: https://www.youtube.com/watch?v=2mZAHAHPnMM

Canoa Canoa (Nelson Angelo / Pixinguinha) ao vivo Rio Eco 1992 por Milton Nascimento: https://www.youtube.com/watch?v=AJHl7ozOFjY

Um a Zero (Nelson Angelo / Pixinguinha) por Chico Buarque: https://www.youtube.com/watch?v=02VDHxFRHkE

Nelson Angelo – Topic: https://www.youtube.com/results?search_query=Nelson+Angelo+topic

Nana, Nelson Angelo, Novelli (full álbum, 1975): https://www.youtube.com/watch?v=RgH4dltI-N0

Nelson Angelo – Violão e Outras Coisas (1990) [Full Álbum / Completo]: https://www.youtube.com/watch?v=7kohI3Ovb48

Joyce Moreno e Nelson Angelo: https://www.youtube.com/watch?v=CvEankpcYVo&list=PLy1Y3HHeUKJRWYOmOm_57bx9otNlxToze

Um Café́ Lá Em Casa | Nelson Angelo e Nelson Faria: https://www.youtube.com/watch?v=78ku8We2jYk 

Entrevista com Nelson Angelo | Disco Voador | Temporada 2 | EP09: https://www.youtube.com/watch?v=wyCJ7MuBijk


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Comments · 4

  1. Quero agradecer de coração a você Antonio, à revista e parabenizar pela maior entrevista que fiz em toda minha vida!
    Até,
    Nelson Angelo

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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.