O cantor, compositor, violonista Valber Meireles nascido em Itaperuna, noroeste do Estado do Rio de Janeiro, é quase mineiro e capixaba…Aos 10 anos de idade surgiram os primeiros versos! O cantar só aos 18 anos… e daí em diante surgiram os primeiros versos acompanhados de melodias… Aos 18 anos, experimentando um tour militar, vivenciou regiões belíssimas que despertaram belos poemas.
Mas a aventura pela música, verdadeiramente, começou em meado dos anos 90. Nesse período se construiu o primeiro álbum “CAMINHO DA PEDRA PRETA”, com 14 canções, que foi lançado em 2000. E continuando com as produções, em 2003 surgiu o álbum – “OÁSIS”, com 14 canções. Desse até o terceiro CD, foram 6 anos. Em meado de 2009, surgiu então “CANTOS MENSAGEIROS”, com 17 canções.
Em 2010, lançou o álbum “NUTRICIONISTA AMIGUINHO”, contendo composições de cunho educativo, incentivando a alimentação saudável (EDUCAÇÃO NUTRICIONAL). Já em 2012 surgiu o primeiro DVD/CD do artista, “VOAJANTE”, gravado no Teatro SESI de Itaperuna-RJ. Trata-se de um álbum duplo com 19 canções. Em 2013, foi lançado o sexto álbum “DESENVELHECENDO”, com 16 canções.
Em 2015/2016, fez a Direção Musical e Produção Fonográfica do álbum “ReDesafio”: A Poesia de Pedro Lyra na Música e na Voz de Amigos. Nesse projeto, participou como autor e interprete em 5 faixas. Em 2016/2017 gravou o álbum infantojuvenil “A ARCA DOS HOMENS”, em parceria com o Escritor e Poeta Wander Lourenço.
E em 2017, gravou o álbum “EVANGELHO DOS MITOS”, também em parceria com o Escritor e Poeta Wander Lourenço. Em 2018, gravou o álbum “TONS E CANTORIA” em parceria com grandes poetas da literatura nacional. E em 2023, está gravando o seu 10º álbum com o título provisório de CANTIGAS DE UM TROVADOR-MENESTREL, com previsão de lançamento para novembro.
Professor, graduado em Letras; Pós-graduado em Língua Portuguesa; Pós-graduado em Educação Ambiental e Gestão Territorial; Graduado em Nutrição; Membro-Fundador da (ACIL) Academia Itaperunense de Letras e Atual Presidente; Membro da UBT (União Brasileira de Trovadores); Filiado à Ordem dos Músicos do Brasil; Filiado à ABRAMUS – Associação Brasileira de Música e Artes.
Nove álbuns gravados e lançados (independente). Gravando o 10º álbum; plaqueta Literária lançada pela ACIL; publicou vários artigos, crônicas nos jornais locais; vencedor do XV Festival da canções de Cardoso Moreira RJ, com canções Oásis; terceiro lugar no Estado – Festival de Música do SESI (RJ), com a música “João e José”; segundo lugar no XI Festival de Viola de Piacatuba – MG, com a canção “Carnaubeira”; Participação no Programa “No Alto da Serra”, Canal Terra Viva – Grupo Bandeirante; Terceiro lugar no XIII Festival de Viola de Piacatuba – MG, com a canção “Introito e Cantoria ao Som da Viola”.
Destaque MELHORES DE 2013, como cantor e musicista pelo CONGRESSO DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA, seção Brasil, Mogi das Cruzes. Destaque como Cantor, homenagem do ROTARY CLUB – 2015. Destaque no PROJETO PERSONALIDADES, pelo site ItaperunaNews – 2015. Participação no Clipe de Natal do Programa “Os Donos da Bola” na emissora de TV BAND RIO – Dezembro – 2015. Destaque como Músico, homenagem da Academia Rotária de Letras, Arte e Cultura, vinculada ao Rotary Clube de Taubaté Oeste – 2016.
Homenagem Cultural da União Brasileira de Escritores (UBE) como Compositor e Cantor – 2016. Em 2017 e 2018 foi homenageado por diversas escolas pelos relevantes trabalhos desenvolvidos na área da cultura (arte, educação, literatura e música). Personalidade do Ano/2018, indicação popular, sendo vencedor em duas categorias (ARTE E CULTURA), como melhor cantor; e (EDUCAÇÃO), como melhor Professor.
Na categoria TROVADOR, recebeu homenagem realizada pelo CONGRESSO DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA, Seção Brasil, melhores do Estado do Rio de Janeiro, em 2018. Em 2022 – Lançamentos do livro infantil O REINO ENCANTADO DA PRINCESINHA VITÓRIA e do livro-teatral ERA UMA VEZ UM PALHACINHO… ambos de sua autoria.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Valber Meireles para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado como Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 06.09.2023:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Valber Meireles: Nasci no dia 30/07/1965 – Em Itaperuna, noroeste do Estado do Rio de Janeiro, situada a zero quilômetro das Minas Gerais e apenas 11 quilômetros do Espirito Santo. Costumo dizer que sou CAPINEIRO, uma mistura de capixaba com mineiro. Fui registrado como Valber Meireles de Souza.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Valber Meireles: Minha família não é de origem musical e meu primeiro contato com a música foi na igreja, nos tempos da Primeira Comunhão. Posteriormente, ao me ingressar na Marinha de Guerra, aprendi os primeiros acordes com o conterrâneo Wander Veiga. Daí em diante comecei a tocar e compor.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Valber Meireles: Sou autodidata na música. Sou formado em Letras, pós-graduado em Língua Portuguesa e também em Educação Ambiental e Gestão Territorial. Graduado em Nutrição também com estudos na área de Nutrição Esportiva.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Valber Meireles: Quando adolescente, ouvia Fagner, Nelson Gonçalves e Roberto Carlos. Ao sair de Itaperuna – RJ para servir a Marinha de Guerra, conheci outros grandes nomes como Zé Geraldo, Zé Ramalho, Alceu Valença, Almir Sater, Renato Teixeira, Elomar, Xangai, Vital Farias. Esse período foi muito fértil e com muita gente boa, e julgo que todos foram importantes com suas musicalidades.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Valber Meireles: Conto como ponto de referência o ano de 2000, quando gravei o meu primeiro álbum – CAMINHO DA PEDRA PRETA, e foi uma experiência incrível. Nessa época eu fazia minha arte em Itaperuna e região.
06) RM: Quantos CDs lançados?
Valber Meireles: São 9 CDs gravados e lançados. E estou em estúdio gravando o 10º Álbum.
ERA UMA VEZ UM PALHACINHO (2022) é uma teatralização-musical com a participação de 3 amiguinhos (o Palhacinho, Palhaço Tionho e seu cavalo Alazão Memé), e que juntos matam a saudade dos tempos de circo, tão raros nos dias atuais. São (08) canções para alegrar a criançada.
O REINO ENCANTADO DA PRINCESINHA (2022) VITÓRIA é uma narrativa que busca cantar a magia e o encantamento do fantástico universo infantil, incentivando a leitura, cujas personagens demonstram ações voltadas para a bondade e o amor ao próximo. E para aumentar ainda mais o encantamento, foram compostas (06) seis canções que fazem parte do enredo.
TONS E CANTORIA (2018), em parceria com vários Poetas da Literatura Nacional, é uma fusão da linha melódica de Valber Meireles com a poesia de amigos. Além, teve a participação da CAMERATA OPUS XXI sob a regência do grande Maestro André Codeço.
“A arca dos homens” (2018), concebido por Wander Lourenço e Valber Meireles, protagonizado por uma espécie de Noé caboclo, o violeiro João Serafim, não obstante, não foi escolhido por Deus para salvaguardar os animais em uma embarcação diante de um dilúvio, mas, sim, para salvar a humanidade por intermédio de uma alegoria ao advento bíblico.
“Evangelho dos Mitos” (2017) de Valber Meireles, sobre poesia de Wander Lourenço se coaduna com a proposição de revisitar o cancioneiro popular brasileiro, em diálogo com a tradição das modas, toadas, cantigas e acalantos, significativamente não como rito de redenção, mas com o intuito de que desabrolhe em sinfonia de um trovador por margens e imagens da celebração.
ReDesafio (2016): a poesia de Pedro Lyra na música e na voz de amigos. Direção Musical e Produção Fonográfica de Valber Meireles com Participação em 5 faixas.
Desenvelhecendo (2013) este é o Sexto CD, possui uma linha melódica e poética bastante interessante. DESENVELHECENDO é a busca do desenvelhecimento da alma humana, é o aprimoramento da essência do ser através das belas canções…
CD e DVD Voajante (2012) é a reunião de algumas canções dos três primeiros CDs, a trilogia (Caminho da Pedra Preta, Oásis e Cantos Mensageiros), mais algumas inéditas, inclusive a que intitula o projeto. VOAJANTE é a fusão do verbo voar com o substantivo viajante, propondo-se um outro sentido, ou seja, um voar por sobre as coisas, com um novo olhar, uma nova visão. Gravado no Teatro SESI de Itaperuna, tem recebido inúmeros elogios pela qualidade melódica e poética.
Nutricionista Amiguinho (2010) Adendo do trabalho de conclusão do curso de NUTRIÇÃO, da Faculdade Redentor, em 2010, Itaperuna RJ. Trata-se de um projeto de Educação Nutricional (alimentação saudável) para crianças. São 12 canções de cunho educativo incentivando a boa alimentação. Trabalho informativo e formativo.
Cantos Mensageiros (2009) Os pássaros, cantos divinos… Através deles a busca do novo,
Que aparentemente já é velho…
É o pássaro trovador-cantador
Percorrendo o nosso interior,
Associando-se ao violeiro mágico,
Que nos faz viajar por tantos caminhos,
Refazendo lembranças, Reinventando tempos de criança…
Cantos Mensageiros é um singelo
Agradecimento ao semeador de nossos campos…
É um chamado às causas ambientais
Uma súplica: não deixem os rios tornarem-se lamentos…
É Gaia (Terra), é sangue percorrendo as veias…
é um canto em busca da liberdade…
é o meu povo… com o seu canto…
Cantos Mensageiros é verso de amor
Soando nos acordes do violão,
Amor é vida, ao próximo, a Deus…
Amor à terra… esse solo tão pisado.
Chão-berço republicano…
É homenagem aos poetas, Cantadores e tocadores…
Que desenham cenas e pintam sonhos em nosso imaginário…
Cantos Mensageiros é a escrita do futuro no presente…
Esperando que as palavras toquem
Os corações, e passo-a-passo, vá se desenhando um amanhã
Cuja manhã seja repleta de luz, de águas cristalinas e de vida!!! Assim seja!
Oásis (2003) fruto de contrastes, talvez utópico… Ânsia de poucos para o bem-estar de todos. um sonho em busca da realidade, saído de um, contaminando os sensíveis, formando exércitos com um único ideal: Recriar… O coro aumenta, as vozes estão mais fortes, Terra para se viver em paz…
Caminho da Pedra Preta (2000) O cantador diz …
“Cantemos nossa terra e nossa gente…”
Então, entremos por esse portal da história
(Fazenda São José, um dos berços de Itaperuna, E embarquemos no velho trem, a eterna Maria Fumaça.
Viajando pelo desbravamento, pelas conquistas pelos campos repletos de café, pelas cancelas se abrindo para o gado…
Andemos pelo caminho rumo à Pedra Preta (Pedra Elefantina), vislumbrando da janela do tempo um passado de glórias…
Lá do alto, o Cristo, de braços abertos, Contemplando o nosso rio Muriaé, De tantas secas e enchentes. Transcorre o tempo e a vida segue…
Um pouco de nossa história se perde, Por isso, ouçam … ouçam a música E viajemos nas asas de cada nota Redescobrindo as belas veredas desbravadas Por nossos antepassados que as transformaram em vila, E que seguindo a viagem se tornou ITAPERUNA.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Valber Meireles: Entendo como MPB que navega nas águas do regionalismo, muitas vezes.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Valber Meireles: Muito pouco. Tive algumas aulas quando cantei em um coral de um grupo musical religioso, mas durou muito pouco.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Valber Meireles: Toda técnica é extremamente importante. Saber respirar, usar bem o diafragma, escolher o melhor tom, tudo isso contribui para preservação da voz.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Valber Meireles: Sou fã de Oswaldo Montenegro, Zé Ramalho, Fagner, Milton Nascimento, o saudoso Emílio Santiago… além de compositores, cantam magnificamente bem.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Valber Meireles: Bastante relativo. Às vezes pego o meu violão ou minha viola e vou ali mexendo, dedilhando e, de repente, uma canção está pronta. Simplesmente sai. Os meus 6 primeiros CDs todas as canções são minhas somente. Daí os amigos começaram a me “criticar”. Poxa, você não faz parcerias… Milton Nascimento, Chico Buarque, Caetano Veloso, todos fazem… aí eu comecei a fazer algumas composições em parcerias, normalmente colocando melodias nos poemas ou letras. Um super desafio que terminou em belas canções.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Valber Meireles: Wander Lourenço, Gilberto Mendonça Teles, Pedro Lyra, Flora Carpi, André Codeço, Dr Djalma, Ieda Boechat, Hildeliza Boechat, Regina Codeço, Regina Coeli, Edson Penha, Pedro das Gerais, Gilson, Carlos Alberto Capri, Dalvan Amaral, nomes importantes da nossa música e literatura regional e brasileira.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Valber Meireles: Acredito que seja o processo de divulgação. Temos uma GRANDE MÍDIA que há muito elegeu alguns estilos que se dizem comerciais e fecharam as portas para os outros estilos. Até nos eventos de exposição em aniversários de municípios, 95% os shows são de um estilo e 5% para os demais.
14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Valber Meireles: Estou no meu 10º CD (álbum), e o meu foco está na produção da minha música respeitando sempre o conteúdo (poesia e com ótimas mensagens e temáticas), e sua divulgação em espaços culturais, teatros e afins. Desenvolvo sempre um discurso valorizando a boa mensagem em minhas músicas, e procuro divulgar em shows e eventos e também nas redes sociais. (para quem não tem espaço na grande mídia, o importante é trabalhar pesado nas redes sociais).
15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Valber Meireles: Sempre empreendendo na produção musical e parcerias para apresentar ao público uma música de qualidade. Normalmente, artistas de ponta são geridos por grandes empresários.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Valber Meireles: Em razão da derrocada das gravadoras e da “falência” dos discos físicos, a internet hoje é um grande canal e democrático. Lá estão os bons e os ruins. Mas de um modo geral é uma luz para todos. A internet se transformou no canal de divulgação. Agora é saber usá-la…
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Valber Meireles: Quem não tinha acesso a um bom estúdio, era complicado gravar antigamente. Hoje, ficou tudo mais fácil. Saiu da mão de meia dúzia e se tornou algo possível para todos. Gravar era muito caro… hoje, bem mais em conta.
18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Valber Meireles: Eu procuro manter o meu estilo, a minha vocação para a poesia musicada, com excelentes temas. Procuro uma certa originalidade… eu tenho aquela visão de que eu sou um SUCESSO, posso não ser de âmbito nacional, mas considero por todas as dificuldades uma carreira de muitos êxitos, com premiações, festivais vencidos, reconhecimentos por uma parte da crítica intelectual… não a comercial.
19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Valber Meireles: Em relação à grande mídia, tivemos um retrocesso impressionante. Quase que em sua totalidade só apresentam um estilo musical. Temos durante o ano vários festivais de música em várias partes do Brasil mostrando compositores incríveis, com canções maravilhosas. Infelizmente, não passam dali. Por que acabaram com aqueles grandes festivais que revelavam novos talentos? Pois então, temos daí grandes nomes que ainda fazem muitos shows, por exemplo, Oswaldo Montenegro. Outros artistas ainda continuam fortes no mercado de shows, mas não nas grandes mídias: Zé Ramalho, Fagner, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil…
20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?
Valber Meireles: Como meu estilo é bem tranquilo, normalmente o público que me prestigia é também desse jeito. Mas uma cena interessante ocorreu quando fui tocar num grande show na minha cidade. Chegamos cedo para passar o som e os seguranças não deixavam a gente entrar. Depois de muita conversa, houve a liberação… eu fiquei por último… quando eu estava entrando no parque de exposição indo em direção ao palco onde iríamos tocar, um segurança disse: “ei, você não pode entrar” – daí um de meus músicos rebateu: “mas esse é que é o cantor” (risos). imagina, os seguranças não sabiam quem eu era.
21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Valber Meireles: Estou construindo uma obra regada de muitas coisas boas, ricas em poesias e boas mensagens, e isso eu considero muito importante e me deixa muito feliz, simplesmente por ser também uma reflexão e aprendizagem para as pessoas. Penso assim: “eu gostaria muito que as pessoas sentissem as mensagens e elas as tocassem de alguma forma positiva. E na expectativa de as pessoas gostarem e se tornarem melhores seres humanos”. Seu eu conseguir, ótimo, feliz demais. Mas se não conseguir atingir a pessoa, quem estará perdendo é a própria pessoa. Por isso procuro sempre mensagens positivas, instrutivas, reflexivas.
22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
Valber Meireles: Com certeza sim! Uma inspiração divina! Há coisas inexplicáveis…
23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Valber Meireles: Em muito, algo divino… conheço um guitarrista que nunca estudou partitura, mas com uma guitarra nas mãos faz coisas incríveis, que dificilmente um grande estudioso faria. Evidente que se o músico tem uma bagagem musical muito grande adquirida através dos estudos, terá ampla possibilidade de improvisar com mestria. Mas há alguns que são superdotados.
24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Valber Meireles: Relativo. Se o músico sempre toca aquela canção, quase não há improvisação. O interessante é esse improviso em algo que não se conhece muito bem. Como eu disse, se o músico já toca a canção frequentemente, é possível que em determinados momentos, ambiente, reação do público, ele possa criar esse improviso movido pela emoção do momento.
25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Valber Meireles: Não vejo nada contra, e se é possível estudar todos os métodos para se garantir no palco, tudo é válido. O problema do improviso é que se muda um arranjo por exemplo, muda uma frase musical, se os outros músicos não falarem a mesma linguagem, o trem fica complicado.
26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Valber Meireles: Estudos são sempre importantíssimos! Quanto mais se estuda, melhor fica. E harmonia é imprescindível.
27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Valber Meireles: Difícil. Ainda mais nos dias atuais. As rádios precisam sobreviver. A internet reduziu muito o faturamento das rádios e das TVs. Portanto, o que as mantêm são os jabás e as propagandas que nelas ainda veiculam.
28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Valber Meireles: Dizer que não é fácil, principalmente se você tem um estilo que não está vinculado ao que se está tocando nas grandes mídias. Para se ter uma ideia, numa festa de exposição agropecuária de uma pequena cidade mineira, a programação foi: 2 DJs e 6 duplas e cantores que se dizem sertanejos (que não são do Sertão). Hoje é o que está predominando no mercado.
29) RM: Festival de Música revela novos talentos?
Valber Meireles: Antigamente os Festivais de Música, revelavam muitos novos talentos…
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Valber Meireles: É feita baseada no investimento de cada setor musical. Quem mais investe, mais visibilidade tem. E aqueles artistas de interesse que manipulam as massas com facilidade, vendendo ditas músicas com apelos sexuais, apologias e pobreza de conteúdo.
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Valber Meireles: Muito bom! O grande detalhe é conseguir tocar nesses espaços culturais, uma vez que temos uma oferta grande de músicos e poucos espaços culturais. O músico que não tem empresa é difícil de acessar esses espaços. E uma pilha de certidões negativas para se inscrever nesses projetos/editais.
32) RM: Quais os seus projetos futuros?
Valber Meireles: Cantar sempre mais e divulgar boas mensagens… estou gravando o 10º Álbum (com 12 canções), estou formando mais uma parceria com um grande Poeta e Ativista (Monsyerrá Batista) a fim de realizarmos um trabalho diferenciado, reflexivo, educativo e verdadeiramente cultural, objetivando a conscientização de várias causas sociais, ambientais… Ainda vamos gravar um Álbum em parceria com meus Confrades da Academia Itaperunense de Letras, da qual sou o Atual Presidente.
RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Valber Meireles: (32) 98418 – 3232 | (22) 99729 – 6200 | www.valbermeireles.com.br | www.instagram.com/valbermeireles| https://www.facebook.com/valbermeirelesebanda
Canal: https://www.youtube.com/c/valbermeireles
Tecelã – Valber Meireles, apresentação no TEATRO SOLAR, em Juiz de Fora MG: https://www.youtube.com/watch?v=O6DoAZGDoiw
Soneto da Femea – Valber Meireles, apresentação no TEATRO SOLAR, em Juiz de Fora MG: https://www.youtube.com/watch?v=FlqDbPpXxdg
Parabéns, é disso que o Brasil precisa, respeito à diversidade cultural, sucesso sempre…