A cantora, compositora e percussionista paulista RÊBENÊ (Regina Benedetti), ganhou e participou de diversos festivais de MPB e de música italiana no Brasil. Consagrou-se na região de São José do Rio Preto/ SP onde iniciou sua trajetória artística.
Mudou-se para a Capital São Paulo e através de uma seleção artística foi morar na Itália em 2003 onde se apresentou como cantora, bailarina e no teatro. Lançou dois CDs autorais com produção na capital paulista: “Juras” e “O Canto da Sereia” – Uma homenagem a cultura afro-brasileira, pela Guaruba Produções.
Viveu três anos nos Estados Unidos onde apresentou-se nas melhores Casas de Jazz e em Turnê CD Show Release “O Canto da Sereia” com indicação ao Latin Grammy 2012 e outros prêmios como Brazilian International Press Awards (2103, 2014 e 2015) como Melhor Cantora e melhor CD Brasileiro nos Estados Unidos.
Em “Tour” pelos Estados Unidos apresentou-se em locais importantes como: Berklle Performance Center; Seaport World Trade Center; Regattabar no Charles Hotel (Blue Note Entertainment Group) em Boston; Ryles Jazz Club; Acton Jazz Cafe; The Beehive; The Beat Hotel; The Red House, Jhonny D’s e SOB’S em Manhattan/New York. Cantou em festivais como: Brazilian Independence, Brazilian Haiti e Brazilian Expo USA.
Em 2011 se apresentou no aniversário em comemoração aos 80 anos de João Gilberto “O Pai da Bossa-Nova” em Juazeiro da Bahia, com grandes nomes da MPB como “João Bosco” e “Maestro Aderbal Duarte”.
Palestrou na décima primeira Semana do Brasil na Universidade de Harvard para falantes da língua portuguesa, onde mostrou a importância de suas composições sobre a cultura afro-brasileira para o mundo. Em maio de 2014 participou da Semana Mundial do “Português como Língua de Herança – PLH” no Consulado Geral do Brasil em Nova York nos Estados Unidos realizado pelo Brasil em Mente.
Foi finalista do Prêmio Profissionais da Música 2018 como “Melhor artista de Samba”, cujo Homenageado do evento foi Roberto Menescal e sua bossa nova. Regina é produtora e curadora, realizadora do “Concurso de Bandas” dos principias festivais de São José do Rio Preto/SP como Planeta Rock, MPBrasil e Vozes Sertanejas através da Renova Projetos e Produções e Fama Produções (2015, 2016, 2017 e 2018).
Em 2022 iniciou a circulação de espetáculo em homenagem ao Pai da Bossa Nova João Gilberto com o Projeto “Chega de Saudade”, circulando por diversas cidades do estado de SP e no ano passado foi atração do Festival de Bossa Nova em Maricá no Rio de Janeiro. Se prepara para gravar seu próximo CD e DVD.
Segue abaixo entrevista exclusiva com Regina Benedetti para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistada por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 18.03.2024:
01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?
Regina Benedetti: Nasci no dia 18/03… em Mirassol – SP. Registrada como Regina Benedete.
02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.
Regina Benedetti: Aos sete anos de idade iniciei no Ballet e aos 11 anos comecei a ter aula de violão e desde então não parei mais com a música.
03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?
Regina Benedetti: Sou psicóloga, trabalhei com dependência química, musicoterapia para idosos, clínica.
Sou cantora e compositora profissional, vivi em 2003 na Itália trabalhando no teatro, música e dança. E morei por três anos nos Estados Unidos de 2012 a 2015 onde cantei em diversos locais importantes como Berklee Performance Center em Boston, Universidade de Harvard na décima primeira Semana da língua portuguesa em Harvard, além de festivais e Casas de Show em Nova York e outros estados americanos.
04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?
Regina Benedetti: Comecei ouvindo música sertaneja raiz por influência do meu pai, depois passei a me interessar pela MPB ouvindo: Elis Regina, Milton Nascimento, Zizi Possi, Clara Nunes, Carmen Miranda e cantoras baianas.
05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?
Regina Benedetti: Comecei no início dos anos 2000 em Mirassol – SP e na região de São José do Rio Preto (noroeste paulista) onde ganhei alguns Festivais de Música e de Dança.
06) RM: Quantos álbuns lançados?
Regina Benedetti: Em 2008 lancei meu primeiro álbum “Juras” pela Sol Music Produções de São Paulo. Em 2012 lancei o meu segundo “O canto da Sereia“ pela Guaruba Produções de São Paulo e que teve indicação ao Grammy Latino e três indicações no Brazilian Press Awards como melhor álbum brasileiro nos Estados Unidos. Lancei vários clipes e singles autorais. E me preparo para gravar meu próximo CD e DVD.
07) RM: Como você define seu estilo musical?
Regina Benedetti: Meu estilo varia da MPB, Samba, Xote, Baião, uma mistura de ritmos brasileiros.
08) RM: Você estudou técnica vocal?
Regina Benedetti: Fiz aulas de técnica vocal em São José do Rio Preto – SP e em São Paulo e na Berklee College of Music – USA. Participei de alguns Workshops. Mas a minha maior escola foi tocar e cantar na noite em eventos e bares.
09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?
Regina Benedetti: A técnica vocal é super importante para aprendermos a “dosar” nossa voz e termos cuidados cotidianos. Na época do estudo de Psicologia tive fenda vocal por falar demais em grupos terapêuticos e por não hidratar e cuidar da voz como deveria.
Precisamos ter consciência e entender como funciona nossa caixa torácica e utilizar de técnicas outras formas para suavizar, ornamentar e projetar nossa voz sem prejudicar nosso bem mais precioso.
Cuidados em cantar na noite, como comer tarde para evitar refluxo, evitar bebidas alcoólicas. E fazer exercícios e o sono contribuem para um bom trabalho musical. Nada como a consciência e amadurecimento.
Cantar nos bares é uma fase importante na vida para a carreira e que faz com que lapidemos a nossa voz. Sem a experiência dos palcos, dos bares e de tocar sempre com diferentes naipes de músicos nada disso vale.
Também aprendi muito com um grande amigo que tocou comigo quase 20 anos (Pedrão Hits) que faleceu em 2021 quando voltávamos de um trabalho musical. Esse cara me ensinou muito de Samba, de divisão e ritmo e melodia, era um verdadeiro Mestre.
10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?
Regina Benedetti: Admiro o que há de melhor de cada um, não tenho ídolos. Meu ídolo é Deus e meus pais aqui na terra. Musicalmente gosto de João Bosco, Emílio Santiago, Alcione, Leny Andrade, Elis Regina, Milton Nascimento, dentre outros.
11) RM: Como é seu processo de compor?
Regina Benedetti: Muito peculiar minha forma de criar música. Geralmente vem junto letra e melodia, mas já aconteceu de vir a melodia e tempos depois colocar a letra. Quando mergulho no processo, por exemplo para lançar um CD ou trabalho, muitas vezes acordo na madrugada com a letra e melodia na cabeça ou sonho com a canção.
12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?
Regina Benedetti: Não tenho parceiros musicais, componho 99% sozinha. Somente uma linda canção (“Joia rara”) que fiz com um amigo moçambicano Albino Mbie nos Estados Unidos em que cantávamos em português e no seu dialeto moçambicano.
13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Regina Benedetti: Árduo, pois sem dinheiro e sem investimento na carreira nossa música chega devagar até as pessoas. Contamos coma intuição, a boa vontade e fãs que indicam. Um trabalho de formiguinha, mas que considero sólido.
14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?
Regina Benedetti: Praticamente sempre cuidei da maior parte do meu trabalho sendo minha própria mola propulsora produzindo, vendendo, compondo, divulgando, pensando no figurino, maquiagem, etc. Mas chega uma hora que cansa…. Conforme o trabalho vai crescendo fica impossível cuidar de tudo sozinha.
É importante o artista ter esse conhecimento, mas é preciso dividir e delegar funções. Hoje tenho uma pequena equipe e minha empresa “RB Produções“, mas acredito que as coisas se expandirão no momento oportuno. Também preciso de tempo para criar e estudar melhorando o trabalho. Estou pronta para gravar meu novo álbum, mas preciso de patrocínio.
15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?
Regina Benedetti: Tudo o que se pode imaginar no universo artístico. Produzindo, escrevendo, vendendo. Sou “DONA de mim”.
16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?
Regina Benedetti: Ajuda a divulgar o trabalho e ao mesmo tempo limita, pois o que chega primeiro são as grandes agências de marketing que impulsionam o trabalho de outros artistas que exibem músicas de tiktok e outras coisas medíocres.
As pessoas estão idiotizadas, mas ainda acredito que tem campo. E espaço para todos. De que vale a grande massa? O que importa é a consciência tranquila sobre a arte que fazemos. O sucesso é o dinheiro são consequências.
17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?
Regina Benedetti: Vantagem é a facilidade de gravar música mesmo a distância. O que vejo como desvantagem é a massificação de coisas criadas rapidamente sem um crivo de qualidade, samples, como necessidade de atender um público que descarta as coisas com facilidade.
O parâmetro usado são cópias de cópias, plágio de plágios e não autenticidade. Afinadores e auto-tune utilizados para correção da afinação ao cantar. Não sabemos o que é verdadeiro nesse mundo tecnológico. Qualquer um pode ser artista, basta querer investir e as grandes agências fazem o resto.
18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?
Regina Benedetti: A MPB está cada dia mais afundando na arrogância de grandes artistas que não ajudam os demais artistas. O primeiro ponto é a divisão política e não sobre a relevância artística.
Vejo uma classe de artistas desunidas e que se julgam “intelectuais”, que hoje já não estão conseguindo atingir a maioria das pessoas. Estamos jogando nossa arte no limbo. Os grandes festivais de música elegem uma música e ali fica…. Não sai do palco apenas com premiação de dinheiro e troféu. Nenhum artista famoso grava, ninguém vai no teatro assistir, aliás são poucos. Não é algo atrativo.
A MPB se fechou numa bolha, como se fôssemos a “aristocracia branca cantando para meia dúzia de gatos pingados”. Quem hoje no Brasil tem dinheiro para frequentar um teatro ou ir num grande show? Para ir no cinema hoje no interior você paga quase 50 reais. A classe mais humilde pode? No interior a maioria preferem juntar a galera e fazer churrasco no final de semana ouvindo música descartável, compram cervejas, ficam nos canteiros da cidade fofocando e olhando conversas no WhatsApp.
Hoje essa é a cultura do Brasil apesar de se investir bilhões em cultura. Tanto dinheiro investido em, mas não chega no cidadão de bem. Chega sim uma cultura medíocre e idiotizada. Mas o bolso dos grandes artistas e produtores continua abastados, enquanto utilizam o dinheiro público para promoveram grandes shows e ainda cobraram altos valores dos ingressos.
Esse dinheiro deveria ser para “incentivar” pequenos e médios artistas que estão na carreira lutando para terem sua arte reconhecida. Esses artistas cantam nos melhores palcos com grande estrutura de som, tem bom marketing e nem sequer chamam a gente para cantar no mesmo palco. Nunca dividem o osso. Porque não dar oportunidade para os pequenos e médios artistas abrirem o show de algum grande? Talvez porque falta benevolência e empatia para essa gente. Por isso não idolatro artista nenhum.
19) RM: Como você analisa o cenário da Música Popular Brasileiro. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?
Regina Benedetti: Artistas eternos são: Gonzaguinha, Luiz Gonzaga, Elis Regina, Clara Nunes, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chiquinha Gonzaga, Cartola, Ary Barroso, Carmen Miranda, etc.
Existem artista de uma música só, e os atemporais. Os que regrediram ao meu ver são aqueles que aceitam o atual mercado fazendo coisas medíocres para estarem no topo. Tirem suas conclusões.
20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?
Regina Benedetti: Sempre acontecem situações inusitadas na carreira musical. Já aconteceu de técnico de som “derrubar o show” durante a apresentação, pois queria receber a mais “tipo de propina”, então prejudicou a qualidade do som.
Uma vez fui cantar numa chácara e choveu tanto que meu carro atolou duas vezes (risos) e tiveram que chamar o guincho. Cheguei na festa com lama na roupa, sapato, cabelo… mesmo assim cantei. Na volta atolou novamente o carro ficou irreconhecível, até entortou a barra de direção. Tive prejuízo e o dono da festa pagou a lavagem do carro que mecanicamente nunca mais foi o mesmo.
21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Regina Benedetti: Mais feliz é o reconhecimento do meu público mesmo que não seja a grande massa. Todos os dias recebo alguma mensagem de carinho e estímulo. Isso coloca a gente para cima e da mais vontade de melhorar e investir.
O que me deixa triste é a intolerância e a arrogância da classe especialmente do Samba e da MPB. O Samba é ainda machista e racista. Maria Rita mesmo sendo filha da Elis Regina teve dificuldade para se tornar uma cantora consagrada no samba. Vivemos um círculo fechado.
Tem um DVD do Zeca Pagodinho em que tem homens sentados na mesa tocando e nenhuma mulher. Quando as mulheres vão tocar Samba tentam se masculinizar ou então formam seus próprios grupos. Eles não aceitam mulheres. As mulheres somente cantam quando convidadas tocar com homens e mulheres só servem para serem passistas. Infelizmente são racistas e machistas.
22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?
23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?
Regina Benedetti: A gente nasce com sons artísticos e podemos melhorar com o passar do tempo. Leny Andrade é sinônimo de Improvisação musical.
24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?
Regina Benedetti: Improviso pode ser nato, mas claro que também estudado.
25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?
Regina Benedetti: Existem músicos de estúdio e músicos da noite. Dessa forma não existe regra. O músico pode ser expert em técnica, mas não ser um bom músico ao vivo.
26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?
Regina Benedetti: Compreender a harmonia pode ajudar a criar pontos de apoio para memorização, demarcando trechos específicos ou regiões ao longo da obra. É uma área fundamental para quem quer compor, arranjar ou interpretar músicas de diversos gêneros e estilos.
Mas existe a intuição que é nato do ser humano. Portanto nem sempre quem estuda Harmonia consegue ser um bom compositor. Muitos compositores famosos fizeram músicas de forma simples, mesmo sem conhecer regras ou os caminhos para compor. É algo transcendental, uma ligação com o universo, com algo maior. Muitos compositores acham que para ser bons compositores precisam criar obras mirabolantes, cheias de sons dissonantes e acabam não tendo uma boa percepção e finalização.
A música deve percorrer por vários caminhos e ser explorada na sua totalidade e simplicidade muitas vezes. Saber ouvir e sentir o que a música quer nos dizer já é um bom caminho. O que vai definir o sucesso da obra digo sempre que são os arranjos.
O arranjador deve ter um bom feeling para o que aquele compositor está querendo dizer e passar para a sua audiência. Um arranjo ruim pode literalmente derrubar uma música considerada boa. Mas nem toda música que faz sucesso nas rádios é boa. Depende do grau de exposição e repetição para o ouvinte.
27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?
Regina Benedetti: Quase que impossível a música toca em rádio de grande audiência sem pagar o jabá. Hoje a gente consegue que rádios alternativas toquem nossa música, mas sem investimento ou sem explodir na rede social, ninguém tem música tocando na grande mídia.
28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Regina Benedetti: Estude. Faça shows, bares, meta as caras, não tenha vergonha de ser quem você. Procure um estilo, estabeleça metas, tenha sua própria imagem e personalidade, não copie ninguém. Use os grandes artistas apenas como inspiração.
Invista em você, aprenda a tocar um instrumento harmônico, não tenha preguiça de aprender a tocar e de errar muitas vezes, pois é errando que a gente aprende e se lapida. Largue mão de playback, pois facilita a vida por um lado, mas deixa muitas vezes o músico preguiçoso. Música ao vivo não é com playback.
29) RM: Festival de Música revela novos talentos?
Regina Benedetti: Festival de Música não revela mais. Artistas de festivais ficam em festivais e ponto final. São reconhecidos apenas pelo público e pelos artistas que frequentam esses mesmos festivais. Os festivais não têm abertura na grande mídia como era antigamente, infelizmente. Os festivais nascem e morrem no seu local de origem. Servem apenas como fomento momentâneo. Falta estímulo, falta credibilidade, pois não condiz com a realidade musical das rádios.
30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?
Regina Benedetti: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira comente um grande erro, pois são financiados pelo livre mercado e não pela relevância artística de um cantor/compositor. Se o artista tem milhões de seguidores irá para TV ou será contratado por uma grande produtora.
“Quem pagar mais leva” o espaço televiso. Os reality shows estão fadados ao fracasso, pois não acontece nada de bom na maioria das vezes por quem passa pela exposição e julgamento. Se cantar bem fosse um parâmetro para se ter fama não teríamos tanta gente cantando mau fazendo sucesso.
Nos Reality os artistas ficam famosos momentaneamente e somem do mercado, caem no ostracismo. Algo irreal, uma ilusão que causa frustração. Querem que os artistas cantem como os grandes ícones pops americanos e esquecem da beleza da música brasileira. Para que mesmo querem grandes projeções de vozes?
31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?
Regina Benedetti: Espaços maravilhosos e de boa projeção, mas cada vez mais concorridos. Poucos artistas conseguem tocar nesses espaços, são burocráticos e atendem apenas uma minoria. Estão cada vez menos democráticos dificultando a contratação dos microempreendedores individuais, ou seja, a cena dos artistas independentes está cada vez mais difícil, pois ficamos nas mãos muitas vezes de grandes produtoras, não tem como competir o mesmo espaço. Pagamos altos impostos para estas produtoras possam nos contratar e possamos enfim trabalhar.
Afinal quem faz o processo seletivo? Como chegar até estes espaços? Por editais complexos e cansativos que não dá em nada muitas vezes levando a frustração? Quando enviando a proposta de show por e-mails nem sequer dão uma resposta? Pelas mãos de quem estamos passando? Como estamos sendo avaliados? Uma difícil realidade.
32) RM: Quais os seus projetos futuros?
Regina Benedetti: Gravar meu novo CD e DVD.
33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?
Regina Benedetti: www.reginabenedetti.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/rebenecantora
Canal: https://www.youtube.com/@reginabenedetti484
AMORE BELLO by RêBenê e Lenon Tagliaro: https://www.youtube.com/watch?v=bD-g7DOsous
Playlist show no Centro Cultural de São Paulo: https://www.youtube.com/watch?v=pRjHoDJfUow&list=PLxzmrUP2WL7jPAFvvenjq5p3MJppdVpCm
Live 1 | Fulô Benedetti | Esperando na Janela | PROAC LAB EXPRESSO: https://www.youtube.com/watch?v=uTnSLU3hHP8
Live 2 | Fulô Benedetti | Feijão de corda com coco | PROAC LAB EXPRESSO: https://www.youtube.com/watch?v=LnvEk182VH4
Live 3 | Fulô Benedetti | Viva São Pedro | PROAC LAB EXPRESSO: https://www.youtube.com/watch?v=3wmsWE0rSXk
Entrevista da cantora e compositora Regina Benedetti ( RêBenê) no programa da Mira Filizola no SBT: https://www.youtube.com/watch?v=iPl7CIHfDTo