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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Duo Rafael Beck e Felipe Montanaro

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O flautista Rafael Beck e o pianista Felipe Montanaro apresentam seu primeiro álbum “Fantasia Brasil”, pela gravadora Biscoito Fino, lançado dia 6 de outubro de 2023, nas principais plataformas digitais.

O projeto traz um repertório com composições de grandes nomes da música brasileira, como Tom Jobim, Djavan, Hermeto Pascoal, Jacob do Bandolim e Ivan Lins, que inclusive participa da faixa de sua autoria “Galopes Dance”, tema que tinha guardado e ofereceu ao Duo.

O primeiro single, lançado em 19 de setembro, foi da faixa “Pedro Brasil”, composição de Djavan do disco Seduzir (1981). Dentre as canções que integram “Fantasia Brasil” estão o medley de Tom Jobim com “Estrada do Sol” e “Chovendo na Roseira”, em que o piano tem momentos de influência do músico e compositor francês Claude Debussy; o choro “Receita de Samba”, que traz um arranjo especial para dois pianos e “Frevo Novo”, obra de Hermeto Pascoal, na qual o duo criou um interlúdio musical em cima da harmonia do improviso.

Além das faixas consagradas, o duo apresenta também sua primeira composição autoral, “Tema pra Ricardo”, que recebeu esse título em homenagem ao engenheiro de som Ricardo Camera do estúdio Trama NaCena onde o trabalho foi gravado.

Os músicos se conheceram no início de 2023 e encontraram em comum a paixão pela música instrumental e referências de artistas como Hermeto Pascoal, Cesar Camargo Mariano, Egberto Gismonti, entre outros.

Nascidos em São Paulo, Rafael mora em Atibaia, e Felipe em Bragança Paulista, no interior da capital. Entre os meses de julho e agosto de 2023, o Duo Rafael Beck e Felipe Montanaro fizeram shows na Casa Viva Piracaia, no Teatro da Rotina e a abertura do show de Hermeto Pascoal na Casa Natura Musical.

Rafael Beck iniciou seus estudos de flauta doce aos seis anos de idade. Aos sete, gravou seu primeiro CD, com um repertório bastante eclético que ia de Tom Jobim a Beatles, passando por Dorival Caymmi e Pixinguinha. Dos onze aos dezessete anos, cursou a Escola de Música do Estado de São Paulo – EMESP – Tom Jobim, ingressando em seguida na Faculdade Souza Lima, em São Paulo, onde em 2022 concluiu o curso e se formou Bacharel em música.

Em 2017, Rafael Beck junto com o violonista Rafael Schimidt, lançou pela gravadora Galeão, um álbum em homenagem ao flautista Altamiro Carrilho, com um repertório autoral deste grande flautista. Com mais de sete anos de carreira, Rafael já teve participações em shows dos artistas Dominguinhos, Ivan Lins, Hermeto Pascoal, além de dividir palco com vários instrumentistas, entre eles, o genial Proveta. Participou de diversos Festivais de Música Instrumental por todo o país e shows em vários SESCs, incluindo o importante “Instrumental Sesc Brasil” que deu origem a um DVD, disponível no Canal do Sesc no Youtube.

Felipe Montanaro iniciou os estudos musicais no piano aos oito e foi descobrindo outros instrumentos, como sanfona, baixo, violão e escaleta. Ao longo desses dez anos, estudou com músicos como André Marques, Itiberê Zwarg, Benjamim Taubkin e Toninho Ferragutti, além de um curso de férias da renomada Juilliard School.

Em 2022 fez seu primeiro show solo de piano no Teatro Carlos Gomes em Bragança Paulista, onde tocou um repertorio que combinou composições próprias e releituras de compositores como Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal e Astor Piazzolla. Felipe integra também o Trio Maniva, um grupo de música instrumental com composições autorais que trazem elementos da música brasileira como baião, frevo, samba e maracatu, além de releituras de consagrados artistas brasileiros.

Segue abaixo entrevista exclusiva com o duo Rafael Beck e Felipe Montanaro para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistados por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 13.11.2023: 

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Felipe Montanaro (pianista): Nasci no dia 02/06/2005 em São Paulo.

Rafael Beck (flautista): Nasci no dia 04/08/2000 em São Paulo.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música?

Felipe Montanaro: O contato com a música vem a partir do momento em que começamos a perceber os sons (porque música e som são sinônimos, pelo menos na minha concepção), ou seja, dentro da barriga de nossas mães. Mas conforme vamos estudando, amadurecendo o ouvido e a sensibilidade, esse contato vai ficando mais profundo.

Rafael Beck: Na escola, nas aulas de música do colégio.

03) RM: Qual sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Felipe Montanaro: Estudo música desde os 8 anos de idade (2013). Comecei no teclado e aos poucos fui me apropriando de outros instrumentos. Não tenho formação acadêmica e nem pretendo ter.

Rafael Beck: Nenhuma formação fora da música. Estudei por 8 anos na EMESP Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo, 3 meses no Conservatório de Amsterdam e sou bacharel em Música pela Faculdade Souza lima. Fora diversos professores particulares.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Felipe Montanaro: Minhas influências são tudo que eu ouço. Englobam desde música caipira até rock and roll. Mas a concepção musical que mais me influencia é a de “música universal”, criada pelo Hermeto Pascoal, que permite um fazer musical muito livre, possibilitando misturar qualquer ritmo ou gênero (desde que o resultado soe bonito).

Rafael Beck: MBP em geral (Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento, Ivan Lins etc). Hermeto Pascoal, Bill Evans, Dominguinhos, samba raiz etc.

05) RM: Quando, como e onde você começou sua carreira musical?

Felipe Montanaro: Minha carreira profissional mesmo começou no meio de 2022, quando eu iniciei o Trio Maniva com o baixista João Velhote e o baterista Rodrigo Fuji. Começamos a nos apresentar por volta de outubro do ano passado e continuamos o trabalho até hoje.

Rafael Beck: Comecei muito cedo, aos seis anos de idade (2006) gravei meu primeiro álbum, desde então venho realizando trabalhos musicais.

06) RM: Quantos CDs lançados?

Felipe Montanaro: Dois álbuns. O primeiro álbum do Trio Maniva, com composições autorais lançado em maio 2023. O segundo álbum em duo com o Rafa, lançado em outubro 2023.

Rafael Beck: Três álbuns, um álbum de quando era bem pequeno, outro de Choro com outro parceiro chamado Rafael Schimidt, em homenagem ao Altamiro Carrilho, e esse novo, com o .

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Felipe Montanaro: Estilo baseado na música universal de Hermeto Pascoal, permitindo que eu integre as mais variadas influências (forró, música clássica, jazz etc.) em prol do melhor resultado sonoro possível.

Rafael Beck: Acho que sou mais reconhecido pelo trabalho que fiz de Choro por muitos anos, porém sou adepto da concepção de música universal, podemos fazer tudo desde que seja bonito.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Felipe Montanaro: Não. Canto apenas para brincar e me ajudar a compor.

Rafael Beck: Não.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Felipe Montanaro: Para os cantores é essencial pois é o instrumento de trabalho deles. Eu como instrumentista uso a voz como uma espécie de mediadora do som que surge na minha cabeça, como forma de externalizar isso em forma de composição ou improvisação.

10) RM: Quais as cantoras(es) que você admira?

Felipe Montanaro: No Brasil atual: Vanessa Moreno, Antonio Loureiro, Fabio Goes, a turma do Bala Desejo.

Rafael Beck: Elis Regina, Emílio Santiago, Nana Caymmi, Milton Nascimento.

11) RM: Como é seu processo de compor?

Felipe Montanaro: Geralmente surge uma ideia intuitiva quando estou tocando ou fazendo qualquer outra coisa. Então eu gravo essa ideia no celular (tocando no instrumento, cantando ou assobiando) e procuro desenvolver ela até chegar num resultado que eu ache bonito. Mas em algumas raras vezes a música já vem meio que inteira.

Rafael Beck: Difícil de explicar, pode acontecer de qualquer forma. Tanto de uma forma mais racional, quanto mais espontânea, algo como “inspiração”.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Felipe Montanaro: Eu costumo geralmente compor sozinho, mas já tenho umas quatro músicas em parceira com o Rafa. Quando levo minhas composições para tocar no Trio Maniva, eles costumam propor ideias também, mas mais pontuais.

Rafael Beck: Compus com o Rafael Schimidt e com o Felipe, geralmente faço sozinho.

13) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Felipe Montanaro: Não sei. Acabei de começar minha carreira. Eu teria que ter mais uns aninhos de experiência para ter uma visão mais clara disso.

Rafael Beck: É remar contra a maré, ainda mais no Brasil que a música instrumental praticamente é ignorada pela grande mídia / grande público. Então é uma guerrilha, construindo tijolo por tijolo, mas vale a pena, recomendo. Nada melhor do que fazer a música que você acredita e ver pessoas curtindo seu trabalho.

14) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Felipe Montanaro: Não tenho um planejamento tão organizado de carreira. Procuro ir desenvolvendo meus projetos aos poucos, marcando shows, lançando discos. As decisões são tomadas sem tanta antecedência assim.

Rafael Beck: Redes sociais são a grande chave hoje em dia, buscar um conteúdo diverso, que chegue no público e ao mesmo tempo tenha qualidade musical.

15) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira musical?

Felipe Montanaro: Ajuda porque é mais fácil divulgar o seu trabalho e aparecer para as pessoas. Dá pra você gravar videozinhos no seu quarto tocando violão sozinho, sem nenhum equipamento mais profissional e já atingir algum resultado com isso.

Acho que o principal problema está no tipo de conteúdo curto e disperso que vem cada vez mais se popularizando (TikTok e suas imitações). Isso acaba gerando pessoas cada vez mais ansiosas e com menos atenção, diminuindo por exemplo as possibilidades de alguém ouvir um álbum inteiro sem pular nenhuma música.

Rafael Beck: Ações em redes sociais.

16) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira musical?

Felipe Montanaro: A internet ajuda, pois é mais fácil divulgar o seu trabalho e aparecer para as pessoas. Dá pra você̂ gravar vídeos no seu quarto tocando violão sozinho sem nenhum equipamento mais profissional e já atingir algum resultado com isso.

Acho que o principal problema está no tipo de conteúdo curto e disperso que vem cada vez mais se popularizando (TikTok e suas imitações). Isso acaba gerando pessoas cada vez mais ansiosas e com menos atenção, diminuindo por exemplo as possibilidades de alguém ouvir um álbum inteiro sem pular nenhuma música.

Rafael Beck: A internet ajuda no sentido de democratizar o acesso, de certa forma todos podem “dar certo”. Ao mesmo tempo o caminho que está indo a coisa, torna o conteúdo em si muito antiartístico. Como desenvolver um trabalho realmente artísticas em 20 segundo… torna uma tarefa complica e na minha opinião triste.

17) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Felipe Montanaro: Acho que não tem nenhuma desvantagem muito significativa. O acesso a tecnologia de gravação só ajuda, dando possibilidade de mais pessoas gravarem a sua música independentemente.

Rafael Beck: Democratização do acesso a gravação, acho ótimo. Não vejo desvantagem.

18) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Felipe Montanaro: Eu particularmente procuro não fazer música pensando no que os outros vão pensar, faço de acordo com o meu gosto próprio. Isso acaba preservando muito da minha personalidade artística e meio que gerando uma identidade musical muito orgânica.

Rafael Beck: Fazer o melhor trabalho possível é a única coisa a ser feita, no fundo, música não é esporte nem competição de nada. Se juntar a pessoas que fazem um trabalho bonito, valorizar quem vale a pena e confiar no próprio trabalho é a saída.

19) RM: Como você analisa o cenário da Música Instrumental Brasileira. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Felipe Montanaro: Alguns dos meus músicos contemporâneos favoritos no Brasil são: Mariana Zwarg, Carol Panesi, Hamilton de Holanda, André Marques, Jota P, Amaro Freitas, Salomão Soares, Vinicius Chagas, Cainã Mendonça, Fabio Leal, Cleber Almeida e Toninho Ferragutti.

Não lembro de algum artista que “regrediu”, mas dois exemplos de obra consistente que se mantém até hoje são Hermeto Pascoal e Arismar do Espírito Santo.

Rafael Beck: Tem uma boa turma surgindo, exemplo do próprio Felipe. Alguns outros, Fábio Peron, Danilo Silva, Salomão Soares, Carol Panesi etc.

20) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado etc)?

Felipe Montanaro: Muitas vezes acontece de tocar para um público desconectado ou desatento, de chuva em lugar aberto e outros contratempos, mas não costumo me incomodar com essas coisas e sou muito grato só de poder estar tocando.

Rafael Beck: Na estrada acontece de tudo, mas um clássico é tocar em lugares que o público não tem nada a ver com o nosso som. Exemplo de festas sertanejas no interior.

21) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Felipe Montanaro: Me deixa muito feliz poder trabalhar com a música que eu mais amo fazer. A tristeza nem consegue chegar muito porque a gratidão a Deus por ser músico é mais forte. Só alegria.

Rafael Beck: A música em si é a alegria, trabalhar com música é uma benção. Única tristeza e ver o caminho que as coisas estão tomando, no sentido do que faz sucesso o que não faz.

22) RM: Existe o Dom musical? Como você define o Dom musical?

Felipe Montanaro: Provavelmente existe algo do tipo. Seria uma espécie de pré-disposição ou facilidade para a música que permite um desenvolvimento mais rápido e mais profundo, mas claro que apenas se acompanhado de muito estudo.

Acho que o amor à música é pelo menos uns 30% do “dom”. É ele que permite que o estudo constante da música não se torne chato.

Rafael Beck: Com certeza. A música se manifesta de forma mais facilidade em certas pessoas. Mas não acho nada exclusivo da música, toda área tem isso, pessoas que com muito pouco esforço alcançam resultados incríveis. Claro que dom sem dedicação não leva a nada, porém os dois somados levam o artista a outro nível.

23) RM: Qual é o seu conceito de Improvisação Musical?

Felipe Montanaro: Tocar sem planejar o que será tocado.

Rafael Beck: Tocar sem planejamento.

24) RM: Existe improvisação musical de fato, ou é algo estudado antes e aplicado depois?

Felipe Montanaro: Existe. Se é algo planejado ou estudado antes deixa de ser improviso. Estudamos as ferramentas para poder improvisar melhor: a técnica do instrumento, a percepção harmônica, melódica e rítmica, mas o que vai surgir na hora deve ser uma surpresa para todos.

Rafael Beck: Existe. A improvisação é algo a ser exercitado. Não decorado, mas o hábito de improvisar te torna mais criativo. Então é um pouco dos dois, quando mais uma pessoa improvisa, mais o cérebro dela fica esperto para novos estímulos e ideias. Importante lembrar que não estou falando em decorar o que vai ser tocado, mas buscar criatividade dentro do estudo.

25) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre Improvisação musical?

Felipe Montanaro: Eu discordo de métodos que propõe que o músico transcreva e copie os improvisos de outros músicos para desenvolver a sua própria linguagem pois acho perigoso o instrumentista perder a sua identidade neste processo.

Rafael Beck: Ajuda a criar vocabulários, entender ferramentas. Geralmente deixa o improvisador pouco criativo e escravo do que aprendeu. Atrelar as duas coisas seria excelente.

26) RM: Quais os prós e contras dos métodos sobre o Estudo de Harmonia musical?

Felipe Montanaro: Discordo de métodos que propõe uma visão muito matemática e regrada da harmonia. Acredito que a melhor forma de estudar harmonia é ir aprendendo acordes, internalizando o som deles e ir experimentando compor ou reharmonizar músicas com eles.

Rafael Beck: Nenhum, estude harmonia que está tudo lá. Apenas lembre que a música não veio da teoria, e sim o contrário. Então não existem coisas que não podem ser feitas. O método vai te passar uma visão, mas lembre que sempre o som é o mais importante, então experimente, toque, ouça. Se você gostar, PODE!

27) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Felipe Montanaro: Não acredito, porque não é uma música comercial.

Rafael Beck: Fora do nosso nicho.

28) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Felipe Montanaro: Que estude muita música e que preserve a sua identidade artística.

Rafael Beck: Primeiro ame muito a música, se os sons não te emocionam acho que não é pra você. Segundo escutar música, conhecer os compositores. Terceiro estudar bastante, querendo ou não, técnica é uma parte muito importante.

29) RM: Festival de Música revela novos talentos?

Felipe Montanaro: Pode acabar revelando para o público que está assistindo.

Rafael Beck: Acredito que sim. Hoje em dia menos, mas não conheço muito. Não sou fã da música como competição pra ser sincero.

30) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Felipe Montanaro: Acho que a grande mídia no geral se foca apenas em sertanejo universitário, funk, pop, pagode, pisadinha e outros gêneros mais comerciais. Não que não haja coisas interessantes nesses gêneros, mas melhor seria se o espaço para outros tipos de música também existisse.

Rafael Beck: A cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira é fraca, pouco espaço para músicas “menos comerciais”.

31) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Felipe Montanaro: Acho ótimo. Melhor seria se existissem mais espaços como esses.

Rafael Beck: Uma das melhores coisas que existe a nível cultural no Brasil.

32) RM: Quais os seus projetos futuros? 

Felipe Montanaro: Pretendo lançar mais muitos discos com o Rafa e com o Trio Maniva em breve. Mais para frente gostaria formar um grupo para tocar apenas minhas composições próprias e de compor para filmes.

Rafael Beck: No momento tenho dois trabalhos fortes, um deles com o Felipe, e outro com o Rafael Schimidt. Gostaria de seguir com esses dois trabalhos, gravar vários álbuns, tenho muita expectativa e confiança no potencial desses sons.

33) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

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Canal: https://www.youtube.com/@DuoBeckMontanaro 

Fantasia – Milton Nascimento | Por Rafael Beck e Felipe Montanaro: https://www.youtube.com/watch?v=GDzI76yxhPo 

Duo Rafael Beck e Felipe Montanaro | Frevo Novo: https://www.youtube.com/watch?v=JCBrwYoaQxo 

Duo Rafael Beck e Felipe Montanaro | Pedro Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=cQ8lZrmUYuU 

Duo Rafael Beck e Felipe Montanaro | Receita de Samba: https://www.youtube.com/watch?v=n7cnCiKrKVk 

Álbum “Fantasia Brasil”, lançamento do Duo Rafael Beck e Felipe Montanaro.

Data de Lançamento: 06/10/2023. Distribuidora: Biscoito Fino.

Plataformas digitais: Spotify, Apple Music, Deezer, Amazon Music, Soundcloud e Tidal.

Informações para Imprensa

Alex Olobardi | (11) 99254-4604 – [email protected]

Marcelo Guaré | (11) 99131-8322 – [email protected]

Erika Digon | (11) 99953-1048 – [email protected]

 Rafael Beck & Rafael Schimidt – Interpretam Altamiro Carrilho [2016] (Álbum Completo): https://www.youtube.com/watch?v=C6S7eOt7oEY


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