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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.

Charles do Acordeon

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O cantor, compositor, acordeonista mineiro Charles do Acordeon estudou música com dos melhores professores de sua geração e maestro da Sociedade Musical Carlos Gomes.

Charles do Acordeon trabalha com música desde dos 14 anos de idade (2000), tem outras formações e profissões, mas sempre com o sonho de ser músico profissional. Por anos atuou como empresário responsável pela empresa Cyber Net Informática, mas a vontade de tocar acordeon nunca morreu. Nas horas vagas tocava acordeon em casa e com os amigos, e a paixão pela música foi aumentando.

Após ter dado uma pausa na carreira musical, mesmo já tendo passado por bandas de renome nacional, exemplo banda “Camisa Suada” e bandas regionais, decidiu voltar a se dedicar a área musical. A sua forma de tocar o acordeon é bem peculiar e agrada ao público e músicos de banda, tornando Charles do Acordeon um dos acordeonistas/sanfoneiros/compositores de destaque no meio musical na atualidade, principalmente na zona da mata mineira.

Segue abaixo entrevista com Charles do Acordeon para a www.ritmomelodia.mus.br, entrevistado por Antonio Carlos da Fonseca Barbosa em 17.10.2022:

01) Ritmo Melodia: Qual a sua data de nascimento e a sua cidade natal?

Charles do Acordeon: Nasci do dia 19 de fevereiro de 1986 as 23:55 (peixes com ascendente em sagitário) em Além Paraíba – Minas Gerais. Uma cidade pacata da zona da mata mineira, cujo nome é pelo fato, do lindo rio Paraíba do sul cortar boa parte da cidade, e suas margens ficar “Além do rio Paraíba”. Registrado como Charles Diego Silva da Rosa.

02) RM: Fale do seu primeiro contato com a música.

Charles do Acordeon: Pelo fato de eu ter nascido em Além Paraíba, cidade do interior de Minas Gerais, uma terra de uma cultura inimaginável; assim como nosso conterrâneo, “Embaixador” Gusttavo Lima. O meu primeiro contato com a música nasceu através das folias de reis; uma cultura que beira a extinção em nosso país, mas que ainda assim resiste ao tempo, e hora ou outra revela grandes músicos, para nosso país.

03) RM: Qual a sua formação musical e/ou acadêmica fora da área musical?

Charles do Acordeon: Estudei Música e acordeon com o professor “Balbino”; um respeitado músico de Além Paraíba – MG, e por alguns anos maestro da Sociedade Musical Carlos Gomes de Além Paraíba. Ao me mudar para o Rio Grande do Sul, tive a oportunidade de frequentar Conservatório de Música, mas não cheguei a me formar. Fora da música, sou estudante de Ciências da Computação na qual irei me formar nos próximos anos, e pretendo exercer a profissão.

04) RM: Quais as suas influências musicais no passado e no presente. Quais deixaram de ter importância?

Charles do Acordeon: Na minha infância, meus pais escutavam muito Tonico e Tinoco, Trio Parada Dura, Cascatinha & Inhana, Folia de Reis, Congado, entre outros. Minha infância foi marcada pela música caipira e sertaneja, que com sua modernização passou a ter cada vez mais a presença do acordeon e fui me apaixonando pelo instrumento, seus acordes e suas melodias. Foi quando conheci os forrós de Dominguinhos e não parei mais de tocar a sanfona. As minhas maiores influências musicais vêm do sertanejo raiz e da sanfona do mestre Dominguinhos.

05) RM: Quando, como e onde você começou a sua carreira musical?

Charles do Acordeon: Comecei minha carreira musical no final dos anos 90 e início dos anos 2000 com apenas 14 anos de idade. Estava ainda aprendendo a tocar acordeon, enfrentando o preconceito que reinava na época sobre quem tocava ou aprendia acordeon mais a escassez de quem tocava esse belíssimo instrumento. Mas a popularização do Forró na época, me levou a começar minha carreira muito cedo em bandas que se apresentavam desde de Barzinhos a “Casa das primas” e exposições agropecuárias minha região mineira.

06) RM: Quantos CDs lançados? 

Charles do Acordeon: Já participei de várias bandas de Forró, Sertanejo, Música Gaúcha, Música Caipira, etc. Gravei arranjos de minha autoria em quatro álbuns de diferentes bandas. A de maior destaque foi a extinta banda Garotos do Sul, da época em que morei seis no Rio Grande do Sul e também gravamos um DVD Boate “CASANOVA”, gravar um DVD era um sonho para qualquer banda em 2006.

Participei da gravação de “Voar” no álbum “Tangram” de Marco Antonio Bouquard https://www.youtube.com/watch?v=qj5R8HDEk9o

Minha recente participação foi no DVD da cantora Hellen Cristina em 2021 em Miracema – RJ, com quem trabalho até o momento dessa entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=U0KDsDV5cwI

07) RM: Como você define seu estilo musical?

Charles do Acordeon: Se eu pudesse escolher o que tocar, só tocaria Forró, mas o Forró das antigas, como exemplo as bandas: Calcinha Preta, Limão com Mel, Caviar com Rapadura, além é claro dos clássicos do imortal Dominguinhos, Trio Virgulino, entre tantos outros. E também a música caipira de Almir Sater, Renano Teixeira, Sérgio Reis, entre tantos outros e Folia Reis.

08) RM: Você estudou técnica vocal?

Charles do Acordeon: Apesar de querer e gostar de cantar, e ler muito a respeito nunca tive a oportunidade de estudar técnica vocal.

09) RM: Qual a importância do estudo de técnica vocal e cuidado com a voz?

Charles do Acordeon: A voz assim como qualquer instrumento musical, a voz exige cuidado que na maioria das vezes é maior em relação aos outros instrumentos. Sem a técnica adequada um vocalista pode perder a voz em um dia e não conseguir fazer os shows nos dias seguintes. O bom vocalista além de ter afinação, timbre bonito, precisa reconhecer quando a tonalidade da música está alta, ou baixa de mais, para sua extensão vocal. Não adianta, o vocalista ter a voz bonita, cantar dois tons acima do seu, e não conseguir fazer mais que dois shows por semana. É preciso dosar, e faz parte do estudo da técnica vocal saber ouvir e saber seus limites de extensão vocal e saber que uma banda que precisa trabalhar. Existem Fonoaudiólogos especialistas em técnicas vocais e tem a técnica de aquecimento da voz com a garrafa para o vocalista fazer antes dos shows. E para os vocalistas mais exigentes é ter uma alimentação especializada para quem trabalha com a voz. A importância de o vocalista estudar e cuidar da voz é tão ou mais importante do que simplesmente cantar afinado.

10) RM: Quais as cantoras (es) que você admira?

Charles do Acordeon: De todas as cantoras que já trabalhei, e foram muitas, e a que eu mais admiro é a cantora Hellen Cristina. Ela é dona de um timbre agudo absurdamente lindo, Além de ser afinadíssima, e dona de um carisma inigualável. Sobre as cantoras famosas, fico com a Elis Regina, e no Forró com Elba Ramalho. Eu tive a honra de trabalhar com uma dupla que os caras eram phodas para cantar: Rick & Marck, são os melhores vocalistas com quem já trabalhei. E admiro muito o senhor José Domingos de Morais (Dominguinhos).

11) RM: Como é o seu processo de compor?

Charles do Acordeon: Geralmente as composições, vem de algo que me chame a atenção no dia-dia, seja de uma pessoa bêbada saindo de um bar, um fole furado de uma sanfona, uma “pulada de cerca” que não deu certo etc. Minha recente composição que será gravada, surgiu de uma frase do baixista Paulo da banda em que trabalho que é um dos melhores músicos com quem já trabalhei, e um excelente ser humano. A ideia surgiu quando em uma viagem para um show, havia umas pessoas pedalando, ele simplesmente abriu a janela da van e disse gritando “Sai Cachorro” daí nasceu o título “Sai Cachorro”. Essa música fala de algumas situações engraçadas como: cachorro lambendo a boca de um bêbado dormindo na calçada; um cara que adestrou o cachorro para vigiar a mulher, etc. Já a composição do ritmo e da melodia, eu levo muito em conta do que fala a letra de cada música, do compasso que eu quero (caso a música seja minha) ou em caso de música de terceiros agentes escuta o cliente, e tenta compor os arranjos mais próximo possível do gosto de cada cliente.

12) RM: Quais são seus principais parceiros de composição?

Charles do Acordeon: Assim como meu pai (Sylvio Peres da Rosa), que sempre criava rimas e versos para a folia de reis, meu processo de compor, é solitário, com apenas Deus do meu lado.

13) RM: Quem já gravou as suas músicas?

Charles do Acordeon: Apenas o grupo os Garotos do Sul gravaram uma canção minha, existe o interesse do grupo Viola da Terra em gravar “Mocinha do interior”, mas veio a pandemia e projeto está engavetado.

14) RM: Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?

Charles do Acordeon: Todo artista precisa de liberdade, desde de desenvolver o trabalho de marketing, escolher o material a ser produzido, a forma que as redes sociais são gerenciadas, e pôr fim a venda do trabalho para o público geral. O ruim é que na maioria das vezes, acaba sobrecarregando o artista independente, pois ele acaba tendo que cuidar de tudo sozinho, e ainda, viabilizar formas de patrocínios e estratégias para custear algum projeto. Mas a forma que eu vejo o show business, tudo isso faz parte do processo.

15) RM: Quais as estratégias de planejamento da sua carreira dentro e fora do palco?

Charles do Acordeon: Fora do Palcos eu trabalho como gerente de equipe em um Supermercado (Mercado do Guilherme) tenho uma lanchonete (Rainha dos Caldos) em parceria com minha esposa e trabalho como freelancer, na parte de informática para algumas empresas, e pessoas físicas. Recebi ainda um convite para dar aulas de acordeon, para crianças, Além Paraíba – MG o objetivo é introduzir as crianças de forma cultural, nas Folias de Reis, e de um modo geral para a música. Já quando as “Cortinas se abrem” em cima do palco, é puro prazer e alegria, é onde eu me encontro e me conecto comigo mesmo. Ali é só eu a sanfona e o público.

16) RM: Quais as ações empreendedoras que você pratica para desenvolver a sua carreira?

Charles do Acordeon: Estou atento a tudo que ocorre ao meu redor, e com a música não é diferente. E dentro das minhas possibilidades estudar o mercado musical, aprendendo novas técnicas que possam ser aplicadas no desenvolvimento de minha carreia. Gosto muito da cultura, principalmente das Folias de Reis, e procuro sempre semear cultura para que possam continuar existindo por longos anos e gerar sustentabilidade através da arte.

17) RM: O que a internet ajuda e prejudica no desenvolvimento de sua carreira?

Charles do Acordeon: Na minha visão a internet veio para somar. Maior exemplo disso é essa entrevista que estou fazendo para a RitmoMelodia, sem internet talvez a revista não conheceria meu trabalho. Hoje, a internet da oportunidade a todos os artistas independentes mostrarem seu trabalho, dando a chance de você ter como professores os maiores músicos instrumentistas do nosso país, tais como Oswaldinho do Acordeon, Gustavo Beltrao, Xonadão, entre tantos outros.

18) RM: Quais as vantagens e desvantagens do acesso à tecnologia de gravação (home estúdio)?

Chimbinha do Acordeon: O home estúdio dar ao artista independente a forma de produzir seu trabalho a um custo extremamente mais baixo, em relação aos grandes estúdios. Muitos artistas independentes tinham como grandes sonhos gravar seus projetos em estúdio. E tudo isso ficou mais fácil e mais acessível.

19) RM: No passado a grande dificuldade era gravar um disco e desenvolver evolutivamente a carreira. Hoje gravar um disco não é mais o grande obstáculo. Mas, a concorrência de mercado se tornou o grande desafio. O que você faz efetivamente para se diferenciar dentro do seu nicho musical?

Chimbinha do Acordeon: Com relação ao passado, sim! se tornou mais acessível com a chegada da internet e dos home Studio, mas para muitos ainda é um grande desafio gravar um disco, pois nós vivemos em um país cujo o apoio a cultura é praticamente nulo. Cito o exemplo meu conterrâneo e grande amigo Marco Antonio Bouquard em que custeou a produção dos seus CDs, por exemplo: Lançando mão de “Festivais de Prêmios” (bingos), Financiamento coletivo (foi o primeiro artista da cidade a realizar tal iniciativa), shows com o intuito de angariar fundos, ofertar publicidade para empresas locais, além de outros percursos, tudo tendo em mente a vontade de ter um sonho materializado.

20) RM: Como você analisa o cenário do Forró. Em sua opinião quais foram as revelações musicais nas últimas décadas? Quais artistas permaneceram com obras consistentes e quais regrediram?

Charles do Acordeon: O Forró como aconteceu com a música Sertanejo, na transição do Sertanejo Raiz de Tonico e Tinoco, para Sertanejo Romântico de Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo, e Sertanejo e Forró Universitário vem se reinventando ou se modernizando. Primeiro veio o sub gênero do Forró, chamado de Forró Estilizado, agora a pisadinha ou piseiro. Eu prefiro o Forró das antigas: Calcinha Preta, Limão com Mel, Caviar com Rapadura. E dos grandes mestres Dominguinhos, Elba Ramalho, Trio Virgulino, entre tantos outros. Mas o que me ajuda a colocar comida na minha mesa é o “Sertanejo Universitário” e a Pisadinha. Embora eu não seja o maior fã do estilo tenho que tocar e aprender as técnicas aplicadas nas músicas para melhor execução das mesmas. A banda que mais regrediu foi o Bonde do Forró, pois estão apelando demais para a sensualidade de seus artistas e praticamente deixando a música em segundo plano.

21) RM: Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?

Charles do Acordeon: Mestrinho, hoje é o melhor ou um dos melhores acordeonistas do Brasil, um cara que “luta e briga pelo nosso Forró”.

22) RM: Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical (falta de condição técnica para o show, brigas, gafes, show em ambiente ou público tosco, cantar e não receber, ser cantado, etc)?

Charles do Acordeon: Já viajei em porta malas de fiat uno para poder abrir o show da banda Calcinha Preta na cidade do Carmo – RJ, já viajei em caminhão de Leite quando o carro da banda quebrou na estrada. Mas o fato mais inusitado e engraçado foi bem no início da minha carreira eu com 14 para 15 anos de idade, fomos fazer um show em lugar que tinha por nome “La Budeguita”, o que eu não sabia e omitiram para meus pais, é que o lugar se tratava de “Casa de prostituição” Quando minha mãe descobriu chamou a polícia que foi lá e acabou com show após a denúncia.

23) RM: O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?

Charles do Acordeon: O ponto de maior positividade é poder fazer amizades com novos músicos e trocar experiências musicais e profissionais. O Ponto negativo são os próprios músicos, que principalmente na minha região, que fazem concorrência desleal baixando o preço do show para valor irrisório para poder estarem tocando. E ainda falando mal dos outros artistas pôr debaixo dos panos para de alguma forma denegrir a imagem junto a contratantes.

24) RM: Qual a sua opinião sobre o movimento do “Forró Universitário e Estilizados” a partir do ano 2000?

Charles do Acordeon: Com a propriedade de ter vivido e trabalhado com o “Forró Universitário” por vários anos, no início fui muito cético, inclusive aprendi a tocar Teclado devido a entrada no mercado dos teclados arranjadores que tinham ritmos de Forró, Baião, Xote, Arrasta-pé, Vanerão, Arrocha, e muitos bateristas, acordeonistas, baixistas, percussionistas ficaram desempregados na época. Os bateristas tendo que migrar para outros ritmos, como o rock e sertanejo, e acordeonistas tendo que se reinventar para se manter no mercado tocando com duplas sertanejas. Na década de 2000 foram anos de maior destaque em minha carreira e alcancei voos maiores passando por algumas bandas de renomes regionais e até certo nível nacional como a banda “Camisa Suada”.

25) RM: Qual a sua opinião sobre as bandas de Forró das antigas e as atuais do Forró Estilizado?

Charles do Acordeon: Todos os ritmos musicais sem exceção sofreram mudanças e foram criando subgêneros. O Forró Estilizado e as bandas de Forró dos anos 90 são vertentes do Forró, a quem goste a quem não goste. Eu gosto mais de tocar o Forró tradicional e a música Sertaneja raiz.

26) RM: Qual a sua opinião sobre o uso do Teclado no Forró?

Charles do Acordeon: Depende mais do tecladista que do Teclado, tudo vem para somar. Eu sou contra é demitir o músico que toca o instrumento de sopro, para o tecladista fazer a parte do sax, trompete, flauta, etc ou demitir o guitarrista para o tecladista fazer a parte da guitarra. O teclado assim como os VSTi; que motiva discussões entre os músicos, deve ser usado como uma forma de agregar valor ao trabalho musical, não como uma forma para demitir músicos.

27) RM: Quais os grupos de “Forró Universitário e Estilizados” chamaram sua atenção?

Charles do Acordeon: Banda Falamansa, Luan Estilizado e Rouxinol Estilizado foram os que mais se destacaram e chamaram minha atenção.

28) RM: Você acredita que sem o pagamento do jabá as suas músicas tocarão nas rádios?

Chimbinha do Acordeon: Nas rádios de cidades do interior tal como na que eu moro hoje (Pirapetinga – MG) até nas cidades da região que fazem fronteira com minha cidade, não é uma tarefa difícil colocar as músicas para tocar, mas nas grandes cidades é de conhecimento de todos que sem pagar o jabá não rola tocar as músicas.

29) RM: O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?

Charles do Acordeon: Na área musical quanto mais você estuda, melhor você fica e quanto melhor fica, mais você quer estudar e se aperfeiçoar. Acho que quem está começando a trilhar esse caminho deve dedicar sempre um tempo por menor que seja ao estudo. E, sempre que puder, escutar música, de preferência aqueles ritmos que quer trabalhar, tocamos o que escutamos. Mas sempre temos que ouvir e estudar também outros ritmos para ter uma compreensão universal da música.

30) RM: Quais os prós e contras do Festival de Música?

Charles do Acordeon: Já tive o prazer de participar de quatro festivais de músicas no Rio grande do Sul, na cidade de Candelária onde tive a honra de juntamente com a banda que me acompanhava ganhar em primeiro lugar em 2004 com “Cara metade” de minha autoria em parceria com os músicos da banda. Então, os prós é poder participar e apresentar suas canções para produtores e contratantes que acompanham esses festivais. Os contras são as despesas que acabam sempre caindo na conta dos artistas.

31) RM: Os Festivais de Música revelam novos talentos?

Charles do Acordeon: Revelava mais, antes da popularizado da internet. Hoje, pelo fato de alguns produtores serem jurados desses festivais de músicas, os mesmos podem se interessar pelo seu trabalho, pois esses caçam talentos não vão saber que você existe só pelo fato de você ter um canal no YouTube.

32) RM: Como você analisa a cobertura feita pela grande mídia da cena musical brasileira?

Charles do Acordeon: O Brasil é um país diversificado em todos os sentidos, e na música não é diferente. A grande mídia cobre aquilo que vai dar retorno em forma de audiência ou financeira com o pagamento do Jabá, cujo o custo passa do milhão de reais para um artista sem fama e transformar ele em um artista famoso.

33) RM: Qual a sua opinião sobre o espaço aberto pelo SESC, SESI e Itaú Cultural para cena musical?

Charles do Acordeon: Conheço muito pouco esses espaços citados na pergunta, apenas pelo que acompanho pela internet. A não ser pelo fato desses espaços em 99% dos casos estarem concentrados nos grandes centros urbanos e pouco no interior.

34) RM: Quais os seus projetos futuros?

Charles do Acordeon: O Futuro a Deus pertence, eu tento não pensar muito a respeito, pois não tenho total controle do que pode acontecer. Eu, posso dar essa entrevista e nem ter o prazer de ver ela publicada. Pois, como diz minha mãe (Vera Lucia da Silva Rodrigues): “Nascemos em um minuto para morrer em um segundo”.

35) RM: Quais seus contatos para show e para os fãs?

Charles do Acordeon: Deixo meus contatos para aulas de acordeon e trabalhos freelances de acordeonista: (32) 99945 – 7865 | [email protected]

https://www.instagram.com/chimbinhadoacordeon

Canal:  https://www.youtube.com/c/HellenCristinaOficial 

Hellen Cristina Ao Vivo no Maison – Chão de Giz:   https://www.youtube.com/watch?v=e0vXstt1diE  

Hellen Cristina – Ao Vivo no Maison – Show Completo:  https://www.youtube.com/watch?v=U0KDsDV5cwI  


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Uma Revista criada em 2001 pelo jornalista, músico e poeta paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa.